Fanfic: Nas Nuvens (AyA) | Tema: Anahí e Alfonso

"Eu voltei, agora pra ficar" ♫
auhsaushuahsuahsuahsuash
Sofri algumas ameaças de morte -n por ter ficado tanto tempo sem postar, mas agora que estou aqui podem guardar suas bombas!

            Estou dirigindo até a casa dos meus pais. Sorrio toda vez que olho o carro de Alfonso atrás do meu pelo retrovisor. Falei com ele rapidamente quando passei em sua casa pra mostrar o caminho e pude notar o quão bonito está. Durante esses últimos dias ele não sai da minha cabeça, qualquer coisa que penso minha mente da um jeito de relacionar ele ao assunto. Hoje troquei de roupa mil vezes buscando alguma que me deixasse mais bonita... Anahí, você é tão tola. Eu pensei que ele não iria vir, pensei que fosse me ligar algum tempo antes dando alguma desculpa e cancelando, mas isso não aconteceu. E ele está animado, não parece ter vindo por obrigação, bom e nem poderia ser por isso já que ele se convidou...

            E chegamos.

_A casa de seus pais é enorme. -ele comenta quando saímos dos carros-

_Minha mãe quando descobriu que estava grávida de gêmeas fez questão em querer uma casa grande para que suas filhas tivessem bastante espaço. Foram só duas, não uma equipe de basquete. -ele ri-

_Vocês devem ter adorado morar aqui.

 _Isso com certeza.

             Caminhamos até a porta, e fico indecisa entre bater, apertar a campainha ou simplesmente girar a maçaneta. Recuo e fico parada olhando pra madeira talhada que tem um lindo desenho de flores.

 _O que foi? -ele pergunta tocando meu braço-

 _Não sei se devo. Ainda posso ir embora.

 _Ei, por que isso agora? -ele para na minha frente- Pensei que já tivesse se acostumado com a ideia.

 _Imaginar era menos complicado.

 _Vem, falta só um pouco. -sou levada até a porta outra vez-

 _Tá... Já estou aqui mesmo.

             Resolvo nem tocar a campainha e a abro devagar. No final do corredor de entrada vejo Maite, ela percebe o barulho e se vira em minha direção, andando a passos largos até nós. Se aproxima sorridente, abraça Alfonso e se quer me cumprimenta. Como assim? E eu?

 _Hey! Eu existo sabia? -ela ainda não me da bola-

 _Alfonso, eu sabia que era você! Conseguiu a proeza de trazer Anahí para comemorar o natal.

 _Maite! -ele ri e ela se afasta-

 _Não foi tão difícil convencer.

 _Como não? Eu venho tentando isso há anos!

             Ela me lança um olhar cheio de perguntas ocultas. É melhor eu sair daqui antes que comece com as perguntinhas indiscretas.

 _Vou procurar alguém que queira me cumprimentar, com licença. -Maite não me deixa passar e me abraça-

 _Estou feliz que tenha vindo. Finalmente vou poder dizer a sua tia que você não mentiu quanto a isso.

 _Ela já chegou?

 _Você parece que não a conhece. Tá aqui desde cedo conversando com sua mãe e procurando algum defeito na decoração.

 _Típico. -me desvio dela- Vou procurar meus pais.

             Sinto a mão de Alfonso espalmada nas minhas costas, olho pra ele por cima do ombro e lhe sorrio antes de andarmos. A sala está mudada, alguns móveis foram afastados e outros que me lembro nem estão aqui. Só agora reparo nos enfeites, as cortinas douradas, festões verdes com pequenas bolinhas vermelhas por todos os lados, papais noéis pendurados e a grandiosa árvore de natal, cheia de bolas coloridas e luzes no centro do local. Observo as pessoas ao meu redor, reconheço alguns amigos e parentes que estão em pequenos círculos conversando, mas passo reto sem cumprimentá-los ao ver que meus pais não estão aqui. A próxima porta dá pra sala de jantar que está muito bem enfeitada, a mesa extensa e retangular leva uma toalha bordô e há algumas velas acessas em castiçais em cima dela. No final do cômodo vejo minha mãe dando instruções a um garçom. Ela tem apenas 45 anos e sempre se cuidou quanto a pele e as roupas elegantes. Esta palavra tem um significado diferente do que pras demais pessoas já que lá está ela, vaidosa, e perua, com os cabelos castanhos soltos na altura dos ombros, um vestido brilhante preto, diversos acessórios e, não podia faltar, seus saltos altos com estampa de oncinha.

_Anahí! -ela grita quando me olha e dispensa o rapaz com um gesto, me aproximo dela e nos abraçamos- Estou tão feliz que você veio. -fico um pouco surpresa e feliz com a recepção- Vou poder passar a noite com minhas duas menininhas.

_Já estamos um pouco grandes, não? -digo rindo-

_Pra mim nunca. -ela deixa de me olhar- Quando Maite disse que você traria um amigo pensei que ela tivesse se confundindo e se referindo a Derrick.

_Mãe! Nós terminamos a meses, eu te disse. Como não sabia?

_Eu não levei a sério, pensei que tivessem se resolvido e voltado. -ela balança a mão no ar como se não tivesse importância- Mas me apresente ao seu amigo.

_Alfonso -ele diz a cumprimentando- A senhora está muito elegante.

_Oh, você é gentil. -ela sorri- Mônica está lá fora, vou acompanhar vocês até lá.

