Fanfics Brasil - 45 Quimica perfeita - adaptada - AyA( Finalizada)

Fanfic: Quimica perfeita - adaptada - AyA( Finalizada) | Tema: AyA


Capítulo: 45

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Poncho


 


 


Você chama isso de beijo?  


— Sim.  


Ok. É preciso reconhecer que fiquei em estado de choque porque a garota encostou seu rostinho de boneca na minha mão. Nossa, pelo modo como meu corpo reagiu, qualquer um seria capaz de pensar que eu estava drogado. Por um momento, fiquei totalmente enfeitiçado por ela... E então a bela bruxinha virou o jogo e deu as cartas, deixando bem claro quem é que mandava na estória. A verdade é que ela me surpreendeu.  Começo a rir, de propósito, chamando a atenção sobre nós, pois sei que é exatamente isso que ela não quer.  


— Psiu! — diz Anahi, batendo no meu ombro, para me fazer calar.  Eu rio ainda mais alto e ela me golpeia o braço ferido, com seu pesado livro de Química... Eu me encolho.  


— Ai! — o corte dói como se um milhão de pequenas abelhas me picassem ao mesmo tempo. — Porra, é insuportável!  


Anahi morde o lábio inferior, coberto por uma fina camada de cereja  que, a meu ver, combina perfeitamente com ela... Mas se o brilho fosse da cor Pink Blossom, eu também não acharia nada mal.  


— Eu machuquei você? — ela pergunta.  


— Sim — eu respondo, tentando me concentrar mais nos seus lábios do que na dor.  — Ótimo.  Levanto a camisa para examinar meu ferimento que, agora — graças à minha parceira de Química —, começou a sangrar justo onde o médico fez a sutura, depois daquela briga com os Satin Hoods no velho parque.  Para uma jovem frágil e sensível, Anahi bate forte.  Ao ver o estrago, ela quase perde o fôlego:  


— Oh, meu Deus! Eu não queria machucar você, Poncho. Realmente, não... Pensei que o ferimento fosse no outro ombro. Você olhou para ele, quando ameaçou me mostrar a cicatriz.  


— Na verdade, eu não ia mostrar nada — digo — Estava só provocando você... Mas tudo bem. — Rapaz, até parece que essa garota nunca viu sangue vermelho jorrando, antes. Vai ver que o sangue dela, quando brota, é azul...  


— Não, não está nada bem — ela insiste, apavorada. — Seus pontos estão sangrando.


— São grampos — eu corrijo, tentando aliviar o clima. A garota está mais branca do que já é. E respira com dificuldade, está quase sem ar. Se ela desmaiar, acabarei perdendo a aposta com Lucky. Se ela não aguenta ver esse filete de sangue... Como vai aguentar fazer sexo comigo? A menos que a gente não tire a roupa... Assim, ela não verá minhas várias cicatrizes. Ou, se fizermos sexo no escuro, ela pode fingir que sou um cara branco e rico. Dane-se! Quero as luzes todas acesas.  Quero sentir essa garota inteira junto a mim... E quero que ela saiba quem está comigo e não com outro qualquer.  


— Poncho, você está bem? — pergunta Anahi, com um interesse que parece sincero.  Devo contar que estava distraído, sonhando em fazer sexo com ela?  A Sra. Peterson caminha em nossa direção, com um olhar severo:  


— Ei, vocês dois, isto aqui é uma biblioteca. Tratem de se comportar. — Só então percebe o filete de sangue que escorre pelo meu braço, manchando a manga da camisa.


— Anahi, acompanhe Poncho até a enfermaria. E você, Poncho, trate de enfaixar bem esse ferimento, antes de vir à escola.  


— A senhora deveria ser mais solidária, professora. Não vê que estou me esvaindo em sangue?  


— Faça alguma coisa pelo bem da Humanidade ou do nosso planeta, Poncho... E você poderá contar com a minha solidariedade. Não tenho nada a oferecer a pessoas que se envolvem em brigas de faca, a não ser meu desgosto. Agora, vá cuidar desse ferimento.  


Anahi pega os livros do meu colo e diz, com voz trêmula:  


— Vamos.  


— Posso levar os livros — eu digo, enquanto saímos da biblioteca. Pressiono minha manga contra o ferimento, na esperança de estancar o sangue.  Anahi caminha na minha frente. Se eu lhe disser que preciso de ajuda para andar, pois estou me sentindo fraco... Será que ela vai acreditar? Será que virá me socorrer? Talvez eu devesse tropeçar... Mesmo sabendo que ela não se importaria.  Quando estamos quase chegando à enfermaria, Anahi se vira para mim. Suas mãos tremem.  


— Sinto muito, Poncho. Eu... não queria... não tive intenção...  Anahi está mal. Não sei o que vou fazer, se ela chorar. Não estou acostumado a ver garotas chorando. Acho que nunca vi Carmen chorar, nem mesmo uma única vez, em todo o tempo que durou nosso namoro. Na verdade, acho que Carmen nem possui canais lacrimais.  Puxa, isso me deixa excitado, porque garotas do tipo emocional mexem comigo.  


— Hum... Você está bem? — pergunto.  


— Se essa estória se espalhar, minha vida estará arruinada... Oh, Deus! E se a Sra. Peterson ligar para os meus pais... estarei morta. Ou, ao menos, será preferível estar... Ela fala rápido, tremendo, como se fosse um carro destrambelhado e sem freios, descendo uma ladeira.  


