Fanfics Brasil - 168 Quimica perfeita - adaptada - AyA( Finalizada)

Fanfic: Quimica perfeita - adaptada - AyA( Finalizada) | Tema: AyA


Capítulo: 168

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Anahi


 


Hoje é primeiro de abril. Faz cinco meses que não vejo Poncho. Não o vejo desde aquele dia, no hospital.  Os comentários sobre Poncho e Paco finalmente arrefeceram.  Os psicólogos, assistentes sociais e orientadores educacionais “extras” que mandaram aqui para o colégio, já foram embora.  Na semana passada eu disse à orientadora educacional que durmo mais de cinco horas por noite, mas isso é mentira. Desde que Poncho levou aquele tiro, tenho dificuldades para dormir. Sempre acordo no meio da noite, porque não consigo deixar de pensar naquela conversa horrível que tivemos no hospital.


A orientadora disse que levarei um bom tempo para superar esse sentimento, essa mágoa por ter sido traída.  O problema é que não me sinto traída; na verdade, me sinto triste e humilhada. Depois de tudo, ainda passo horas olhando as fotos que tirei de Poncho com meu celular, naquela noite, no Club Mystique.  


Depois de receber alta no hospital, ele desapareceu.  Bem, Poncho já não faz parte da minha vida. Não fisicamente... Mas será, para sempre, uma parte de mim, da qual não posso me livrar, mesmo que eu quisesse.  Uma coisa positiva, decorrente de toda essa loucura, é que minha família levou duda para o Colorado, para conhecer a Casa de Repouso Sunny Acres. E Duda realmente gostou de lá. Os pacientes podem participar de várias atividades diárias, inclusive esportes. E a cada três meses recebem a visita de uma celebridade, geralmente, artistas famosos, que se apresentam gratuitamente em concertos e outros tipos de espetáculo. duda ficou tão feliz quando soube disso!  


Deixar minha irmã escolher seu próprio caminho foi muito difícil, mas consegui. E não fiquei deprimida. Saber que duda foi para Sunny Acres por sua livre vontade, me deixou bem melhor...  E mais forte para suportar sua ausência. Mas, agora, estou sozinha.  Ao partir, Poncho levou consigo uma parte do meu coração. Estou guardando, com todo o cuidado, o que restou. Cheguei à conclusão de que a única coisa que posso controlar é minha própria vida. Poncho escolheu sua rota. E essa rota me excluia.  No colégio, ignoro os amigos de Poncho e eles me ignoram. Todos fingimos que nada aconteceu, no início desse no letivo. Todos... Exceto Isabel.  Nós conversamos, às vezes, mas é tão doloroso... Uma silenciosa e mútua compreensão nos une. Pois, de certo modo compartilhamos o mesmo sofrimento.   


Ao abrir meu armário, numa tarde de maio, antes a aula de Química, encontro um par de aquecedores de mãos, O pior momento de minha vida me vem à lembrança, com força total. Será que Poncho esteve aqui? Será que foi ele quem colocou esses aquecedores no meu armário?  Por mais que eu tente esquecer Poncho, não consigo. Li, em algum lugar, que a memória do peixe-vermelho só dura cinco segundos... Que inveja! Minha memória, meu amor por Poncho, vai durar a vida inteira.  


Aperto esse par de macios aquecedores de mãos junto ao peito, e caio de joelhos, chorando. É, ando mesmo deprimida. Dulce se abaixa a meu lado e pergunta:  


— Annie, qual é o problema?  Sinto-me incapaz de me mover, de reunir forças para me levantar. — Vamos lá, Annie — diz dulce, me ajudando a ficar em pé. — Está todo mundo olhando.  


Darlene passa por nós.  


— Falando sério, Annie, será que já não é hora e esquecer aquele bandido do seu namorado, que nunca ligou a mínima pra você? Francamente, você está se tornando patética — ela diz, chamando a atenção geral, para que todos a escutem muito bem.  


Colin aparece ao lado de Darlene e, me olhando com desprezo, comenta:  


— Alfonso teve o que mereceu.  


Esteja certo ou errado, lute pelo que você acredita...  Fecho as mãos com força e avanço para Colin... Ele se esquiva com facilidade, agarra meu pulso e torce, obrigando-me a dobrar o braço. Caio de joelhos.  Chris intervém:  


— Solte a Annie agora mesmo, Colin.  


— Fique fora disso, Christopher Urckeman.  


— Humilhar essa garota, só porque ela trocou você por outro cara, é jogo sujo.  


Colin me empurra para um lado e arregaça as mangas da camisa. Não posso deixar que Chris assuma uma luta que é só minha.  


— Se você quiser brigar com ele, terá que passar por cima de mim — eu digo.  


Para minha surpresa, Isabel se coloca entre Colin e eu:  


— E se você quiser brigar com Annie, terá que passar por cima de mim... dulce se coloca ao lado de Isabel.  


— E de mim também.  


Um garoto mexicano, chamado Sam, empurra Christian Chavez para o lado de Isabel e diz:  


— Este cara pode quebrar seu braço com um só golpe, cretino! Suma da minha frente, antes que eu solte o Christian em cima de você.  


Christian, vestindo uma camisa vermelha e calças brancas, resmunga e rosna, numa evidente tentativa de intimidar Colin... Sem muito sucesso.  


Colin olha para os lados, buscando apoio. Pisco os olhos, mal acreditando no que vejo. Talvez o universo tenha saído da rota... Mas, agora, parece que os planetas estão querendo se alinhar.


