Fanfic: Uma vizinha especial AyA (Adaptada) | Tema: AyA
Suspirou. Por que a vida tinha de ser tão injusta? A imagem de Poncho reapareceu em sua mente. Por que algumas pessoas tinham tanto, e outras, nada?
Tirando Poncho da cabeça, caminhou do hall pelo corredor, e então puxou a primeira porta à direta, decidindo começar pela cozinha. Entrando, fechou a porta atrás de si.
Em seguida, depositou seu bloco de inventários e caneta no balcão mais próximo e observou o enorme ambiente empoeirado. Alguns dos puxadores dos armários estavam em excelente estado. Poderia começar por ali.
Virou-se para pegar uma chave de fenda em sua sacola que ficara no hall de entrada e, quando empurrou a porta, alguma coisa a deteve. Intrigada, tentou com mais força. Uma praga soou do outro lado, e Anahi soube, de imediato, quem a rogara.
Poncho.
Ela acabara de acertá-lo. Outra vez.
Poncho deu um passo atrás, a mão cobrindo o nariz e massageando a testa, que recebera a maior parte do impacto. Piscou, meio atordoado, e tentou focar a imagem diante de si.
Anahi. Claro, quem mais?
- Por Deus, o que você está fazendo aqui? - perguntou, irritado. - Aquela Harley lá fora é sua?
Ele não podia imaginá-la num meio de transporte tão masculino.
- Eu... - Deu dois passos na direção dele e parou, pondo as duas mãos nos bolsos do macacão e sentindo que enrubescia. Respirando fundo, encarou-o.
E Poncho ficou atordoado. Seu corpo estava reagindo de novo à presença dela, e isso o aborrecia bastante.
- Suponho que você ainda esteja triste por seus papéis...
Um músculo contraiu-se no maxilar dele.
- Triste não é bem a palavra, srta. Portilla. - Poncho trabalhara até as três da manhã na noite anterior para fazer uma cópia dos documentos que ela arruinara em segundos. - Você não respondeu a minha pergunta. O que faz nesta casa?
- Eu sou da Resgate e Restauração.
Poncho franziu o cenho. Oh, não! Anahi não podia estar envolvida naquela empresa. O caos era o companheiro constante daquela mulher. Ela era um desastre esperando para acontecer.
- Você?!
Ela assentiu.
- Eu.
Esquecendo-se de sua testa e do nariz doloridos, Poncho voltou pelo corredor e dirigiu-se à varanda envidraçada. Anahi o seguiu, e viu-o estudando o ambiente com atenção.
- O que pretende salvar daqui? - Ele lhe deu um olhar impaciente. - Hoje é sexta-feira, e a demolição começará na segunda cedo.
Anahi umedeceu os lábios.
- Umas poucas molduras de janelas, o consolo da lareira. Algumas maçanetas e... - Ela parou quando voltou a olhá-lo.
Os olhos dela eram grandes e brilhantes. Ela parecia uma garota naquele macacão grande e com o boné de beisebol. Com os cabelos para trás, as feições delicadas ficavam mais aparentes. Faces rosadas, cílios espessos e longos e um nariz perfeito. E aquela boca... generosa, carnuda. Uma lembrança vívida da sensação daqueles lábios contra os seus fez o coração de Poncho acelerar. Que absurdo.
Excitava-se somente em olhar para ela. Aquilo nunca lhe acontecera antes e não podia ser normal.
- Terminarei a tempo. Tenho um assistente. A Harley pertence a ele.
Poncho experimentou uma estranha emoção revolver em seu interior.
- Onde está ele agora? Por que não a ajuda a terminar esse trabalho?
Anahi empinou o queixo, desafiadora.
- Foi executar uma pequena tarefa. Voltará em breve. Não se preocupe, sr. Herrera, terminaremos antes de segunda-feira.
- Ótimo.
Poncho virou-se e dirigiu-se à porta. Não iria ficar ali remoendo-se por causa da atração sexual que sentia por ela. Nem lhe daria a oportunidade de atingi-lo de novo. Uma vez que era sua vizinha de porta e, pelo visto, tinha o contrato de salvação de diversos projetos dele, Mac poderia vir a estar em contato permanente com ela, mas não precisavam interagir.
Tinha uma reunião, por isso consultou o relógio. Vinte minutos. Detestava se atrasar, mas eles esperariam. Ele era o chefe.
- Você não vê nada disso, não é?
A pergunta o fez parar na metade do caminho e virar-se.
- Do que está falando?
- Disso. - Ela estendeu o braço e rodopiou, indicando o enorme ambiente.
- Já estou atrasado para uma reunião, srta. Portilla. - Poncho bateu com o indicador no relógio de pulso. - Qual é exatamente sua pergunta?
Ele ajeitou a gravata e se perguntou por que se importava em responder. Teria de convencer a si mesmo de que ela não significava nada para sua pessoa.
- O que vê quando olha para essas casas antigas?
Por que aqueles olhos azuis ameaçavam quebrar suas defesas?, questionou-se Poncho. Por que mexiam com sentimentos havia tanto negligenciados? Sentimentos a que nunca se permitira dar vazão?
- Não entendi - mentiu, sem convicção.
Anahi analisou o ambiente com respeito.
- Esta casa é nossa história. Ela nos conta onde estivemos até então. E nos conecta com o passado, assim como com o futuro. Mostra-nos quem somos. - Encarou-o e aproximou-se um passo, um sorriso brincando nos lábios. - Pessoas viveram, amaram e morreram aqui.
Poncho afastou as laterais do paletó e colocou a mão nos quadris.
- E o objetivo dessa sua romântica história é...
- Feche os olhos, Poncho.
Ele suspirou.
- Não tenho tempo para brincadeiras, moça.
Anahi chegou mais perto.
