Fanfics Brasil - Capitulo 31 Uma vizinha especial AyA (Adaptada)

Fanfic: Uma vizinha especial AyA (Adaptada) | Tema: AyA


Capítulo: Capitulo 31

294 visualizações Denunciar


Anahi estendeu o cobertor no chão do casarão da rua Chenille e se sentou na frente da lareira. Suspirou. Fazia muito tempo que a lenha não queimava ali. Que tristeza! Se a idéia de Dulce não funcionasse e eles não conseguissem convencer os investidores de Poncho a reconsiderar, aquela adorável casa antiga seria apenas lenda dentro de quatro dias.


Olhou ao redor da grande varanda envidraçada. Estava correndo o risco de não salvar as numerosas coisas que o imóvel tinha a oferecer, mas era um risco que se sentia compelida a correr.


Seus pensamentos voltaram-se para Poncho quando pôs a cesta de piquenique em uma das pontas do cobertor. Ele, por duas vezes, a chamou de vidente, e na véspera ela desejara que aquilo fosse verdade. Por um décimo de segundo, quando Poncho aprofundou os dedos em seus cabelos, sentiu uma infinita conexão com ele. Uma ligação quase palpável, que, de alguma maneira, tinha algo a ver com o que ele imaginara do futuro.


Respirou fundo e alisou o vestido amarelo de algodão. Planejara ir até o escritório de Poncho ao meio-dia, cesta de piquenique em mãos, mas a secretária dele ligara, dizendo que deveria encontrá-lo na rua Chenille.


Perguntou-se por quê. Poncho não sabia que ela pretendia ir ao escritório dele, portanto não estaria pensando em almoço.


E se ele quisesse retomar do ponto em que foram interrompidos pelo sr. McGillicutty, no dia anterior? Ou talvez ele suspeitasse que ela estava envolvida com os planos de Dulce.


Estremeceu com a idéia. Qual das opções seria a pior? Seria capaz de fitar os olhos dele e mentir sobre o que queria ou sobre como se sentia? Poncho passara a significar demais para ela.


Fechando os olhos, censurou a si mesma por permitir que aquilo acontecesse. No entanto, ele necessitava muito mais do que tinha consciência.


Anahi meneou a cabeça perante a ironia. Poncho admitira que sempre alcançara tudo o que quisera, mas nunca sentira os simples prazeres da vida, nem mesmo o amor do próprio pai. Claro, o pai lhe proporcionara o que o dinheiro podia comprar, porém Poncho nunca se sentira amado, isso era óbvio. Por conseqüência, não sabia como deixar alguém se aproximar.


Alfonso Herrera nunca se apaixonara na vida. Anahi tinha tanta certeza disso como de seu próprio nome.


Levantou-se, espanou a poeira das mãos contra as coxas, caminhou sobre o piso de madeira e empurrou a porta vaivém que levava à sala de jantar.


A habilidade para amar, para doar, vinha do coração. Tinha de ser aprendida através de experiência própria. Uma pessoa aprendia por experiência ou por exemplo, mas, de qualquer forma, era um conhecimento individual. Cada um tem de achar o próprio caminho.


Anahi aprendera isso com Thomas Style, que fora como um pai para ela, embora por pouco tempo. Thomas lhe mostrara o quanto preciosa era a vida e, por causa dele, ela descobrira o absoluto milagre do nascer de cada dia.


Olhou pela janela para o pátio de entrada do casarão, onde a grama já estava dominada pelo mato. Sorriu quando avistou o Explorer de Poncho. Ele estava lá. Por que aquilo a fazia sentir tanta felicidade, ainda não entendia.


Virando-se, empurrou a porta vaivém, só para que ela voltasse contra suas palmas. Anahi empurrou a porta de novo e saiu na varanda para ver Poncho cobrindo a face com as mãos.


Ela começou a se desculpar, mas o olhar dele a deteve. A ex­pressão mostrava o quanto estava furioso.


Baixando as mãos na lateral do corpo, ele falou:


- Não sei o que você pensa que está fazendo, Anahi, mas eu lhe aviso: não vou tolerar joguinhos quando isso diz respeito a negócios. - A voz era baixa, mas os olhos soltavam faíscas. - A casa será derrubada na segunda, e hoje já é quinta. Não vi nenhum sinal seu nem de seu assistente salvando nada daqui. A menos que a Resgate e Restauração seja mais negligente do que parece, não entendo por que você compraria os direitos de resgate das peças da casa e então desistiria do trabalho.


Ela respirou fundo, esperando que aquilo lhe desse coragem. Poncho não poderia saber ou entender no que estava metida, porém intuía que algo estava errado. O que ela podia dizer-lhe que não fosse uma mentira?


Anahi o encarou e contornou a questão com uma meia verdade:


- Às vezes, apenas não vejo sentido. - Ela cruzou os dedos nas costas e forçou um sorriso. - Como está Oliver?


Ele franziu o cenho, estudando-a.


- Bem. Ele come, faz as necessidades e dorme. O que você quis dizer com "não vejo sentido"?


Ela deu de ombros.


- Quero dizer, por que me importar? Ninguém se importa.


Anahi desviou o olhar, temendo que Poncho pudesse ver que mentia. Atravessando a varanda, pôs alguma distância entre eles, depois voltou a fitá-lo. Ele se aproximou, e Anahi tremeu.


