Fanfic: Fruto Proibido AyA (Adaptada) | Tema: Romance AyA

— Não quer se casar com o meu irmão?

— Por favor, Alfonso, você me conhece melhor do que ninguém. Não me diga que está surpreso.

— Mas estou chocado, byba. Você prometeu.

Ela adorava quando ele a chamava de bebezinha.

— Ele também. Mas onde está agora? Não aqui.

— Eu estou aqui, cuidando dos interesses dele.

— Ele não tem nenhum interesse por mim.

— Não é verdade.

— E você está aqui porque é meu amigo. — Ela se revirou nos braços dele e fez-lhe cócegas nas costelas. — Confesse.

Ele riu alto e quase a deixou cair.

— Cuidado, byba. Vai acabar com o traseiro doendo mais que a perna dormente.

— Você jamais me daria palmadas. — E ela jamais lhe diria a vibração que sentiu ao se imaginar deitada com o traseiro para cima no colo dele.

— Alguém deveria ter lhe dado umas palmadas quando você era mais moça.

— Você teria tido um ataque se alguém fizesse isso.

— Eu era ingênuo naquele tempo... um garoto tolo que achava que byba mou não fazia nada de errado. Claramente, enganei-me quanto à sua doçura de caráter.

— Está dizendo que não acha que a sua byba é doce? — ela perguntou, fazendo um biquinho que aperfeiçoara só para ele ver.

A expressão dele provocou nela vibrações eróticas pelo corpo todo.

— Mais doce do que é bom para mim.

— Tem certeza, Alfonso  — Aquela voz enrouquecida seria mesmo dela? — Acho que sou muito boa para você.

Ele fechou os olhos por um instante silencioso, e depois os abriu.

— Eu acho que você deve trocar de roupa se vamos sair.

— Não quer ser visto comigo neste conjuntinho? — ela perguntou, sem fazer a menor tentativa de sair dos braços dele.

— Recuso-me a levá-la onde outros possam ver a faixa de pele entre sua blusa e o cós dessa calça provocante.

— Meu conjunto não é provocante.

Ele a pôs de pé diante de si e depois tocou no cós da calca.

— Esta calça se amolda ao seu traseiro perfeito, e bem que podia cobrir mais a sua cintura.

Ele achava o seu traseiro perfeito? Ela sorriu novamente.

— Não quero usar a calça debaixo dos braços. A moda é assim.

— Se você se abaixar, verei o arredondado de suas nádegas.

— Acha? — Ele estava sendo circunspecto, mas na verdade se referia ao seu "cofrinho", e não podia deixar isso passar sem um confronto. Virou-se e se abaixou. —Aí? Viu alguma coisa? — Sabia bem que não. Ela não era uma leviana e não se vestia como tal.

Mas Alfonso não respondeu.

Ela torceu a cabeça para olhá-lo, e ficou com a respiração presa. Ele a fitava de um jeito que ela apenas sonhara. Com um desejo sombrio que lhe provocou algo no ventre.

Endireitou-se.

— Alfonso? Ele a fitava.

— Não devia ter feito isso.

— Por quê? — ela perguntou. A mente se recusava a aceitar o que os olhos viam, achando isso impossível.

Ele não podia desejá-la. Ela o amara por tempo demais, sendo retribuída apenas por amizade, para que tudo mudasse assim. Era apenas um sonho. Tinha de ser.

Só que ele continuava a olhá-la como se ela fosse um banquete, e ele, um esfomeado.

— Por quê? — ele disse, num tom que ela nunca escutara dele antes.

— Por que o quê? — Ela era bastante tenaz.

Ele não sorriu diante daquela insistência infantil, como sempre fizera no passado. Seu maxilar estava rígido demais para permitir um sorriso. Mas deu um passo para a frente.

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