Fanfics Brasil - 95 Quimica perfeita - adaptada - AyA( Finalizada)

Fanfic: Quimica perfeita - adaptada - AyA( Finalizada) | Tema: AyA


Capítulo: 95

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— Você me dá licença? — digo, desesperada para sair da biblioteca. — Preciso preparar um lanche para ela.  


— Tudo bem, vá em frente — ele responde, concentrado no jogo.  


— Olhe, você não tem que deixar a duda ganhar — eu digo, antes de sair.— Ela pode ser muito boa, nesse jogo.  


— Hum... Obrigado pelo voto de confiança, mas a verdade é que estou tentando não perder — diz Poncho.  


Ele sorri, de verdade; não está tentando bancar o simpático, nem tampouco o arrogante de sempre. Isso me deixa ainda mais ansiosa para escapar...  Minutos depois, quando volto à biblioteca, com o lanche de duda, ele diz:  


— Ela ganhou.  


— Eu avisei. Mas, agora, chega de jogo — digo à minha irmã. E então me volto para Poncho.


— Você me ajuda a dar o lanche a duda?  


— Vamos lá.  


Ele se senta na cadeira de couro favorita do meu pai, enquanto coloco a bandeja na frente de duda e começo a dar a ela algumas colheradas de purê de maçã. Como sempre, a bagunça é total... Virando a cabeça por um momento, vejo Poncho me observando enquanto limpo os cantos da boca de duda, com um guardanapo.  


— duda — eu digo —, você deveria ter deixado Poncho ganhar, sabe? Apenas para ser gentil. — Como resposta, duda sacode a cabeça, negando. O purê escorre por seu queixo. — Então é assim, hein? — digo, esperando que essa cena não pareça grotesca demais a Poncho. Talvez eu o esteja testando, para ver se ele consegue lidar com essa pequena amostra de minha vida real. É tudo ou nada. Se conseguir, ele está aprovado. — Espere só até Poncho ir embora... E vou lhe mostrar quem é a grande campeã de Damas, nesta casa.  Minha irmã sorri aquele sorrisinho doce e torto, que é só dela. E é como se mil palavras coubessem nessa expressão única. Por um momento, esqueço que Poncho continua me observando. É tão estranho ter Poncho dentro de minha vida e de minha casa. Ele não pertence a este lugar e, no entanto, parece tão natural e à vontade.  


— Por que você estava tão mal, na aula de Química? — ele pergunta.  


Porque minha irmã vai ser mandada para uma clínica. E porque ontem me pegaram com os seios à mostra, enquanto Colin estava com as calças arriadas, na minha frente.  


— Você deve ter ouvido os boatos horríveis que estão correndo a meu respeito.  


É bem possível, mesmo... Afinal, Shane nos viu. E ele tem a língua solta. Hoje, no colégio, eu estremecia a cada vez que uma pessoa me olhava. Parecia que todo mundo já estava sabendo do que tinha acontecido. Olho para Poncho e digo:  


— Às vezes, eu gostaria que existisse um jeito de corrigir e refazer um mau dia. Um “Do Over Day” sabe? Só para a gente poder começar tudo de novo.  


— Pois às vezes eu gostaria que existisse um jeito de corrigir e refazer os anos... Seria um “Do Over Year” — Poncho responde, muito sério.


— Ou então um jeito de avançar no tempo, de acelerar os dias, para que passassem bem depressa.  


— Infelizmente, a vida real não aceita controle remoto. — Quando duda termina de comer, eu a ajudo a sentar-se em frente à tevê e então levo Poncho até a cozinha.


— Afinal, minha vida não parece tão perfeita assim, vista de perto, não é? digo, enquanto pego refrigerantes, na geladeira, para nós dois.  Ele dá de ombros:  


— Acho que todos nós temos problemas. Eu, por exemplo, tenho uma coleção de demônios que fariam inveja a um filme de terror.  


Demônios? Mas Poncho parece não se perturbar com nada. Ele nunca reclama da vida.  


— Quais são seus demônios? — pergunto.  


— Se eu contar, você ficará horrorizada.  


— Você ficaria surpreso se soubesse o que realmente me deixa horrorizada. — Os toques musicais do velho relógio carrilhão, que pertenceu a meu avô, soam por toda a casa. Uma. Duas. Três. Quatro. Cinco vezes.  


— Preciso ir embora — diz Alex. — O que você acha de estudarmos amanhã, depois da aula... Em minha casa?  


— Sua casa?  Na zona sul?  


— Vou dar a você uma amostra de minha vida... Quer ver? — ele pergunta.  Engulo em seco.  


— Claro.  


O jogo continua.  Estou acompanhando Poncho até a porta, quando escuto um carro se aproximando. Se for minha mãe, estou encrencada. Não importa se meu encontro com Poncho foi o mais inocente do mundo... Ela vai pegar pesado.  Olho pela janela e reconheço o carro vermelho, esportivo, de Darlene.  


