Fanfic: Anahí (AyD) | Tema: Portiñon
Anahí acordou bem cedo. O sol ainda estava fraco. Era domingo. Abraçou Dulce. O corpo da menina era sempre quente. Dulce não acordava com toques delicados. Tinha sono pesado. Anahí desistiu de tentar acordá-la acariciando suas costas. Levantou-se e foi para o chuveiro. E riu quando viu Dulce surgir na porta. Um jeito fácil e rápido de acordá-la era simplesmente sair da cama.
- Dormiu bem?
- Sim - respondeu Dulce, com a escova de dente na boca, sorrindo, sem entender o sorriso de Anahí logo tão cedo - mas por que você está rindo?
Anahí riu de novo:
- Por que adoro acordar com você, sabia?
- E eu também - disse Dulce.
Se aproximou e deu um beijo em Anahí, molhando um pouco o nariz e a bochecha.
- Deixa eu entrar aí com você?
Dulce era meio tímida de manhã. Anahí achou uma gracinha. Nunca havia notado isso. Anahí já acordava a todo o vapor, mas Dulce precisava de um tempo para despertar:
- Vira que eu lavo as suas costas...
Dulce deu um sorriso tímido e se virou, com os ombros meio caídos, preguiçosos. Anahí foi passando o sabonete devagar, deslizando, sentindo a curva das costas até o bumbum. Largou o sabonete na saboneteira e espalhou a espuma com as mãos, subindo devagar até os ombros, depois voltando, concentrada, até a cintura. E foi descendo pelos lados, pelo quadril, descendo mais um pouquinho, até quase as coxas, e com as pontas dos dedos voltando, fechou os olhos e sentiu o volume do bumbum, gostoso, redondinho. Respirou fundo, estava quase faltando ar. Abriu os olhos, Dulce continuava molenga, quietinha.
- Tá gostoso, amor?
- Tá... - respondeu Dulce, baixinho.
E se virou para Anahí, deu um abraço, apertando seus seios contra os dela. E ficaram assim, deixando a água escorrer, apenas abraçadas. Dulce beijou Anahí, sentindo sua boca inteira, os lábios macios, a língua vagarosa, e a água gotejando entre as bocas. E se abraçaram mais. Era o último dia.
Anahí desceu primeiro e esperou Dulce no saguão do hotel. A praia ficava a apenas algumas quadras. Anahí ficou tentando calcular há quanto tempo não via o mar. Lembrou dela e da filha, num vídeo de família, brincado na areia. A menina devia estar com seis ou sete anos na época. Teria sido aquela a última vez? Mas não havia sido no Rio, foi em Santa Catarina. E lembrou que não apareceu no vídeo, mas as duas entraram no mar. A menininha nadava muito bem, incentivada por Anahí, que queria muito que a filha fosse uma criança independente, corajosa. As duas foram até quase o fundo e voltaram, rindo. Na volta, com a água já nos joelhos, a menina pisou em algo pontudo, provavelmente uma concha, e começou a chorar. Anahí a pegou no colo, e caminhou até a areia. O pai veio correndo e a tomou dos braços da mãe, assustado. Sua irresponsável, ele gritou, na frente da criança, cheio de ciúmes da cumplicidade entre as duas. Anahí ficou calada. Nunca mais conseguiu esquecer aquele dia.
Dulce chegou, sorrindo, perfumada. No caminho para a praia, um vento gostoso batia no rosto. As duas foram caminhando bem devagar, lado a lado, sem pressa. Cidade linda. Atravessaram uma avenida e lá estavam, de frente para o mar, verdinho. Anahí sorriu, e inspirou um pouco daquele ar fresco, ouvindo o burburinho de pessoas caminhando, ciclistas, crianças. Resolveram tirar as sandálias e pisar na areia. E foram caminhando por toda a extensão da praia. Anahí parecia uma francesa perdida no Rio de Janeiro:
- Acho que preciso tomar um pouco mais de sol - disse Anahí, brincando - veja as cariocas como são queimadas.
- Você é linda assim, além do mais, seu rosto já está ficando corado...
Anahí virou-se e olhou para Dulce. Estava linda, com o sol batendo no rosto, os cabelos soltos. Anahí sentiu a beleza daquela menina invandir seu corpo, como na primeira vez em que a viu e percebeu quem ela era de fato. Pois até então Dulce era apenas mais uma aluna, mais um nome na lista de presença, uma nota. Até o dia em que bateu na porta de sua sala, tímida, mostrando interesse em trabalhar junto. E sentaram-se frente a frente. Naquele momento Anahí percebeu o olhar de Dulce, insistente, vivo, que a seguia em segredo, e o sorriso suave, verdadeiro, que parecia chamar por ela, como se dissesse venha até mim, eu me entrego a você. E Anahí se rendeu àquele encanto.
Caminharam mais um pouco, durante aproximadamente trinta minutos. O sol começava a esquentar e as duas se sentaram em uma sombra no calçadão para tomar água de coco. E se deixaram ficar ali, jogadas, sem fazer nada, olhando a paisagem. Anahí estava com o rosto corado, os cabelos presos com rabo de cavalo e alguns fios soltando, o cabelo escorregando da presilha. Estava simplesmente linda com aquele ar jovem, despreocupado. Dulce nunca havia visto esse lado de Anahí. Apaixonara-se pela Anahí preocupada, inquieta, atenta, madura, sempre ocupada com alguma coisa. E perdida em seus próprios pensamentos, conclui que as duas Anahí eram encantadoras.
- O que é aquilo ali? - perguntou Anahí, olhando pro outro lado da avenida.
Dulce olhou para trás, tentando encontrar.
- Onde?
- Ali, meu amor - disse Anahí - aproximando-se mais de Dulce para apontar o lugar com o dedo.
- Acho que é uma igreja...
- Vamos até lá?
Autor(a): MahSmith
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Comentários da Fanfic 7
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tammyuckermann Postado em 06/09/2015 - 03:26:50
Posta mais pfff
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flavianaperroni Postado em 03/11/2014 - 13:07:17
Vai postar né??...não vai nos deixar?? não nos deixe por favoor..Ok ok parei com o drama kkkkkkkkkk
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flavianaperroni Postado em 03/11/2014 - 13:06:28
Pooosta mais por favor
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vverg Postado em 01/04/2014 - 13:50:04
Cheguei aqui...Nossa tantos caps?? kkkkk Vou me atualizar..hahaha
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vverg Postado em 09/02/2014 - 15:10:31
Nossa!!! Eita Amor heim..rsrsrs
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vverg Postado em 09/02/2014 - 01:52:55
Gostei..vai ter continuação???
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jessealter Postado em 25/01/2014 - 19:43:54
Continua , to gostando :)))