Fanfics Brasil - 126 Quimica perfeita - adaptada - AyA( Finalizada)

Fanfic: Quimica perfeita - adaptada - AyA( Finalizada) | Tema: AyA


Capítulo: 126

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Poncho


 


Depois que meu pai morreu, minha mãe tentava nos distrair e confortar com música. Alex, Luis e eu dançávamos pela casa e nos revezávamos para cantar com ela. Acho que esse era o seu jeito de esquecer a dor, ainda que só por alguns momentos. À noite ela chorava, no quarto, e eu ouvia. Nunca abria a porta, nessas horas, mas sentia vontade de cantar, para que toda aquela mágoa fosse embora.


Converso com os músicos, antes de pegar o microfone e dizer:


— Eu não queria bancar o palhaço, interrompendo este momento... Mas os irmãos Herreras não podem ignorar um pedido especial da noiva... E, não tenham dúvidas, Elena sabe como conseguir o que quer.


— É verdade! — grita Jorge.


Elena manda um direto, que acerta Jorge no braço. Ele acusa o golpe, com uma careta. Mas está feliz demais para se importar com isso... E, em vez de reclamar, beija a esposa.


Começo a cantar, junto com meus irmãos. Nada sério... Cantamos, do nosso jeito, músicas de Enrique Iglesias, Shakira e também do meu grupo favorito, Maná. Quando me abaixo para cantar para as crianças, pisco um olho para Anahi. De repente, todo mundo fica em silêncio... Logo em seguida, um burburinho corre entre os convidados, e também algumas exclamações abafadas, de espanto. Hector resolveu aparecer, o que é bem raro. Todos o observam, enquanto ele caminha pelo quintal, usando um terno caro. Termino minha canção e vou para perto de Anahi, tomado por uma vontade louca de protegê-la.


— Quer fumar? — Paco pergunta, puxando um maço de Marlboro do bolso de trás do jeans. Olho Anahi de relance, antes de responder:


— Não.


Paco me olha com estranheza, então dá de ombros e pega um cigarro:


— Bela canção, Poncho. Se você tivesse demorado um pouco mais, eu teria conquistado su novia*.


Ele chamou Anahi de minha namorada... Será que ela é, mesmo? Levo Anahi até um freezer cheio de bebidas, com Paco a reboque. Tomo cuidado para que Hector não cruze nosso caminho. Mario, um amigo dos meus primos, está em pé, sobre o freezer, usando as cores da gangue Python Trio e um jeans tão largo na cintura que deixa à mostra uma parte do seu traseiro.


Os caras da Python Trio são nossos aliados, mas, se Anahi os visse na rua, provavelmente sairia correndo.  


— Oi, Poncho...— diz Mario. — Oi, Paco.  


— Vejo que você se produziu para o casamento, Mario — eu comento.  


— Cara, ternos são para os branquelos — diz Mario, ignorando o fato de que minha namorada é branca. — Vocês, dessas gangues de subúrbio, são muito molengas. Na cidade é que estão os verdadeiros brothers.  


— Ok, valentão... — Paco responde, com atitude. — Vá dizer isso a Hector.  


Olho para Mario e aviso:  


— Se você continuar falando merda, vou ter que lhe mostrar um pouquinho do que fazemos com os folgados... Nunca subestime a Sangue Latino, cara.  Mario recua:  


— Bem, tenho um encontro marcado com uma garrafa de Corona. Vejo vocês depois.  


— Parece que ele se borrou todo — diz Paco, enquanto Mario se afasta.  


Olho para Anahi, que parece mais pálida do que o normal.  


— Está tudo bem?  


— Você ameaçou aquele cara — ela diz, baixinho. — Puxa, ele ficou apavorado.  


Em vez de responder, dou a mão a Anahi e a levo até a pista de dança improvisada que, na verdade, é só a parte gramada do quintal. Uma música lenta vem das caixas de som.  


— Não brigue comigo por essa bobagem. Vamos dançar...  


Não quero ouvir as razões de Anahi, seus medos e suas ameaças de me deixar, se eu prosseguir na Sangue. Não quero.  


— Mas...  


— Esqueça o que eu disse a Mario — eu peço, com os lábios junto ao seu ouvido. — Ele só estava nos provocando, para saber se somos leais a Hector. Se percebesse alguma discórdia, sua gangue poderia tentar tirar alguma vantagem. Sabe, todas as gangues se dividem em duas grandes nações: Folks e People, que são rivais. A gangue de Mario é afiliada à...  


