Fanfic: Quimica perfeita - adaptada - AyA( Finalizada) | Tema: AyA
Minha mãe não responde. E isso não me surpreende. No minuto seguinte, meu pai entra na cozinha, resmungado sobre seus problemas no trabalho. Ele tem uma empresa que fabrica chips para computação. E já nos preveniu, dizendo que este seria um ano de vacas magras. Só que, minha mãe continua fazendo compras, com frequência. E ele me deu um BMW de aniversário.
— O que há para o jantar? — meu pai pergunta, afrouxando o nó da gravata. Parece exausto e desgastado, como sempre. Minha mãe lança um olhar ao microondas:
— Filés. Steak.
— Não estou com disposição para alimentos pesados — ele diz.— Quero fazer apenas uma refeição leve.
Irritada, minha mãe desliga o microondas:
— Ovos? Espaguete? — Ela faz várias sugestões... em vão. Meu pai sai da cozinha. Mesmo quando ele está aqui, fisicamente, sua mente continua ligada no trabalho.
—Tanto faz — ele responde, do corredor. — Algo leve, apenas. Em momentos assim, eu lamento muito por minha mãe, que nunca recebe uma verdadeira atenção do meu pai. Quando ele não está trabalhando, ou em viagem de negócios, parece sempre distante e alheio. Talvez simplesmente não goste de estar com a família.
— Vou fazer uma salada — eu digo, abrindo a geladeira e pegando um pé de alface. Minha mãe parece grata pela ajuda... Se é que seu pequeno sorriso pode servir de indicação. Trabalhamos, ambas, lado a lado, em silêncio. Arrumo a mesa, enquanto ela traz a salada, os ovos mexidos e as torradas. Em seguida começa a se queixar, dizendo que não está sendo valorizada... Mas compreendo que ela só quer que eu a escute, sem dar palpites.
Duda continua entretida com suas revistas, alheia à tensão entre meus pais.
— Na sexta-feira irei para a China, por duas semanas — meu pai anuncia, ao voltar à cozinha, usando moletom e camiseta T-shirt. Senta-se pesadamente no lugar costumeiro, à cabeceira da mesa, e serve-se de ovos mexidos.— Nosso fornecedor de lá está enviando material com defeito... E vou descobrir por que.
— E quanto ao casamento do filho dos DeMaio? Será no próximo fim de semana e nós já confirmamos presença.
Meu pai deixa cair o garfo no prato e olha para minha mãe: — Sim, tenho certeza de que esse casamento é mais importante do que o bom andamento dos meus negócios.
— Bill, eu não quis dizer isso — minha mãe argumenta, soltando seu próprio garfo no prato.
É um milagre que nossos pratos não tenham trincas permanentes.
— Apenas, não fica bem cancelar um compromisso desses assim, de última hora.
— Você pode ir sozinha, se quiser.
— E deixar que as pessoas comecem a especular o motivo da sua ausência? Não, obrigada.
Esta é um conversa típica do jantar dos Portillas: meu pai contando sobre o quanto seu trabalho é árduo, minha mãe tentando manter nossa fachada de família feliz, e eu e duda quietinhas, nos bastidores...
— Como foi o colégio, hoje? — minha mãe finalmente me pergunta.
— Tudo bem — eu digo, omitindo a parceria com Poncho Herrera. — Minha professora de Química é uma fera.
— Talvez você nem devesse ter aulas de Química, neste ano — meu pai comenta. — Se você não conseguir uma média alta, nessa matéria, seu histórico escolar estará irremediavelmente comprometido. A Northwestern é uma universidade difícil... E eles não vão facilitar as coisas para você, só porque eu estudei lá.
— Eu sei, papai — digo, agora me sentindo totalmente deprimida. Se Poncho não levar nosso projeto de Química a sério, como poderei tirar um “A”?
— A nova enfermeira de Eduarda começou hoje — diz minha mãe. — Você se lembrou disso, Bill?
Meu pai dá de ombros. Quando a última enfermeira se demitiu, ele disse que deveríamos internar duda numa instituição. Não me lembro de ter gritado tanto, em minha vida, como naquele dia. Pois eu nunca deixaria que mandassem duda para um lugar onde ela pudesse ser negligenciada ou incompreendida. Preciso manter um olho nela, o tempo inteiro. Por isso é tão importante, para mim, entrar na Northwestern, que é aqui perto. Ficando próxima de casa, posso continuar morando aqui, posso me certificar de que meus pais não mandarão duda embora.
Às nove, Megan me liga para se queixar de Darlene. Diz que Darlene mudou muito, durante o verão, e agora está se achando o máximo, só porque começou a sair com um cara da Universidade.
Às nove e meia, Darlene me liga para dizer que acha que Megan está com ciúmes, só porque ela está saindo com um cara da Universidade.
Às nove e quarenta e cinco, dulce me liga para dizer que conversou com Megan e também com Darlene, nesta noite... E que não devemos nos envolver nessa estória... Eu concordo, mas acho que já nos envolvemos.
Às dez e quarenta e cinco, finalmente termino meu texto sobre “respeito” para entregar à Sra. Peterson, e então ajudo minha mãe a pôr duda na cama. Estou tão exausta, que minha cabeça parece prestes a se desprender do pescoço e cair... me enfio na cama, depois de vestir o pijama, e ligo para Colin.
— Ei, baby — ele diz. — O que você andou fazendo?
— Não muita coisa... Estou na cama. E você se divertiu, lá no christopher?
— Nem tanto quanto eu me divertiria, se você estivesse junto.
— Quando você voltou?
— Há mais ou menos uma hora. Estou tão feliz por você me ligar!
