Fanfic: Desejo Lavrado (adaptada AyA) | Tema: Anahi e Alfonos , Ponny, AyA

Anahi queria acreditar que o casamento deles daria cer­to, e que paixão mútua é preocupações por Rhett seriam suficientes para sustentar o relacionamento. E se tivesse sorte, o amor cresceria. Ela já estava naquele caminho.
Como poderia não estar? Alfonso era alto, moreno, bonito, confiante, inteligente e justo. Seus empregados o respeita­vam e confiavam nele... muito mais do que confiaram no pai, aparentemente.
E ele fazia coisas boas. Ela tocou o berloque charmoso em forma de menino. Apesar das palavras de Marlene continua­rem martelando na sua cabeça, Anahi descobria cada dia mais coisas em Alfonso para gostar.
Elena, a esposa de Carlos, entrou com uma bandeja. Ser­viu-os de espetinhos de camarão, arroz e legumes passados na manteiga. O prato de plástico de Rhett continha sua comi­da preferida. Batatas fritas. Elena os deixou.
Alfonso pegou a garrafa e sacou a rolha.
— Depois que terminarmos com o joalheiro, você precisa ligar para seus pais. Já providenciei que o avião os pegue na quinta-feira cedo e leve-os de volta no domingo. Uma vez que não podemos sair da cidade até o fim do ano, ao menos que seja a negócios, não teremos lua de mel.
Lua de mel. Tempo devotado a descobrir as mentes e corpos um do outro. Ela não pensara nisso, mas agora que ele plantara a semente, achou que amaria uma semana da atenção indivisível de Alfonso. O desejo a fez remexer-se na cadeira.
— Sem problemas. Eu não deixaria Rhett, de qualquer maneira.
Ele serviu duas taças do champanhe dourado.
— A nós. Que nosso casamento seja tudo que esperamos que seja.
— A nós — ecoou ela, bateu a taça na dele e deu um gole. — Hum. Delicioso.
Anahi redescobriu o apetite que desaparecera desde a manhã do dia anterior. Os camarões e guarnições estavam divinos.
— Christopher será minha testemunha. Você pode convidar uma amiga ou usar seus pais — disse Alfonso 15 minutos depois.
— Apenas uma?
— Quanto menos pessoas fizerem parte disso, maior a chance de discrição. E, a menos que você queira desligar-se do seu emprego, precisa avisá-los no trabalho que evitem comentários até que a mídia arrefeça-se.
— O quê? Não, não vou desligar-me. Adoro meu emprego.
— Os paparazzi gostam de explorar os ricos e famosos.
— Não sou nenhum nem outro.
— Mas será.
Anahi refletiu sobre aquilo. Estaria cometendo um erro ao levar Rhett para o mundo onde a mídia seria um estorvo?
Não. Estava lhe dando o que a mãe quisera... seu direito de primogenitura.
— Iremos requerer nossa licença de casamento amanhã bem cedo.
— E meus clientes?
— Postergue uma hora ou duas. E aproveite para tirar quinta e sexta de folga.
— Alfonso, eu não posso. As pessoas contam comigo.
— Seus pais estarão aqui e você tem um casamento para planejar.
Certo novamente.
— Verei o que posso fazer.
Rhett terminou seu almoço e seus olhos ficaram sonolentos. Anahi sentiu-se satisfeita com a desculpa para fugir.
Alfonso mostrou-lhe abaixo do convés da piscina uma cabine tão bem-arrumada quanto qualquer quarto da mansão. Ele cuidara de todos os detalhes, desde fraldas até o jacaré de pelúcia favorito de Rhett.
Ela mudou a fralda de Rhett e colocou-o no berço. Ele dormiu imediatamente. Eram quase 14h, portanto ela subiu as escadas novamente.
Os motores silenciaram quando ela voltou ao living.
— Por que estamos parando?
— Temos companhia.
