Fanfics Brasil - Capitulo 26 Uma vizinha especial AyA (Adaptada)

Fanfic: Uma vizinha especial AyA (Adaptada) | Tema: AyA


Capítulo: Capitulo 26

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- Estou faminta - disse, antes que Poncho atirasse o frisbee de novo. - Vamos voltar e almoçar?


Ele sorriu, charmoso.


- Ótima idéia.


Retornaram até onde ficara a cesta de piquenique. Lá, Anahi estendeu o cobertor.


- Frango? - Sentado de pernas cruzadas, Poncho examinou o conteúdo da cesta. - Adoro frango assado frio. Estou começando a achar que você é mesmo vidente. Humm... e torta de maçã!


- E salada de batata, ervilhas e pães - acrescentou ela, enquanto tirava as mãos dele da comida.


Anahi removeu uma toalha da cesta, ajeitou o almoço deles em utensílios sobre ela e acomodou-se no chão.


Poncho serviu chá gelado da garrafa térmica em dois copos.


- Com tudo isso, acho que não vou conseguir comer a torta, - brincou ele, sorrindo de novo. Mas, então, o sorriso desapareceu em seguida, e ele franziu o cenho. - Onde está Oscar?


Ela estudou-lhe a expressão preocupada.


- Na certa explorando a mata. - Anahi serviu um delicado prato de porcelana chinesa para Poncho. Sempre usava o que havia de melhor. A vida era muito curta para ficar guardando as coisas para uma ocasião especial. - Oscar sempre acaba aparecendo para comer as sobras.


- Ah...


Ela serviu-se, com porções muito menores.


- Poncho, nunca teve um cachorro?


A questão o pegou de surpresa.


- Não.


- Nem mesmo quando criança?


Ele meneou a cabeça antes de morder uma coxinha.


- Achei que todos os garotos, algum dia, tivessem um cachorro. - Como também achara que todos os garotos haviam pescado pelo menos uma vez na vida.


Poncho engoliu em seco e, quando falou, não a encarou.


-Nós nos mudávamos muito. Meu pai trabalhava demais. Não tínhamos tempo para distrações.


Hum... Que tipo de pai considerava um animal doméstico uma distração?


- E sua mãe? Ela não...


- Morreu quando eu tinha cinco anos. - Então Poncho pôs o osso do frango no prato e, enfim, encarou-a. - Mal me recordo dela.


- Sinto muito - sussurrou ela.


Ele deu de ombros, a atenção de volta ao prato.


- É difícil sentir falta de alguém que você nunca conheceu de fato.


Anahi não acreditou nele nem por um segundo. Guardava vívidas lembranças de quando tinha cinco anos. Poncho apenas não queria se lembrar, pois aquilo o machucava demais.


- Seu pai nunca voltou a se casar?


- Não. Estava ocupado construindo a Projetos Herrera. Poncho se concentrou na comida, mas seus movimentos estavam rígidos de tensão. Não queria falar de si, Anahi sabia, mas ela precisava descobrir mais.


- Então, quem cuidava de você?


Ele parou, levantou devagar a cabeça e fitou-a.


- Eu cuidei de mim mesmo.


Ela ficou atônita.


- Mas você só tinha cinco anos!


- Não por muito tempo.


Anahi absorveu o impacto da declaração. Durante o silêncio que se seguiu, forçou-se a comer. A tensão cresceu, e ela ficou relutante em transpor a linha imaginária que Poncho erguera. Ele não queria responder a mais nenhuma pergunta. E aquele devia ser um dia de diversão e relaxamento, não um interrogatório. Ela não podia permitir que sua curiosidade arruinasse o dia de Poncho.


- E você? - O tom dele era frio.


- Eu o quê?


- Suponho que sempre teve um cachorro. Assim como uma casinha para mantê-lo.


Anahi pestanejou diante da aspereza dele. Poncho se ressentia de sua perda, embora não quisesse admitir.


- Quase sempre tive um animal de estimação. Um gato ou um cachorro. Uma vez tive um passarinho. - Ela fez uma pausa. - Mas nunca houve uma casinha de animais.


- E sua mãe? Não providenciou isso para você?


- Ela morreu. - Anahi respirou fundo. - Vivo sozinha desde os dezesseis anos.


- Pai?


Ela sentiu a ausência de cumplicidade que costumava encontrar quando as pessoas ficavam sabendo de seu passado.


- Não o conheci. - Antes que ele pudesse dizer alguma coisa, acrescentou: - Você e seu pai têm uma relação próxima?


Poncho pensou por um instante antes de responder:


- "Próxima" pode ser uma descrição muito pessoal. Comecei a freqüentar a empresa dele depois da escola quando tinha dez anos. Aos doze, fazia desenho livre melhor que muitos dos arqui­tetos que trabalhavam para ele. - Poncho deu de ombros. - Trabalhamos juntos desde então, até dois anos atrás.


- O que houve? Ele ficou doente?


- Não. Apenas se entediou. Assim, passei a administrar a em­presa quando meu pai deu início a uma viagem pela Europa com um de seus colegas aposentados.


Anahi teve uma súbita visão de Poncho dali a trinta anos. Farto dos negócios que construíra a vida toda, viajaria em busca de algo que pudesse completá-lo.


- É por isso que está aqui, Poncho ? Porque estava entediado com a rotina do escritório? Decerto tem pessoas qualificadas para tocar novas filiais e projetos aqui em Huntsville, sem que você tivesse de vir aqui pessoalmente.


Ela soube que acertara no alvo quando viu aquele súbito pânico no olhar de Poncho. Ele não gostava que ninguém reconhecesse o que não queria admitir nem para si mesmo.


