Fanfic: Uma vizinha especial AyA (Adaptada) | Tema: AyA
-Poncho, está me escutando?
Poncho voltou sua atenção ao presente. Estivera fitando as paredes de vidro atrás de sua mesa no moderno edifício comercial, que ficava na rua Enterprise, e não ouvira uma só palavra do que Ucker dissera. Franzindo o cenho, tentou recobrar a linha da conversa.
- Desculpe-me. O que dizia?
- Se você tem outras coisas na cabeça, podemos discutir o assunto mais tarde. - Ucker se levantou da cadeira do lado oposto da escrivaninha de Poncho.
Ele meneou a cabeça.
- Não, não. Fique. Temos de resolver isso. Não quero começar a semana de trabalho com o assunto da rua Chenille pendente.
Ucker tornou a sentar-se.
- Eu estava dizendo que os moradores da rua Chenille ainda estão lutando para preservar o patrimônio histórico daquela casa. Nunca conseguirão, claro. O fato de que um ilustre personagem desconhecido ficou hospedado nela quando passou por Huntsville dezenas de anos atrás não será suficiente, embora essas pessoas tenham formado um comitê de preservação. E, lógico, todas as nossas autorizações estão em ordem. Legalmente falando, é página virada. O problema é se a oposição levar nosso nome à mídia.
- Não queremos isso, se puder ser evitado.
- Recebi um telefonema esta manhã de um amigo da Times. O editor já recebeu três cartas a respeito. Eles têm de publicar pelo menos uma delas. Pedi-lhe que segurasse até a semana que vem, nos dando assim alguns dias para resolver a questão.
- Bem pensado.
Christian sabia o que fazia quando selecionou Christopher Uckermann como representante legal da Herrera em Huntsville.
- Pretendo checar essa papelada hoje outra vez. Talvez eu adiante a data de demolição. - Ucker meneou a cabeça. - Só não entendo o que é tão grandioso sobre esses velhos lugares.
A mente de Poncho voltou até sexta-feira, antes da tola história de sua vizinha cigana. Conte-me o que você vê neste ambiente. Uma mulher e um homem fazendo amor... As palavras de Anahi ecoaram em sua cabeça. Ele não vira nada, exceto uma velha casa dilapidada que precisava ser derrubada antes que se tornasse um perigo à segurança.
Mas ela vira mais, muito mais. Anahi era uma moça agarrada ao passado. E Poncho não queria nada com ele. Seu objetivo era sempre seguir em frente, direto para o futuro. E os preservadores da rua Chenille não o fariam mudar de idéia. Nem eles, nem sua vizinha cigana.
- Já está perdido em pensamentos de novo - observou Ucker.
Poncho suspirou.
- Desculpe-me, mas parece que não consigo me concentrar, hoje.
- Conheço bem esse sintoma.
Poncho franziu o cenho.
- Sintoma?
- Falta de habilidade para concentração. Em homens como nós, isso só pode ser atribuído a uma coisa: mulher.
- Não há mulher alguma no momento e, mesmo se houvesse, eu jamais permitiria que minha vida pessoal interferisse nos negócios.
- Agora você está insultando minha inteligência. Eu vi você e Anahi Portilla juntos, lembra? Foi impossível não notar a atração entre os dois.
Poncho estreitou os olhos para seu novo advogado e amigo. Não fazia amigos com facilidade, mas Ucker o conquistara sem esforço.
- E você acha que não consigo tirar minha estranha vizinha da cabeça?
- Pode negar a acusação?
Poncho se ergueu e começou a andar pela sala.
- Não - concedeu, embora relutante.
Ucker riu e ficou de pé, pondo as mãos nos bolsos.
- Não se sinta tão mal. Passei por esse mesmo problema.
- Como assim?
Anahi o teria enfeitiçado, também? De novo o ciúme. Poncho mediu a aparência esbelta de Ucker. Supunha que as mulheres o achariam bem interessante. A raiva cresceu em seu peito.
- Dulce- contou Ucker, em resposta à pergunta que Poncho não ousara fazer. - Ela vem me deixando louco há meses. Seu pai me contratou no ano passado, quando o sócio dele se aposentou. Dulce se formou em direito logo depois que fui trabalhar no escritório, na expectativa de substituir o pai, vez ou outra. As coisas tinham caminhado bem até então.
