Fanfic: Arrependimentos | Tema: Anahí y Alfonso - Baseado em fatos reais

Tá eu sei, dramatizei dizendo que eu tinha a vida mais infeliz do mundo. Mas sabe como são os adolescentes, ou eles estão muito felizes, ou muito tristes, os hormônios não deixam eles conhecerem o meio termo.

Mas foi, no meu segundo “pior” dia da minha vida, que eu conheci o carinha que simplesmente, me deixaria nos céus.

Eu me lembro até hoje e me arrependo de cada segundo por ter vestido uma calça jeans velha, não ter passado um pingo de maquiagem no meu rosto e estar com os meus cabelos ondulados soltos, apesar de que, se não fossem pelos meus cabelos, eu, talvez, nem teria falado com ele naquele dia.

Foi no recreio que tudo aconteceu, depois de quatro tempos maçantes de física. Me lembro bem que saí da sala com passos apressados para ir na turma A encontrar minha então melhor amiga, Dul.

Só que ao passar pela porta, ele, que também estava andando apressado esbarrou no meu ombro.

Alfonso: Desculpa! – ele disse acompanhando meu ritmo até meados do corredor

Me lembro que nem o olhei, apenas dei de ombros e balancei a cabeça, dando um sinal, que estava tudo bem ele ter esbarrado.

Alfonso: Menina! Espera! – ele disse puxando meu braço e me fazendo parar dois passos antes do meu objetivo, que era a sala da turma A.

Virei o rosto para ele com o cenho franzido e já muito irritada.

Eu: O que foi?

Alfonso: Prazer, meu nome é Alfonso – ele disse sorrindo

Eu: Anahí. – eu disse cruzando os braços – posso ir agora?

Alfonso: antes, queria te dizer que desde ontem reparei que você é a única menina da sala com cabelos ondulados.

Eu: Ah, obrigada por notar que minha mãe não deixa eu fazer escova progressiva. – eu disse batendo uma palma.

Nesse momento, minha amiga saiu da sala e parou entre nós.

Dulce: Annie estava te esperando! – ela disse tocando meu ombro – Ah, oi, sou Dulce!

Alfonso: Annie, sua mãe está certa por não deixar você fazer isso. Seria um pecado, eu só acho lindo, meninas de cabelo cacheado. – ele falou com a maior naturalidade que nem pareceu que ele estava me cantando – Ah, oi Dulce, eu sou Alfonso!

Dulce: Poxa, então de mim você não gosta né! – ela disse segurando seus cabelos lisos  entre os dedos.

Alfonso riu, deu uma piscadela e desceu a rampa.

Dulce: O QUE FOI ISSO? – minha amiga disse quase soletrando

Eu ri, contei cada detalhe do que acabei de contar para vocês e ela achou um máximo ele ter falado aquilo. Me lembro que na época, achei fofo, mas só. Eu era muito tímida para dizer que tinha gostado e me achava muito feia para achar que o que ele tinha feito não era uma zoação. Então, naquele dia, nem dei corda para o meu coração gostar de alguém, pois não gostava de alguém desde os meus nove anos.