Fanfic: Quimica perfeita - adaptada - AyA( Finalizada) | Tema: AyA
Poncho
— Como vai sua irmã? — pergunto, mudando de assunto.
— Está esperando para derrotar você, de novo, no jogo de Damas.
— É mesmo? Bem, diga a ela que vou ganhar, fácil, fácil... Sabe, naquele dia, eu só estava tentando impressionar você.
— Perdendo o jogo? Eu encolho os ombros:
— Mas deu certo, não? Percebo que Anahi está inquieta, pois fica arrumando o vestido o tempo inteiro... Será que é para me impressionar? Para deixá-la mais calma, acaricio seu braço, desde o ombro, e seguro sua mão. — Diga a Duda que voltarei, para uma revanche. Anahi se vira para mim, com os olhos azuis brilhando:
— Verdade?
— Verdade absoluta.
Durante o trajeto, tento manter uma conversa leve. Não funciona. Sou péssimo nesse gênero. De qualquer modo, Anahi parece contente. E isso é bom. Pouco depois, estaciono em frente a uma pequena casa de tijolos, de dois andares.
— O casamento não vai ser numa igreja?
— Minha prima, Elena, fez questão que o casamento fosse celebrado aqui, na casa de seus pais. — Pouso a mão nas costas de Anahi, na altura da cintura, enquanto caminhamos até a casa. Não me pergunte o motivo de querer mostrar, para todo mundo, que ela é minha. Talvez, no fundo, eu seja mesmo um homem de Neanderthal.
Quando entramos, a música dos Mariachi chega até nós, vinda do quintal. As pessoas lotam quase todos os espaços disponíveis. Fico de olho nas reações de Anahi, me perguntando se ela está se sentindo magicamente transportada a um recanto do misterioso México... se está reparando que minha gente não mora em casas grandes, com piscinas, como a dela e de suas amigas.
Enrique e um bando de outros primos gritam, para nos saldar. Todos falam Espanhol... E isso é normal. Mas a minha namorada só fala Inglês. Estou acostumado a receber um monte de beijos das minhas tias um monte de tapinhas nas costas, dos meus tios... Anahi, não. Então eu a mantenho bem junto de mim, para mostrar que estou aqui, que não a esqueci... Começo a apresentá-la à minha família, mas logo desisto. Pois claro que ela não vai guardar tantos nomes diferentes, estranhos à sua cultura. Não vai conseguir se lembrar de todos eles.
— Ei, vocês...! — diz alguém, atrás de nós. Eu me viro e deparo com Paco.
— E aí, cara? — digo, dando um tapinha nas costas do meu amigo. — Anahi, você já deve ter visto mi mejor amigo, lá no colégio. Não preocupe, ele sabe que não deve contar a ninguém que você veio aqui.
— Prometo que não vou falar — diz Paco, fingindo trancar a boca e jogar a chave fora.
— Oi, Paco — diz Anahi rindo.
Jorge se aproxima de nós, usando um smoking branco e uma rosa vermelha na lapela. Dou um tapinha nas costas do meu futuro primo:
— Ei, rapaz, até que você conseguiu ficar bem bonito, hein?
— Você também não está nada mal... E aí? Não vai me apresentar sua nova amiga?
— Anahi, este é Jorge. Ele é o coitado... Quero dizer, o felizardo que vai se casar com minha prima Elena.
— Os amigos de Poncho são nossos amigos também — diz Jorge, abraçando Anahi.
— Onde está a noiva? — Paco pergunta.
— No andar de cima, no quarto dos pais... chorando.
— De felicidade é claro...? — eu pergunto.
— Que nada, cara — diz Jorge. — Eu fui até lá, na maior inocência, para dar um beijo em Elena. E agora ela está como louca, tentando achar um jeito de esconjurar o tal beijo, anular seu efeito... Porque dizem que beijar o noivo, antes do casamento, dá azar — ele explica, meio que rindo. — O que posso fazer, se ela acredita nessas tolices?
— Boa sorte — eu digo. — Do jeito que Elena é supersticiosa, é bem capaz de obrigar você a fazer loucuras, para mandar esse azar embora.
Enquanto Paco e Jorge conversam sobre o assunto, dou a mão a Anahi e saímos da casa. Temos música ao vivo. Mesmo sendo pobres e ferrados, sabemos manter nossa cultura e nossas tradições bem vivas. Nossa comida é picante, nossas famílias são grandes e unidas... E gostamos de música que faz nossos corpos dançarem.
— Paco é seu primo? — Anahi pergunta.
— Não, mas ele pensa que é. — Vejo meu irmão e digo: — Alex, esta é Anahi.
— Sim, eu sei — Alex responde. — Lembra que eu vi vocês dois, num beijo de língua, lá em casa? Atordoada, Anahi fica em silêncio.
— Veja lá como fala— eu digo, estalando um tapa na nuca de Alex.
Anahi põe a mão em meu peito:
— Calma, Poncho. Você não tem que me proteger de tudo.
Alex assume uma pose arrogante:
— É isso aí, mano. Você não tem que proteger a princesa... A não ser, talvez, da nossa mamá.
Estava demorando, mesmo... Troco uns palavrões com Alex, em Espanhol, para que Anahi não entenda.
— Onde está seu outro irmão? — ela pergunta.
Olho para os lados, procurando por Luis, enquanto levo Anahi até uma das várias mesas espalhadas pelo quintal. Nós nos acomodamos e coloco o braço na guarda da cadeira de Anahi, quase tocando seus ombros.