- Sou a mão forte da empresa, Anahi. Nada além disso.


Ela meneou a cabeça e sorriu.


- Nativos de escorpião têm um senso de equilíbrio em suas vidas. Sempre precisam dar a palavra final.


- E quem lhe disse que sou do signo de escorpião? - protestou ele, frustrado por ser examinado tão de perto.


Anahi arqueou uma sobrancelha.


- Quando faz aniversário?


Ele suspirou, impaciente.


- Não acredito nessas bobagens.


- Apenas responda a pergunta.


- Dezoito de novembro.


- Eu sabia! - Anahi respirou fundo, triunfante. - E aposto que a festa é maior a cada ano. Escorpião não faz nada pela metade.


Aquele olhar remoto retornou.


- Não me importo com festas de aniversário.


- Está brincando, certo?


- Por que perder energia numa festa? Meu pai apenas fazia com que um de seus empregados proporcionasse tudo o que eu desejava. Em meu último aniversário, ele me deu o controle total da Herrera. Nunca precisei de festas, sempre consegui tudo o que quis.


Poncho empurrou o prato. Anahi imaginou se o assunto problemático o fizera perder o apetite.


- Não tenho tempo para comemorações. - Ele passou os dedos pelos cabelos e continuou a fitar qualquer coisa, exceto ela. - Eu devia estar fora de mim quando concordei com este passeio.


Imagens de um garotinho solitário ocuparam a mente de Anahi. Não era de se admirar que Poncho se concentrasse tanto no futuro... ele tinha apenas meio passado. Nada que valesse a pena relembrar. A vida de Poncho era trabalhar e pensar no futuro.


De súbito, uma profunda tristeza se apossou de Anahi, que pestanejou para afugentar as lágrimas. Chorava pela solidão do garotinho que se tornara um homem ainda mais solitário.


Anahi também empurrou seu prato de lado. Sentando-se sobre os joelhos, aproximou-se de Poncho, decidida.


- Quero que você feche os olhos.


Ele olhou para ela, desconfiado.


- Nós não vamos jogar aquele jogo de novo, vamos?


Anahi sorriu, recordando-se do dia na casa rua Bower.


- Por um minuto.


Poncho desviou o olhar, a impaciência estampando-se em seu rosto.


Ela aproximou-se mais.


- Feche os olhos. E há apenas uma regra para esse jogo. Qual­quer coisa que você disser terá de ser verdade.


Embora relutante, ele a obedeceu.


- Estamos dois anos no futuro, você está de férias...


- Não tenho tempo para tirar férias.


Anahi suspirou, frustrada.


- Estamos dois anos no futuro, Poncho, e estou lhe contando que você está de férias. - Ela cruzou os braços. - Agora me diga: aonde resolveu ir?


Ele esfregou a testa, pensando. Depois de longa demora, afirmou:


- Aspen. A pista de esqui é muito boa lá.


- Então esquiar é um de seus hobbies?


Poncho abriu os olhos.


- Não tenho um hobby.


- Mantenha os olhos fechados! - Ela falou em tom de co­mando e ele cedeu. - Se gosta de esquiar, então é um hobby.


- Você é quem sabe.


Anahi tornou a suspirar. Deus, o homem não tinha jeito!


- Tudo bem. Agora estamos cinco anos mais à frente, e você se casou.


- Certo. Estou casado. - Ele fez uma careta, então uma ex­pressão assustada surgiu-lhe no rosto.


- Pode vê-la, Poncho?


Ele assentiu e voltou a fazer uma careta. Anahi esperava que aquela careta não indicasse como ele imaginava a futura esposa.


- Sua mulher está prestes a dar à luz seu primeiro filho, um menino. Consegue visualizar essa cena?



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Autor(a): steph_maria

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Ele não respondeu. Continuava sentado, imóvel, como se em profunda concentração. Aquilo era bom, decidiu ela. Queria que Poncho conseguisse ver alguma coisa. - Pode se imaginar segurando seu filho nos braços? Ele se parece com você ou com sua esposa? Uma família é o que você precisava. Alguém para criar mem ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 49



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  • franmarmentini Postado em 12/03/2014 - 23:51:45

    *-*

  • franmarmentini Postado em 12/03/2014 - 23:51:24

    que pena que já acabou...mas fiquei super feliz do poncho por fim deixar any entrar em seu coração!!!!!!!!

  • portillas2 Postado em 12/03/2014 - 19:26:19

    E vou acompanhar você na nova sim bjus :)

  • portillas2 Postado em 12/03/2014 - 19:25:05

    Poxa já acabou? :( mas finalmente Los'A ficaram juntos e eu adorei a web <3

  • laritraumaaya Postado em 12/03/2014 - 08:22:09

    nossa continua esta muito boa tomara que agora o poncho fique com a any e adorei o soco que o ucker ganhou(é isso ai dul)kkkk

  • portillas2 Postado em 09/03/2014 - 15:16:50

    Finalmente Poncho amoleceu um pouco seu coração e agora que ele sabe a verdade sobre a Any que ele peça desculpa e eles fiquem juntos <3

  • franmarmentini Postado em 08/03/2014 - 20:36:12

    ok!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! estou aguardando ansiosa pelos capítulos!!!!!!!!!!! FELIZ DIA DA MULHER!!!

  • portillas2 Postado em 08/03/2014 - 17:36:46

    Aguardando mais capítulos :) não vou deixar de comentar

  • laritraumaaya Postado em 07/03/2014 - 13:36:34

    poxa to com saudades da fanf não vai postar mais não posta pliss

  • franmarmentini Postado em 05/03/2014 - 22:28:47

    não entendo pq any fez tudo isso...se o ama...pq não conversou com ele...


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