Fanfic: Fruto Proibido AyA (Adaptada) | Tema: Romance AyA

— Alfonso — ela guinchou, espantada. Tinha se esforçado tanto para não pensar nele que sua chegada a pegou completamente de surpresa.

O sorriso habitual dele estava ausente, substituído por uma expressão séria.

— O que estava fazendo? — ele perguntou.

— Estudando. Pensava o quê? Avisei que tinha exames finais.

— Você pareceu ficar espantada com a minha presença.

— Fiquei.

— Não olhou pelo olho mágico antes de abrir a porta. Quem você esperava, para escancarar assim a porta com tanta despreocupação?

— Esqueci de olhar. Não estou esperando mais ninguém.

— Mas devia estar me esperando. Eu disse que vinha,

— Deu a entender, não disse quando. Caramba, Alfonso, relaxe. — Virou-se e mancou em direção à mesa.

Braços fortes a ergueram do chão depois de apenas uns passos. Ela gritou.

— Alfonso! O que está fazendo?

— O que você tem? Por que está mancando? Machucou-se? — Essas perguntas eram disparadas como de uma metralhadora.

Ela nem conseguia respondê-las.

— Então? — ele insistiu, olhando-a, preocupado.

— Será que posso dar uma palavrinha? — ela provocou. Ele fechou a boca, sem graça.

— Minha perna ficou dormente, só isso.

— Tem certeza? Não é normal uma perna ficar dormente sem mais nem menos.

— Cara, nunca pensei que você fosse tão preocupado. — Estava sorridente. Aquela preocupação era agradável. Assim como sua mão no peito escultural dele. — É perfeitamente normal quando se fica sentado por mais de duas horas sem se mexer.

— Isso não é bom. Não devia se envolver tanto com os estudos a ponto de se esquecer da saúde.

Ela quase riu, lembrando como tinha sido difícil se concentrar a princípio. Como, porém, isso se relacionava diretamente cora ele, ela não pretendia lhe dizer nada.

— Uma perna dormente não chega a ser uma doença mortal, Alfonso.

— Não obstante, está obviamente na hora de você fazer uma pausa.

— Que bom. Vai me levar para jantar? — ela perguntou, sorrindo.

O rosto dele tomou a se fechar. —Ainda não comeu? Ela revirou os olhos.

— Não. Nunca me acostumei com os horários americanos. Ainda prefiro jantar lá pelas 20h.

— Já são quase 21h.

— Você já jantou? — ela perguntou, já um pouco decepcionada. Tinha quase certeza que sim.

— Na verdade, ainda não.

— Então, pode me levar.

— Você está mimada.

— E por culpa de quem? É você que sempre me leva para jantar quando me visita. Posso ser culpada por manter expectativas?

— Você é bem atrevida. Ela riu.

— Essa sou eu. Anahi Portilla... também conhecida como a tímida... atrevida.

— Nunca é tímida comigo.

— Você é meu amigo. Também não sou tímida com minha família.

— É tímida com o Christopher. Ela franziu a testa.

— Não fale no seu irmão. Vai me deixar de mau humor.

Agora ele parecia bastante ofendido.

— Não há nada de errado com o meu irmão.

— Exceto que meu casamento com ele foi a idéia mais tola que meu pai e seu avô já tiveram. E eu concordei — ela disse, exasperada consigo mesma.