Fanfics Brasil - 99 Quimica perfeita - adaptada - AyA( Finalizada)

Fanfic: Quimica perfeita - adaptada - AyA( Finalizada) | Tema: AyA


Capítulo: 99

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— Monte — ele ordena.  


— O quê?  


— Suba. Se você quer me agradecer por eu ter livrado sua cara na prova da Peterson, venha para casa comigo. Eu não estava brincando, ontem. Você me deixou ver um pouco da sua vida e agora quero que você conheça uma parte da minha. É justo, não?  


Dou uma olhada geral, no estacionamento. Algumas pessoas nos observam, provavelmente prontas para espalhar a fofoca, para contar a todo mundo que estou conversando com Poncho. Se eu subir na garupa dessa moto, o circo vai pegar fogo. E os boatos vão voar, aqui na escola. Poncho faz o motor rugir e volto minha atenção para ele.  


— Não tenha medo do que vão dizer.  


Olho para Poncho, desde seu jeans surrado e a jaqueta de couro, até o lenço vermelho e preto que ele acaba de amarrar na cabeça. As cores de sua gangue.  Eu deveria estar horrorizada. Então, me lembro de como ele se portou, com duda, ontem...  Ao inferno, com tudo isso!  Ajeito minha mochila nas costas e subo na moto.  


— Segure firme — ele diz, pondo minhas mãos em torno de sua cintura.


O simples contato dessas mãos fortes sobre as minhas é de uma intensa intimidade.  Eu me pergunto se ele também sente essas mesmas emoções, mas afasto o pensamento. Poncho é durão, experiente. Um simples toque de mãos certamente não vai deixá-lo excitado.  Ele deliberadamente roça as pontas dos dedos nos meus, antes de pegar no guidão. Oh... Meu... Deus. O que estou fazendo?  Saímos do estacionamento do colégio. E eu me seguro em Pncho, com mais força. A velocidade da moto me assusta; me sinto zonza, como se estivesse numa montanha- russa, sem a proteção da barra de segurança.  A motocicleta para num semáforo vermelho. Relaxo um pouquinho. Escuto Poncho rir, ao acelerar o motor, quando o semáforo abre. Agarro sua cintura e enterro o rosto em suas costas.  


Quando Poncho finalmente para e baixa o descanso da moto, dou uma olhada nos arredores.  Nunca estive nesta rua. As casas são tão... pequenas e, quase todas, térreas. Não caberia nem um gato no espaço entre as casas. Embora eu tente reagir, uma sensação de angústia me invade e domina.  Minha casa é, no mínimo, sete vezes maior do que a de Poncho. Talvez oito, até nove. Sei que esta zona da cidade é muito pobre, mas...  


— Foi um erro — diz Poncho. — Vou levar você para casa.  


— Por quê?  


— Entre outras coisas, por causa dessa sua cara de espanto.


— Não estou espantada. Acho que só estou sentindo...  


— Não tenha pena de mim — ele avisa. — Sou pobre, mas não sem teto.  


— Então, por que não me convida para entrar? Os caras, ali do outro lado da rua, estão bestificados com a presença desta garota branca no bairro deles.  


— Realmente, para o pessoal daqui você é uma “garota de neve”.  


— Detesto o inverno — eu digo.  


Os lábios de Pocho se abrem num sorriso.  


— Não estou falando do clima, gracinha, e sim da sua pele branca, igual à neve. Agora me acompanhe e não olhe para os vizinhos, mesmo que eles olhem para você.  Sinto que Poncho está atento, cauteloso, enquanto me conduz à sua casa.  — Bem, é isso — ele diz, quando entramos.


 A sala é bem menor do que qualquer outro cômodo de minha casa, mas parece confortável e aconchegante. Há duas mantas de lã, no sofá, do tipo que eu adoro usar, em noites muito frias. Lá em casa, não costumamos cobrir os sofás com mantas. Temos acolchoados confortáveis, desenhados especialmente para combinar com a decoração.  Ando pela casa de Poncho, passando as mãos sobre a mobília. Na parede, pouco abaixo do retrato de um belo homem, há um pequeno console, com velas parcialmente queimadas. Sinto o calor que emana de Poncho, quando ele se aproxima, por trás de mim.  


