Fanfic: Orgulho e Lealdade ( FINALIZADA ) | Tema: AyA

— Não perca seu fôlego tentando me convencer de que seu desejo de salvar Portilla Gems da falência é para ajudar seu pai. Você tem gostos caros — murmurou ele, trilhando a alça que imitava diamantes no vestido dela. — Seu único interesse é garantir sua própria segurança financeira... não é, Anahí? — Ele pausou, notando o brilho das lágrimas nos olhos azuis, e por um instante temeu tê-la magoado. Mas, então, ela merecia ser magoada... como tinha magoado Maite. — Eu a levo para casa. Você precisa arrumar a mala.
Não fazia sentido discutir, aceitou Anahí enquanto o seguia para o elevador. Alfonso a julgara e era tão teimoso que nada que ela dissesse o faria mudar de ideia. Todavia, ele a desejava e tinha concordado em comprar Portilla Gems a fim de tê-la em sua cama por um mês. Anahí podia apenas rezar para que não passasse o resto da vida se arrependendo de sua decisão.
Após dar o endereço de sua casa para Alfonso, Anahí ficou em silêncio, e ele parecia perdido em seus próprios pensamentos.
— Apanho você amanhã às 8h — disse ele quando parou diante de sua casa. — Não me faça esperar. E, Anahí? — chamou depois que ela desceu e se apressou para a porta. — Lembre-se da razão pela qual vai me acompanhar a esta viagem e faça suas malas de acordo com isso, certo? Já estou fantasiando em vê-la com lingeries sexies, como a que você usou esta noite.
Com o rosto queimando, ela reprimiu uma resposta rude e entrou em casa. Pensando que tinha salvado seus pais de perder a casa, pegou uma mala do armário debaixo da escada, abriu seu guarda-roupa e começou a separar os trajes adequados para levar à Grécia.
— Você está pronta? — Alfonso perguntou quando ela abriu a porta às 8h da manhã seguinte.
— Quase — murmurou ela, irritada pelo disparo imediato de seu coração ao vê-lo num terno marrom com uma camisa bege aberta no colarinho. Os cabelos pretos brilhavam no sol da manhã, e as feições lindamente esculpidas causaram um friozinho na barriga de Anahí. — Infelizmente, está difícil persuadir Charlie a sair da minha cama.
Sobrancelhas escuras se arquearam.
— Poupe-me dos detalhes sobre sua vida amorosa — disse ele naquele tom sarcástico que ela detestava.
— Charlie é meu gato — Anahí o informou — É o gato mais preguiçoso do planeta, e passa a maior parte do dia dormindo em minha cama. — Ela o fitou. — Você terá de me ajudar a colocá-lo na caixa para transportes.
Ela desapareceu através da porta e Alfonso a seguiu, olhando curiosamente ao redor do quarto de Anahí. Tinha esperado algo mais... sedutor. As paredes de cor clarinha, o tapete e a cortina floral eram bonitos, mas ele não podia imaginá-la entretendo diversos amantes ali.
Um miado veio de baixo da penteadeira, e Alfonso olhou em surpresa para o gato gordo e alaranjado, cujos olhos amarelos estavam fixos nos seus. Anahí estava ajoelhada, balançando um brinquedinho de borracha na frente do gato a fim de tentar atraí—lo para dentro da caixa.
— Vem brincar, Charlie — chamou ela. O miado aumentou, e o gato de repente saltou, prendendo as garras na mão de Anahí. — Rápido... agarre-o! — gritou ela.
— Você deve estar brincando. — Em vez disso, Alfonso manobrou a caixa sobre o gato, e, após uma breve luta, Anahí conseguiu enfiá-lo na caixa e fechar a portinha. Sangue escorria da mão dela. — Theos — murmurou ele. — O que é isto... um gato selvagem?
— Ele é somente um pouco sensível — respondeu Anahí. — Eu o encontrei abandonado e acho que ele foi maltratado pelos donos anteriores. Mas é muito doce.
— Vou acreditar nisso. É melhor você passar antisséptico neste arranhão. — Alfonso franziu o cenho. Dar um lar para um gato com tendências homicidas não se encaixava na imagem que tinha de Anahí.

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