Fanfic: Tudo Muda, Tudo Passa... ( Adaptada) Portiñón | Tema: Portiñon
Gastamos alguns segundos nos olhando e sem pensar beijei-lhe os lábios com intensidade. Ela envolveu meu pescoço com os braços e eu abracei-a pela cintura. Entramos novamente no apartamento e fechei a porta com o pé. Nosso beijo era apaixonado, como se tivéssemos necessidade uma da outra. Comecei a beijar seu pescoço e ela me deu todo acesso. Mordisquei sua orelha e isso a fez rir. Olhei em seus olhos e sua expressão era de carinho e desejo. Pôs a mão em meus lábios e comecei a beijar seus dedos. Em seguida encontrei seus lábios novamente e trocamos um beijo longo e terno. Fomos despertas pelo som do telefone tocando.
-Oh my! – correu até o aparelho – Hello! – silêncio – Hi dad... oh no I haven’t done it yet... In fifteen minutes? Ok, bye! – desligou o telefone – I... Eu... – parou para respirar várias vezes - Meu pai quer que... eu o acompanhe em uma recepção hoje... mamãe está fora e ele acha... acha deselegante atender a estes compromissos sozinho.
- Tudo bem. – pus as mãos nos bolsos – Eu já tava de saída mesmo... – caminhei até a porta e abri-a – Tchau.
- Tchau.
Saí quase que correndo e novamente usei as escadas. Minha vontade era ficar com ela a noite toda. "E eu ainda tenho que estudar pra uma prova hoje... Com que cabeça?"
Pensei em ligar para Any mas não o fiz. Na sexta ela deixou um bilhete no meu laboratório avisando que a aula do sábado estava desmarcada. Sua mãe pediu sua companhia para escolher tecidos. As Feiticeiras marcaram uma saída noturna para o sábado e fui junto. O lugar era no baixo Gávea e estava lotado desde a porta. Era aniversário de uma jovem atriz da TV, colega de Aline, e a garota arrumou convite para todas nós. Depois de uma espera na fila acabamos entrando e mal dava para se mexer. Aline nos guiou até a mesa de sua colega e nos apresentou como pôde. Um povo estranho demais! Jogamos conversa fora e rimos bastante. Dançamos todos juntos e o pessoal pagava muito mico. Depois chegou um paraguaio amigo da aniversariante e o cara inventou uma moda de tequila. Era a bebida do momento. Chamei Soninha para dançar enquanto Aline e Taís resolveram encher a cara de tequila com sal e limão. "Tem gosto pra tudo!"
Em nosso grupo, Aline era "A Fashion". Ela ia em festas badaladas da noite carioca e a gente só não acompanhava por falta de "passe livre", como era o caso de nossa amiga. Mas sempre que podia ela nos arrumava oportunidades. Aline conhecia vários artistas e famosos em geral, freqüentando o mesmo ambiente que eles. Vivia sozinha com a mãe, que tinha um cargo alto em uma famosa emissora de TV, em um condomínio badalado na Barra da Tijuca. Ela era de estatura mediana, magra, branca, cabelos curtos meio ruivos e olhos verdes. Um tipo bem diferente. Enquanto dançávamos uns caras vieram nos cantar, mas eu não estava no clima deles. Soninha acabou encontrando uma colega e ficou de papo; me afastei. Sentei em um lugarzinho no balcão e pedi um refrigerante. Dei uma olhada geral no lugar onde estava e reparei que uma garota me encarava e, por curiosidade, prestei atenção nela. Era uma morena magra de cabelos compridos e rosto delicado. Usava um vestido tubinho preto e imensos saltos. Desviei o olhar. Três homens vieram em seqüência falar comigo mas não dei idéia.
Minutos depois que o terceiro se afastou, a morena aparece na minha frente.
- Oi! Fazendo questão de ficar sozinha em um lugar tão cheio?
"E não é que ela veio me abordar?" - Não é isso. Só tô na minha.
- Se incomoda se eu ficar aqui também?
- Não.
Ela se sentou em um espaço mínimo que sobrava de um lugar ocupado por um casal que se amassava.
- Acho que eles não vão se incomodar. – disse apontando para o casal – Qual o seu nome?
- Dulce – disse estendendo a mão – E o seu?
Ela apertou minha mão e avançou em uns beijos de comadre bem próximos da minha boca. "Ousada você, menina!"
- Não me conhece?
- Deveria? – perguntei receosa
- Sou atriz. Estou trabalhando na novela das oito.
- Desculpe, mas eu não vejo novela. Quase nem vejo televisão na verdade.
- Ah, você é do tipo intelectual. – olhou-me de cima a baixo – Meu nome é Maite. Escuta, você não veio pra cá sozinha. Veio, Dulce ?
- Minhas amigas estão por aí. – apontei para a pista – E você?
- Vim com a aniversariante, a Paulinha. Trabalhamos juntas na novela.
- Uma das minhas amigas foi convidada por ela e aí nos deu convites também.
- Quem é sua amiga?
- Aline Rangel. Conhece?
- Não me diga que é a filha da Zuleika Rangel?
- A própria.
- A Zuzu é uma mãe pra gente que é iniciante na TV! Mas eu não conheço sua filha. Só de nome. - apontou para a pista - Não gosta de dançar?
- Pra caramba! Na verdade é que eu ando pensando demais e às vezes saio do clima bom das coisas. Depois eu volto ao normal.
- Problemas amorosos?
- Não necessariamente amorosos. Ou não necessariamente problemas. Sei lá.