Puxo meu edredom até o queixo e afundo a cabeça no meu travesseiro macio.
— É mesmo? — digo, num tom sedutor, tentando ganhar um elogio. — E por quê?
Faz muito tempo que ele não diz que me ama. Sei que ele não é a pessoa mais carinhosa deste mundo... Meu pai também não. Mas preciso ouvir isso de Colin. Quero que ele diga que sentiu minha falta. Que sou a garota dos seus sonhos. Colin limpa a garganta, antes de dizer:
— Nós nunca fizemos sexo por telefone, não é, Anny?
Bem, não eram essas as palavras que eu esperava ouvir. Mas não devo me decepcionar, nem me surpreender. Afinal, Colin é um rapaz. E sei que os rapazes só pensam em fazer sexo e se divertir. Hoje à tarde, quando li o que Poncho escreveu no meu caderno, sobre ter sexo quente, senti algo esquisito, que logo sufoquei... Claro que ele nem imagina que sou virgem. Colin e eu nunca fizemos sexo. Nem de verdade, nem por telefone. Chegamos bem perto disso, em abril do ano passado, na praia, nos fundos da casa de dulce... Mas eu me acovardei. Não estava preparada.
— Sexo por telefone?
— Sim... Comece a se tocar, Anny. E, depois, me conte o que estiver fazendo. Isso vai me deixar muito excitado.
— E o que você vai fazer, enquanto eu estiver me tocando? — pergunto.
— Ora, o que você acha que farei... meu dever de casa? Vou me masturbar, é claro. Começo a rir... Um riso que é mais nervoso do que divertido, pois não nos vemos há algum tempo, nem sequer conversamos muito... E agora ele quer que a gente passe do simples “olá, que bom nos encontrarmos depois de um verão inteiro separados” para “comece a se tocar enquanto me masturbo” em um só dia. Sinto-me no meio de uma música de Pat McCurdy.
— Ora, vamos, Anny — diz Colin. — Encare isso como um ensaio, antes de partirmos para a prática real... Tire sua camisola e comece a se tocar.
— Colin... — eu digo. — O quê? — Desculpe, mas não vou fazer isso... Ao menos não neste momento.
— Tem certeza?
— Sim... Você ficou zangado?
— Não — ele responde. — Mas achei que isso seria bom para esquentar um pouco o nosso relacionamento.
— Eu nem sabia que estávamos frios.
— Os estudos, os treinos, os encontros com a turma... Acho que depois de passar o verão fora, não aguento mais a velha rotina. Pratiquei esqui aquático, wakeboarding e viagens off-road... Coisas que fazem o coração bater e o sangue bombar, você sabe... Pura adrenalina!
— Parece incrível.
— E foi mesmo. Anny...?
— Sim?
— Estou pronto para essa viagem de adrenalina... com você.
Autor(a): micheleponny
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Poncho Empurro o cara contra um belo e reluzente Camaro preto, que provavelmente custou mais do que minha mãe consegue ganhar em um ano. — Escute aqui, Blake... — eu digo — se você não pagar agora, vou quebrar alguma coisa sua... Não um objeto, ou o seu carro danado de bonito... Mas algo que seja permanent ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 230
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jeny_herrera_ Postado em 02/11/2016 - 20:04:13
Uma das primeiras fics que li, e agora estou relendo. Amo essa estória. <3
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lenny_ponny Postado em 02/08/2016 - 10:23:36
Nossa que fic :) Amei!!!! a história Parabéns! Cheleh *-*
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Lala AyA Postado em 27/03/2016 - 20:40:31
Eeeee
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isajuje Postado em 12/03/2014 - 16:57:15
Finaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaalmente eu consegui vir comentar, aliás, eu sempre entrava, só que era pelo celular então era difícil comentar porque o verificador sempre dava incorreto ¬¬ isso é um saco. Foi mal não ter comentado e vindo dizer sobre todos os capítulos mas saiba de uma coisa: eu amei. Bem, nem tudo, não queria que o Paco tivesse aquele fim, morresse daquela forma e que Poncho tivesse dito coisas tão duras a Anahí ou que ele sofresse nas mãos da Sangue. Mas eles se deram bem no final, tiveram filhos e sem se importar com o que os outros pensavam, Poncho conseguiu ter uma vida decente, conseguiu sair da Sangue (": coisa maravilhosa KKKKK pois é, quase chorei mas me contive porque né KKKKKKKKKK mas eu amei, e obrigada por ter dividido esta história conosco. <3
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portillas2 Postado em 04/03/2014 - 14:44:50
Desculpa não ter comentado mais só que minha net tá um caos, mas quero dizer que sua web foi linda e eu SUPER AMEI bjus <3
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franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 23:04:03
já vou acompanhar ;)
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franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 20:23:32
EU QUE AGRADEÇO POR VC TER POSTADO UMA FIC* TÃO LINDA ASSIM...ME DEU UM NÓ NA GARGANTA QUANDO VI PACO HERRERA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ACHEI MARAVILHOSO...ELES HOMENAGEAREM ELE DESSA FORMA...AMEI MUITO MESMO...GOSTARIA MESMO QUE TIVESSE UMA 2 TEMPORADA ACHARIA MARAVILHOSA...BJUS E VOU ESTAR FIRME E FORTE NA NOVA FIC* ;)
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franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 20:02:43
*_*
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franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 19:57:04
posta...
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franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 19:40:04
NÃO QUERIA QUE ACABASSE A FIC* VC ACHA QUE DÁ PRA FAZER UMA 2 TEMPORADA??????????????????? SERIA MARAVILHOSO :)