Fanfic: Anahí (AyD) | Tema: Portiñon

Na próxima semana, sábado à noite, haveria uma festinha de conclusão de um projeto desenvolvido pelo curso. Seria provavelmente um antro de ostentação e disputas sutis, onde alguns professores esperavam ansiosos serem citados em discurso ou chamados para entrevista com a imprensa. Anahí iria com certeza, e era na verdade a única mulher de maior projeção em meio aos homens. Os alunos também iriam, pois muitos participaram voluntariamente. As duas não tiveram muito tempo de combinar nada, mas Anahí avisou que iria e pediu que Dulce fosse. Mas, é claro, as duas foram separadas.
Apesar de lamentar não pode estar com Anahí, nem ao menos perto dela, Dulce estava feliz por poder vê-la, mesmo que de longe. Estava acostumada a ver Anahí no centro das atenções, e isso não a incomodava de forma alguma, pelo contrário, até gostava, pois foi assim que se apaixonou. Dulce chegou sozinha, mas logo encontrou seus amigos e os colegas de outras turmas. Tinha muita gente conhecida, todo mundo eufórico, alegre, bem vestido, como em toda festa. A maioria dos jovens estava lá só para desfrutar do coquetel e da bebida, mas Dulce queria ver Anahí. Procurava em todas as direções e nada, levantando os olhos por cima da multidão, vasculhando cada cantinho no meio do falatório nos seus ouvidos, enquanto sorria educadamente fingindo estar prestando atenção na conversa.
O coração de Dulce disparou ao ver Anahí chegar, ao lado de um professor muito amigo dela. Anahí, apesar de ter muitos "inimigos", tb tinha alguns grandes amigos com os quais podia contar. Dulce adorava ele, pois sempre defendia Anahí de maneira sóbria e educada dos ataques das outras pessoas. Era um negro alto, robusto, muito educado e conceituado. Dulce não estava muito extravagante, mas estava linda em sua simplicidade, com seu vestido preto e um xale sobre as costas, pois o clima estava meio fresco. Usava um batom vermelho sangue meio opaco que a deixava lindíssima, parecia uma italiana. Anahí avistou Dulce e deu um grande sorriso, acenando com a mão tão discretamente que mal levantou o braço, e continuou ali de conversa com seu amigo.
Depois do enorme rebuliço de discursos, fotos, e alguns jornalistas fazendo perguntas, o clima já estava mais quente e Anahí resolveu tirar o xale, deixando seus ombros e seu peito quase completamente à mostra. Dulce que estava a poucos metros ficou boquiaberta, não acrediatava no que seus olhos estavam vendo. Nem ela nem o Lucas, que de longe notou Dulce olhando para a professora e sorriu também, lembrando do seu próprio comentário tempos atrás. Dulce cravou os olhos em Lucas e franziu a testa irritada. O menino continuou rindo e se divertindo com aquela situação, sem sequer se dar conta que Dulce não tinha gostado.
Dulce resolveu ir até o banheiro esfriar a cabeça. Pior que o decote de Anahí foi a cara do Lucas. Jogou água fria no rosto e sentiu vontade de rir de si mesma, do seu ciúme, e ficou ali pensando um pouco. De repente Anahí entrou e encostou a porta, e foi logo dizendo:
- Oi, meu anjinho... vc está linda, linda...
Dulce deu um sorriso meio impaciente, mas ainda tentando disfarçar. Não conseguia tirar os olhos dos seios de Anahí, que não teve dificuldades para notar que Dulce estava brava com alguma coisa:
- O que foi, Dulce? Aconteceu alguma coisa?
- Cadê aquele pano que estava cobrindo as suas costas? - perguntou.
- Está lá na minha mesa, mas por quê?
- Por quê? - respondeu Dulce irritada - porque simplesmente eu consigo ver perfeitamente o espaço entre os seus seios com esse vestido, e imaginar exatamente a textura e o volume deles nas minhas mãos. Quer dizer, não só eu como todos os convidados da festa...
Pronto, estava dito. Por mais infantil que fosse. Anahí riu e olhou bem para Dulce:
- Está com ciúmes de mim? Está?
Dulce ficou calada, não queria admitir. Anahí tentou beijá-la na boca, mas ela virou o rosto fazendo pirraça.
- Eu só quero você, Dulce - Anahí continuou dizendo - escolhi esse vestido pensando em você, e é só sua voz que estou escutando, mesmo tão distante de você e com tanta gente falando sem parar no meu ouvido, é só você que eu quero, linda... você quer que eu te prove isso?
Perguntou isso segurando Dulce pelos ombros e olhando com aquele olhar que ela fazia quando estava prestes a fazer uma loucura qualquer. Dulce estava tensa diante da possibilidade de alguém entrar no banheiro, mas sabia que se provocasse Anahí ela faria alguma coisa deliciosa. Dulce continuou com o rosto virado, séria, só para desafiar Anahí, que diante do impasse segurou Dulce pelos braços e a arrastou dali, primeiro passando pelo canto meio deserto da entrada do banheiro e depois saindo pelos fundos, caminhando pelo estacionamento. O coração de Dulce estava a mil, não conhecia os limites de Anahí. Caminharam uns dez metros rapidamente até que Anahí a encostou num carro e começou a beijá-la como uma louca, cheia de desejo, empurrando seu corpo contra o da menina e encostando seus seios nos dela. Anahí tentava colocar sua mão entre as coxas da aluna e tocá-la, mas Dulce resistia, mantendo-se fechada e tentando afastar a mão da professora. Anahí notando que Dulce não queria ceder, começou a sussurrar no seu ouvido para que deixasse ser tocada:
- Por favor, Dulce... por favor, por favor...
Dulce sabia que era arriscado e tentava manter os olhos abertos e atentos a qualquer pessoa que se aproximasse, mas diante daquelas súplicas não estava conseguindo resistir e sua vista ia ficando turva e seu corpo querendo ceder. De repente as duas ouviram vozes se aproximando. Anahí ficou quieta e Dulce constatou que um grupo de três pessoas vinha em direção ao estacionamento, rindo e falando alto. Anahí não teve outra opção senão desistir, mas antes de saírem disfarçadamente, sussurrou no ouvido da jovem:
- Em casa a gente continua, meu anjinho...