Fanfics Brasil - Capítulo 25 Tudo Muda, Tudo Passa... ( Adaptada) Portiñón

Fanfic: Tudo Muda, Tudo Passa... ( Adaptada) Portiñón | Tema: Portiñon


Capítulo: Capítulo 25

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Caminhamos pela areia da praia de mãos dadas, e poucos se perceberam disso. Ninguém nos incomodou. Conversamos sobre vários assuntos nossos, assuntos íntimos, como se quiséssemos nos conhecer inteiramente, sem segredos, sem reservas. Chegamos até a praia do Diabo, no Arpoador, e começou a cair uma chuva fria e fina. Any sugeriu de irmos até seu apartamento, e deduzi que estava vazio. Não tínhamos almoçado ainda e eu estava com fome.

Chegando lá, Dolores já havia ido e deixou a comida pronta na espera. Any fez questão de arrumar a mesa de um modo, segundo ela, bem romântico, e eu escolhi um CD e coloquei no rádio para tocar. Almoçamos, dançamos, namoramos. Jogamos umas almofadas no carpete da sala e ficamos por muito tempo deitadas, nos beijando, fazendo planos, como se fôssemos um casal de noivos às vésperas do casamento. Da vida a dois.

Dormimos abraçadas e senti uma felicidade que nunca havia sentido antes. Algo me dizia que dali para frente, seria sempre assim se ela estivesse a meu lado.


Acordei e senti Any nos meus braços. Sua cabeça deitada no meu ombro, seu braço na minha cintura, eu não queria outra coisa. "Deus do céu! Dormi fora e nem avisei em casa! Quando chegar vovó vai me fuzilar com os olhos!"

- Bom dia amor!

"Amor? Gostei de ouvir isso!"

- Bom dia querida! Dormiu bem?

- Sim. – virou-se de frente para mim e me beijou os lábios.

- Vem alguém aqui hoje?

- Hoje? Ninguém! – beijou-me novamente.

- Será que eu posso ficar com você o dia inteiro de novo? – beijei-a – Só que eu preciso voltar pro morro e aí você iria comigo.

- Sem problemas. Melhor eu me arrumar então. – beijou-me mais uma vez e sentou-se. De repente começou a rir de mim.

- O que foi? –ri também

-Está toda manchada de batom... – passou os dedos sobre meus lábios.

- Culpa sua. Quem mandou usar batom escuro? Você nunca usa cores assim!

- Eu limpo – continuou passando os dedos.

- Você também tá manchada...

- Imagino!


- Eu limpo. – voltei a beijá-la.

Puxei-a para perto de mim e beijei-a com paixão. Coloquei-a sentada no meu colo e de repente ela se afastou.

- Stop it honey... – Any desvencilhou-se de mim – I need to get me ready. You want me to go out with you, don’t you?

- Tá eu não te beijo mais; por enquanto. – Any olhou-me incrédula – Juro. – beijei os dedos no formato da cruz. Levantou-se e foi até seu quarto. Levantei-me também e arrumei a bagunça que fizemos na sala.


************************


Com o fim da greve as aulas recomeçaram em outubro e o período iniciou lascando com a gente. Apesar disso nos encontrávamos todos os dias na faculdade para almoçar juntas. Ela também passava sempre no meu laboratório para se despedir de mim antes de ir para casa. Aproximei-a das Feiticeiras, que estranharam no começo, mas acabaram adotando-a como amiga também. Saímos todas juntas duas vezes em dezembro, para lugares onde menores de idade poderiam frequentar. Sugestões de Soninha.

Comecei a seguir as sugestões de Any e busquei me aproximar de minha avó. Puxava conversa mais insistentemente, tinha atitudes mais carinhosas, falava de mim mesmo que ela permanecesse silenciosa. E aos poucos fui notando uma mudança em seu comportamento.

Dia 22 de dezembro Any viajou para a Inglaterra com os pais, já que passariam as festas de fim de ano com os familiares de lá. O parentes de seus pais, que eram poucos, se reuniriam na fazenda perto de Oxford; a dos girassóis. Ela voltaria para o Brasil mais cedo, por causa das aulas, e isso revoltou Jack e Robert; porém ambos permitiram que o fizesse. Na véspera de sua viagem passei em sua casa.

- Alô!

- Sou eu linda! Tô aqui em baixo querendo te ver.


- Oi! Entre na portaria que estou descendo.

Any tinha acabado de ganhar do pai um telefone celular, na época, ainda um tijolinho. Pouquíssimas pessoas tinham um e só se conseguia cobertura em alguns bairros da cidade. Desde então eu só ligava para o celular dela, embora o tempo de duração das ligações passasse voando.

Entrei no prédio e cumprimentei o porteiro.

- Oi, boa noite. Anahí me espera e vai descer.

- Boa noite senhorita. Fique à vontade.

Ela logo veio e estava impecável em seus vestidinhos como sempre.

- Oi Dulce ! – deu-me beijos de comadre.

- Oi Any! – retribuí.

- Vamos subir? – pegou-me pela mão

Entramos no elevador. Apertei o andar da garagem.

- Vai estar muito escuro lá. – ela disse baixinho.

- Tomara! – respondi baixinho também.

Entramos no estacionamento e caminhamos até um pedaço bem escuro. Puxei-a para junto de mim e começamos a nos beijar. Minhas mãos corriam por suas costas, pescoço e pernas. Arrisquei e apertei sua bunda de leve. Ela interrompeu nosso beijo e retirou minha mão de lá. Continuei beijando seu pescoço.

- Tonight you are terrible Dulce ...

- Saudades por antecipação... – disse no seu ouvido.


Encostei-a em um carro e continuei minhas investidas. Coloquei as mãos em seus seios. Ela removeu-as.

