Fanfics Brasil - 146 Quimica perfeita - adaptada - AyA( Finalizada)

Fanfic: Quimica perfeita - adaptada - AyA( Finalizada) | Tema: AyA


Capítulo: 146

33 visualizações Denunciar


Anahi


 



O que você está fazendo aqui, Paco? O melhor amigo de Poncho é a última pessoa que eu esperava ver, em minha casa.


— Eu... meio que preciso falar com você.


— Quer entrar?


— Posso, mesmo? — ele pergunta, evidentemente nervoso. — Você tem certeza?


— Claro. Bem, provavelmente meus pais não vão gostar... Mas isso é comigo. Os dois não mudaram de ideia a respeito de duda. E estou cansada de fingir, de contemporizar, só por medo dos chiliques da minha mãe.


Este cara, que é o melhor amigo de Poncho, me aceita como sou. Tenho certeza de que não foi nada fácil, para ele, vir até aqui. Abrindo a porta totalmente, convido Paco a entrar. Se ele me perguntar sobre Isabel, o que direi? Ela me fez jurar que guardaria segredo.


— Quem está aí, Annie?


— Este é Paco — eu o apresento à minha mãe. — Um amigo do colégio.


— O jantar está na mesa — minha mãe lança a indireta, de um jeito nada discreto. — Diga a seu amigo que não é de bom tom fazer visitas na hora do jantar.


Eu me viro para Paco:


— Quer “beliscar” alguma coisa?


Estou sendo rebelde e me sinto ótima... Aliviada por estar falando o que sinto e penso. Minha mãe sai pisando duro, em direção à cozinha.


— Hum... não, obrigado — responde Paco, sufocando o riso. — Será que a gente pode conversar? É sobre Poncho, sabe?


Ele não me perguntou sobre Isabel... Mas não sei se respiro de alívio, ou se fico ainda mais nervosa. Pois se Paco veio até aqui... O assunto é sério. Conduzo Paco pela casa. Passamos por duda, que está na sala, vendo uma revista.


— Duda, este é Paco, amigo de Poncho. Paco, esta é minha irmã, Eduarda.


Ao ouvir o nome de Poncho, duda solta um som agudo, expressando sua alegria.


— Oi, duda — diz Paco.


O sorriso de duda se torna ainda mais radiante.


— Dudinha, preciso de um favor... — Como resposta, duda sacode a cabeça. E eu digo, baixinho:


— Quero que você mantenha a mamãe ocupada, enquanto converso com Paco. 


Duda sorri de novo. Sei que posso contar com ela.  Minha mãe aparece na sala e nos ignora ostensivamente, enquanto empurra a cadeira de duda em direção à cozinha.  Saio com Paco para o terraço, onde poderemos ter um pouco de privacidade e ficar a salvo de mães bisbilhoteiras.  


— O que há?  


— Poncho precisa de ajuda. E não adianta eu falar, porque ele não vai me ouvir. Um grande carregamento de drogas está para chegar. E Poncho vai ser o cara, entendeu? O cara principal na transação. A peça-chave da estória.  


— Poncho nunca faria isso. Ele não mexe com drogas. Ele me prometeu.  


Os olhos de Paco me dizem que as coisas não são bem assim...  


— Tentei conversar com Poncho, mas não adiantou nada. Essa estória está muito estranha, Anahi. O que pediram para Poncho fazer... É coisa de tubarões, de grandes traficantes. Não entendo. Juro que não entendo por que Hector resolveu obrigar Poncho a entrar nessa... Por que Poncho?  


— O que posso fazer? — pergunto.  


— Diga a ele para achar um jeito de sair fora dessa roubada. É difícil, mas Poncho pode conseguir isso.  


Diga a ele? Mas como? Poncho não aceita ordens de ninguém. Não consigo entender como ele pode concordar em fazer parte dessa transação.  


— Anahi, o jantar já esfriou! — minha mãe grita, da janela da cozinha. — E seu pai acaba de chegar. Vamos nos sentar e comer, todos juntos, como uma família, só para variar!  


Um som de louça se quebrando... E ela é obrigada a interromper a bronca.  Brilhante jogada de duda, sem dúvida. Mas isso não vai me impedir de dizer a verdade a meus pais.  


— Espere aqui — eu digo a Paco. — A menos que você queira assistir a uma briga da família Portilla.  


Paco esfrega as mãos:  


— Esta promete ser melhor do que as brigas lá de casa.  


— Quem é o seu amigo? — pergunta meu pai, apreensivo.  


— Paco, este é papai. Papai, este é meu amigo Paco.  


— Oi — diz Paco.  


Meu pai responde com um aceno de cabeça. Minha mãe fecha a cara. E eu anuncio:  


— Vou sair com Paco.  


— Aonde vocês vão? — pergunta meu pai, totalmente confuso.  


— Vamos ver Poncho.  


— Nada disso — diz minha mãe. — Você não vai.  


Meu pai ergue as mãos, com cara de quem está realmente boiando.  


— Quem é Poncho? 


— É o outro garoto mexicano de quem lhe falei — minha mãe responde, ríspida. — Você não se lembra?  


— Não tenho conseguido me lembrar de coisa alguma, nesses dias, Patricia.  


Minha mãe se levanta, com o prato na mão, e joga-o dentro da pia. O prato se quebra... E a comida voa para todos os lados.  


