Fanfic:  A virgem. | Tema: Vondy

Já tinha uns quarenta minutos de filme, Maite estava com a cabeça apoiada na barriga de Christopher, enquanto ele estava com a cabeça no meu colo, minha cabeça estava no travesseiro mesmo. Mas minhas mãos estavam acarinhando aquele cabelo ondulado e estava tudo muito bom, ate eu levar um susto fazendo todos se assustarem e logo trocarem as posições. Christopher ficou com pena de mim e decidiu me proteger, fiquei deitada em seu peito com ele me abraçando pela cintura. Maite virou de costas pra gente e se concentrou no filme, pensei que fosse a hora de me vingar, porém meus olhos foram se fechando e eu fui entrando numa escuridão profundamente entorpecente. 
Não sei quando tempo cochilei, mas sei que foi tempo suficiente pro filme acabar e Maite começar a chorar. Ela soluçava de tanto chorar. Eu ia abrir os olhos para sabe o que acontecia, mas quando Christopher falou decidi que não seria legal nenhum tipo de movimento de minha parte. 
― Calma Tita, tudo vai dar certo. Você vai ver – tentou tranquilizá-la
― Não Ucker, ele vai me larga – mais soluços – Ele disse.. Ele..
― Ele te ama Mai, me escuta, tudo vai se resolver – senti ele mexer no meu cabelo – Christian é menos cabeça dura que você – Provocou.
― Eu cansei ele – ela ignorou a provocação.
― Não é pra menos, você não quer assumir esse namoro. Viver entre tapas e beijos não é bom pra ninguém, ate eu me cansaria disso. Na frente das pessoas são como cão e gato, e é só acha um cantinho escuro que já estão se esfregando. 
― Não fala assim – pediu soluçando novamente.
― Desculpa, mas é a verdade.
Senti que era o momento de sair dali, ela devia precisar de um abraço e eu estou aqui atrapalhando. Droga! Minha amiga estava sofrendo e a única coisa que tinha pra eu fazer era sair daquele lugar, afinal não é comigo que ela quer desabafar, se ela quisesse que eu soubesse teria me procurado e me contado, e esse não é o caso. Eu estou ouvindo uma conversa e é muito feio escutar conversa alheias. 
O problema era que como eu iria fingir que acabei de acordar, se fosse no susto ela conseguiria vira-se rápido e eu podeira fingir que não vi nada. Também poderia começar a me mexer e espera um pouquinho pra abrir os olhos assim ela conseguiria secar o rosto. Bom não tive tempo de pensar em outra opção já que me surpreendi com o que estava por vir.
― Talvez se eu contasse pra ele, ele não me largaria 
― Chris vai ficar feliz quando souber – Ele provavelmente deu um sorriso – Mas seria muito errado usar isso pra ficar com ele. E lhe digo quando ele souber, ai mesmo que ele vai querer te assumir.
― Eu sei, não devo usar esse bebê pra tentar ficar com ele. Mas que essa possibilidade me atrai muito – ouvi uma risada no meio de uma fungada, Christopher também deu uma risadinha. 
Me mexi sobre o peito dele e resmunguei. Agora mesmo que eu precisava sair do meio daquela conversa. Maite estava grávida e Christian queria largá-la. 
― Sabe que quando ele souber, você não vai consegui impedir ele de te assumir, e assumir essa criança.
― Ele não vai assumir nada. Nem a mim, nem a meu filho – Disse teimosa e ele riu
― Se Dulce ficar grávida não vai ter Cristo que me faça não assumi-los. Com Christian será a mesma coisa então prepare-se – O mundo podia explodi agora que eu não ouviria nem um “BUM”. As palavras dele entraram com lentidão nos meus ouvidos, Christopher era o cara mais fofo que eu conhecia, eu acho ate que corei espero que ele não percebam. Se meus olhos estivessem abertos brilhariam. 
― Vocês estão fudendo, né? – Mai, não tinha outra hora pra você vim com esses escrotidões 
― Maite – a repreendeu, aposto que ela revirou os olhos – Se ela souber que te contei vai me matar. 
Sim Christopher, eu vou te matar. Mas não agora, vou te tortura primeiro.
Já era pra eu estar no quarto, né? Pois sim, minha tortura começa aqui.
― Chris – resmunguei e senti o corpo dele tenso – Bebê, me leva – pedi baixinho nem abri os olhos, puro dengo. Ele suspirou aliviado vendo que eu estava caindo de sono, me aconcheguei mais a ele. Eu namorei um ator, aprendi algumas técnicas – Chris – Mai deu uma risadinha, já não devia estar mais chorando, enquanto eu demonstrava toda minha atuação.
― Claro bebê – deu um beijinho no topo da minha cabeça – já voltou – disse a ela.
Quando já estava nos braços dele, amoleci o corpo fazendo com que meu corpo ficasse mais pesado do que o normal. Ele gemeu sentindo o peso, me jogou pra cima pra ajeitar-me em seu colo.
― Seguro meu pescoço Dulce – pediu quase sem ar. Vontade de ri, mas me controlei, enlacei seu pescoço resmungando – Vou para de compra besteira pra você – Disse me colocando na cama – Pronto senhorita, esta confortável agora – me deu um selinho e foi embora.