— Anahi...?  


— ...E minha mãe vai achar que a culpa é minha. E é mesmo, eu sei. Ela vai me pedir explicações, mas como fazer minha mãe entender que o ombro ferido era o outro...? Que eu pensava que era o outro... Ah, eu espero que...  Antes que ela diga a próxima palavra, eu grito:  


— Anahi!  Ela me olha com uma expressão tão confusa, que não sei se sinto pena ou se fico atordoado...  


— Controle-se garota. Você está pirando — eu aviso.  Os olhos de Anahi geralmente são claros e brilhantes, mas agora parecem vazios e sem brilho... Como se ela não estivesse presente, aqui, neste momento.  Ela olha para baixo, para cima... Olha para todos os lados, menos para mim. Então, diz:  


— Não, de modo algum. Eu estou bem.  


— Está, nada. Olhe para mim.  


— Estou bem — ela insiste, olhando agora para um armário, do outro lado do corredor. — Esqueça tudo o que eu disse.  


— Se você não se controlar, meu sangue vai se espalhar pelo chão... E então vou acabar precisando da merda de uma transfusão. Olhe para mim, porra!  Ela enfim me olha... ofegante:  


— Descontrolada, você disse? Sim, eu sei que a minha vida está descontrolada... Já percebi isso.  


— Você não teve intenção de me machucar. E, de qualquer modo, eu provoquei isso — digo, tentando aliviar o clima, para que essa garota não sofra um colapso total, aqui, no meio do corredor. — Você está preocupada com sua reputação... Bem, para que serve uma reputação, se você não puder arruiná-la, de vez em quando?  


— Não tente fazer com que eu me sinta melhor, Poncho. Eu odeio você.  


— Também odeio você. Agora, por favor, saia da minha frente. Senão, acabarei inundando o corredor com o meu sangue... O coitado do zelador terá que limpar essa bagunça. E o cara é meu parente, sabe?  Anahi meneia a cabeça.


Está na cara que ela não acredita que o zelador aqui do colégio é meu parente. Bem, não é propriamente um parente... Mas tem família na pequena Atencingo, no México, a mesma cidade onde moram alguns primos da minha mãe.  Em vez de sair da frente, minha parceira de Química abre a porta da enfermaria para mim.  Acho que Anahi voltou a funcionar, embora suas mãos ainda estejam trêmulas.  


— Ele está sangrando! — ela avisa a Srta. Koto, a enfermeira aqui do colégio.  A Srta. Koto me manda sentar numa cama, me examina e pergunta:  


— O que aconteceu?  



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Autor(a): micheleponny

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Olho para Anahi, que me devolve um olhar onde leio o medo de que eu morra aqui, neste momento. Quando chegar a minha hora, espero em Deus que o Anjo da Morte se pareça com Anahi. Ficarei muito feliz de ir para o inferno, desde que uma figura linda como Anahi apareça para me dar boas-vindas.   — Meus grampos abriram — eu digo. — Nada muit ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 230



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  • jeny_herrera_ Postado em 02/11/2016 - 20:04:13

    Uma das primeiras fics que li, e agora estou relendo. Amo essa estória. <3

  • lenny_ponny Postado em 02/08/2016 - 10:23:36

    Nossa que fic :) Amei!!!! a história Parabéns! Cheleh *-*

  • Lala AyA Postado em 27/03/2016 - 20:40:31

    Eeeee

  • isajuje Postado em 12/03/2014 - 16:57:15

    Finaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaalmente eu consegui vir comentar, aliás, eu sempre entrava, só que era pelo celular então era difícil comentar porque o verificador sempre dava incorreto ¬¬ isso é um saco. Foi mal não ter comentado e vindo dizer sobre todos os capítulos mas saiba de uma coisa: eu amei. Bem, nem tudo, não queria que o Paco tivesse aquele fim, morresse daquela forma e que Poncho tivesse dito coisas tão duras a Anahí ou que ele sofresse nas mãos da Sangue. Mas eles se deram bem no final, tiveram filhos e sem se importar com o que os outros pensavam, Poncho conseguiu ter uma vida decente, conseguiu sair da Sangue (&quot;: coisa maravilhosa KKKKK pois é, quase chorei mas me contive porque né KKKKKKKKKK mas eu amei, e obrigada por ter dividido esta história conosco. <3

  • portillas2 Postado em 04/03/2014 - 14:44:50

    Desculpa não ter comentado mais só que minha net tá um caos, mas quero dizer que sua web foi linda e eu SUPER AMEI bjus <3

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 23:04:03

    já vou acompanhar ;)

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 20:23:32

    EU QUE AGRADEÇO POR VC TER POSTADO UMA FIC* TÃO LINDA ASSIM...ME DEU UM NÓ NA GARGANTA QUANDO VI PACO HERRERA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ACHEI MARAVILHOSO...ELES HOMENAGEAREM ELE DESSA FORMA...AMEI MUITO MESMO...GOSTARIA MESMO QUE TIVESSE UMA 2 TEMPORADA ACHARIA MARAVILHOSA...BJUS E VOU ESTAR FIRME E FORTE NA NOVA FIC* ;)

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 20:02:43

    *_*

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 19:57:04

    posta...

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 19:40:04

    NÃO QUERIA QUE ACABASSE A FIC* VC ACHA QUE DÁ PRA FAZER UMA 2 TEMPORADA??????????????????? SERIA MARAVILHOSO :)


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