Fanfic: Uma vizinha especial AyA (Adaptada) | Tema: AyA

franmarmentini:  relaxa não foi nada demais não apenas AyA tem um enorme azar de sempre chegar alguem pra atrapalhar o momento hot deles kkkkkkkkkkkk

portillas2:  obrigada por continuar lendo =) amanhã começa a semana da minha formatura vai ser bem corrido mas assim que tiver um tempinho posto muito aqui pra vocês!!

Levante-se, rapaz - comandou uma voz rouca e áspera. Apesar das circunstâncias em que se encontravam, Poncho colocou-se de pé com incrível agilidade.

Ela logo endireitou as roupas e ficou de pé também. Então recordou-se da pergunta que ele fizera antes. Tem certeza de que podemos entrar aqui? Ela estivera lá incontáveis vezes antes.

- Sr. McGillicutty? - Anahi murmurou.

- Você conhece esse homem? - Poncho estava perplexo.

- Sim, conheço. - Anahi rodeou Poncho e parou em frente ao homem. - Sou eu, sr. McGillicutty - disse ela, com delicadeza, torcendo para que ele a reconhecesse.

- E eu a conheço, por acaso?

- Onde estão seus óculos?

- Não preciso daquela droga! Posso enxergar muito bem.

- Por favor, sr. McGillicutty, sei que o senhor costuma guardá-los no bolso do macacão. Peço-lhe que os coloque por apenas um minutinho.

Reclamando, o velhinho tirou os óculos do bolso e fez o que ela pediu. Então, fitou-a por detrás das lentes grossas, e quando a reconheceu, seus olhos acinzentados se iluminaram.

- Bem, veja quem está aqui! - O sr. McGillicutty baixou a arma e pôs um braço amigo sobre os ombros de Anahi. - Você anda sumida, menina.

Anahi ouviu o suspiro aliviado de Poncho.

- Ando muito ocupada, mas pensei em vir hoje e trazer um amigo para conhecer este seu pedacinho de paraíso. - Ela se virou para Poncho. - Alfonso Herrera, este é Jarvis McGillicutty.

Poncho lhe estendeu a mão.

- Prazer em conhecê-lo, senhor.

O sr. McGillicutty olhou desconfiado para Poncho, mas as boas maneiras o fizeram aceitar a mão que lhe fora estendida.

- O moço tem boa aparência, mas precisa cortar esses cabelos.

Anahi quase pulou de susto quando Oscar encostou o focinho gelado em sua mão. Ela sorriu para o cachorro.

- Ei, garotão, já era hora de você aparecer! - Quando acariciou a orelha dele, foi presenteada com uma lambida de alegria. Voltou-se para McGillicutty quando uma brilhante idéia lhe ocorreu: - Há algo mais que Poncho possa precisar.

Poncho olhou para a poça amarela na qual acabara de pisar. Resmungou ao atravessar a cozinha pulando num pé só em direção ao porta-toalhas de papel. Um chorinho baixo informou-lhe que o culpado pela mancha tinha se escondido embaixo da mesa. Assim que limpou a sujeira, colocou-se de quatro para tirar Oliver de baixo da mesa.

Oliver. Que tipo de nome era aquele para um cachorro? Mas Anahi  insistira.

Olhos negros, grandes e medrosos o espreitaram. Poncho suspirou com desgosto ao pegar o animalzinho. Não podia acreditar que Any fizera isso com ele. Pelo jeito, ela sabia que o sr. McGillicutty tinha filhotes para doar, e decidira que já era tempo de Poncho ter um bichinho de estimação.

E pensar que ele a deixara fazer aquilo...

Estivera tão atordoado com os últimos acontecimentos que não conseguira protestar. Assim, voltara para casa na velha picape de Anahi com a pequena fera tremendo em seu colo. Claro, Anahi insistira em parar na pet shop para comprar pratinho de comida e água, ração e uma dúzia de outras parafernálias.

Poncho devia estar maluco quando aceitou o cão de presente. Bem, corrigiu-se, na verdade não aceitou nada. Apenas ficou ali parado como um tolo, enquanto a cigana acertava tudo.

Ele não tinha tempo para um cachorro. Nem mesmo sabia se animais de estimação eram aceitos em seu condomínio em Atlanta.

Pegou o bichinho assustado, um filhote de labrador, preto, de baixo da mesa e tentou decidir o que fazer com ele.

Olhando-o, falou no tom mais austero que conseguiu:

- Tudo bem, hora de dormir. Não me faça mais nenhuma estripulia.

Determinado a prevenir mais acidentes, carregou Oliver até a caixa que Anahi lhe dera e acomodou-o na toalha velha que ela providenciara.

- Está tarde e preciso descansar. E só para que você saiba, eu tinha uma dúzia de telefonemas para dar quando entrei por aquela porta, agora há pouco.

Poncho ainda não estava conformado de não ter trabalhado naquele dia. Se tivesse ido, como deveria ser, Oliver não teria acontecido. Desgostoso e exausto, apagou a luz da cozinha e se dirigiu à escada.

Meia hora depois, soube que não conseguiria pregar o olho aquela noite. O cachorrinho gritava, choramingava, latia e arranhava a porta. Poncho tentara cobrir a cabeça, mas nada resolvera.

Como um animal tão pequeno podia fazer tamanho barulho?

Irritado, Poncho jogou o lençol de lado e saiu da cama. Jamais conseguiria dormir se não fizesse alguma coisa.

Descendo a escada, foi direto para cozinha. Acendeu a luz e viu o cão fora da caixa.

- O que está acontecendo, pelo amor de Deus?! Você não sabe quando é hora de dormir?!

Grandes olhos o fitaram. Poncho bufou e fez a única coisa que podia: colocou-o de novo na caixa e levou-a para seu quarto, pondo-a ao lado da cama.

Então, voltou para baixo dos lençóis. Dormir... precisava dormir. Mais trinta minutos se passaram e ele descobriu que aquela seria uma noite inesquecível. O cãozinho solitário continuava a choradeira. Nada que ele dissesse fazia diferença.