Fanfic: Quimica perfeita - adaptada - AyA( Finalizada) | Tema: AyA
Anahi
O que você está fazendo aqui, Paco? O melhor amigo de Poncho é a última pessoa que eu esperava ver, em minha casa.
— Eu... meio que preciso falar com você.
— Quer entrar?
— Posso, mesmo? — ele pergunta, evidentemente nervoso. — Você tem certeza?
— Claro. Bem, provavelmente meus pais não vão gostar... Mas isso é comigo. Os dois não mudaram de ideia a respeito de duda. E estou cansada de fingir, de contemporizar, só por medo dos chiliques da minha mãe.
Este cara, que é o melhor amigo de Poncho, me aceita como sou. Tenho certeza de que não foi nada fácil, para ele, vir até aqui. Abrindo a porta totalmente, convido Paco a entrar. Se ele me perguntar sobre Isabel, o que direi? Ela me fez jurar que guardaria segredo.
— Quem está aí, Annie?
— Este é Paco — eu o apresento à minha mãe. — Um amigo do colégio.
— O jantar está na mesa — minha mãe lança a indireta, de um jeito nada discreto. — Diga a seu amigo que não é de bom tom fazer visitas na hora do jantar.
Eu me viro para Paco:
— Quer “beliscar” alguma coisa?
Estou sendo rebelde e me sinto ótima... Aliviada por estar falando o que sinto e penso. Minha mãe sai pisando duro, em direção à cozinha.
— Hum... não, obrigado — responde Paco, sufocando o riso. — Será que a gente pode conversar? É sobre Poncho, sabe?
Ele não me perguntou sobre Isabel... Mas não sei se respiro de alívio, ou se fico ainda mais nervosa. Pois se Paco veio até aqui... O assunto é sério. Conduzo Paco pela casa. Passamos por duda, que está na sala, vendo uma revista.
— Duda, este é Paco, amigo de Poncho. Paco, esta é minha irmã, Eduarda.
Ao ouvir o nome de Poncho, duda solta um som agudo, expressando sua alegria.
— Oi, duda — diz Paco.
O sorriso de duda se torna ainda mais radiante.
— Dudinha, preciso de um favor... — Como resposta, duda sacode a cabeça. E eu digo, baixinho:
— Quero que você mantenha a mamãe ocupada, enquanto converso com Paco.
Duda sorri de novo. Sei que posso contar com ela. Minha mãe aparece na sala e nos ignora ostensivamente, enquanto empurra a cadeira de duda em direção à cozinha. Saio com Paco para o terraço, onde poderemos ter um pouco de privacidade e ficar a salvo de mães bisbilhoteiras.
— O que há?
— Poncho precisa de ajuda. E não adianta eu falar, porque ele não vai me ouvir. Um grande carregamento de drogas está para chegar. E Poncho vai ser o cara, entendeu? O cara principal na transação. A peça-chave da estória.
— Poncho nunca faria isso. Ele não mexe com drogas. Ele me prometeu.
Os olhos de Paco me dizem que as coisas não são bem assim...
— Tentei conversar com Poncho, mas não adiantou nada. Essa estória está muito estranha, Anahi. O que pediram para Poncho fazer... É coisa de tubarões, de grandes traficantes. Não entendo. Juro que não entendo por que Hector resolveu obrigar Poncho a entrar nessa... Por que Poncho?
— O que posso fazer? — pergunto.
— Diga a ele para achar um jeito de sair fora dessa roubada. É difícil, mas Poncho pode conseguir isso.
Diga a ele? Mas como? Poncho não aceita ordens de ninguém. Não consigo entender como ele pode concordar em fazer parte dessa transação.
— Anahi, o jantar já esfriou! — minha mãe grita, da janela da cozinha. — E seu pai acaba de chegar. Vamos nos sentar e comer, todos juntos, como uma família, só para variar!
Um som de louça se quebrando... E ela é obrigada a interromper a bronca. Brilhante jogada de duda, sem dúvida. Mas isso não vai me impedir de dizer a verdade a meus pais.
— Espere aqui — eu digo a Paco. — A menos que você queira assistir a uma briga da família Portilla.
Paco esfrega as mãos:
— Esta promete ser melhor do que as brigas lá de casa.
— Quem é o seu amigo? — pergunta meu pai, apreensivo.
— Paco, este é papai. Papai, este é meu amigo Paco.
— Oi — diz Paco.
Meu pai responde com um aceno de cabeça. Minha mãe fecha a cara. E eu anuncio:
— Vou sair com Paco.
— Aonde vocês vão? — pergunta meu pai, totalmente confuso.
— Vamos ver Poncho.
— Nada disso — diz minha mãe. — Você não vai.
Meu pai ergue as mãos, com cara de quem está realmente boiando.
— Quem é Poncho?
— É o outro garoto mexicano de quem lhe falei — minha mãe responde, ríspida. — Você não se lembra?
— Não tenho conseguido me lembrar de coisa alguma, nesses dias, Patricia.
Minha mãe se levanta, com o prato na mão, e joga-o dentro da pia. O prato se quebra... E a comida voa para todos os lados.