— Veja... Luis está bem ali. — Aponto um canto do quintal, onde meu irmão caçula é o centro das atenções, com suas imitações de animais. Tenho de contar a ele que só o talento não basta para se dar bem nos estudos.
A atenção de Anahi se concentra nos quatro filhos de um primo meu, todos com menos de sete anos, correndo à nossa volta. Marissa, que tem dois anos, achou que seu vestido de festa estava atrapalhando a brincadeira. Com naturalidade, livrou-se dele... E agora lá está o vestido, jogado num canto.
— Provavelmente você está achando que eles parecem um bando de mojados, não é? Anahi sorri:
— Não... Eles parecem um grupo de pessoas se divertindo, num casamento ao ar livre. Quem é esse? — ela pergunta, quando um rapaz, usando uniforme militar, passa perto de nós.— Outro primo?
— Sim... E seu nome é Paul. Acredite ou não, ele já fez parte de uma gangue da pesada, a Python Trio, de Chicago. E mergulhou fundo nas drogas, antes de entrar para a Marinha. Anahi me olha de um jeito... — Ei, já falei que não uso drogas... Não mais. E não me envolvo com o tráfico — digo, com firmeza, querendo muito que ela acredite em mim.
— Você jura?
— Sim — eu respondo, me lembrando daquela noite, na praia, quando fumei com Carmen. Foi a última vez. — Não importa o que você possa ouvir, por aí... Estou limpo. E faço questão de ficar longe da coca, porque essa coisa não é brincadeira. Acredite ou não, quero manter meu cérebro com todas as células que ele tinha, quando nasci.
— E Paco? — ela pergunta. — Ele usa drogas?
— Às vezes. Anahi olha para Paco, rindo e brincando com minha família. Ele tenta, desesperadamente, fazer parte dela e esquecer a sua. A mãe de Paco foi embora, alguns anos atrás... Ele ficou sozinho, com o pai, numa situação desgraçada.
E não condeno Paco por querer uma válvula de escape, um jeito de fugir de tudo isso. Minha prima Elena finalmente aparece, num vestido branco, rendado... E o casamento começa. Enquanto o padre vai recitando os votos, eu abraço Anahi por trás, mantendo-a bem pertinho de mim. Como será que ela vai se vestir, quando se casar? Provavelmente terá um bando de profissionais fotografando e filmando tudo, para a posteridade.
— Ahora los declaro marido y mujer — diz o padre. Os noivos se beijam. E todo mundo aplaude. Anahi aperta minha mão.
Em Espanhol, no origina el* vete, cabrón, no molestes*:tradução: “Vai, cara, não enche.”
Por hj só gente amanha compenso tenho que durmi cedo
pois amanha tenho uma entrevista de emprego me desejem sorte rs
bjos e comentem!!
Autor(a): micheleponny
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Anahi Sinto que Jorge e Elena estão loucamente apaixonados. Será que um dia eu também me sentirei assim, apaixonada pelo homem com quem vou me casar? Penso em Duda, que nunca terá um marido, nem filhos. Sei que meus filhos aprenderão a amar Duda, tanto quanto eu a amo. Durante sua vida inteira, ela nunca sentirá falta de a ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 230
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jeny_herrera_ Postado em 02/11/2016 - 20:04:13
Uma das primeiras fics que li, e agora estou relendo. Amo essa estória. <3
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lenny_ponny Postado em 02/08/2016 - 10:23:36
Nossa que fic :) Amei!!!! a história Parabéns! Cheleh *-*
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Lala AyA Postado em 27/03/2016 - 20:40:31
Eeeee
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isajuje Postado em 12/03/2014 - 16:57:15
Finaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaalmente eu consegui vir comentar, aliás, eu sempre entrava, só que era pelo celular então era difícil comentar porque o verificador sempre dava incorreto ¬¬ isso é um saco. Foi mal não ter comentado e vindo dizer sobre todos os capítulos mas saiba de uma coisa: eu amei. Bem, nem tudo, não queria que o Paco tivesse aquele fim, morresse daquela forma e que Poncho tivesse dito coisas tão duras a Anahí ou que ele sofresse nas mãos da Sangue. Mas eles se deram bem no final, tiveram filhos e sem se importar com o que os outros pensavam, Poncho conseguiu ter uma vida decente, conseguiu sair da Sangue (": coisa maravilhosa KKKKK pois é, quase chorei mas me contive porque né KKKKKKKKKK mas eu amei, e obrigada por ter dividido esta história conosco. <3
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portillas2 Postado em 04/03/2014 - 14:44:50
Desculpa não ter comentado mais só que minha net tá um caos, mas quero dizer que sua web foi linda e eu SUPER AMEI bjus <3
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franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 23:04:03
já vou acompanhar ;)
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franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 20:23:32
EU QUE AGRADEÇO POR VC TER POSTADO UMA FIC* TÃO LINDA ASSIM...ME DEU UM NÓ NA GARGANTA QUANDO VI PACO HERRERA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ACHEI MARAVILHOSO...ELES HOMENAGEAREM ELE DESSA FORMA...AMEI MUITO MESMO...GOSTARIA MESMO QUE TIVESSE UMA 2 TEMPORADA ACHARIA MARAVILHOSA...BJUS E VOU ESTAR FIRME E FORTE NA NOVA FIC* ;)
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franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 20:02:43
*_*
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franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 19:57:04
posta...
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franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 19:40:04
NÃO QUERIA QUE ACABASSE A FIC* VC ACHA QUE DÁ PRA FAZER UMA 2 TEMPORADA??????????????????? SERIA MARAVILHOSO :)