Fanfic: Uma vizinha especial AyA (Adaptada) | Tema: AyA

franmarmentini: a Any não foi estuprada na primeira vez dela mas a história dela é que teve uma vida muito dificil e por isso ela tem um certo trauma =/

portillas2: obrigada pelos comentários continue acompanhando!!

Anahi respirou fundo e endereçou um sorriso nervoso a todos, antes de se virar e pegar o corredor em direção à última porta. Cerrando os dentes, ignorou a secretária que tentou intervir:

- Senhorita! Você não pode entrar lá!

Poncho movimentou-se no assento da cabeceira da mesa da sala de reuniões e tentou concentrar-se no resumo que Batson fazia sobre o projeto da rua Chenille. Uma vez que já sabia de todos os pormenores, ficava ainda mais difícil fazer isso.

De súbito, ao ouvir os gritos de Paula do lado de fora, franziu o cenho. Antes que pudesse questionar o que estaria acontecendo, a porta se abriu de repente e bateu contra a parede. Anahi entrou, seguida por uma Paula frenética.

Vermelho... Um vestido bem curto e colado ao corpo... vermelho. Uma rosa tatuada na coxa. E sandálias finas de saltos altos.

No momento em que ela cruzou o ambiente, o olhar de Poncho passeou por aquelas incríveis pernas bem-feitas, pelo corpo magnífico, e parou na face angelical. Os cabelos pendiam sobre os ombros como uma cascata de seda.

Poncho pestanejou. Mas o que ela fazia ali?

- Anahi, o que está acontecendo?

Silêncio total.

Ele não teve de olhar ao redor para saber que todos os olhos estavam voltados para a mulher parada a sua frente, de mãos na cintura e olhar ameaçador. Poncho meneou a cabeça e admirou o fantástico corpo feminino mais uma vez.

- E por que você está vestida... desse jeito?

- Não posso acreditar em você, Herrera! Você... tirou vantagem de minha... de minha natureza generosa!

Como é?! O que fizera para aborrecê-la tanto? Bem, ele sabia o que tinha feito.

Poncho levantou-se num só movimento, determinado a retirar-se daquela cena embaraçosa.

- Talvez devêssemos discutir isso...

- Não! Não vou deixá-lo tirar proveito de mim outra vez!

- Anahi...

- Sr. Ucke! - chamou Paula, da soleira.

- Sim? - respondeu Ucker.

- Há um telefonema de emergência de sua firma. Gostaria de atendê-lo na sala do sr. Herrera?

- Claro. - Levantando-se, Ucker deixou a sala, mas antes de sair olhou Anahi de cima a baixo.

Poncho encarou o amigo, o ciúme comprimindo-lhe a garganta.

- Você faz só o que lhe agrada, sem nenhuma consideração pelas conseqüências! - continuou Anahi, chamando-lhe a atenção de novo. - Não sei por que estou perdendo meu tempo. Você não tem e nunca terá jeito!

Dando a ele um último olhar ácido, ela se virou e saiu.

Poncho ficou ali parado, admirando os quadris dela, a boca entreaberta como um completo tolo.

- Poncho, gostaria que eu continuasse? - Batson se ofereceu, hesitante.

Poncho virou-se de repente para o homem e pestanejou.

- Prossiga - pediu, distraído. - Eu... voltarei logo.

E saiu dali, apressado, deixando que uma dúzia de importantes investidores pensassem no que fariam. Tinha de alcançar Anahi, descobrir por que estava tão furiosa.

Encontrou-a logo do lado de fora da sala de reunião, ajustando as tirinhas finas da sandália.

- Anahi, o que há?

Ele ainda não podia crer no que via. Dizer que ela estava devastadora naquele vestido vermelho seria muito pouco. Poncho teve a súbita vontade de cobri-la, de modo que ninguém mais pudesse admirá-la.

Encarando-o, ela pôs a mão sobre o tecido colado nos quadris.

- Não quero falar sobre isso. - Deu-lhe as costas e começou a caminhar pelo corredor.

Poncho franziu o cenho.

- Espere. Quero saber o que fiz de errado e quero saber agora!

Ela se virou apenas para um rápido olhar, e seguiu em frente.

- Volte para sua reunião, Poncho. Você já conseguiu o que queria de mim.

Poncho parou abruptamente.

- O quê?!

Ignorando-o, Anahi desapareceu atrás da próxima porta à direita. Aturdido, Poncho foi em direção à porta onde ela entrara. Então viu a placa que dizia "Damas" e se perguntou como deixara aquilo acontecer. Jamais permitira que alguém interferisse em sua vida profissional, muito menos que mexesse com seus sentimentos. No entanto, lá estava ele, parecendo um idiota, tentando adivinhar o que seria necessário para deixá-la feliz outra vez.

Contraiu o maxilar e entrou no recinto. Tinha de saber o que estava se passando pela cabecinha da adorável cigana.

Anahi virou-se do espelho e lhe lançou um olhar severo quando ele se aproximou.

- Você não pode entrar. Aqui é o banheiro feminino.

Ele cruzou os braços e inclinou-se sobre o balcão a seu lado.

- O prédio é meu e posso fazer o que bem entender. - Manteve o tom baixo e ameaçador.

Anahi estreitou os olhos.

- É isso o que você pensa? Que só porque é proprietário do imóvel pode tratar as pessoas do jeito que quiser?

- Por que você não me conta o que...

O ruído da descarga vindo de dentro de um dos reservados o deteve. Uma jovem, de olhos arregalados e muito vermelha, passou por eles. Poncho praguejou por entre os dentes.

- Você, Alfonso Herrera... - Anahi o tocou no peito com o indicador - é um egoísta, um sujeito de mente pequena!

Ele fez uma careta, olhando para a unha vermelha em seu tórax. Todos os sinais de vulnerabilidade tinham desaparecido do belo rosto dela. Poncho deu um passo atrás quando Anahi se aproximou, pressionando o indicador ainda mais.

- Um sujeito rico mimado!

- Essa é uma boa forma de falar de alguém com quem você fez amor há menos de vinte e quatro horas.

- O que sabe sobre fazer amor, Herrera? O amor não cabe em sua maneira de pensar.

Ele deu alguns passos atrás antes que pudesse achar uma resposta apropriada.

- E suponho que você saiba tudo sobre o assunto - desafiou-a.

- Sei mais do que gostaria - murmurou, com uma nota de arrependimento.

- Bem, eu...

E agora meninas? continue comentando!!!