Fanfic: Anahí (AyD) | Tema: Portiñon

As duas iniciaram naquele dia um relacionamento muito quente e arriscado. Dulce é quem sempre tomava a iniciativa de chamar por Anahí e esperar que ela terminasse seus trabalhos, muitas vezes adormecendo sobre suas coxas, ou atravessando a noite toda ao lado dela. A jovem era fascinada por Anahí. Nas quartas-feiras, quando tinha aula com a professora, Dulce ficava a observando pelo extenso anfiteatro, ouvindo suas palavras ecoando, notando seus gestos, e o quanto parecia estar cada vez mais bonita. Não sabia o que havia em Anahí que a atraía tanto.
Nos intervalos, a professora ia fumar com uns outros professores e Dulce ficava ali por perto com alguns colegas. As duas trocavam olhares ansiosos e impacientes, pois queriam estar juntas, mas não podiam. Numa dessas ocasiões Anahí virou o assunto da rodinha, o que deixou Dulce de certa forma desconfortável. Uma menina reclamava que a data da prova que coincidia com um feriado não fora trocada e os comentários sobre a professora começaram a surgir. Dulce até sabia que era normal falar dos professores pelas costas. Nem era nada importante nem pessoal, mas o pessoal gostava e todo mundo ria e se divertia, menos Dulce. A uma certa altura, um rapaz chamado Lucas disse:
- Eu devia dar um trato naquela "vaca" gostosa. Dizem que o problema dela é falta de macho.
Dulce não teve tempo de respirar quando uma outra menina retrucou dizendo que se o problema fosse falta de macho o Lucas não ia poder ajudar muito. Disse num tom meio irônico de quem não achou graça. Talvez por ser mulher também tenha tomado as dores da professora. O climinha tenso não durou nem três segundos quando todo mundo começou a rir e o assunto descambou pra outros rumos. Dulce engoliu seco e saiu sorrateiramente. Às vezes era um inferno ser aluna e estar envolvida com a professora. Teve vontade de quebrar a cara do moleque e pegou uma antipatia irremediável por ele a partir daquele dia.
Naquela mesma noite Dulce queria estar com Anahí. Parecia que após vê-la tanto na aula sua vontade de tocá-la, senti-la em seus braços aumentava ainda mais. Não pensou duas vezes e foi direto para o apartamento, bem no fim da noite como costumavam se encontrar. No meio do caminho, telefonou:
- Oi, Anahí... estou morrendo de saudades...
- Oi, amor... - disse Anahí com uma voz gostosa.
- Estou indo até aí, tudo bem? Você já jantou?
- Não estou com fome, não se preocupe...
- Posso levar algo para comermos.
- Faz assim então... passa naquela casa de massas e traz algo.
Dulce sabia que Anahí adorava massas. Era uma das poucas coisas que comia com prazer, e Dulce sentia prazer em levar pra ela. Chegando lá, Anahí a recebeu com um beijo nos lábios e pediu que deixasse o embrulho na cozinha. Anahí estava segurando uma muleta, o que deixou Dulce um pouco confusa. Tudo bem que Anahí era um pouco mais velha, mas mal alcançava os 36 e estava longe ainda da idade de usar muleta. Por isso era até engraçado vê-la daquele jeito:
- O que houve? Machucou a perna?
- Pois é, meu amor, tive um pequeno probleminha, não se preocupe.
- Você caiu? O que houve?
Anahí desconversou, abraçando Dulce e agarrando-a pela cintura:
- Vem, meu anjo...
E puxou Dulce para a cama, daquele jeito que só ela sabia fazer, e a agarrou pelas pernas, puxou seu corpo, tirou sua roupa, a deixando completamente nua e vulnerável, e começou a tocar sua jovem amada, de um jeito que também só ela sabia fazer, inesquecível, maravilhoso. Cada vez mais gostava de dar prazer a Dulce, sugando, mordendo, beijando todos os pontos mais íntimos de seu corpo, e ria de prazer vendo Dulce gemer tanto, baixinho, sufocado. E dizia "geme para mim, Dulce", e Dulce mal ouvia o pedido, de tão enlouquecida que estava, e agarrava-se aos cabelos de Anahí e a beijavando violentamente. E assim se amavam a noite toda. Era esse o ritual maravilhoso e incansável, que apesar de parecer meramente físico, também era amor.