Fanfic: Apaixonado pela mulher de um grande amigo! | Tema: Glee, Cory, Lea, Santana, Kurt, Sam

Como combinado, após a formatura, Sam e Blane se mudaram para New york para morar com Rachel, Kurt e Santana. Todos estavam muito felizes com a vinda de ambos que agora começavam a criar suas carreiras. Blaine na NYDA e Sam virando modelo. Tudo ia de acordo com o planejado. Bom, ao menos quase tudo para Rachel. Algo estava incomodando-a. De alguma maneira, Sam estava chamando sua atenção, mas não como sempre chamou. Não como amigo. Ela não conseguia parar de olhar para ele como uma mulher olha para um homem e isso a estava deixando muito confusa.

Ambos haviam se tornado grandes amigos de uns anos para cá, mas nunca havia se passado pela cabeça dela ter esse tipo de relacionamento com ele. Para piorar, faziam apenas alguns meses que Finn havia morrido e ela se sentia culpada por estar sendo atraída por outro homem. Pior. Por um dos grandes amigos do Finn. Tudo estava muito confuso. Ela não sabia se escondia seus sentimentos ou não. Não sabia se era certo seguir em frente. Se devia arriscar. Estava perdida.

Por outro lado, Sam também começava a se sentir atraído pela amiga e não entendia bem o porquê daquilo. Ou melhor, fingia não entender já que de alguma forma ela sabia. Ela sempre o tinha tratado bem e o apoiado, mas com a vinda dele e de Blane para New York, ambos se aproximaram cada vez mais. Ela o apoiou em algo que nunca ninguém fez. O apoiou em seus sonhos. E mais que isso, ela o estava ajudando a conquistá-los. Para ele aquilo significava muito. Era engraçado pensar desta forma, mas a verdade é que ele sempre soube que ela era um pouco diferente. Falava de mais, colocava suas vontades em primeiro lugar e seus objetivos eram sempre os mais importantes. Contudo, ele sempre soube que ela era uma excelente cantora e amiga que faria de tudo para apoiar quando precisasse. Entretanto, neste pouco tempo que eles estavam mais próximos, descobriu coisas que nunca imaginou sobre ela. Por trás daquela cantora confiante, existia uma mulher engraçada, carente e atrapalhada. Percebeu que ela dava o melhor de si para as coisas mais simples e que ela não gostava de mostrar suas fraquezas às pessoas. Ele pôde notar logo na primeira semana como ela era batalhadora. Trabalhava, estudava e ainda tinhas os longos ensaios da peça e da banda. Ele se perguntava como ela conseguia conciliar tudo aquilo já que parecia ser demais para uma pessoa só. Notou também a beleza externa dela, que tinha um corpo muito bem definido por causa das aulas de dança e um rosto que, mesmo diferente da beleza tradicional, era lindo. Era uma beleza singular. Uma que ele nunca tinha notado. Era a beleza da mulher que ele amava. Sim que ele amava. Ele sabia que essa era a verdade. Por mais que não quisesse admitir, ele estava se apaixonando pela mulher do seu falecido e grande amigo.

As semanas estavam passando e a cada dia ambos estavam mais próximos. Conversavam mais e se viam mais. Rachel estava ajudando muito o Sam. Sempre que podia, o acompanhava nos testes de modelo e isso o agradava muito. Ambos estavam muito contentes com aquela relação, mas não sabiam como sair daquilo. Poderiam tentar algo mais sério mesmo quando parecia algo tão errado? Eles não sabiam. Kurt, Santana e Blaine, por outro lado, não puderam deixar de notar o estranho clima entre eles e bolaram um plano. Eles sairiam naquela sexta-feira à noite e deixariam ambos ali sozinhos.

Como combinado entre os três, na sexta à noite Santana foi visitar Dani e deixou avisado que não voltaria naquela noite. Blaine e Kurt também saíram, falando que iam aproveitar a noite em um jantar e que provavelmente não voltariam até o dia seguinte. Foi então que Rachel e Sam ficaram sozinhos no apartamento e aquilo parecia realmente constrangedor. Ela preparou o jantar. Algo simples, pois não era muito boa na cozinha e o chamou:

-Sam, vem comer, fiz um macarrão. Não é grande coisa, mas espero que goste.

Ele sorriu. Sabia que Rachel nunca foi uma excelente cozinheira, mas mesmo assim via mais uma vez que ela estava se empenhando em melhorar já que aquele macarrão estava com uma cara boa. Ele agradeceu e se sentou à mesa começando a comer em silêncio. O jantar passou rapidamente e logo Sam se ofereceu para ajudá-la com a louça e ela aceitou. Eles estavam lavando a louça quando, de repente, Rachel decide fazer uma brincadeira. Ela pega um pouco de espuma em sua mão e logo fala:

-Sam?

