Fanfic: Fruto Proibido AyA (Adaptada) | Tema: Romance AyA

Anahi esperou que Alfonso mencionasse o contrato durante o almoço, mas ele só conversou sobre futilidades. Nervosa, disse finalmente:

— Fiquei surpresa de você assinar o contrato sem discussão.

— Você teria modificado alguma coisa?

— Não.

— Então fiz a coisa certa. Conheço você muito bem, assim como você me conhece.

— Não está satisfeito com o contrato?

— Não.

— Por que não?

— Diga-me você.

— Não.

Ele suspirou.

— Tudo bem. Estou aborrecido por você sentir necessidade de um contrato.

— Ofendi seu orgulho? — Vendo-lhe os olhos, percebeu algo mais. — Está magoado, também. Sinto muito — ela disse baixinho. — Não quis magoá-lo.

— Não precisava pedir nada daquilo.

— Certo. Como se você pretendesse me pedir em casamento. — Era a primeira exigência.

— Tem tanta certeza disso?

- Christopher não me pediu.

— Não sou Christopher.

— Graças a Deus. Não queria me casar com ele.

— Mas quer casar comigo.

— Prefiro não responder. E espera que eu acredite que concorda com uma cerimônia simples?

— Sei que você não queria aquele fausto planejado pelas famílias.

— Então concorda com um casamento civil?

— Não disse isso.

— Não quero uma cerimônia religiosa.

— Por que não? — ele perguntou, chocado.

— Um casamento perante Deus significa fazer promessas falsas que não poderemos romper.

— Este casamento é para a vida toda.

— Diz isso agora, mas talvez se apaixone, ou eu queira sair desse arranjo. Não quero promessas de amor que não sejam sinceras.

Ele estreitou os olhos e disse:

— Deixe comigo.

— Então, aceita mesmo as minhas exigências? Ele suspirou.

— Vejo que não teremos paz enquanto não discutirmos cada uma. Primeiro, vou fazer o pedido, mas do meu jeito. Segundo, não me importo de você ter uma carreira. Mas prefiro que trabalhe comigo, não com seu pai. Terceiro, sem filhos por cinco anos. Vou invejar meu irmão por ele ser pai, mas não vou forçá-la.

Ela concordou com a cabeça. Sentia que, se tudo desse certo, ia querer um filho com ele antes do final do prazo. Ele sorriu e apertou-lhe a mão.

— Vai dar tudo certo, byba.

Ela queria declarar seu amor ali mesmo. Ele estava sendo tão carinhoso com ela. Em vez disso, disse apenas:

— Você é um homem bom. O sorriso dele era brilhante.

— Obrigado. Vamos continuar? Falemos no número quatro. A promessa de fidelidade absoluta.

— Eu... Você... — Ela sentia a necessidade de explicar, mas faltavam-lhe as palavras.

Ele esperou pacientemente, com uma expressão indecifrável.

— Você disse que esteve com muitas mulheres. Que não tinha se casado com nenhuma delas.

— E presumiu que eu continuaria?

— Não, achei que poda se entediar.

— Depois de ontem à noite? — Ele sacudiu a cabeça com uma expressão incrédula. — Impossível.

— Não é. Nem sempre pode ser tão bom assim.

— Tem razão. Será melhor. Não desejei nenhuma outra mulher, só você, desde que a beijei pela primeira vez.

— Isso é verdade?

— Não costumo mentir.

— Só para proteger sua honra.

— É. Mas não deu certo, e nunca mais mentirei.

—Ótimo.

— Então, concordamos?

— Sim.

Ele a pediu em casamento naquela noite, num jantar à luz de velas em seu apartamento. Depois fizeram amor, e ele tinha razão mesmo. Foi melhor.

Novamente ele a fez voltar para casa, mas disse-lhe que estivesse pronta para viajar cedo na manhã seguinte.

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