Ucker deu de ombros.
- Ela me detesta. Vive para infernizar a minha vida. Faz de tudo, exceto pedir ao pai que me demita. Em três meses, serei indicado para sócio no escritório de Carlisle. Ser sócio dessa firma tem sido meu sonho há anos. Dulce está fazendo de tudo para que isso não aconteça.
- E o que diz o pai dela?
- Finge que a situação não existe. - Ucker suspirou. - Desde que teve um diagnóstico de câncer, sou eu que tenho tocado o escritório. O câncer é terminal. Dulce virará uma tirana depois que ele se for. O sr. Carlisle é a única pessoa capaz de mantê-la na linha.
Poncho tornou a se sentar e recostou-se na cadeira.
- Parece uma situação difícil.
- E é, mas posso lidar com isso. Só lhe contei essas coisas para que pense em um meio de lidar com Anahi.
Poncho o fitou, cético.
- Não vejo conexão.
- Bem, deixe-me explicar. Embora Dulce e eu briguemos sem cessar e, para todas as aparências, nos detestemos, a atração entre nós é indiscutível.
- Então, como está lidando com isso?
- Decidi fazer uma aproximação alternativa. - Ucker riu. - Em vez de brigar com ela, estou mantendo-a feliz. Concordo com tudo o que diz, e meu comportamento é tão impecável que Dulce não poderá encontrar um único defeito em mim. Quando eu terminar, ela estará me seguindo, muito obediente.
Confuso, Poncho indagou:
- E quer que ela o siga desse jeito?
- Apenas até que o contrato de sociedade seja assinado. Então ela terá de aprender como conviver com o verdadeiro Ucker.
- E qual é a moral da história para mim?
- Você vai ficar em Huntsville por pouco tempo. Por que não aproveita enquanto está aqui? Se Anahi lhe desperta um interesse sexual incontrolável e sente o mesmo, por que não conhecê-la melhor? Assim, poderá controlá-la, para que não interfira nas demolições. - Deu de ombros. - A garota é bonita e interessante. Um pequeno romance pode tornar sua estada no Alabama muito mais prazerosa. Além disso, se está sonhando acordado com ela, deve fazer algo a respeito.
Autor(a): steph_maria
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Poncho irritou-se com a sugestão. - Não quero ter um caso com aquela mulher. Quero esquecê-la, isso sim. Não tenho conseguido dormir, pensando nela. Não consigo me concentrar no trabalho. Não posso nem mesmo comer sem me lembrar de seu gosto. Ucker arqueou as sobrancelhas. - A coisa está pior do que imaginei... Você j& ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 49
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franmarmentini Postado em 12/03/2014 - 23:51:45
*-*
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franmarmentini Postado em 12/03/2014 - 23:51:24
que pena que já acabou...mas fiquei super feliz do poncho por fim deixar any entrar em seu coração!!!!!!!!
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portillas2 Postado em 12/03/2014 - 19:26:19
E vou acompanhar você na nova sim bjus :)
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portillas2 Postado em 12/03/2014 - 19:25:05
Poxa já acabou? :( mas finalmente Los'A ficaram juntos e eu adorei a web <3
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laritraumaaya Postado em 12/03/2014 - 08:22:09
nossa continua esta muito boa tomara que agora o poncho fique com a any e adorei o soco que o ucker ganhou(é isso ai dul)kkkk
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portillas2 Postado em 09/03/2014 - 15:16:50
Finalmente Poncho amoleceu um pouco seu coração e agora que ele sabe a verdade sobre a Any que ele peça desculpa e eles fiquem juntos <3
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franmarmentini Postado em 08/03/2014 - 20:36:12
ok!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! estou aguardando ansiosa pelos capítulos!!!!!!!!!!! FELIZ DIA DA MULHER!!!
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portillas2 Postado em 08/03/2014 - 17:36:46
Aguardando mais capítulos :) não vou deixar de comentar
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laritraumaaya Postado em 07/03/2014 - 13:36:34
poxa to com saudades da fanf não vai postar mais não posta pliss
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franmarmentini Postado em 05/03/2014 - 22:28:47
não entendo pq any fez tudo isso...se o ama...pq não conversou com ele...