Fanfic: Uma vizinha especial AyA (Adaptada) | Tema: AyA

Anahi tirou a roupa, deixando-a escorregar até os pés. Prendendo os cabelos no alto da cabeça, entrou na banheira.

Deixou escapar um gemido de satisfação quando a água quente a envolveu. Depois de um dia de trabalho árduo, não havia nada melhor que um demorado banho de imersão. Recostou-se na superfície lisa da porcelana e fechou os olhos, extasiada.

Devagar, concentrou-se em relaxar os músculos. Primeiro, o pescoço, em seguida os ombros. A água parecia acariciar-lhe a pele como o toque de um amante.

Seus pensamentos então desviaram-se para o dia em que Poncho a beijou na rua Bower. A memória do primeiro beijo deles na cozinha juntou-se à vivida imagem mental. Uma onda de desejo comprimiu seu coração, criando outro tipo de calor em seu interior. Aquele homem sabia mesmo beijar.

Deslizou o pé direito sobre a borda da banheira e rememorou as formas do corpo esculpido de Poncho. Então, imaginou-se tocando aquela pele bronzeada, correndo os dedos por cada plano e cada curva. Um sorriso curvou-lhe os lábios quando roçou o pé na torneira fria. Os dedos brincaram no objeto antigo. A mente centrada em Poncho... Mac tão rígido quanto o metal da torneira sobre os dedos de seus pés, só que ele era quente e ativo...

Anahi abriu os olhos de repente, ajeitou-se na banheira e mirou o pé, horrorizada. Tentou puxar a perna, mas seu dedão ficara preso na boca da torneira. Puxou de novo, mais forte, mas não adiantou.

Seu coração disparou.

- Tudo o que sobe, desce; tudo o que entra, sai - disse a si mesma e repetiu: - Oh, Deus!

Segurando o cano da torneira com as duas mãos, mordiscou o lábio e tornou a fazer força. Nada. O metal frio agarrara-lhe o dedo do pé num ângulo estranhíssimo. Como pudera ser tão tola?!

Deu uma olhada ao redor, atrás de algo que pudesse ajudá-la a se soltar. Nada. Nem telefone para pedir socorro. Nenhum estilete para cortar o dedo fora. O que, pelo visto, seria a única solução, pensou, desanimada.

- Oh, Senhor...

Como poderia ligar para os bombeiros? A adrenalina liberada renovou seu medo.

- Tudo bem, não entre em pânico. Maite ou Dulce aparecerão a qualquer momento.

Não trancara a porta do banheiro. Se gritasse quando ouvisse alguém na casa, sem dúvida, seria ouvida. A porta da frente também não fora trancada, portanto não haveria barulho de chaves, porém, escutaria o ruído de alguém entrando. Tudo o que tinha a fazer, desse modo, era relaxar e esperar que uma de suas amigas chegasse.

A batida que soou na porta de tela dos fundos acordou Anahi do cochilo que tirara sem querer. Estremeceu quando a água fria se movimentou em volta de seu corpo. Não tinha como saber quanto tempo ficara ali, mas a julgar pelo inchaço de seu dedo e pela temperatura da água, fora um tempo considerável.

Outra batida. Alguém estava a sua porta, e não era nenhuma das meninas. Talvez Lance tivesse esquecido alguma coisa na picape.

Anahi tremeu de novo e decidiu que teria de arriscar. Não poderia continuar naquela situação.

- Quem está aí?! - gritou.

O banheiro ficava no andar de cima, logo à esquerda da escada. Fosse quem fosse, iria ouvi-la. Com uma careta, tentou movimentar a perna amortecida.

- Sou eu: Poncho.

Por hoje é só meninas amanhã posto mais, comentem!!!