Fanfic: Uma vizinha especial AyA (Adaptada) | Tema: AyA

Voltei meninas!!!! desculpem o sumiço mas minha formatura foi muitooo corrida e emocionante tambem chorei tanto *--* e infelizmente passou voando, e com o carnaval tambem na minha cidade a mil o tempo tah dificil mas segunda volto com os posts normal todos os dias continuem acompanhando!!!

- Tem certeza de que esse é o único jeito? - Anahi tornou a perguntar, observando o moderno saguão das instalações da Projetos Herrera, em Huntsville.

Vidro e aço formavam as imensas paredes da estrutura. O piso de mármore fazia cada passo ecoar. Grandes vasos com plantas altas dominavam a decoração.

- É o único - reiterou Dulce. - Você não está desistindo, está?

Anahi engoliu em seco e olhou o pequeno grupo reunido. O sr. Towery, três outros moradores da rua Chenille, e Lance, seu assistente, inspecionavam cada móvel ao redor como se nunca tivessem visto nada tão interessante quanto os designs da Herrera.

- Não. Apenas me sinto... - Ela olhou para o traje ousado que vestia. - Sinto-me ridícula nesta roupa.

- Você está ótima. - Dulce a analisou. - Devia se vestir assim mais vezes.

- Sim, claro, isso faria maravilhas com minha reputação de mulher de negócios. - Anahi prendeu a respiração.

O vestido que sua amiga lhe emprestara estava justo demais. Dulce era muito mais magra que ela, e Anahi tinha contornos que os estilistas pareciam não entender.

Dulce consultou o relógio.

- Dez e quinze. Vamos. - Ela assentiu para o sr. Towery e dirigiu-se ao hall dos elevadores.

Anahi a seguiu, mal se equilibrando nos saltos. O coração batia descompassado. Posso fazer isso, recitava as palavras como um mantra. Tinha de fazer aquilo para salvar o casarão.

Cerrou as pálpebras quando o elevador começou a subir. Imagens de Poncho e do ato de amor deles a invadiram, abalando sua resolução.

Posso fazer isso, tornou a repetir, concentrando-se no presente.

Já que só fizera amor uma única vez quando era adolescente, não tinha muito parâmetro para avaliar o ato sexual da véspera, mas sabia que fora muitíssimo especial. A intuição lhe dizia que nunca gostaria daquilo com mais ninguém.

Lágrimas queimaram seus olhos. Por que a vida tinha de ser tão injusta? Por que o primeiro e único homem que quisera para si tinha que ser tão errado para ela?

Eles viviam em mundos distintos, tinham personalidades opostas. Poncho não queria compartilhar a vida com ninguém, e se um dia mudasse de idéia, decerto não a escolheria como companheira.

A alma de Anahi doeu com a perda de algo que nem mesmo possuía.

Forçando-se a erguer as pálpebras, suspirou. Poncho lhe dera a única coisa que tinha para dar, e então escapara do casarão na primeira chamada do celular, com a promessa de que ligaria para ela depois.

Promessa que não foi cumprida.

Anahi estudou os pés naqueles sapatos de salto alto quando o elevador parou.

Sim, a secretária dele lhe telefonara para pedir que ela desse uma olhada no filhote, porque Poncho iria trabalhar até tarde. Porém, nada mais.

Mais tarde, por volta de meia-noite, Poncho chegou em casa. Anahi observara-o, da escuridão da janela de seu quarto, subir os degraus da varanda. Sentira vontade de sair correndo e se atirar nos braços dele. Mas não o fez.

Vestidos com a melhor roupa de domingo, o pequeno grupo saiu do elevador. Anahi seguiu-os com relutância. Poncho voltaria para Atlanta em breve. Dulce lhe contara que, de acordo com Ucker, ele apenas fora para Huntsville por algumas semanas. Apaixonara-se por Poncho daquela maneira, e pagaria caro por isso. Ia conseguir apenas sair com o coração despedaçado.

Meus Deus... eu amo Alfonso Herrera!

- Está certa de que pode fazer isso? - A voz de Dulce a tirou dos pensamentos.

Pestanejando, fitou a amiga.

- Estou bem - mentiu.

Seus sentimentos podiam esperar até que aquilo tivesse terminado. Anahi olhou para os demais, seus rostos cheios de expectativa. Aquelas pessoas contavam com ela. Então, virou-se para Dulce:

- Vamos.

Dulce assentiu.

- Certo. Sr. Towery, você e seus amigos esperam aqui. - Apontou o corredor que fazia um ângulo de noventa graus com o hall de elevadores, olhou para os componentes do grupo e comandou: - A última porta do corredor é a sala de reuniões. Fiquem de olho naquela porta. Quando Anahi tirar Poncho dali, entrem.

- E o sr. Larsen? - perguntou Towery.

- Vou voltar lá para baixo - explicou Dulce, e dirigiu-se a Anahi: - Ligarei para Ucker do celular. Uma vez que conseguir tirá-lo da sala, faça o mesmo com Poncho, do jeito que achar melhor. Sr. Towery, isso fará com que só os investidores do projeto e um funcionário da Herrera, chamado Batson, permaneçam na sala. Ignorem o homem. Independente do que Batson disser, você deverá continuar falando.

- Farei isso - afirmou Towery.

- Vinte minutos, Anahi - Dulce a relembrou. - Necessitaremos de pelo menos vinte minutos. Entretenha Poncho.