Fanfic: Investigação Juvenil
Era noite já, estava chovendo e como de costume, toda quarta-feira era o dia do cinema em casa, mas o que estranhei foi um carro preto passar em alta velocidade perto de casa. Ainda não tinha entendido nada, foi então que um barulho estrondoso como o de uma explosão acordasse toda a rua.
Não esperamos nenhum minuto e fomos todos para lá. Eu, Bruna, Diana, Felipe, Charles, e Dudu não demoramos nem minutos para perceber que a explosão tinha sido na casa de um conhecido: O Lucas do Colégio. O fogo se alastrou muito rápido, quando os bombeiros chegaram metade da casa já tinha se transformado em cinzas. Foram informados de que apenas Lucas estava em casa, e por sorte ele estava vivo.
Mas algo de muito estranho ficava na minha mente, será que o carro preto que havia passado em alta velocidade, cantando pneus perto de casa poderia ter algo haver com isso?
1 Semana Depois
Estava tão bom acordar tarde, mas aí chega a notícia de que as aulas começariam mais cedo por conta da Copa do Mundo. Aff! Ninguém merece, mas enfim eu ia ver os amigos de novo, estava rezando para vir gente legal esse ano para o colégio, não aguentava mais os mesmo seres de outro planeta na minha sala.
Cheguei atrasada pra variar, não consigo acreditar que toda vez aquele maldito ônibus só demora quando eu chego na parada. Maldito! Logo ao abrir a porta avistei Lucas junto a Felipe e Charles, minha mente simplesmente disparou cenas em flash do dia do incêndio na semana passada (eu ainda não me conformara com o resultado da investigação da polícia). A polícia concluiu no inquérito que o incêndio foi causado por um curto circuito na casa dele.
- Oi pessoal!
- Oi Luísa – responderam em coro
- Cadê as meninas e Dudu?- indaguei.
- Dudu teve que ir a uma consulta e as meninas já estão na sala fofocando!- rimos
Seria um ano difícil, pois era o último ano na escola e também era ano de vestibular, meus pais não paravam de me perturbar sobre “Qual curso você vai fazer? ; Aonde vais cursar? ; Não esquece que o ENEM esse ano vai ser mais cedo!”. Essa mini- pressão psicológica me deixava com a paciência no fundo do poço.
Cheguei na sala e um espanto, conciliado a uma paralisação de 5 segundos me prenderam na porta da sala, havia acabado de entrar na mesma sala que a minha alguns garotos e garotas, e um dos garotos chamava a atenção de todas na sala, pelo seu charme até mesmo quieto com um olhar sombrio e morto. Parecia olhar de peixe morto..
-Quem é esse aí?
-Ele se chama Michel- respondeu Bruna toda sorridente
- Até agora nada de interessante para se dizer dele-acrescentou Diana- ele parece mais um defunto nessa cadeira acho que se ele se mexeu foi só para se sentar aí e olhe lá.
Toca o sino. Aula de Matemática. Nada melhor do que começar o ano olhando pra cara de rabugenta da professora de matemática que parecia que não tinha fim, além do que pra piorar a diretora veio nos dar as boas vindas e informando que esse ano a escola seria mais rigorosa. Dá pra imaginar? Sinceramente to quase me transferindo pra um quartel militar, acho que até lá é mais legal.
Enfim, intervalo, tudo igual como de praxe, bandejas, mesas colocadas exatamente em locais estratégicos que davam a ideia de status social: nerds, populares, vagabundos, e tinha os locais de transição onde o povo se misturava.
- Alguém aí entendeu o que a professora de matemática ensinou?-perguntou Bruna
-Sei lá! Mas parecia uma bando de códigos romanos indecifráveis..- respondeu Felipe
-kkkkk Felipe você só não é mais burro porque só um de você basta kkkk- completei
(Risos)
- Enfim pessoal tava a fim de ir ao cinema essa semana antes que minhas folgas se acabem- Lucas falou
- Claro! Assim que o papai largar do meu pé e me deixar de castigo! Aff! –Diana exclamou
Lucas e eu fomos juntos pra casa. Moramos na mesma rua a mais de sete anos e nos conhecemos bem pequenos, por isso tenho uma amizade muito grande com ele. Mamãe chegava a dizer que no futuro íamos nos casar, aí era nessas horas que eu tinha a certeza do motivo pelo qual meu pai pediu divorcio: Loucura Extrema.
-Lucas, depois do incêndio o que a polícia falou?