- Eu já lhe disse para não me chamar de moça. Agora, feche os olhos. - E temperou o comando com um sorriso de disparar o ritmo cardíaco.
Poncho murmurou uma reclamação por entre os dentes, mas obedeceu. Só podia estar louco por permitir-se ir além com aquela mulher. Ela na certa usaria aquele momento de fraqueza para atingi-lo com alguma coisa. O pensamento quase o fez abrir os olhos.
- Continue assim e conte-me o que você vê neste ambiente.
Anahi se aproximara mais, ele podia sentir o calor daquele corpo feminino e tentador. Deus, como queria tocá-la! A vontade de beijá-la de novo chegava a causar-lhe dor.
Conte-me, Poncho.
Ele suspirou, frustrado.
- Poeira, sujeira, teias de aranha, vidros quebrados. Ela não se abalou.
- Mantenha-se assim e tente de novo. Concentre-se. Não vê as pequeninas flores azuis no papel de parede? O consolo esculpido da lareira? E o que me diz sobre as crianças sentadas no tapete persa, lendo histórias? Você não consegue ouvir as risadinhas delas?
Poncho ergueu as pálpebras.
- Sim, eu as escuto rindo... de mim, por estar brincando disso.
Anahi tirou o boné num só movimento, e os cabelos penderam soltos até os ombros.
- Você não tem jeito, Herrera. Não se conecta com o passado. Não sente nada? - Ela o fitou, indignada.
- Tudo bem, se você tem toda essa sintonia com... - Poncho agitou os braços ao redor - conte-me o que você vê.
- Certo. - Anahi fechou os olhos, aqueles incríveis cílios longos contra a pele de porcelana de suas faces.
Poncho cometera um grande erro por querer dar seqüência àquela brincadeira. Não lhe importava o que ela via, o importante era o que ele podia ver. Uma alça do macacão tinha escorregado, revelando mais carne macia. Dessa vez, no lugar de uma camiseta, ela usava um top de lycra rosa-choque. O material elástico moldava-lhe os seios, revelando contornos deliciosos. A garganta dele ficou seca, e a respiração a meia medida.
- Eu vejo calor. Vejo... um lar. - Ela sorriu.
Aquela era a imagem mais bela e doce que ele vira. Fogo e fragilidade, assim era Anahi Portilla.
- Vejo um lugar onde as paredes absorveram duas gerações de amor e risadas. - Os seios movimentavam-se a cada respirar. - As chamas crepitando na lareira, e um homem e uma mulher fazendo amor sobre o tapete diante das labaredas. Vejo pessoas que passaram a vida aqui, conceberam herdeiros, compartilharam sonhos e esperanças.
Poncho não conseguia se mexer nem tirar os olhos daquela bela face. A sensação de excitação que as palavras dela despertavam lhe tirava o fôlego. Nunca desejara tanto uma mulher em toda sua vida, mas agora tinha de admitir que realmente queria Anahi.
Desejava tocar o interior dela do jeito como Anahi o tocava. Perder-se naquele corpo e esquecer-se de todo o resto, os compromissos, o estresse e a pressão, pelo menos por um curto espaço de tempo.
Tão incapaz de deter a si mesmo como de fazer a Terra parar de girar, Poncho levantou a mão para tocá-la. Com o primeiro roçar das pontas dos dedos sobre o rosto delicado, ela abriu os olhos, revelando um espetáculo azul.
Anahi investigou-lhe a expressão, à procura de respostas que ele não poderia dar. O próprio Poncho não compreendia tamanha atração, mas sabia que tinha de tocá-la. Era beijá-la ou morrer.
Com ambas as mãos, entrelaçou os cachos dourados entre os dedos. Ondas de prazer flutuaram em seu íntimo ao primeiro toque de lábios.
- Você é uma boa contadora de histórias, cigana - sussurrou, e roçou a boca contra a dela mais uma vez.
Autor(a): steph_maria
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Desculpem os dias sem posts meninas falta apenas uma semana pra minha formatura e está tudo uma correria mas postando varios capitulos pra compensar =) ____________________________________________________________________________________________________ Anahi afastou-se apenas o suficiente para fitá-lo. - É que sei algumas coisas... - Esfregou ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 49
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franmarmentini Postado em 12/03/2014 - 23:51:45
*-*
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franmarmentini Postado em 12/03/2014 - 23:51:24
que pena que já acabou...mas fiquei super feliz do poncho por fim deixar any entrar em seu coração!!!!!!!!
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portillas2 Postado em 12/03/2014 - 19:26:19
E vou acompanhar você na nova sim bjus :)
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portillas2 Postado em 12/03/2014 - 19:25:05
Poxa já acabou? :( mas finalmente Los'A ficaram juntos e eu adorei a web <3
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laritraumaaya Postado em 12/03/2014 - 08:22:09
nossa continua esta muito boa tomara que agora o poncho fique com a any e adorei o soco que o ucker ganhou(é isso ai dul)kkkk
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portillas2 Postado em 09/03/2014 - 15:16:50
Finalmente Poncho amoleceu um pouco seu coração e agora que ele sabe a verdade sobre a Any que ele peça desculpa e eles fiquem juntos <3
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franmarmentini Postado em 08/03/2014 - 20:36:12
ok!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! estou aguardando ansiosa pelos capítulos!!!!!!!!!!! FELIZ DIA DA MULHER!!!
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portillas2 Postado em 08/03/2014 - 17:36:46
Aguardando mais capítulos :) não vou deixar de comentar
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laritraumaaya Postado em 07/03/2014 - 13:36:34
poxa to com saudades da fanf não vai postar mais não posta pliss
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franmarmentini Postado em 05/03/2014 - 22:28:47
não entendo pq any fez tudo isso...se o ama...pq não conversou com ele...