- Don’t...- calei-a com um beijo.

Ela mordeu meu lábio inferior com pouca pressão mas suficiente para que eu gemesse. Empurrou-me pelos ombros e se afastou. Encostei-me no carro, e ela arrumava o vestido e os cabelos. Sorri.

- Se soubesse como me deixa doida... Às vezes eu perco a noção.

- I could notice. – continuou se endireitando. Respirou fundo e olhou para mim – Você... mal falou comigo e... agarrou-me desse jeito. Sem contar de que suas mãos estavam totalmente indisciplinadas... – abaixou a cabeça.

- Em certas coisas eu sou indisciplinada! – cruzei os braços – E você gosta, porque já notei que sempre esquece do português quando estamos juntas.

- Eu... fico nervosa. E quando eu fico nervosa ou com raiva não consigo falar outra língua senão inglês. – encostou-se em uma pilastra em frente a mim mais ainda distante.

- Você ficou nervosa ou excitada? – aproximei-me dela.

- O que houve com você hoje? – afastou-se – Pensei que tivesse vindo se despedir de mim! – parecia com medo.

- E vim! Olha querida calma! Não precisa ter medo, eu não vou te agarrar à força. – segurei sua mão – Vem aqui, vem? Me abraça. Eu não vou avançar o sinal de novo.

Nós nos abraçamos e ficamos assim por uns instantes.

- Estamos juntas há três meses e eu fico... Com vontade de... Você sabe, te conhecer mais...Eu fiquei um pouco insegura também com essa sua ida pra Inglaterra. Desculpa, eu realmente perdi a noção.

Ela continuou abraçada comigo, mas virou-se para me olhar.


- Nada de mais acontecerá na Inglaterra. Estarei com minha família e só. – mexeu no meu cordão – E quanto ao fato de você querer mais, eu avisei no começo... Não vai acontecer nem tão cedo; e você disse que esperaria...

- Eu sei. É que... Tá, esquece. Eu vou me comportar melhor.

- E é melhor sairmos daqui. Meus pais estão em casa, podem mandar o porteiro me procurar. Alguém pode nos ver aqui e a garagem tem câmeras. Nossa sorte essa lâmpada aqui estar queimada.

- Tá bom. Eu já vou.

*********************

Soninha convidou para a festa de natal da igreja dela, como fazia sempre desde que nos conhecemos, e dessa vez resolvi aceitar. Convidei vovó e ela também quis ir. A festa foi bonita, o padre fez um sermão emocionante e às 0:00h o coral da igreja cantou Noite Feliz maravilhosamente bem. Soninha era soprano e fazia parte do coral. Deu um show! Eu não sabia que cantava tanto!

Vovó e eu nos emocionamos e ela me deu um abraço como não me lembro de ter recebido em toda a vida. A ceia foi simples mas farta e as pessoas eram muito amáveis. Os pais de Soninha nos trataram muito bem e sua irmã estava felicíssima com o namorado, que a pediu em noivado naquela noite. Aprendemos uma bela canção na igreja, e subimos as escadas do morro de braços dados e cantando. Sem dúvida, foi o natal mais belo que já havia vivido, e atribuí tanta felicidade a Any e ao Deus de amor, perdão e construção que ela me ensinou a sentir. Convenci vovó a passar a virada do ano na praia de Copacabana. Convenci seu Neneco e o filho a fazerem a mesma coisa e foi uma aventura! A praia estava cheia e vimos cada coisa! A queima de fogos foi muito bonita. Tive certeza de que 94 seria especial! O ano começou com provas e muito trabalho na faculdade. Any voltou e ficou doidinha com a quantidade de coisas que tinha para estudar. Como seus pais permaneceram fora do país eu ia para sua casa e ficava lá direto. Estudávamos juntas e separadas e, para aliviar íamos na praia. A essa altura eu já havia colocado nela o vício praiano e a paixão pelo Rio. Sua pele já não andava mais tão branca, embora atentássemos sempre para o filtro solar; principalmente em seu caso. O período acabou no final de fevereiro e nos saímos muito bem.



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Autor(a): portinons2vondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • marianac Postado em 22/06/2020 - 21:59:07

    A autora sabe que vc está postando a história dela aqui?

  • madilima Postado em 03/11/2015 - 20:15:32

    Termina a fanfic por favor!!! Quero muito saber o final!!!!

  • tammyuckermann Postado em 27/09/2015 - 00:17:41

    Posta mais pff

  • pekenna Postado em 08/04/2015 - 18:56:08

    voltaaaa please

  • nanda302 Postado em 26/03/2015 - 12:37:33

    Venho aqui diariamente ver se vc tem postado mas capítulos.... Estou louca pra vê o final dessa história... Por favor não demora a posta;-) OBG!!!

  • pekenna Postado em 25/03/2015 - 15:33:16

    volta a postar por favorzinhoooooo!!!

  • anymaniecahastalamuerte Postado em 10/12/2014 - 00:25:38

    Posta mais pleaseee!to morrendo pra saber oq vai acontecer!posta maaaaaais!

  • anymaniecahastalamuerte Postado em 06/12/2014 - 22:00:45

    Posta maaais please!VC pode dar uma passadinha na minha fic Os olhos da alma (portinon) ou divulgar ela??obg

  • anymaniecahastalamuerte Postado em 05/12/2014 - 01:24:15

    Brigaduu por postar!!!!!!nunca li ate o final,e gostaria MT de ler essa historia maravilhosa!!valeu MSM!!!posta maaais?obg

  • anymaniecahastalamuerte Postado em 24/11/2014 - 04:34:58

    Por favor posta mais me cadastrei aq só pra comentar essa fic maravilhosa!postaa please


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