— Nós sempre lhe demos de tudo, Anahi — diz minha mãe. — Um carro novo, roupas de grife...
Minha paciência chega ao fim:
— Tudo isso é muito superficial, mãe. Claro que, para todos os efeitos, vocês são pais maravilhosos, um casal bem-sucedido... Ao menos é isso que todo mundo pensa. Mas, como pais, vocês realmente são uma lástima. Eu daria um “C” negativo, para o desempenho de vocês. E olhe que vocês têm sorte... Pois, se eu fosse a Sra. Peterson, reprovaria os dois. Por que esse medo, esse horror de ter problemas? Todo mundo tem!
Estou embalada e não consigo parar.
— Escutem, Poncho está precisando de ajuda. E se tem uma coisa que faz parte do meu caráter, é minha lealdade com as pessoas a quem amo. Se isso ofende, se isso assusta vocês, sinto muito. duda fica agitada e todos nos voltamos para ela.
— Anahi... — A voz vem do computador acoplado à cadeira de rodas da minha irmã. Os dedos de duda estão ocupados em bater no teclado, buscando as palavras: — Boa... menina.
Cubro a mão de duda com a minha, antes de continuar meu discurso:
— Se vocês quiserem me expulsar de casa, ou me deserdar, por eu ser quem sou... Fiquem à vontade, façam isso de uma vez por todas.
Estou cansada de sentir medo... Medo por Poncho, medo por duda, medo por mim mesma. Chegou a hora de encarar todos os meus fantasmas, ou acabarei me entregando à aflição e à culpa, pelo resto da minha vida. Não sou uma pessoa perfeita. E é bom que o mundo inteiro saiba disso.
— Mãe, estou indo até o colégio, para conversar com a orientadora pedagógica.
Minha mãe contrai o rosto, mostrando seu desagrado.
— Isso é o máximo da estupidez! E ficará registrado em seu histórico escolar, pelo resto da vida. Você não precisa de orientação nenhuma!
— Preciso, sim — eu rebato, irredutível. — E você também precisa. Todos nós precisamos.
— Escute bem, Anahi: se você sair por aquela porta... Não precisa voltar.
— Você está sendo rebelde — meu pai intervém.
— Eu sei. E estou gostando de ser. — Pego minha bolsa: é tudo o que tenho... A menos que eu inclua minhas roupas, no inventário. Sorrindo, estendo a mão a Paco. — Você está pronto?
comentem amores!!
Autor(a): micheleponny
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— Sim — ele responde, prontamente, tomando a minha mão. Já no carro, me diz: — Você é valente, menina. Nunca pensei que fosse tão boa de briga. Paco dirige até a região mais sombria da cidade... E me leva até um velho armazém, num lugar triste e desolado. Olho para o céu, carre ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 230
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jeny_herrera_ Postado em 02/11/2016 - 20:04:13
Uma das primeiras fics que li, e agora estou relendo. Amo essa estória. <3
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lenny_ponny Postado em 02/08/2016 - 10:23:36
Nossa que fic :) Amei!!!! a história Parabéns! Cheleh *-*
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Lala AyA Postado em 27/03/2016 - 20:40:31
Eeeee
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isajuje Postado em 12/03/2014 - 16:57:15
Finaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaalmente eu consegui vir comentar, aliás, eu sempre entrava, só que era pelo celular então era difícil comentar porque o verificador sempre dava incorreto ¬¬ isso é um saco. Foi mal não ter comentado e vindo dizer sobre todos os capítulos mas saiba de uma coisa: eu amei. Bem, nem tudo, não queria que o Paco tivesse aquele fim, morresse daquela forma e que Poncho tivesse dito coisas tão duras a Anahí ou que ele sofresse nas mãos da Sangue. Mas eles se deram bem no final, tiveram filhos e sem se importar com o que os outros pensavam, Poncho conseguiu ter uma vida decente, conseguiu sair da Sangue (": coisa maravilhosa KKKKK pois é, quase chorei mas me contive porque né KKKKKKKKKK mas eu amei, e obrigada por ter dividido esta história conosco. <3
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portillas2 Postado em 04/03/2014 - 14:44:50
Desculpa não ter comentado mais só que minha net tá um caos, mas quero dizer que sua web foi linda e eu SUPER AMEI bjus <3
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franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 23:04:03
já vou acompanhar ;)
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franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 20:23:32
EU QUE AGRADEÇO POR VC TER POSTADO UMA FIC* TÃO LINDA ASSIM...ME DEU UM NÓ NA GARGANTA QUANDO VI PACO HERRERA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ACHEI MARAVILHOSO...ELES HOMENAGEAREM ELE DESSA FORMA...AMEI MUITO MESMO...GOSTARIA MESMO QUE TIVESSE UMA 2 TEMPORADA ACHARIA MARAVILHOSA...BJUS E VOU ESTAR FIRME E FORTE NA NOVA FIC* ;)
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franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 20:02:43
*_*
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franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 19:57:04
posta...
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franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 19:40:04
NÃO QUERIA QUE ACABASSE A FIC* VC ACHA QUE DÁ PRA FAZER UMA 2 TEMPORADA??????????????????? SERIA MARAVILHOSO :)