- Os homens estão te dando trabalho?
- Eles não. Com eles nunca me importei pra isso. Mas já uma garota... "Gente o que eu to dizendo pra essa desconhecida?"
- Hum... Uma garota. Agora começou a ficar muito mais interessante. – se aproximou de mim fazendo um charme que não me foi de todo indiferente. Levantei-me rápido:
- Olha... Eu não sei o que você espera, mas eu estou com minhas amigas aqui e não quero... É melhor você...
- Você não quer que ninguém te veja pegando uma mulher não é isso? – riu – Estou de carro aí fora. Conheço uns lugares bem legais no Leblon onde a gente pode ficar e ninguém vai achar nada estranho. Se quiser podemos ir agora mesmo. – pegou uma mecha dos meus cabelos.
"Uma garota bonita está me dando altas cantadas e tem carro à disposição... Será que se eu saísse com ela poderia entender melhor o que fazer em relação a Any? Ela é lésbica com toda certeza e por isso deve entender de mulher. Será que eu tô é piorando ainda mais as coisas? E ela ainda conhece a mãe de Aline... E se chegar aos ouvidos delas? Ai, o que eu faço??"
- Vou lá pra porta. Se em cinco minutos você não aparecer vou entender como um não e vou embora sozinha mesmo. – piscou um olho para mim e se retirou fazendo o maior charme no andar.
"Quê que eu faço? Se eu for quê que eu digo pras meninas? Mas também é final de noite e Aline e Taís devem estar mais bêbadas que uma peste e nem vão me perguntar nada. Mas Soninha também não bebe e é ela que tá dirigindo. E agora?". Andei até a mesa onde estávamos e a maioria do pessoal estava pra lá de "alto". Taís se amassava com o paraguaio, Aline gargalhava com a aniversariante e Soninha quase dormia em um canto. "Vou falar com Soninha sem dar muitas explicações e me mando".
- Soninha, ei. – sacudi o ombro dela devagar – Sou eu, Dul.
- Ah, oi. Eu... Ai, que bom que você veio Dul! O pessoal aí encheu o pote de tequila e não tem mais diálogo. É só isso que você vê. – apontou para eles gargalhando como loucos - Taís até esqueceu do namorado e se pegou com esse paraguaio maluco. Fica aqui comigo senão vou morrer de tédio no meio dos bêbados...
- Taís não é do tipo de ter namorado; ela tem homens que duram mais e homens que duram menos. E em relação a ficar aqui... É... Escuta eu conheci um cara e vou embora com ele. Vim aqui pra te avisar. Avisa depois aí pras garotas e diz que eu deixei um abraço pra aniversariante. Eles tão muito chapados e se eu falar qualquer coisa agora ninguém vai entender nada.
- Dul, você vai acabar se dando mal com essa mania de sair com esses caras que conhece de noite. E se for algum tarado, maníaco, assassino, hein? Nem vi o rosto dele pra dar um retrato falado na polícia...
- Sem paranóia Soninha. Não vai me acontecer nada errado. Amanhã mesmo te ligo pra dizer que tá tudo bem. Beijo! – me afastei da mesa
- Ah... – fez uma cara de tédio
"Agora é ir pra porta da boate. E se ela já foi embora? Vou voltar com cara de tacho pra mesa!"
Não vi nem sinal de Maite e olhei em volta para confirmar que ela não estava lá. "Se eu sair não vou poder entrar mais, e agora?" Sem saber o que fazer saí e andei pelo estacionamento. Nada. "Nessa me dei mal. Eu nem sei o carro da garota qual é!" De repente ouço um ronco de automóvel e uma luz intensa pisca duas vezes. Olhei para trás e vi um Monza vermelho se aproximar. Os vidros eram filmados e não dava para ver o motorista.
- Quer carona gata? – Renata abaixou um vidro e piscou o olho.
Entrei no carro e ela cantou pneus.
Autor(a): portinons2vondy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 28
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marianac Postado em 22/06/2020 - 21:59:07
A autora sabe que vc está postando a história dela aqui?
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madilima Postado em 03/11/2015 - 20:15:32
Termina a fanfic por favor!!! Quero muito saber o final!!!!
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tammyuckermann Postado em 27/09/2015 - 00:17:41
Posta mais pff
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pekenna Postado em 08/04/2015 - 18:56:08
voltaaaa please
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nanda302 Postado em 26/03/2015 - 12:37:33
Venho aqui diariamente ver se vc tem postado mas capítulos.... Estou louca pra vê o final dessa história... Por favor não demora a posta;-) OBG!!!
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pekenna Postado em 25/03/2015 - 15:33:16
volta a postar por favorzinhoooooo!!!
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anymaniecahastalamuerte Postado em 10/12/2014 - 00:25:38
Posta mais pleaseee!to morrendo pra saber oq vai acontecer!posta maaaaaais!
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anymaniecahastalamuerte Postado em 06/12/2014 - 22:00:45
Posta maaais please!VC pode dar uma passadinha na minha fic Os olhos da alma (portinon) ou divulgar ela??obg
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anymaniecahastalamuerte Postado em 05/12/2014 - 01:24:15
Brigaduu por postar!!!!!!nunca li ate o final,e gostaria MT de ler essa historia maravilhosa!!valeu MSM!!!posta maaais?obg
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anymaniecahastalamuerte Postado em 24/11/2014 - 04:34:58
Por favor posta mais me cadastrei aq só pra comentar essa fic maravilhosa!postaa please