— Poncho — ela me interrompe.  


— Sim?  


— Diga apenas que nada de ruim vai acontecer com você...  


Não posso.  


— Dance... — respondo, baixinho, colocando os braços de Anahi em torno de mim... E dançamos.  Olhando por cima de Anahi, vejo Hector conversando com minha mãe. Do que será que estão falando? Minha mãe começa a se afastar, mas Hector puxa-a pelo braço e diz alguma coisa em seu ouvido.  Justamente quando estou prestes a interromper este momento com Anahi, para ir lá saber que diabos está acontecendo, vejo minha mãe sorrir para Hector, com ar brincalhão... E em seguida comentar, ainda rindo, alguma coisa que ele disse. Devo estar pananóico.  


As horas passam; a noite cai sobre a cidade. A festa continua animada, quando saímos em direção ao carro. Fazemos o trajeto de volta a Fairfield em silêncio.  


— Venha cá — eu digo, suave, depois de estacionar nos fundos da oficina.  


Anahi se inclina, reduzindo a distância entre nós.  


— Eu me diverti muito — ela murmura. — Bem, afora o momento em que me tranquei no banheiro... E também quando você ameaçou aquele cara.  


— Esqueça tudo isso e me beije — eu digo.


Acaricio os cabelos de Anahi, que me enlaça pelo pescoço enquanto desenho seus lábios, com minha língua. Abro caminho entre eles... E o beijo se torna mais profundo. É como um Tango: primeiro, a gente se move lenta e nitmadamente... Depois, a respiração vai ficando acelerada, as línguas se encontram, os beijos se transformam numa dança quente e rápida, que não deveria acabar... Nunca. Os beijos de Carmen podem ser quentes, mas os de Anahi são mais sensuais e extremamente viciantes.  


Ainda estamos no carro, mas é tão apertado; os assentos da frente não nos dão espaço. Quando vejo, já estamos no banco de trás... Ainda não é o ideal, mas estou pouco ligando; tudo o que me importa são esses gemidos e beijos, essas mãos que correm pelo meu cabelo... E o cheiro de baunilha... Não quero ir muito longe, com ela, nesta noite. Mas não há como controlar minhas mãos, que parecem ter vida própria e se movem lentamente por suas coxas.  


— Isso é tão bom — ela diz, ofegante.  Faço Anahi se deitar, acariciando-a por inteiro. Colo os lábios em seu pescoço enquanto puxo para baixo as alças do vestido e do sutiã. Ela desabotoa minha camisa... Seus dedos começam a passear por meu peito e ombros, marcando minha pele com as unhas.  — Você é... — ela suspira — perfeito.  


Bem, não vou discutir esse assunto... Não agora. Movendo-se lentamente, minha língua desliza por sua pele de seda, exposta à brisa da noite. Anahi agarra meu cabelo, encorajando-me a seguir em frente. Ela tem um gosto fantástico, um gosto de... caramelo!  Eu me afasto um pouco e capturo seus olhos com os meus. Olhos de safira, brilhantes de desejo. Tudo nela é... perfeito.


— Quero você, minha linda — digo, e minha voz soa rouca.  


Anahi pressiona o corpo contra o meu, sente a minha ereção, o prazer/dor quase insuportável. Mas quando começo a baixar sua calcinha, ela afasta minha mão.  


— Não... Não estou pronta para isso. Pare, Poncho.  


Eu me afasto, dando um tempo para que meu corpo se acalme. Sentado no banco, não tenho coragem de olhar para Anahi, enquanto ela se arruma. Porra, fui longe demais. Prometi a mim mesmo que iria controlar a excitação... Que teria juízo, com essa garota. Passando a mão pelo cabelo, solto um longo suspiro:  


— Desculpe.  


— Não, a culpa foi minha. Eu pedi por isso... E você tem todo o direito de ficar zangado comigo. Escute, acabei de terminar minha relação com Colin... E tenho muitos problemas em casa. — Cobrindo o rosto com as mãos, ela diz: — Estou muito confusa! — E, pegando sua bolsa, abre a porta do carro.  


Vou atrás dela. Minha camisa preta, aberta, começa a voar ao vento, como a capa de um vampiro... Ou do Anjo da Morte.  


