Fanfic: Quimica perfeita - adaptada - AyA( Finalizada) | Tema: AyA

Anahi

Consegui convencer dulce, christopher, Colin, Shane e Darlene a ir ao Club Mystique nesta noite, o lugar de que Megan me falou. Como Colin não gosta de dançar, acabei dançando com o resto da turma e também com um cara chamado Troy, que dança muito bem. Acho até que aprendi uns movimentos novos, que pretendo adaptar para a turma da torcida organizada.  

Agora, estamos na casa de dulce. De outro modo, como justificar para os pais dela que dulce não voltou para casa, naquela noite em que esteve em Isa? Minha mãe sabe que vou dormir na casa de dulce, hoje. Portanto, não tenho que me preocupar com telefonemas ou broncas. Enquanto dulce e eu estendemos mantas na areia, na praia privativa, atrás da casa, Darlene se retarda... Fica para trás, com os rapazes que estão descarregando as cervejas e garrafas de vinho, escondidas no bagageiro do carro de Colin.  

— Christopher e eu fizemos sexo, na semana passada — dulce me conta.  

— Sério?  

— Sim. Sabe, eu queria esperar até que entrássemos na faculdade, mas... simplesmente aconteceu. Fui até a casa de Christopher, os pais deles estavam viajando, uma coisa levou à outra... E acabamos fazendo.  

— Uau! E como foi?  

— Não sei... Para ser franca, achei meio estranho. Mas christopher foi muito gentil, depois de tudo, me perguntando a toda hora se eu estava bem. E à noite apareceu em casa com três dúzias de rosas vermelhas. Tive de mentir para os meus pais e dizer que as rosas eram um presente pelo nosso aniversário de namoro. Eu não podia contar, simplesmente, que eram uma comemoração por eu ter perdido minha virgindade com ele... E quanto a você e Colin?  

— Colin quer fazer sexo — eu digo a ela.  

— Todos eles querem, depois dos catorze anos — diz dulce. — A função dos rapazes é querer ter relações sexuais.  

— Mas eu... bem... não quero. Ao menos por enquanto.  

— Então, a sua função é dizer não — dulce responde, como se fosse muito fácil fazer isso. dulce não é mais virgem... Ela disse sim. Por que é tão difícil, para mim, fazer o mesmo? Por que também não digo sim?

— Como vou saber, quando chegar o momento certo?  

— Não sou a pessoa mais indicada para responder isso. Acho que, quando estiver totalmente pronta, você vai querer fazer sexo, sem reservas, sem perguntas. Nós sabemos que eles querem sexo... Se vai acontecer, ou não, depende de nós. Sabe, a primeira vez não é nada fácil, nem divertido. Foi uma coisa meio... incômoda. E, durante a maior parte do tempo, eu me senti uma idiota. Mas estar disposta a se expor a erros, colocando-se numa posição vulnerável, com a pessoa amada, é o que torna tudo tão belo e especial.  

Será que foi por isso que eu não quis fazer sexo com Colin? Talvez, no fundo, eu não o ame tanto quanto imaginava. Será que sou capaz de amar alguém, a ponto de me expor e me tornar vulnerável? Realmente, não sei.  

— Tyler rompeu com Darlene, hoje — dulce me conta, baixando a voz. — Ele começou a ter encontros com uma garota, em seu dormitório.  Se eu antes não sentia pena de Darlene, agora sinto. Sobretudo porque ela depende demais da atenção dos rapazes, uma atenção que alimenta sua auto-estima. Não é à toa que, nesta noite, ela está assediando Shane o tempo inteiro.  

Darlene e os outros rapazes surgem no nosso campo de visão e eu fico observando enquanto eles estendem mantas pela areia. Agarrando Shane pela camisa, Darlene puxa- o para o lado.  

— Vamos fazer amor — ela diz.  Shane, com seus cabelos castanhos encaracolados, está pronto para atender seu pedido.  Puxo Darlene de lado e digo, para que só ela possa me ouvir:  

— Não brinque com Shane.  

— Por que não?  

— Porque você não gosta dele tanto assim. Não o use... Nem deixe que ele use você.  Darlene me empurra:  

— Você realmente tem uma visão distorcida da realidade, anny... Ou talvez você goste de ficar apontando os defeitos de todo mundo, só para se sentir a Rainha da Perfeição.

 Isso não é justo. Não quero apontar os defeitos de Darlene. Mas, como sua amiga, não é meu dever tentar impedi-la de prosseguir nesse jogo auto-destrutivo?  Talvez não seja. Somos amigas, mas não super-íntimas. A única amiga realmente próxima que possuo é dulce. Como me atrevo a aconselhar Darlene, se não dou a ela o direito de fazer o mesmo comigo?  

Dulce, Christopher, Colin e eu nos sentamos nas mantas e comentamos sobre o último jogo de futebol, em volta de uma fogueira que acendemos com gravetos e velhos pedaços de madeira.  Rimos, recordando os jogos em que levamos a pior e imitando o treinador do time... Quando ele fica com raiva, seu rosto enrubesce violentamente. Então ele perde o controle, começa a berrar e a mandar uma chuva de perdigotos em todo mundo. christopher faz uma imitação hilária dele.  É gostoso estar aqui, sentada, com Colin e meus amigos. Por alguns instantes consigo esquecer meu parceiro de Química, que ultimamente tem ocupado demais meus pensamentos.  

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