— Vamos embora, Colin — diz Darlene, num tom autoritário. — De qualquer modo, não precisamos desses babacas.  


Os dois se afastam. E quase sinto pena deles. Quase.  


— Estou tão orgulhosa de você, Christopher — diz dulce, atirando-se nos braços de seu namorado.  Os dois se beijam, sem ligar a mínima para a platéia, nem para a política que proíbe “Demonstrações de Afeto em Público” no Colégio Fairfield.  


— Eu amo você — diz Chris, parando para tomar fôlego.  


— Também amo você — diz dulce, com uma voz infantil.  


— Ei, arranjem um quarto! — diz alguém. — Vão pra a cama!


 Mas os dois continuam se acariciando, até que a música invade os corredores, através dos alto-falantes, anunciando o começo da próxima aula. Os alunos se dispersam... E eu continuo segurando os aquecedores de mãos, junto ao peito.  Isabel se ajoelha ao meu lado:  


— Sabe, eu nunca declarei meu amor ao Paco. Não quis correr o risco e, agora, é tarde demais.


— Lamento muito, Isa. Mas talvez tenha sido melhor assim. Eu corri o risco, mas, de qualquer modo, acabei perdendo Poncho.  


Ela encolhe os ombros. Sei que está tentando se manter forte, para seguir adiante, sem entregar os pontos, sem largar os estudos.  


— Acho que um dia vou superar tudo isso. Não é lá muito provável, mas posso ter esperanças, não é? — diz Isabel, endireitando os ombros e se erguendo, com uma expressão decidida.  


Eu a observo, enquanto ela se afasta. Será que Isabel compartilha esse assunto com suas outras amigas... Ou apenas comigo?  


— Vamos — diz dulce, se soltando dos braços de Chris e me puxando em direção à saída. Enxugo os olhos com as costas da mão e me sento na calçada, junto ao carro de dulce. Estou matando aula, mas já não me importo com isso.  


— Estou bem, dulce — digo. — De verdade.  


— Não, você não está nada bem. Sou sua melhor amiga, Annie. Sempre fui, antes e depois dos seus namorados. Portanto, pode desabafar... Estou ouvindo.  


— Eu amo Poncho.  


— Grande novidade, Sherlock. Agora, me conte alguma coisa que eu não saiba.  


— Ele me usou. Fez sexo comigo, só para ganhar uma aposta. E, mesmo assim, não deixei de amá-lo... dulce, eu sou mesmo patética.  


— Você fez sexo e não me contou? Pensei que isso fosse boato, sabe? Boato do tipo mentiroso, sem fundamento.  


 


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Autor(a): micheleponny

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  Apoio o rosto nas mãos, me sentindo totalmente frustrada. — É brincadeira, Annie! Até porque, nem me interessa saber... Ok, me interessa, mas só se você quiser contar — diz dulce. — Mas vamos deixar esse assunto de lado, por enquanto. Sabe, eu via o jeito como Poncho olhava pra você... Não era poss&ia ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 230



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  • jeny_herrera_ Postado em 02/11/2016 - 20:04:13

    Uma das primeiras fics que li, e agora estou relendo. Amo essa estória. <3

  • lenny_ponny Postado em 02/08/2016 - 10:23:36

    Nossa que fic :) Amei!!!! a história Parabéns! Cheleh *-*

  • Lala AyA Postado em 27/03/2016 - 20:40:31

    Eeeee

  • isajuje Postado em 12/03/2014 - 16:57:15

    Finaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaalmente eu consegui vir comentar, aliás, eu sempre entrava, só que era pelo celular então era difícil comentar porque o verificador sempre dava incorreto ¬¬ isso é um saco. Foi mal não ter comentado e vindo dizer sobre todos os capítulos mas saiba de uma coisa: eu amei. Bem, nem tudo, não queria que o Paco tivesse aquele fim, morresse daquela forma e que Poncho tivesse dito coisas tão duras a Anahí ou que ele sofresse nas mãos da Sangue. Mas eles se deram bem no final, tiveram filhos e sem se importar com o que os outros pensavam, Poncho conseguiu ter uma vida decente, conseguiu sair da Sangue (&quot;: coisa maravilhosa KKKKK pois é, quase chorei mas me contive porque né KKKKKKKKKK mas eu amei, e obrigada por ter dividido esta história conosco. <3

  • portillas2 Postado em 04/03/2014 - 14:44:50

    Desculpa não ter comentado mais só que minha net tá um caos, mas quero dizer que sua web foi linda e eu SUPER AMEI bjus <3

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 23:04:03

    já vou acompanhar ;)

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 20:23:32

    EU QUE AGRADEÇO POR VC TER POSTADO UMA FIC* TÃO LINDA ASSIM...ME DEU UM NÓ NA GARGANTA QUANDO VI PACO HERRERA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ACHEI MARAVILHOSO...ELES HOMENAGEAREM ELE DESSA FORMA...AMEI MUITO MESMO...GOSTARIA MESMO QUE TIVESSE UMA 2 TEMPORADA ACHARIA MARAVILHOSA...BJUS E VOU ESTAR FIRME E FORTE NA NOVA FIC* ;)

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 20:02:43

    *_*

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 19:57:04

    posta...

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 19:40:04

    NÃO QUERIA QUE ACABASSE A FIC* VC ACHA QUE DÁ PRA FAZER UMA 2 TEMPORADA??????????????????? SERIA MARAVILHOSO :)


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