— É seu pai? — eu pergunto.  Ele confirma, com um gesto.  — Não consigo nem imaginar o que seria perder meu pai — eu digo. — Apesar de quase sempre ausente, ele é um ponto de referência constante em minha vida.


Estou sempre pedindo mais atenção, tanto do meu pai, quanto da minha mãe... Talvez eu devesse me sentir uma garota de sorte, por ter os dois perto de mim. Poncho observa a foto do pai:  


— Com o tempo, a gente aprende a bloquear a dor. Quero dizer... Você sabe que a pessoa se foi e tudo mais. A mente continua confusa e você vive numa espécie de atordoamento geral. Então a vida vem e atropela tudo, inclusive a gente, com sua rotina. Temos que seguir adiante. Não há outro jeito.  


— É uma dura prova — digo. Percebo meu reflexo no espelho pendurado na parede oposta. Num gesto automático, passo os dedos pelo cabelo, como se o penteasse.  


— Você está sempre fazendo isso.  


— Isso o quê?  


— Penteando o cabelo ou retocando a maquiagem.  


— Ora, o que há de errado em tentar parecer bonita?  


— Nada... a menos que se torne uma obsessão.  


Deixo cair minhas mãos; queria ter uma super-cola, para poder grudá-las nas pernas.  


— Não sou obsessiva.  Ele dá de ombros.  


— É tão importante que as pessoas achem você bonita? 


 



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Autor(a): micheleponny

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— Não ligo a mínima para o que as pessoas pensam — eu minto.   — Porque você já é bonita. Quero dizer... Você não deveria se preocupar o tempo inteiro com sua aparência.   — Eu sei. Mas as expectativas, ou seja: o que as pessoas esperam da gente... Significam muito, no lugar de onde venh ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 230



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  • jeny_herrera_ Postado em 02/11/2016 - 20:04:13

    Uma das primeiras fics que li, e agora estou relendo. Amo essa estória. <3

  • lenny_ponny Postado em 02/08/2016 - 10:23:36

    Nossa que fic :) Amei!!!! a história Parabéns! Cheleh *-*

  • Lala AyA Postado em 27/03/2016 - 20:40:31

    Eeeee

  • isajuje Postado em 12/03/2014 - 16:57:15

    Finaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaalmente eu consegui vir comentar, aliás, eu sempre entrava, só que era pelo celular então era difícil comentar porque o verificador sempre dava incorreto ¬¬ isso é um saco. Foi mal não ter comentado e vindo dizer sobre todos os capítulos mas saiba de uma coisa: eu amei. Bem, nem tudo, não queria que o Paco tivesse aquele fim, morresse daquela forma e que Poncho tivesse dito coisas tão duras a Anahí ou que ele sofresse nas mãos da Sangue. Mas eles se deram bem no final, tiveram filhos e sem se importar com o que os outros pensavam, Poncho conseguiu ter uma vida decente, conseguiu sair da Sangue (&quot;: coisa maravilhosa KKKKK pois é, quase chorei mas me contive porque né KKKKKKKKKK mas eu amei, e obrigada por ter dividido esta história conosco. <3

  • portillas2 Postado em 04/03/2014 - 14:44:50

    Desculpa não ter comentado mais só que minha net tá um caos, mas quero dizer que sua web foi linda e eu SUPER AMEI bjus <3

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 23:04:03

    já vou acompanhar ;)

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 20:23:32

    EU QUE AGRADEÇO POR VC TER POSTADO UMA FIC* TÃO LINDA ASSIM...ME DEU UM NÓ NA GARGANTA QUANDO VI PACO HERRERA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ACHEI MARAVILHOSO...ELES HOMENAGEAREM ELE DESSA FORMA...AMEI MUITO MESMO...GOSTARIA MESMO QUE TIVESSE UMA 2 TEMPORADA ACHARIA MARAVILHOSA...BJUS E VOU ESTAR FIRME E FORTE NA NOVA FIC* ;)

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 20:02:43

    *_*

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 19:57:04

    posta...

  • franmarmentini Postado em 01/03/2014 - 19:40:04

    NÃO QUERIA QUE ACABASSE A FIC* VC ACHA QUE DÁ PRA FAZER UMA 2 TEMPORADA??????????????????? SERIA MARAVILHOSO :)


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