Antes que Anahi pudesse perguntar quem, viu outro barco aproximando-se. A tripulação do outro iate uniu os barcos e um homem mais velho com aparência distinta, usando ca­vanhaque e carregando uma maleta, aproximou-se. Alfonso cumprimentou-o à, porta e gesticulou para que ele entrasse.
— Anahi, este é o sr. Belmonte, nosso joalheiro. Ele tem uma coleção de anéis para você escolher.
Surpreendida uma vez mais, ela murmurou:
— Nós estamos no meio da baía.
— É o melhor jeito de garantir privacidade — disse Alfonso.
Ela achava que eles aportariam na porta dos fundos da joalheria... ou coisa assim.
— Boa tarde, srta. Portilla. Escolhi diversos modelos ba­seados na descrição do sr. Herrera, mais se nenhum deles lhe agradar, tenho outros na loja.
Belmonte colocou sua maleta sobre a mesinha de centro e abriu-a. Anahi quase desmaiou. A exposição brilhante de cin­qüenta ou mais anéis sobre veludo preto deveria valer uma fortuna.
Alfonso passou um braço em volta de sua cintura e guiou-a para o sofá. Anahi sentou-se porque suas pernas tinham co­meçado a tremer. E então Alfonso acomodou-se ao seu lado, transferindo-lhe o calor de seu corpo.
— Vê alguma coisa que gosta, querida? Querida?
— Eu... eu...
Alfonso a olhou com intensidade. Sua mão cobriu a de Anahi, que estava sobre a coxa. Ele está representando um papel. Dissera que todo mundo tinha seu preço. Pensaria que o joalheiro também tinha?
Entre no jogo. Será melhor para Rhett a longo prazo.
— Qual você prefere? Ouro amarelo, ouro branco ou pla­tina para a aliança?
Anahi voltou sua atenção para a bandeja com os anéis.
— São todos tão lindos... então... — Não poderia haver na bandeja nada que custasse menos que seu carro. Ela aposta­ria que algumas das peças custavam tanto quanto sua casa.
Piscou e tentou novamente.
— Não posso usar nada tão grande. Trabalho com minhas mãos.
— Posso fazer uma sugestão? — O joalheiro mostrou-lhe um anel. — Este é um diamante de três quilates finamente la­pidado. Colocado numa aliança de platina, a pedra é protegida.
— É maravilhoso.
— Experimente — disse Alfonso. — Aqui. Deixe-me vê-lo.
Ele pegou o anel, ergueu-lhe a mão e deslizou o metal frio pelo dedo anular. O anel serviu como se tivesse sido feito para ela. Um sinal? Ou uma coincidência?
— Gosta?
Com um nó na garganta, ela assentiu:
— Sim.
— Ficaremos com este, então.
— E sua aliança, senhor? — O joalheiro apressou-se em apresentar outra bandeja aveludada com uma coleção de alianças masculinas. — O senhor sugeriu algo simples.
Ela duvidava que tivesse condições para comprar qual­quer anel daquela bandeja, mas a tradição estabelecia que a noiva comprasse o anel do noivo.
— Alfonso...
— Este aqui. — Rápido e decisivo, como sempre, Alfonso selecionou uma aliança larga e colocou-a no dedo.
— Muito boa escolha, senhor. Também platina e comple­menta o anel de sua noiva muito bem.
Ela cutucou a coxa de Alfonso.
— Posso falar com você um momento?
— Certamente. Desculpe-nos.
Ele se levantou e escoltou-a em direção à proa do iate. Então parou numa cabine que humilhava a sua suíte na man­são Herrera.
— Não estou certa se tenho condições de pagar sua aliança.
— Irei pagá-la, assim como o resto do casamento.
— Mas a tradição diz que a noiva...
— Deixe o noivo cuidar dela.
— Mas, Alfonso...
Ele lhe cobriu a boca com a sua. Ela entreabriu os lábios num protesto débil. Alfonso pressionou-a entre a parede e seu corpo sólido, aprisionando-a, enquanto lhe acariciava a cin­tura, os quadris e os seios.

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