- Por que devo trabalhar tão duro para salvar pequenos pedaços de história desta casa ou de qualquer outra, se ninguém parece mais se importar? Por que não apenas botar tudo abaixo e deixá-la numa triste pilha de escombros?


A surpresa se estampou no belo rosto de Poncho antes de ser substituída por irritação. Ele se virou em seu bem cortado terno Armani e marchou em direção às portas duplas que levavam ao hall de entrada. Free o seguiu. O que ele pretende fazer?


Poncho deu uma olhada no hall, pôs as mãos na cintura e lançou-lhe um olhar frio.


- E esse corrimão? - Apontou a escadaria. - É um autêntico trabalho de arte. Um detalhe maravilhoso. E as portas da casa?


O olhar voltou à varanda, admirando as portas de correr de rico mogno. A beleza da madeira ainda podia ser notada, apesar dos anos de negligência.


Anahi ia atrás dele, calada, as batidas ferozes do coração contrastando com o sorriso que brincava em seus lábios. Não podia acreditar no que ouvia. Poncho estava mesmo olhando o casarão como se seu interior tivesse um valor real.


- O consolo desta lareira é magnífico - disse ele mais para si mesmo. Então passou a mão pela madeira entalhada. - E este acabamento das paredes em madeira é o mais bonito que já vi.


Poncho caminhou mais alguns passos e então parou a centímetros da cesta de piquenique.


- O que é isso?


- Eu... tinha planejado levar um almoço até seu escritório, quando sua secretária me ligou. - Apontou a cesta. - Então, pensei que pudéssemos almoçar aqui e...


A explicação se desfez num silêncio quando ela enrubesceu, sentindo-se humilhada.


Por que fizera algo tão tolo? Ele já estava bravo com ela por causa do filhote e por ter perdido horas de trabalho. No dia seguinte, ela pretendia distraí-lo para que o plano de Dulce pudesse ser colocado em ação.


Sou uma mentirosa, uma traidora. Cerrou as pálpebras e respirou fundo. Como permitira que as coisas fossem tão longe?


Sem que ela se desse conta, Poncho se moveu e fechou a mão em volta de seu braço. Em seguida, envolveu-lhe os dedos trêmulos.


Anahi abriu os olhos para encontrá-lo fitando-a, parecendo arrependido.


- Desculpe-me. - Tentou esboçar um sorriso. - Eu lhe pedi que me encontrasse aqui para descobrir por que você não completou seu trabalho nesta casa.


Ele a olhou com intensidade. Toda a fúria e irritação haviam desaparecido.


- Eu não deveria ter explodido desse jeito.


Anahi sorriu, mas os lábios tremeram, e lágrimas ameaçaram desmontar sua compostura.


- Perdoe-me por ter batido a porta em você, Poncho. Sabe que não foi intencional, não é?


Necessitando tocá-lo, ela acariciou-lhe o maxilar. E o arrependimento a dominou.


- Eu não deveria tê-lo feito levar Oliver consigo. Nem tê-lo obrigado a passar o dia comigo. Não deveria tê-lo feito ir parar na cadeia e...


Poncho interrompeu as palavras com um beijo avassalador.


- Anahi... - murmurou, o som perdido no beijo.


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): steph_maria

Este autor(a) escreve mais 5 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Ela tentou, Deus sabe como tentou, mas não foi capaz de empurrá-lo. Queria-o tanto. A sensação do corpo rígido contra o seu, a força daqueles braços fortes ao redor de sua cintura e o gosto dele saboreando-lhe a boca. Anahi deslizou os braços ao redor do pescoço de Poncho e cedeu ao desejo. Não se importa ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 49



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • franmarmentini Postado em 12/03/2014 - 23:51:45

    *-*

  • franmarmentini Postado em 12/03/2014 - 23:51:24

    que pena que já acabou...mas fiquei super feliz do poncho por fim deixar any entrar em seu coração!!!!!!!!

  • portillas2 Postado em 12/03/2014 - 19:26:19

    E vou acompanhar você na nova sim bjus :)

  • portillas2 Postado em 12/03/2014 - 19:25:05

    Poxa já acabou? :( mas finalmente Los'A ficaram juntos e eu adorei a web <3

  • laritraumaaya Postado em 12/03/2014 - 08:22:09

    nossa continua esta muito boa tomara que agora o poncho fique com a any e adorei o soco que o ucker ganhou(é isso ai dul)kkkk

  • portillas2 Postado em 09/03/2014 - 15:16:50

    Finalmente Poncho amoleceu um pouco seu coração e agora que ele sabe a verdade sobre a Any que ele peça desculpa e eles fiquem juntos <3

  • franmarmentini Postado em 08/03/2014 - 20:36:12

    ok!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! estou aguardando ansiosa pelos capítulos!!!!!!!!!!! FELIZ DIA DA MULHER!!!

  • portillas2 Postado em 08/03/2014 - 17:36:46

    Aguardando mais capítulos :) não vou deixar de comentar

  • laritraumaaya Postado em 07/03/2014 - 13:36:34

    poxa to com saudades da fanf não vai postar mais não posta pliss

  • franmarmentini Postado em 05/03/2014 - 22:28:47

    não entendo pq any fez tudo isso...se o ama...pq não conversou com ele...


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais