Fanfic: Anahí (AyD) | Tema: Portiñon

Anahí deitou-se algum tempo depois. Espreguiçou-se e abraçou Dulce, sentindo o perfume de seus cabelos. Cobriu-se e aproximou-se mais um pouco, e a envolveu em seus braços, sentindo o corpo quente e calmo da menina. Dulce virou-se, a beijou no rosto e abriu os olhos:
- Que bom que está aqui, me abraça mais - disse, com voz molenga.
Anahí a olhou bem dentro dos olhos e sorriu, no meio da penumbra.
- Dorminhoca... - disse, já não resistindo e acariciando a barriga e os quadris de Dulce.
Anahí adorava de certa forma aproveitar-se de Dulce desprotegida daquele jeito, dormindo. E era fácil, já que Dulce quase sempre deitava-se antes e tinha sono pesado. Dulce virou-se por cima de Anahí, enlaçando-a com as pernas, sorrindo, mostrando que estava suficientemente esperta. E cheia de sensualidade disse, bem pertinho do ouvido:
- Vou te matar de prazer agora...
Quando Dulce falava assim é porque estava enlouquecida. E, por cima de Anahí, a abraçou e beijou o pescoço, mordendo de leve da orelha até o ombro, sentindo o perfume e, passando a língua até quase a nuca, quente, molhada, causando arrepios nas coxas de Anahí e a excitando, aquecendo seu corpo, acelerando o coração. A jovem agarrava-se aos cabelos de Anahí para que expusesse ainda mais aquele belo pescoço. E foi descendo, beijando os ombros, o peito, tocando com os dedos os bicos dos seios de Anahí, deixando-a cada vez mais molhada. Dulce sentia toda a vontade de Anahí, que esfregava-se em suas coxas, apertando os músculos e unindo os quadris. E a agarrou pela cintura, descendo mais, deslizando a língua pela barriga, com força, desejo, indo mais além, bem entre as coxas, passando a língua macia agora devagar, de um jeito quase torturante, muito prazeroso, que fazia Anahí fechar os olhos e sentir bem o poder daquela menina. Quase atingindo o orgasmo, tocava o queixo de Dulce e o sentia molhado, e agarrava-se aos cabelos da jovem ou a qualquer coisa que pudesse segurar para controlar seu corpo, pois parecia não caber mais dentro do peito tanto prazer. Antes que acontecesse, Dulce diminuiu o ritmo, e olhou para cima com carinha de safada. Sabia como deixar Anahí louca. Anahí riu e a puxou pelos braços, mordeu seus lábios e sussurrou bem ao pé do ouvido com aquela voz rouca:
- Está querendo me enlouquecer, Dulce? Vem cá, então...
Colocou Dulce de costas e a segurou pelos braços. Dulce surpreendeu-se com a reação de Anahí àquela provocação. E Anahí, enquanto lambia as orelhas e segurava os braços de Dulce cruzados sobre as costas, dizia que gostava de vê-la indefesa daquele jeito. E é claro que Dulce não fazia força nenhuma para livrar-se do domínio de Anahí, pois estava delicioso. Anahí beijou as costas e o bumbum de Dulce, deliciando-se com cada curva. E aqueles corpos cheios de energia e prazer se amaram por mais aquele pedaço de madrugada, aproveitando que o tempo acabaria, que a noite acabaria e que toda a felicidade iria embora assim que o evento terminasse. E se amaram com tanta vontade e tanta força que seus corpos ficaram suados e os músculos cansados.
As duas já saciadas, com o corpo relaxado e os olhos pesados, olharam-se mais um pouquinho. Dulce deu-se conta de que havia sido presenteada com um colar. Anahí sorriu:
- E veja, eu uso o que você me deu até hoje.
Era verdade. E Dulce já sabia pois havia visto uma foto na internet. Dulce olhou bem nos olhos de Anahí e disse, com aquele jeitinho verdadeiramente dramático:
- Às vezes eu acho que ainda vou sofrer muito antes de conseguir ter você ao meu lado.
- Não vai sofrer... - disse Anahí sorrindo - você é muito bonita para sofrer.
Dulce sorriu. Anahí continuou:
- Depois do Natal será meu aniversário. Virei ao Brasil comemorar com a minha família, mas antes da passagem do ano eu venho te ver.
Dulce encheu-se de alegria e deu o sorriso mais lindo do mundo. A notícia era muito boa. O fim do ano já estava próximo. E Anahí continou:
- Prometo que farei o que estiver ao meu alcance para estar perto de você. As viagens são caras, mas acho que terei mais oportunidades de vir ao Brasil com as despesas pagas, como agora, por exemplo - disse sorrindo.
Dulce pediu:
- Vamos à praia amanhã bem cedo, só dar uma voltinha? É um pecado a gente vir ao Rio e não dar nem uma passadinha na praia.
- É verdade... - disse Anahí, acariciando o rosto de Dulce - dá para sentir o cheiro do mar daqui do hotel.
Dulce aconchegou-se nos braços de Anahí, que disse de brincadeira:
- Vem mais para perto de mim. Mais, mais, assim... Quero você bem pertinho...
Anahí não sabia que encanto Dulce tinha que a deixava tão calma, tão paciente. Sua rotina era um turbilhão de problemas, pressão e cobranças de todos os lados, que a fazia muitas vezes ser dura demais com os outros e com a vida. Tinha que ter postura séria, confiante. Tantos anos de experiência a ensinaram que demonstrar fragilidade não era bem-visto. E a vida lhe deu, infelizmente, muitas provas de que as pessoas, especialmente do círculo profissional, não eram confiáveis. E teve algumas decepções, como todos têm, mas quanto mais cresceu profissionalmente, mais surpreendeu-se com a mesquinhez do ser humano. E agora assim, sentindo os cabelos macios de Dulce, notara que o amor veio para ela na forma de uma menina. A proteção que sentia nos braços de Dulce nunca havia conseguido sentir nos braços do homem com o qual conviveu durante tantos anos, o ex-marido. Uma pessoa fisicamente muito mais forte, financeiramente muito mais estável, socialmente muito mais aceita. Mas nada disso importava. Anahí queria a suavidade de Dulce. Suspirou, pensando nessas coisas, e disse, sorrindo:
- Vou fazer trinta e cinco anos... dez anos a mais que você...
Dulce já de olhos fechados, sonolenta, sorriu. Já estava dormindo. Sempre dormia primeiro, mas abraçou Anahí novamente, enchendo o peito de ar e aconchegando-se em seus braços. Anahí a abraçou também e fechou os olhos, tentando dormir.