Fanfic: A princesa e a plebeia | Tema: Romance, yuri

Sai tomar um ar segunda-feira e uma garota linda caiu em cima de mim. Mas essa garota não era apenas linda, era de uma beleza estonteante, eu não sei porque, mas eu até gostei dela estar em cima de mim. Ela tinha o cabelo castanho, comprido e alisado com as pontas pintadas de roxo e uma franja emo, seus olhos eram amendoados e cor de mel, usava uma blusa de banda com as mangas cortadas que parecia ser uns 2 tamanhos maior, presa por seu shorts jeans.

Ela começou a reclamar muito irritada sobre eu não olhar para onde ando, mas quando olhou para mim ela derrepente parou de falar e ficou só olhando para mim. Não sei explicar o que aconteceu ali, mas então ela ficou pálida e com os olhos arregalados, quando perguntei se estava bem ela me olhou por mais alguns segundos e desmaiou.

Eu levei-a para casa e a observei enquanto estava adormecida, ela parecia tão calma e serena, o que a tornava mais linda para mim.

Quando ela acordou estava tão confusa quanto eu, e se atrapalhou toda quando me respondeu. Derrepente nos beijamos, quer dizer, ela me beijou. Eu não consegui entender porque ela fez aquilo, eu nem sou tão linda quanto ela disse que sou. Eu sai do quarto, fiquei algum tempo pensando no que fazer, no que dizer, no que pensar. Voltei e mandei que fosse embora, mas ela não tinha para onde ir e implorou que eu a deixasse ficar. Eu disse que falaria com minha mãe.

TOY: Mãe, sabe aquela garota que eu trouxe para casa hoje cedo?

SRA. ESPARTELLO: A do cabelo roxo? Sei. O que tem ela?

TOY: Ela está pedindo para ficar com a gente por um tempo porque não pode voltar para casa e não tem para onde ir. Ela pode ficar?

SRA. ESPARTELLO: Pode, claro filha!

A verdade é que eu sabia que minha mãe deixaria a Mari ficar, ela sempre quis duas filhas, mas por conta do falecimento precoce do meu pai em uma de suas aventuras radicais logo após o meu nascimento ela nunca pôde ter sua segunda filha. Então foi a maior alegria para ela quando pedi que Mari ficasse.

Quando contei as boas novas para Mari ela ficou tão feliz que me pegou pela mão, me abraçou, me beijou na testa e me agradeceu muito.

Depois daquele dia ela ficou no quarto que seria da minha irmã se eu tivesse uma. Eu evitei-a até quarta anoite, eu precisava de um tempo para pensar, por algum motivo eu tinha gostado de tê-la em cima de mim, e eu não sei porque, mas tinha motivos para acreditar que eu havia retribuido seu beijo. Eu estava confusa, eu só tinha beijado um rapaz em minha vida toda, e foi meu primo que era 5 anos mais velho, quando eu tinha 11 anos.

Será que eu gostava de garotas? Eu nunca tive uma "queda" por nenhum rapaz, mas eu nunca tinha pensado em uma garota até conhecer a Mari e tê-la em cima de mim. Seus lábios estavam tão mácios quando tocaram os meus, e eram sempre tão delicados e atraentes, e ela é tão linda, seu corpo é tão harmônico e belo, de uma forma que só de pensar já me dá água na boca, será que ela estava me seduzindo sem nem falar comigo? Não sei, mas algo me dizia que não devia ter esses pensamentos, era a vóz do meu pai, sempre que eu pensava em fazer algo "errado" eu ouvia sua vóz, "Não Victória, não."

Quarta-feira minha mãe resolveu que Mari deveria ir para a escola comigo na quinta.

SRA. ESPARTELLO: TOY!!! VENHA AQUI JÁ!!!

TOY: Que foi mãe?

SRA. ESPARTELLO: A partir de amanha a Mari vai à escola junto com você! - Eu não queria falar com a Mari, mas não podia contar para minha mãe a causa disso.

TOY: Mas mãe, ela não tem uniforme e nem material.

SRA. ESPARTELLO: Ela vai usar seu antigo uniforme e seus cadernos velhos, os livros ela pode usar junto com você, afinal, é raro que usem os livros em sala de aula naquele colégio.

TOY: Mas... - Ela me interrompeu antes que eu pensasse em terminar minha frase.

SRA. ESPARTELLO: "Mas" nada, ela precisa manter os estudos enquanto está fora de casa, já é ruim para ela que esteja fora de casa, imagine se ficar atrasada nos estudos? Ela vai e ponto. Vou ligar hoje para a escola.

De alguma forma ela estava certa, eu podia não querer falar com a Mari, mas seria egoísmo meu se atrazasse seus estudos por isso.

No dia seguinte, quinta-feira, fomos à escola juntas, como sei como é difícil o primeiro dia, fui sua amiga na escola. Depois da aula, para compensar seu dia pesado, levei-a para tomar um sorvete. Ela estava muito linda com meu uniforme, e eu, por algum motivo, disse isso para ela, e disse tambem que estava com vergonha por ela ser tão linda e ainda me achar linda sendo que eu não era. Ela pegou no meu rosto e me disse que nunca mentiu para mim quando disse que eu sou linda, depois disso eu sai correndo para a sorvetêria.