Ele olha para ela que, em um movimento rápido, suja o nariz dele de espuma. Ele se surpreende e fala:

-Ah, é assim? Então vem cá.

Nisso eles começam a fazer uma guerra de espuma e, sem perceber, ambos acabam ensopados. Eles estavam se divertindo muito. Tanto que não perceberam o chão ensopado até que, de repente Rachel, escorregou derrubando Sam e caindo sobre ele. Um grande barulho foi feito com a queda e logo Sam perguntou ainda rindo:

-Você tá bem?

Ela concordou e falou rindo:

-Eu é quem devia perguntar isso já que caí em cima de você.

Ambos dão risadas e, sem perceber, ficam com os rostos muito próximos. Olhavam-se profundamente e nada falavam. Estavam se deixando levar pelo momento. Foi quando se aproximaram iniciando um beijo. Um beijo calmo que logo se tornou intenso e desejado por ambas as partes. O beijo durou bastante até que, já sem ar, eles se separam ficando muito constrangidos e ela fala:

-Me desculpe. Eu não devia... eu...

Ele, porém, a corta e fala também sem graça:

-A culpa foi minha. Eu...

Ambos se olham sem graça e logo caem na risada, tímidos. Eles se levantam e Rachel fala sem jeito:

-Eu já volto.

Ela vai rumo ao seu quarto para trocar aquela blusa molhada. Sam que fica ali e não para de pensar naquele beijo. Sabia que era errado. Afinal, ela era a mulher de seu grande amigo falecido, mas não queria se conter. Queria estar com ela. Amá-la e fazê–la sua. Ele ficou, alguns segundos ali, parado, mas logo correu em direção ao quarto de Rachel. Bateu na porta e, como ela não respondeu, entrou falando:

-Rachel eu...

Ela se assusta com a presença dela e cobre seus seios com a blusa. Ele fala sem graça:

-Me desculpe, eu não sabia que estava se trocando. Apenas queria conversar.

Ela fala sem graça:

-Não se preocupe. Não tem problema. Eu apenas me assustei.

Ele concordou, mas não pôde deixar de observar a pequena tatuagem no corpo de Rachel. Ela era pequena, mas Sam sabia que tinha um grande significado já que o que estava escrito ali era “Finn”. Foi então que ele falou:

-Bela tatuagem.

Rachel fica com vergonha se vira e termina de colocar a blusa. Só então ela fala:

-Por favor, não conte para ninguém eu...

Ele a interrompeu e falou ao perceber a preocupação dela:

-Não vou contar.

Ela agradeceu e falou:

-Sobre o que aconteceu lá na cozinha, eu...

Ele a interrompeu novamente e falou:

-Não se preocupe, eu entendo. Sei que é estranho e que ainda é muito cedo. Desculpe-me se forcei alguma coisa.

Ela percebeu que ele parecia verdadeiramente chateado e falou começando com a sua mania de falar demais quando está nervosa:

-Você não forçou nada! Eu também queria. É só que eu... eu não sei. As coisas entre a gente mudaram tão de pressa que estou confusa. Ainda é cedo para mim depois do que aconteceu, mas eu ainda assim não consigo controlar o que estou sentindo. Eu...

Sam parecia sem palavras ao perceber que ela se sentia como ele. Sentia-se culpado pelo Finn, mas ainda assim queria viver aquilo que estava sentindo. Queria ser feliz e aproveitar o momento. Foi então que ele falou:

-Vamos deixar acontecer. Podemos assistir a um filme, dar uns beijos e aproveitar o momento, mas só tornaremos isso algo sério quando você se sentir a vontade.

Ela olha surpresa e fala:

-Sam, eu não posso te pedir isso. Eu...

-Você não está pedindo. Sou eu.

Falou ele a cortando e ela concordou. Ambos se deram um leve e romântico beijo. E sorriram. Eles fizeram pipoca e ficaram na sala assistindo a um filme que acabou virando uma guerra de almofadas que deixou todo o cômodo com penas. Sabiam que tomariam uma bronca dos companheiros de apartamento na manhã seguinte, mas não se importavam. Estavam felizes. Eles se beijavam e aproveitavam o momento. Não sabiam onde aquele relacionamento, ou melhor, aquele namoro os levaria. Mas ainda assim, resolveram não pensar no futuro e sim no presente. No presente onde Rachel se dava outra chance para amar e onde Sam conhecia o verdadeiro amor.

Fim!