_Mônica é minha tia. -digo a Alfonso- Pelo jeito não vou poder adiar mais. -ele cobre minha mão com as suas duas enquanto seguimos minha mãe-

_Não se preocupe com isso.

_E você é um safado. -ele ri, provavelmente surpreso com o comentário-

_Desculpe? O que fiz?

_A senhora está muito elegante. Sabe usar muito bem as palavras pra deixar ela sorrindo. -ele me abraça de lado e continuamos andando-

_Você também está muito bonita.

_Obrigada.

_Só isso? E eu fico sem elogios? -agora eu rio-

_Se tudo aquilo que você me contou quando eu bebi for verdade, significa que você não precisa de elogios pra mais de um ano. -ele ri-

_Você sempre diz pra esquecer desse dia, mas vive lembrando.

            Ignoro o comentário dele e sinto minhas bochechas quentes. Chegamos a porta de vidro e no jardim vejo minha tia e Miriam de pé ao redor de uma mesinha branca conversando. Assim que nos veem um sorriso aparece no rosto da mulher de 50 anos que passa a me observar mais detalhadamente.

_Olha quem finalmente apareceu por aqui. -ela diz num tom alto-

_Olá! -eu apenas aceno pra ela e dou um breve abraço em Miriam-

_Bom, agora que está aqui vou voltar pra arrumar mais algumas coisinhas. -e nisso minha mãe some-

_Aonde está aquele garoto do cabelo espetado? -Mônica me pergunta-

_Derrick? -o que se passa com essa família? Poderiam prestar mais atenção no que digo- Não estamos juntos a muito tempo.

_Era de se esperar terem terminado tão rápido. -ela leva a taça que segura aos lábios e volta a dizer- Miriam e Richard vão de bem a melhor. Está vendo esse colar? -ela aponta pro pescoço de minha irmã que também não parece confortável com essa situação- Ele a presenteou hoje cedo. Combina perfeitamente com o vestido que está usando.

_Muito bonito. -comento- Onde ele está?

_Vem um pouco mais tarde. -ela diz pela primeira vez-

_Deveria saber que por ele ter uma profissão tão importante é sempre muito ocupado. -ah não, esse discurso ainda continua na ponta da língua dela. Antes que eu diga algo Miriam interrompe-

_Anahí, podemos conversar? -me viro pra Alfonso e pergunto baixinho-

_Se importa? -ele nega com a cabeça- Me desculpe por ter que te deixar aqui com ela. Não demoro.

            E me ponho a andar com Miriam até o interior da casa. Subimos as escadas e entramos no escritório do meu pai, sorrio ao ver uma foto grande de nós quatro dentro de uma moldura na parede. Volto a dar atenção a ela que aperta uma mão contra a outra.

_Anahí, eu... eu... -ela deixa de falar e me aproximo-

_O que aconteceu? Está nervosa.

_Eu estou grávida. -diz com a cabeça baixa-

            Ahhh que lindo!!! Eu vou ser tia!

            Só temos uma criancinha na família, daqui a alguns meses será mais uma fofinha ganhando a atenção de todos e sendo paparicada. Estou tão feliz, um bebezinho! Já imagino quais roupinhas e brinquedos vou poder comprar, terei que estar mais próxima e informada pra acompanhar o crescimento dele. Um sobrinho, ou sobrinha! Depois de dar um gritinho e ficar sorrindo noto que Miriam continua séria.

_Contou a mamãe sobre isso? Ela vai ficar louca por ser avó, mas vai ficar feliz depois, ainda mais por ser seu.

_Não, eu não contei a ela.

_E a Richard?

_Você é a primeira pessoa que sabe.

_O quê? -continuo sorrindo- Por que eu sou a primeira? O pai precisa saber primeiro pra vocês fazerem planos juntos...

_É que eu preciso de ajuda e talvez só você me ajude sem me julgar.

_O que aconteceu? -começo a me preocupar- Não enrole.

_Eu não sei se... -ela abaixa a cabeça e começa a chorar. O que de tão grave pode ser?- Não sei se esse filho é do Richard.

            Dou dois passos pra trás e a olho assustada.

_Você traiu ele? -ela meneia a cabeça e continua a chorar- Como isso aconteceu? Por que fez isso?

_E não foi só uma vez. -agora começa a soluçar, não aguento e a abraço- Eu não sei o que fazer, tenho certeza que não é dele.

            Ela continua a chorar e não sei o que dizer. Parece que o casal perfeito não é tão perfeito assim. Ela é minha irmã, está sofrendo, isso não vem ao caso agora. Após se tranquilizar continua a falar.

_Estou grávida de dois meses, não tem como ser dele.

            Dois meses. De repente me lembro do dia que me encontrei com o desgraçado do Derrick. Lembro do que ele me disse, não acreditei por ele estar bêbado, mas e se...

_Miriam, me responde uma coisa. -ela se afasta e senta sobre a mesa- Esse bebê pode ser de Derrick? -ela arregala os olhos inchados-

_Como você ficou sabendo disso?

_Então é verdade? Ele me traiu com você?

            Merda. Ver na cara dela a verdade é muito pior do que ficar com a dúvida. Não fui apenas traída pelo meu ex-namorado, mas pela minha irmã também.

_Vocês tinham terminado. Ele me procurou pra conversar e acabamos ficando juntos algumas vezes.

_Algumas vezes? -pergunto indignada e avanço até a porta-

_Anahí, espera.

_Não saber como se virar nessa situação tá te matando, mas eu não sei como te ajudar agora. -me viro e saio da sala-

Hola!! volto a responder os comentários no próximo capítulo.