— Anahi, espere.  


— Por favor, abra a porta da garagem. Preciso do meu carro.  


— Não vá embora.  Digito o código e a porta se abre.  


— Desculpe — ela repete.  


— Pare de pedir desculpas. Não estou com você só pelo sexo. Ok, eu gostei do jeito como nós “fechamos” a noite, gostei do seu perfume de baunilha, que eu seria capaz de ficar sentindo para sempre e... Porra, eu realmente estraguei tudo, não foi?  


Anahi entra no carro.  


— Podemos ir mais devagar, Poncho? Tudo está acontecendo depressa demais, para mim.  


— Sim — eu digo, balançando a cabeça e mantendo as mãos nos bolsos, resistindo ao desejo de tirar Anahi desse carro.  


Caramba, se ela não for embora, sou capaz de esquecer minhas boas intenções e voltar a explorar esse corpo que me enlouquece, até os limites mais extremos... Esqueço tudo, exceto Anahi, quando estamos juntos.  Lembro-me, então, da aposta. Toda essa estória com Anahi deveria ser levada assim, apenas como uma aposta... Afinal, eu não disse que jamais me apaixonaria por uma garota da zona norte? O problema é que estou começando a achar que existem sentimentos bem reais, rolando entre nós... Mas é melhor ignorar essa parte. Pois tudo isso não passa de um jogo, não é? E os sentimentos não contam.  


 


 


 


Comentem gatinha(o)s,,



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Autor(a): micheleponny

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Anahi   Paro num McDonald’s, onde posso passar despercebida. Troco o vestido por um jeans, um suéter pink e sigo para casa.  Estou com medo porque, com Poncho, as coisas acontecem rápido demais. Quando estamos juntos, tudo é muito intenso. Meus sentimentos, minhas emoções, meu desejo. Nunca fui “viciada” em Col ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 230



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  • jeny_herrera_ Postado em 02/11/2016 - 20:04:13

    Uma das primeiras fics que li, e agora estou relendo. Amo essa estória. <3

  • lenny_ponny Postado em 02/08/2016 - 10:23:36

    Nossa que fic :) Amei!!!! a história Parabéns! Cheleh *-*

  • Lala AyA Postado em 27/03/2016 - 20:40:31

    Eeeee

  • isajuje Postado em 12/03/2014 - 16:57:15

    Finaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaalmente eu consegui vir comentar, aliás, eu sempre entrava, só que era pelo celular então era difícil comentar porque o verificador sempre dava incorreto ¬¬ isso é um saco. Foi mal não ter comentado e vindo dizer sobre todos os capítulos mas saiba de uma coisa: eu amei. Bem, nem tudo, não queria que o Paco tivesse aquele fim, morresse daquela forma e que Poncho tivesse dito coisas tão duras a Anahí ou que ele sofresse nas mãos da Sangue. Mas eles se deram bem no final, tiveram filhos e sem se importar com o que os outros pensavam, Poncho conseguiu ter uma vida decente, conseguiu sair da Sangue (&quot;: coisa maravilhosa KKKKK pois é, quase chorei mas me contive porque né KKKKKKKKKK mas eu amei, e obrigada por ter dividido esta história conosco. <3

  • portillas2 Postado em 04/03/2014 - 14:44:50

    Desculpa não ter comentado mais só que minha net tá um caos, mas quero dizer que sua web foi linda e eu SUPER AMEI bjus <3

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 23:04:03

    já vou acompanhar ;)

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 20:23:32

    EU QUE AGRADEÇO POR VC TER POSTADO UMA FIC* TÃO LINDA ASSIM...ME DEU UM NÓ NA GARGANTA QUANDO VI PACO HERRERA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ACHEI MARAVILHOSO...ELES HOMENAGEAREM ELE DESSA FORMA...AMEI MUITO MESMO...GOSTARIA MESMO QUE TIVESSE UMA 2 TEMPORADA ACHARIA MARAVILHOSA...BJUS E VOU ESTAR FIRME E FORTE NA NOVA FIC* ;)

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 20:02:43

    *_*

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 19:57:04

    posta...

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 19:40:04

    NÃO QUERIA QUE ACABASSE A FIC* VC ACHA QUE DÁ PRA FAZER UMA 2 TEMPORADA??????????????????? SERIA MARAVILHOSO :)


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