Fanfic: Fruto Proibido AyA (Adaptada) | Tema: Romance AyA

Além de não estar grata, Anahi estava fria e distante como uma estátua de mármore.

Ele nunca a tinha visto assim. Mas a chama desaparecida ainda estava oculta e, em seu lugar, havia um bloco de gelo que não era nada como a sua Anahi.

— Então, está se oferecendo para se casar com Anahi em lugar de seu irmão? — Henrique perguntou, também frio.

— Exatamente. Isso a distanciará do escândalo de Christopher , e fará cessar as especulações sobre o envolvimento dela no sumiço de Dulce Fortune.

— E o que nos garante que você não tem sua própria fulaninha escondida? — perguntou Marina.

Anahi  olhou friamente para a mãe.

— Dulce Fortune não é uma fulaninha. É a mulher que Christopher ama, e não admito que se refira a ela assim.

— Não é apenas o seu nome que está rolando na boca do povo, Anahi Portilla . Esse escândalo repercute em todos nós — disse a mãe, aborrecida.

— Seja como for, não fale em fulaninhas. Eu sabia da namorada de Christopher. Também saberia se Alfonso tivesse uma. Ele nunca me escondeu nada de sua vida pessoal.

— É verdade... mas tudo isso me parece um pouco incestuoso — disse Henrique.

— Anahi e eu somos próximos como irmãos, mas ela não é minha irmã, nem me sinto como um irmão em relação a ela.

Henrique aceitou a palavra de Alfonso, mas Anahi lançou-lhe um olhar indecifrável.

— Mais uma vez, preciso perguntar como você garantirá que não vai romper o noivado, como fez seu irmão — Marina perguntou.

Alfonso tirou uns papéis da pasta.

— Este contrato estipula que oferecerei o mesmo investimento de capital que meu irmão pretendia oferecer. Estou preparado para assiná-lo antes do casamento. Agora mesmo, na verdade.

Henrique concordou com a cabeça, os olhos brilhando de aprovação.

Pela primeira vez, Marina se mostrou mais calma.

— Fala sério? — perguntou.

— Nunca falei mais sério na minha vida.

— Então, aceitamos — disse Henrique .

Anahi levantou-se e fitou todos com um olhar inexpressivo.

— Perdão, papai, mas não estamos na Idade Média. Você não pode aceitar um pedido de casamento em meu lugar. Isso é algo que tenho de fazer por mim mesma, e não estou preparada para isso no momento.

— O que quer dizer, Anahi ? — a mãe perguntou estridentemente.

— Preciso de tempo para pensar.

— De quanto tempo? — Alfonso perguntou.

— Uma semana.

— Impossível — declarou o pai. — Se quisermos aliviar o escândalo, isso deve ser feito imediatamente.

— Amanhã? — Alfonso perguntou a Anahi, vendo a teimosia em suas feições.

— Quarenta e oito horas, e não cedo mais nada. Certamente não vão me negar esse tempo para pensar no meu futuro? Afinal, trata-se do resto da minha vida, não é?

— É claro. — Marina parecia envelhecida e vulnerável. — Queremos que seja feliz, Anahi. De verdade.

— Então, dêem tempo bastante para eu decidir se posso ficar... com Alfonso.

Henrique  suspirou.

— Se dois dias são o bastante para ajustar-se às suas circunstâncias, tome-os.

Falava como se a aquiescência de Anahi fosse garantida. Afinal, achavam que ele continuava sendo o melhor amigo dela.

Alfonso sabia que não, e só podia esperar que a confiança dos pais não fosse infundada.

Anahi não respondeu ao pai, apenas sacudiu a cabeça e saiu da sala.

Alfonso  também se levantou para sair.

— Mais uma vez, lamento profundamente o efeito que as ações de meu irmão tiveram sobre sua família. Aguardo notícias suas.

Tanto Henrique  como Marina abraçaram Alfonso antes de ele sair.