Fanfic: Arrependimentos | Tema: Anahí y Alfonso - Baseado em fatos reais

Depois que eu já estava conquistada, Herrera continuou com seu plano de me deixar aos seus pés. Ele se mostrou ser muito além do que só um garoto bobo de 15 anos.

1)      Momento2 – Intensificando a paixão

Alguns meses de aula se passaram, e ele continuava gritando para todos que me achava linda, inteligente e que seu sonho era me ter como sua namorada. Mas eu havia entrado num dilema: a turma já se divertia tanto comigo afastando Alfonso, que eu não sabia mais como me aproximar.

Ele dizia que queria ser minha dupla na Educação física, eu insistia em fazer com outro garoto, por exemplo, o Christian! Christian era meu melhor amigo desde pequenininho, e ele é gay. Mas mesmo assim, Alfonso se irritava muito quando eu dizia que queria correr pela quadra num exercício sem sentido de mãos dadas com Christian, e não com ele.

Alfonso: Anny, porfavor! Só dessa vez vamos fazer juntos! – ele dizia numa explosão de lamentação como se eu estivesse tirando a oportunidade dele ficar rico.

Eu: Alfonso. Vou fazer com o chris. Fim-de-papo. – eu disse quase soletrando.

Meu coração batia muito forte nessa hora, porque a minha vontade era colar em seu rosto e sentir sua respiração. Mas eu era criança. E não conseguia demonstrar meus sentimentos. Na verdade, Alfonso sempre me deu esse bloqueio, acho que era porque eu tinha certeza que com ele, eu seria inteiramente dele e que eu perderia o controle da coisa toda. E eu odiava perder o controle.

Depois de um tempo, estávamos sempre brigando. Alfonso era muito intenso, e eu me tornei um desafio para ele. Eu nunca soube se ele não aceitava que eu o recusasse, ou se bem lá no fundo, ele sabia que eu o queria, mas não sabia como mudar meu hábito de afastar todos.

Foi no dia do meu aniversário que demos nosso primeiro beijo.

Me lembro chegar numa Segunda-Feira irritada porque eu tina prova de Matematica.

Chris: Anny! Parabéns amiga!!! – meu amigo me disse assim que coloquei minha mochila na mesa do lado da dele.

Eu: obrigada.. – disse cruzando os braços – me dá um presente do professor de matemática cancelar a prova hoje?

Chris: vixi...sou mágico não! – ele disse rindo e virando seu rosto para porta.

Eu imitei sua ação e vi Alfonso com um buque de flores.

Minhas pernas tremeram ao vê-lo andado em minha direção e todos que já haviam chegado estavam assistindo a cena como se fosse uma novela que eles estavam acompanhando desde o primeiro dia de aula.

Alfonso: Parabéns Anahí. Hoje farei com que seu dia seja perfeito! – ele disse abrindo o sorriso mais lindo e abaixando um buque tão grande que ele precisava segurar com duas mãos.

Eu: Poncho!... Não precisava...que isso! – eu disse observando o buque. Eram diversas rosas brancas com uma rosa vermelha no meio.

Alfonso: Essa rosa vermelha, é você, se destacando de todas as mulheres do mundo! – ele disse me entregando o buquê – e é claro que precisava, com o primeiro presente do dia, você já me chamou de Poncho!

Todas que estavam em volta riram. Alguns até bateram palmas e outros comentavam como nós dois combinávamos juntos. Eu não tinha mais o que fazer além do que ficar segurando o buquê e vê-lo se afastar. Chris se aproximou, cheirou as flores e logo sacou seu celular para mandar uma mensagem para Dulce para atualizá-la do momento mais fofo da minha vida.

O professor de Matematica entrou na sala.

Professor: Caros alunos, sei que nossa prova estava marcada para hoje, mas o aluno Alfonso me informou que muito de vocês ainda estão cheio de dúvidas na matéria e me pediu para eu adiar para quarta feira. Gostaria de fazer uma votação se vocês querem realmente adiar a prova.

Chris olhou para mim e cutucou o meu ombro. Alfonso do outro lado da sala manteve seu olhar em mim, e dessa vez, não desviei. Nós dois ficamos assim, por um bom tempo, nos olhando e sorrindo.

Nem preciso dizer que todos votaram por adiar a prova né?

Chegou a hora do recreio e Dulce estava na porta para conferir meu buque. Chris estava comentando todos os detalhes, quando Alfonso surgiu na roda e disse:

Alfonso: Vamos continuar com os seus presentes anny?

Eu: Poncho, já foi o suficiente tá? Não precisa de mais nada, sério. Já estou sem graça com isso tudo, eu nem ao menos sei quando é seu aniversário! – eu disse junto com a minha imaturidade para machuca-lo. É bem verdade, que eu já sabia, sabia até seu signo e como diziam que ele era.

Alfonso: 14 de agosto. – ele disse sem abalar seu sorriso e pegando na minha mão – vamos!

Ele me puxou com força, primeiro resisti, mas depois deixei meu corpo levar. Ele me empurrou até o pátio, atrás de umas árvores.

Eu: Poncho, o que você quer?

Alfonso: Vamos fugir?

Eu: que?

Alonso: A gente escala o muro pela árvore e mata aula! Vai anny, hoje é seu aniversário! Vamos fugir!

Eu: Não! Nem pensar! – eu disse dando as costas para ele.

Eu sempre fui a menina certinha. Eu não bebia, eu não mentia para os meus pais, eu não fazia nada. Tirava notas regulares e não criava problemas. A proposta de fuga de Alfonso era muita adrenalina. Ele sempre foi assim, sempre gostou de aventuras, sempre teve ideias malucas, a gente nunca bateu nesse aspecto.

Porém, naquele dia, eu fugi. Deixei para trás minha mochila e ganhei um arranhão no joelho na aterrisagem do outro lado do muro. Ele me levou pra praia.

Estava nublado o tempo. Ele me contou mais sobre ele. Disse que estudou antes em outro colégio, jogava futebol, fazia cursinho de inglês e tocava violão. Disse que sabia surfar e que um dia ele iria concorrer num campeonato e eu estaria na área torcendo por ele.

Eu apenas ri de tudo Gostei muito de entrar mais na vida dele. Falei de mim também, disse que sempre fui certinha, estudei no mesmo colégio e faço curso de inglês, como ele. Depois de muito papo nós sentamos num daqueles bancos de pedra com vista pra praia.

Ele colocou uma mecha do meu cabelo para trás da orelha e disse num tom abaixo do que normalmente falava:

Alfonso: Você não acredita que eu realmente gosto de você né?

Eu: eu...só acho que...se você queria ficar com alguém, podia ser mais discreto, um simples “ oi anny, vamos no cinema hoje?” poderia ter resolvido as coisas.

Alfonso: Mas eu sou assim. Eu não sou simples. E eu simplesmente te achei a menina mais linda que eu já tinha visto. Também gostei do seu jeito, você fica na sua e é muito observadora.

Eu sorri. Estava muito feliz, aquele foi o dia  mais inesquecível da minha vida. Ele me fez sentir a menina mais especial do mundo. E por fim, ele aproximou seu rosto do meu e a gente se beijou.

Foi nojento. Ele babou minha cara toda. Mas depois nos beijamos de novo, de novo e de novo. Beijamos tanto que eu aprendi como fazia.

O beijo parecia algo tão certo, que o papo parou e nosso corpo colou. Naquela noite cheguei 23h em casa. 12h atrasada. Meus pais estavam muito estressados, brigaram muito comigo. Mas meu sorriso não conseguia sair da minha boca.