Fanfic: Fruto Proibido AyA (Adaptada) | Tema: Romance AyA

Ela teve um impulso louco de se afastar. Louco, porque o que queria era estar perto dele. Sempre quis isso. Só que, naquele instante, ele parecia quase um estranho. Um estranho perigoso.

Ela sabia, porém, que ele jamais a machucaria. Apesar da intensidade dele ao momento. E, se por algum milagre a atitude dele significasse o que parecia significar, era o que ela queria. Sabia que queria.

Continuava, porém, a sentir aquele medo estranho. Mas sabia que era forte o bastante para vencer o medo.

Ele deu mais um passo para diante, e outro... até ficar tão perto que ela sentia o calor de seu corpo. O seu cheiro também era diferente de perto. Não apenas a loção de pós-barba, mas outra fragrância picante que só podia ser ele. Era quente como o corpo dele... como podia um aroma ser tão quente?

Mas era, e era bom... tão bom. Ela queria encostar o nariz no pescoço dele e se deliciar com aquele aroma. Aquele seu cheiro pessoal lhe provocava uma sensação aguda no fundo do ventre. As pernas se enfraqueceram e ela oscilou um pouco, o rosto se aninhando no pescoço dele por conta própria.

Respirou fundo, inalando o aroma dele.

Ela latejava naquele lugar oculto entre as pernas. Nunca tinha se sentido assim, nem mesmo quando estava deitada na cama pensando nele. Isto era muito diferente. Amedrontador, mas completamente delicioso, também.

E era exatamente assim com o medo oculto, meio gostoso. E isso era realmente estranho. Medo não deveria ser gostoso. Mas ela queria que essa sensação continuasse. Isso não era estranho?

Esses pensamentos soltos cessaram quando ela se conscientizou de como Alfonso dominava seus sentidos. O calor do corpo dele rodeava-a. Tudo além dele estava borrado aos seus olhos, como se eles só quisessem se focalizar nele. E o seu aroma a atraía cada vez mais.

Ele não disse nada quando ela esfregou o nariz levemente em seu pescoço. Perto assim, ela distinguiu entre a loção de pós-barba e o cheiro dele mesmo. Ela queria a sua essência. Precisava gravar Alfonso em sua memória sensorial.

Ele não se mexia. Nem para se afastar, nem para se aproximar. Permanecia imóvel.

Ela ficou silenciosa, não querendo que o momento mágico terminasse. Se não tivesse mais nada dele, ninguém poderia lhe tirar este momento. O primeiro, e talvez o único, encontro sensual entre eles.

Respirando fundo, inalou mais o seu aroma, e estremeceu quando os seios tocaram o seu peito. Ele rosnou, mas não disse nada.

Os mamilos ansiavam sob o sutiã e a blusa. Ela se apertou mais firmemente contra ele, tentando aliviar aquele anseio. Não adiantou. Ela apenas queria mais. Precisava... de algo dele... mas não sabia o quê. Ela já lera sobre isso, e conversara com as amigas. Mas não tinha nenhuma experiência, pois não gostava de beijar outros homens quando só conseguia pensar no homem que amava.

O fato de estar noiva do irmão dele impedia que ela saísse muito com outros homens. Sempre se sentia culpada, embora sem motivo.

Christopher não a desejava, e não era celibatário, com certeza. Tinha visto fotos dele no jornal com uma modelo francesa.

Mas por que estava pensando em Christopher quando o irmão dele, o homem que amava, estava bem ali? Ela teria suspirado se conseguisse encher os pulmões de ar. Do jeito que aspirava o aroma dele, devia ter bastante ar, mas sentia a cabeça leve mesmo assim.

E essa era sua única desculpa pelo que fez a seguir. Falta de oxigênio no cérebro.