-Eles só falaram que foi acidental e foi por conta de uma sobrecarga nos fios, e falou que eu tive sorte de conseguir salvar meu computador e meus brinquedinhos tecnológicos (risos).
- Hum.. Mas você acha que foi acidental?
- Eu e minha mãe não, mamãe tinha mandado trocar a afiação da casa mês passado e também foi ela que comprou os fios, eles estavam novinhos. Mas o papai disse que se a polícia concluiu que era isso não tínhamos o direito de questionar, então decidimos ficar em silêncio. Mas por quê a pergunta?
- Nada não. Curiosidade.
Me despedi e entrei em casa.
- Oi filha! Como foi o primeiro dia de aula? Divertido? Legal?
- Tedioso. Chato. E extremamente cansativo, vou pro quarto me trocar já já venho.
- Ok. A comida sai em quinze minutos!
Entrando no quarto joguei minha mochila na cama, mas o que Lucas tinha me dito não saía da minha mente.. “Minha mãe comprou os fios” “ Minha mãe mandou trocar a afiação mês passado”. Isso só cabia mais com minha dedução de que o carro preto estava metido nessa encrenca não esperei nem um minuto, troquei de roupa e chamei Lucas pra ir comigo até o local do incêndio, ele achou loucura, mas mesmo assim eu insisti.
Assim que chegamos, o cenário era bem diferente do que si via antes. Alguns pedaços de madeira em pé e o resto era pura cinza.
- Vamos lá! Você começa a procurar do lado dos fundos da casa e eu vou procurar pelas laterais, e por último remexemos nessa cinza aí.
- Tem certeza de que você está fazendo algo que vai trazer resultados?
- oh Lucas! Não questiona não e faz o que eu ti mandei tá. Espero que eu esteja certa!
Começamos a procurar, remexi os matos, nada vezes nada. Lucas achou algumas pegadas, mas no final eram dele mesmo na hora de fugir da casa que ficou marcada, então fomos remexer nas cinzas e foi aí que fomos pegos de surpresa, algo de brilhante chamou minha atenção no meio de todo aquele preto ali, peguei e tinha um formato de um isqueiro americano, tipo aqueles de filme que você abre a tampinha e pronto já está lá o fogo.
- Cecília!- gritou- Vem cá!
- Que foi menino, porque gritou tão alto assim?
- Olha isso! – Apontou para marcas de pegadas e uma luva chamuscada e marcada de gotas de sangue.
- Temos que recolher tudo sem deixar nada, isso só comprova mais minha teoria, coloque nesse saco aqui. – disse lhe dando um saco transparente muito parecido com o usado pela polícia
-Como você já tinha isso aqui?
-Esqueceu que o papai trabalhou como agente da polícia durante uns quinze a vinte anos? Ele me dava isso quando eu tinha enjoos ou então pra guardar coisas sem estraga-las.
Saímos de lá o mais rápido possível, meu pai sempre me ensinou que se alguém está no meio de um crime e alguém desconhecido vai meter o bedelho eles gostam de dar um fim na pessoa, por isso não quis arriscar, vai que eles colocassem fogo na minha casa.
Chegando em casa o Lucas não cansava de me fazer perguntas sobre a minha tal teoria sobre o que aconteceu na casa dele.
-O incêndio foi na minha casa, não tem porque você ficar me escondendo as coisas, preciso saber que teoria é essa sua.
-Eu realmente não posso ti falar nada se eu não tenho a extrema certeza, encontramos só alguns objetos, além do mais você não consegue guardar segredos direitos por isso ninguém conta quase nada pra você.
-Epa! Epa! Epa! Aí já estas me ofendendo.
-Sério? E o segredo sobre o vídeo da escola? Hein? O primeiro a dar com a língua nos dentes foi você, então nem vem querer bancar o santo aqui que ninguém tá salvo.
- Enfim, assim que você puder me falar o que você tanto deseja com essa sua “Teoria” a gente conversa melhor. Tchau- disse me dando um beijo no rosto.
Autor(a): alexandrecruzofficial
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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Agora tava mais que comprovado que eu podia estar certa e que a polícia com certeza tava encobrindo o caso. Mas por que será que eles estavam fazendo isso? E quem eles estariam encobrindo? Quem seria capaz de incendiar a casa dos Houser’s? Só alguém que os odiasse muito! Mas eles são pessoas tão boas, sempre ajudam a todos, at& ...
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