— Oh, não! Minhas amigas estão aqui.  


— Não entre em pânico — Poncho me diz. — Abra a porta. Não há como negar minha presença, aqui. Minha moto está estacionada bem em frente à sua casa.  


Ele tem razão. Não posso esconder isso de ninguém.  Abro a porta e saio. Vejo Darlene, Morgan e dul se aproximando. Poncho está bem atrás de mim.  


— Ei, meninas! — digo, tentando parecer o mais natural possível.  


— Chegaram na hora certa. Poncho e eu estávamos trabalhando no projeto de Química, até agora. Certo, Poncho?  


— Certo — ele resmunga.  


dul ergue as sobrancelhas. Quanto a Morgan, parece tentada a pegar o celular para contar a meio mundo que acaba de ver Poncho Herrera saindo de minha casa.  


— Devemos ir embora e deixar vocês a sós? — Darlene pergunta.  


— Não seja ridícula — digo, rápido demais.  


Poncho caminha até a moto, a camisa delineando sua musculatura perfeita... E o jeans delineando... digamos... outras qualidades pessoais.  Ele põe o capacete e aponta para mim:  


— Vejo você amanhã.  


Amanhã. Na casa dele. Eu aceno, concordando.  Depois que Poncho vai embora, dul diz:  


— O que tudo isso quer dizer?  


— Química — eu murmuro.  


Morgan está boquiaberta, quase em estado de choque.  


— Menina, o que vocês estavam fazendo lá dentro? — pergunta Darlene.— Somos amigas há dez anos e posso contar nos dedos de uma só mão as vezes que você me convidou para entrar em sua casa.  


— Ele é meu parceiro de Química.  


— Ele é membro de uma gangue, Annie — diz Darlene. — Nunca se esqueça disso.  


dul balança a cabeça:  


— O que há, Annie? Você está se envolvendo com outro cara? Colin disse a Christopher que você anda estranha, ultimamente. Como suas amigas, estamos aqui para conversar e ver se conseguimos enfiar um pouco de bom senso na sua cabeça.  


Eu me sento na varanda da frente e escuto um longo discurso, sobre reputação, amizade e lealdade, por quase meia hora. E tudo o que elas dizem faz sentido.  


— Jure que não está rolando nada entre você e Poncho — dul exige, o momento em que ficamos a sós. Morgan e Darlene estão esperando por ela, no carro.  


— Não há nada de mais acontecendo entre nós — eu afirmo. — Juro.



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Autor(a): micheleponny

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 230



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  • jeny_herrera_ Postado em 02/11/2016 - 20:04:13

    Uma das primeiras fics que li, e agora estou relendo. Amo essa estória. <3

  • lenny_ponny Postado em 02/08/2016 - 10:23:36

    Nossa que fic :) Amei!!!! a história Parabéns! Cheleh *-*

  • Lala AyA Postado em 27/03/2016 - 20:40:31

    Eeeee

  • isajuje Postado em 12/03/2014 - 16:57:15

    Finaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaalmente eu consegui vir comentar, aliás, eu sempre entrava, só que era pelo celular então era difícil comentar porque o verificador sempre dava incorreto ¬¬ isso é um saco. Foi mal não ter comentado e vindo dizer sobre todos os capítulos mas saiba de uma coisa: eu amei. Bem, nem tudo, não queria que o Paco tivesse aquele fim, morresse daquela forma e que Poncho tivesse dito coisas tão duras a Anahí ou que ele sofresse nas mãos da Sangue. Mas eles se deram bem no final, tiveram filhos e sem se importar com o que os outros pensavam, Poncho conseguiu ter uma vida decente, conseguiu sair da Sangue (&quot;: coisa maravilhosa KKKKK pois é, quase chorei mas me contive porque né KKKKKKKKKK mas eu amei, e obrigada por ter dividido esta história conosco. <3

  • portillas2 Postado em 04/03/2014 - 14:44:50

    Desculpa não ter comentado mais só que minha net tá um caos, mas quero dizer que sua web foi linda e eu SUPER AMEI bjus <3

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 23:04:03

    já vou acompanhar ;)

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 20:23:32

    EU QUE AGRADEÇO POR VC TER POSTADO UMA FIC* TÃO LINDA ASSIM...ME DEU UM NÓ NA GARGANTA QUANDO VI PACO HERRERA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ACHEI MARAVILHOSO...ELES HOMENAGEAREM ELE DESSA FORMA...AMEI MUITO MESMO...GOSTARIA MESMO QUE TIVESSE UMA 2 TEMPORADA ACHARIA MARAVILHOSA...BJUS E VOU ESTAR FIRME E FORTE NA NOVA FIC* ;)

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 20:02:43

    *_*

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 19:57:04

    posta...

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 19:40:04

    NÃO QUERIA QUE ACABASSE A FIC* VC ACHA QUE DÁ PRA FAZER UMA 2 TEMPORADA??????????????????? SERIA MARAVILHOSO :)


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