— Nós sempre lhe demos de tudo, Anahi — diz minha mãe. — Um carro novo, roupas de grife...  


Minha paciência chega ao fim:  


— Tudo isso é muito superficial, mãe. Claro que, para todos os efeitos, vocês são pais maravilhosos, um casal bem-sucedido... Ao menos é isso que todo mundo pensa. Mas, como pais, vocês realmente são uma lástima. Eu daria um “C” negativo, para o desempenho de vocês. E olhe que vocês têm sorte... Pois, se eu fosse a Sra. Peterson, reprovaria os dois. Por que esse medo, esse horror de ter problemas? Todo mundo tem!  


Estou embalada e não consigo parar.  


— Escutem, Poncho está precisando de ajuda. E se tem uma coisa que faz parte do meu caráter, é minha lealdade com as pessoas a quem amo. Se isso ofende, se isso assusta vocês, sinto muito. duda fica agitada e todos nos voltamos para ela.  


— Anahi... — A voz vem do computador acoplado à cadeira de rodas da minha irmã.  Os dedos de duda estão ocupados em bater no teclado, buscando as palavras:  — Boa... menina.  


Cubro a mão de duda com a minha, antes de continuar meu discurso:  


— Se vocês quiserem me expulsar de casa, ou me deserdar, por eu ser quem sou... Fiquem à vontade, façam isso de uma vez por todas.  


Estou cansada de sentir medo... Medo por Poncho, medo por duda, medo por mim mesma. Chegou a hora de encarar todos os meus fantasmas, ou acabarei me entregando à aflição e à culpa, pelo resto da minha vida. Não sou uma pessoa perfeita. E é bom que o mundo inteiro saiba disso.  


— Mãe, estou indo até o colégio, para conversar com a orientadora pedagógica.  


Minha mãe contrai o rosto, mostrando seu desagrado.  


— Isso é o máximo da estupidez! E ficará registrado em seu histórico escolar, pelo resto da vida. Você não precisa de orientação nenhuma!  


— Preciso, sim — eu rebato, irredutível. — E você também precisa. Todos nós precisamos.  


— Escute bem, Anahi: se você sair por aquela porta... Não precisa voltar.  


— Você está sendo rebelde — meu pai intervém.  


— Eu sei. E estou gostando de ser. — Pego minha bolsa: é tudo o que tenho... A menos que eu inclua minhas roupas, no inventário. Sorrindo, estendo a mão a Paco. — Você está pronto?  


 


 


 


comentem amores!!



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): micheleponny

Este autor(a) escreve mais 6 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

— Sim — ele responde, prontamente, tomando a minha mão. Já no carro, me diz: — Você é valente, menina. Nunca pensei que fosse tão boa de briga.   Paco dirige até a região mais sombria da cidade... E me leva até um velho armazém, num lugar triste e desolado. Olho para o céu, carre ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 230



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • jeny_herrera_ Postado em 02/11/2016 - 20:04:13

    Uma das primeiras fics que li, e agora estou relendo. Amo essa estória. <3

  • lenny_ponny Postado em 02/08/2016 - 10:23:36

    Nossa que fic :) Amei!!!! a história Parabéns! Cheleh *-*

  • Lala AyA Postado em 27/03/2016 - 20:40:31

    Eeeee

  • isajuje Postado em 12/03/2014 - 16:57:15

    Finaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaalmente eu consegui vir comentar, aliás, eu sempre entrava, só que era pelo celular então era difícil comentar porque o verificador sempre dava incorreto ¬¬ isso é um saco. Foi mal não ter comentado e vindo dizer sobre todos os capítulos mas saiba de uma coisa: eu amei. Bem, nem tudo, não queria que o Paco tivesse aquele fim, morresse daquela forma e que Poncho tivesse dito coisas tão duras a Anahí ou que ele sofresse nas mãos da Sangue. Mas eles se deram bem no final, tiveram filhos e sem se importar com o que os outros pensavam, Poncho conseguiu ter uma vida decente, conseguiu sair da Sangue (&quot;: coisa maravilhosa KKKKK pois é, quase chorei mas me contive porque né KKKKKKKKKK mas eu amei, e obrigada por ter dividido esta história conosco. <3

  • portillas2 Postado em 04/03/2014 - 14:44:50

    Desculpa não ter comentado mais só que minha net tá um caos, mas quero dizer que sua web foi linda e eu SUPER AMEI bjus <3

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 23:04:03

    já vou acompanhar ;)

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 20:23:32

    EU QUE AGRADEÇO POR VC TER POSTADO UMA FIC* TÃO LINDA ASSIM...ME DEU UM NÓ NA GARGANTA QUANDO VI PACO HERRERA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ACHEI MARAVILHOSO...ELES HOMENAGEAREM ELE DESSA FORMA...AMEI MUITO MESMO...GOSTARIA MESMO QUE TIVESSE UMA 2 TEMPORADA ACHARIA MARAVILHOSA...BJUS E VOU ESTAR FIRME E FORTE NA NOVA FIC* ;)

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 20:02:43

    *_*

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 19:57:04

    posta...

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 19:40:04

    NÃO QUERIA QUE ACABASSE A FIC* VC ACHA QUE DÁ PRA FAZER UMA 2 TEMPORADA??????????????????? SERIA MARAVILHOSO :)


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais