Fanfic: Fruto Proibido AyA (Adaptada) | Tema: Romance AyA

Ultimo Post de hoje porque não consigo deixar vocês ansiosas demais kkkkkkkk 

franmarmentini: no começo o Poncho vai ser bemmmm idiota mesmo =/ tadinha da Anahi 

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Anahi  fez força para se controlar.

O beijo não significava nada para Alfonso. Um ato que parecia ter lhe mudado o destino e possibilitado a realização do maior sonho de sua vida, não tinha passado de um entre muitos para ele. Considerando como havia terminado, com ela desmaiando de prazer e ele sem nada, não admira ele preferir esquecer.

Quem dera que ela também pudesse.

A dor era tão intensa que ela mal podia respirar.

Nada foi como sonhou ao voltar para a Grécia.

O pai não queria que Anahi trabalhasse com ele. A filha não passava de um objeto de barganha para salvar a empresa, que seria herdada por seu irmão Carlos, não por ela.

A traição do pai, porém, não era nada comparada com a mágoa que lhe causara Alfonso. Tinha sonhado tanto depois daquele beijo. Agora o coração sangrava, ferido pelos estilhaços dos sonhos despedaçados.

Correu para o carro como se demônios a perseguissem.

Entrou no carro e se pôs a caminho a toda velocidade, quase abalroando outro carro.

Entrou num edifício-garagem e foi até o último andar. Estacionou longe dos outros carros, desligou o motor, e depois encostou a cabeça no volante e chorou.

Alfonso não a amava. Como podia ter sido tão estúpida de pensar que sim? Ele não se sentia nem atraído por ela. Considerava-a uma irmãzinha. Nada mais. Queria que ela se casasse com Christopher.

Todos queriam isso... todos, menos ela.

Mas que diferença fazia? Alfonso jamais ia se apaixonar por ela, e ela jamais amaria outra pessoa. Christopher talvez fosse um homem bom, mas tinha uma amante. Isso, porém, não lhe importava nem um pouco.

Nada importava.

Certamente, o casamento salvaria as esperanças futuras do pai. Garantiria a herança do irmão e o estilo de vida da mãe.

Sabia o que deveria de fazer. Mas lamentava a morte de seus sonhos, e chorou até se sentir vazia e entorpecida.

Naquela noite, disse ao pai que se casaria com Christopher.

Ele agradeceu e disse que sabia que ela não decepcionaria a família, e que tudo seria para o bem dela. Anahi não discordou, mas ficou rígida no abraço dele.

Não era raiva, apenas apatia.

Ele anunciou o casamento à esposa e ao filho durante o jantar. Marina, sua mãe, imediatamente começou a planejar o casamento, pedindo a opinião de Anahi sobre muitos detalhes. Só que Anahi não tinha opinião. Simplesmente não se importava. Concordou com a mãe em tudo, dando a Marina toda a liberdade com os preparativos.

— Vocês, moças modernas... não são nada românticas — Marina lamentou.

Marina apenas deu de ombros. Não via nada de romântico num casamento arranjado.

Felizmente, sentia-se entorpecida. E isso era melhor do que sentir dor e decepção.

Tornava até fácil responder a todas as muitas mensagens de Alfonso deixadas na caixa postal enquanto ela estava chorando no carro.

— Anahi! Você está bem? — Alfonso perguntou.

— Sim, é claro.

Ele ficou mudo por um instante.

— Byba... precisamos conversar.

— Não precisamos, não.

— Eu devia ter perguntado o que lhe perturbava... não devia ter ficado tão distante no escritório.

— Não importa.

— É claro que importa.

— Como você disse, meus problemas são responsabilidade minha. Sou mulher feita e é hora de deixar os pensamentos infantis para trás.

— Uh... Anahi...?

— Não preciso de um ombro para chorar. — E, se precisasse, nunca mais o procuraria novamente. — Disse a meu pai que vou cumprir minha promessa de casar com Christopher.

— Disse?

— Sim.

— Eu... uh...

— Você vai ser meu irmão de verdade. — Por um instante, o entorpecimento se rompeu, e ela quase se dobrou de agonia, mas forçou-se a se endireitar e reprimir a sua dor.

— Anahi, você está bem? — Parecia realmente preocupado.

— Minha mãe já está planejando o casamento — ela disse, para não responder novamente àquela pergunta.

Não importava o que ela dissesse, não é? O pai tinha lhe feito a mesma pergunta depois do jantar. Mas, se ela dissesse que não, faria alguma diferença? Sabia que não. Tanto o pai como Alfonso tentariam convencê-la de que Christopher era um homem bom. De que era melhor para ela. E ela não queria ouvir isso.

— Já está? — Alfonso perguntou, num tom estranho que ela nem tentou decifrar.

— É.

Outro silêncio breve.

— Você provavelmente deve esperar que meu avô dê uns palpites, também.

— Isso é problema dele e da mamãe.

— Não seu, também?

— Não.

— Por que não? Não lhe importa saber como será o seu casamento?

— Não. — Não era o casamento dela. Era uma fusão comercial. Não podia ser dela, tendo como noivo o irmão Herrera mais velho.

— Anahi...

— Preciso ir. Mamãe tem mais planos que quer discutir. — Tinha de desligar, pois falar com Alfonso prejudicava o distanciamento que ela precisava ter para suportar as próximas semanas.

Achava que o pai e Ricardo Herrera não desejavam um noivado longo.

— Falo com você mais tarde. — Engraçado,Alfonso parecia tão entorpecido quanto ela.

Devia ser engano dela.

— Adeus, Alfonso.

Alfonso não sabia, mas Anahi estava se despedindo não só de um simples telefonema. Era hora de começar sua campanha para se livrar de um amor que lhe causara muita dor e pouco prazer.