Fanfic: Fruto Proibido AyA (Adaptada) | Tema: Romance AyA

A primeira vez que ele foi visitá-la na universidade, estava muito saudosa de casa. Isso devia ter transparecido nos e-mails que trocavam, pois ele surgiu no dormitório, com um sorriso deslumbrante, dois dias depois do último e-mail dela.

Levou-a para jantar e conversaram até tarde. Quando ela perguntou-lhe o que estava fazendo nos Estados Unidos, ele disse que estava tratando de negócios. Com pretextos semelhantes, ele a visitava pelo menos duas vezes por ano. Entre as visitas, trocavam e-mails quase diários, e ele telefonava pelo menos uma vez por mês.

Ele sempre brincava que estava cuidando dos interesses de Christopher, enquanto ela desejava que os interesses fossem do próprio Alfonso.

Quando vinha para casa nas férias, ela sempre o via, também. Na verdade, ela o via muito mais do que Christopher. O irmão mais velho não perdia tempo com ela. Não era possível que realmente quisesse se casar com ela, e ela não entendia por que ele tinha prometido.

Havia até boatos de que ele tinha uma namorada em Paris. Todos achavam que ela não sabia, mas sabia. E o fato disso não perturbá-la era prova de que ela não sentia nada por Christopher. Mas sempre que lia, numa coluna de fofocas, sobre Alfonso e seu caso mais recente, ela só faltava morrer.

Não tinha aparecido nenhuma história desse tipo desde a última viagem dele à América para visitá-la, e isso a enchia de esperança.

A vista do centro de Atenas diante dela desapareceu quando ela recordou aquela noite memorável.

Anahi estava estudando para os exames finais. Em seu último e-mail, Alfonso dera a entender que viria visitá-la antes de sua formatura, e ela estava indócil desde então.

Ambas as famílias viriam para a cerimônia da formatura. Todos, menos o homem com quem devia se casar. Christopher tinha compromissos de negócios que o impediam de vir e, francamente, Anahi nem se importava.

Como podia ter feito a tolice de concordar com o casamento? Christopher só era três anos mais velho que Alfonso mas, quanto a ela, ele estava completamente fora de sua estratosfera.

Tinha de se concentrar nos estudos, e não numa visita possível de Alfonso. Ir para a universidade já era, em si, muito importante, sua mãe jamais fora. Mas vir para os Estados Unidos e estudar ali foi uma verdadeira concessão por parte dos pais, e ela estava determinada a ser um orgulho para eles. Estava prestes a se formar magna cum laude, e não ia estragar tudo sendo reprovada nos exames finais.

Mordendo os lábios, logo mergulhou na teoria econômica mundial.

Não sabia quanto tempo esteve estudando quando ouviu alguém martelando na porta de seu pequeno apartamento. Anahi ficou de pé e logo caiu sentada novamente. A perna estava dormente. Sentiu um formigamento desagradável desde o pé até a coxa. Arfou mas, apoiando-se na mesa, conseguiu ficar de pé novamente. As batidas na porta recomeçaram, impacientes.

— Um segundo — ela gritou, mancando até a porta. Abriu-a e deu com Alfonso do outro lado. Todo aquele deslumbramento em 1,90m. O cabelo escuro, geralmente bem penteado, caía em ondas rebeldes em volta do rosto. Os olhos verdes tinham reflexos dourados que faziam seu coração palpitar. Os ternos formais nunca tinham escondido os músculos definidos do corpo, mas a calça jeans e a camiseta de seda que ele vestia agora davam água na boca.