Fanfics Brasil - Capitulo 7 Uma vizinha especial AyA (Adaptada)

Fanfic: Uma vizinha especial AyA (Adaptada) | Tema: AyA


Capítulo: Capitulo 7

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Poncho entrou no pátio frontal de sua casa, desligou o motor do carro e continuou sentado ao volante por um tempo.


Passou os olhos pelo respeitável sobrado que, no momento, chamava de lar.


Não era bem aquela sua idéia de uma casa para morar. Embora tivesse de admirar os detalhes de acabamento e arquitetura daqueles lugares antigos, eles representavam o passado, e Poncho preferia o futuro. Sua casa em Atlanta era moderna, com linhas duras e arquitetura dramática, convenientemente perto de seu escritório e de tudo de que necessitasse. Por que Christian o fizera comprar um lugar daquele, jamais entenderia.


Pelo menos, era temporário. A consolidação de empresas em Huntsville foi finalizada, e a Projetos Herrera era agora proprietária da Consultoria Falkner. Uma vez que os projetos principais estivessem encaminhados, lá pelo começo de setembro, ele poderia voltar para Atlanta.


Poncho se perguntava se expandir valia mesmo a pena, considerando todos os problemas que enfrentava. Contudo, sem expansão, uma empresa jamais cresceria. Em seu tipo de negócio, uma firma não podia ficar estagnada. A Projetos Herrera progrediria enquanto ele estivesse vivo e fosse capaz de trabalhar. E manteria os olhos bem abertos a cada passo do caminho.


As palavras de Christian surgiram em sua mente. O que acontecerá quando você partir deste mundo, Poncho? Sem esposa, sem herdeiro... Está construindo tudo isso por nada?


Poncho meneou a cabeça afastando os pensamentos, e abriu a porta do automóvel. Notando o jornal deixado no jardim, decidiu pegá-lo. Poderia dar uma olhada na seção financeira depois que revisasse as plantas e contratos que levava embaixo do braço. Apanhou o jornal e começou a ler as manchetes da primeira página, enquanto cruzava o jardim em direção à entrada.


Alguma coisa foi esmagada sob a sola de seu sapato, e Poncho olhou para a grama, a fim de determinar a origem.


Gemeu, irritado. Sujeira de cachorro na sola de seus sapatos italianos. Praguejando, esfregou o pé na grama até ter removido a maior parte da sujeira. Era por isso que não tinha um cachorro. Cachorros comiam, latiam e sujavam os jardins.


Dobrando o jornal de novo, colocou-o embaixo do braço com seus documentos e deu uma leve pesquisada nos jardins de seus vizinhos, procurando por um possível culpado de quatro patas. Avistou um enorme labrador deitado ao lado de uma espreguiçadeira no jardim de Anahi Portilla.


- Eu deveria ter adivinhado...


Sem dúvida, Huntsville tinha uma lei rígida, e ele pretendia fazer com que Anahi Portilla mantivesse seu animal longe de sua residência.


O labrador levantou a cabeça e abanou a cauda quando avistou Poncho, depois se ergueu e foi farejá-lo.


Poncho o ignorou e se dirigiu à varanda, mas, antes que chegasse lá, uma pancada alta chamou sua atenção para a picape parada na frente da garagem de sua vizinha encrenqueira. Ele viu de relance os cachos mechados de Anahi quando ela entrou na enorme construção pelas amplas portas abertas.


Poncho mudou de direção e dirigiu-se para a garagem. Quando passou pela irritante magnólia, notou que não havia uma única folha caída no chão. Pelo menos, a moça estava cumprindo sua parte no acordo.


Ele deu a volta na velha picape, e as prateleiras recém-pintadas na carroceria chamaram sua atenção. O que Anahi estava fazendo com aquilo? Reformando?


Passando pelas portas abertas, entrou no que parecia ser, pelo lado de fora, uma garagem antiga. No interior, uma variedade de latas estendia-se nas prateleiras presas nas paredes. Consolos, colunas, moldes de todos os tipos, molduras de janelas e outros objetos estranhos preenchiam o lugar. O ar era cheio de odores de solvente, verniz e produtos químicos. A garagem era uma bagunça de coisas velhas... trastes, na opinião de Poncho.


Olhou ao redor. Aquela confusão era elaborada demais para ser algo meramente pessoal. Devia ser um tipo de negócio. Perguntou-se se sua vizinha nada convencional estaria violando as leis de zoneamento, mantendo aquele tipo de negócio ali.


Provavelmente, decidiu. Mas o que tinha com isso? Não ia morar ali tempo o bastante para reclamar sobre o que seus vizinhos faziam na privacidade de suas próprias garagens.


Um som de passos o fez virar-se para a esquerda, e a curiosidade aumentou. Uma parede de algo como portas antigas formava uma barreira entre ele e o som. Talvez pudesse apenas dar uma olhada no que a srta. Portilla estava inventando, decidiu, contornando a barreira a fim de achar a origem do ruído.


Viu Anahi levantando diversas tábuas compridas para os ombros e franziu o cenho. Por que ela fazia aquilo? Carregar peso era trabalho para homem.


- Precisa de uma mão? - ofereceu, quando a carga quase escorregou dos ombros dela.


Assustada, Anahi virou-se, o feixe de tábuas batendo na lateral de cabeça de Poncho. Ele tropeçou, quase perdendo o equilíbrio. Então comprimiu suas plantas e documentos sob o braço esquerdo, quando pontos de luz branca cintilaram em seu campo de visão.


Ela o acertara! Poncho massageou a têmpora atingida. Em seguida, a encarou, vendo olhos arregalados. Ele pestanejou para afastar a momentânea imagem dupla.


- Oh, meu Deus! - Anahi exclamou, como se só então tivesse se dado conta do que fizera.


Ainda atordoado, Poncho não se moveu rápido o suficiente para impedir que seu pé esquerdo fosse atingido pelas tábuas. Anahi cobriu a boca com as mãos, horrorizada.


- O que você está fazendo, tentando me matar?! - Poncho sentia uma forte dor no pé.


- Oh, meu Deus - Anahi repetiu e deu um passo por cima da tábua, aproximando-se.


Poncho retrocedeu meio passo, receoso do que pudesse acontecer em seguida.


- Não acredito que fiz isso. - Ela tirou as luvas de algodão. Poncho esfregou a têmpora com força e mexeu os dedos dos pés.


- Você deveria ter uma etiqueta de "Perigo!" na testa, moça.


Ela franziu o cenho.


- Meu nome é Anahi, não "moça".


Ela retirou a mão dele do rosto para averiguar o dano. Então passou os dedos na têmpora de Poncho, retrocedendo quando ele demonstrou medo.


- Você está bem? - E deslizou o polegar macio pela face dele.


A ação enviou uma onda de desejo em Poncho.


- Estou. - Ele se esforçou para não notar como Anahi estava sexy naquele macacão abotoado abaixo dos quadris, com uma camiseta curtinha por baixo. Uma boa parte da barriga estava exposta de cada lado onde o macacão era largo na cintura fina. Sua boca ficou seca ao olhar para o rosto dela, e se permitiu admirar aqueles lábios cheios e rosados, as faces coradas, os brilhantes olhos azuis e todos aqueles cachos revoltos.


Anahi era linda. O desejo aumentou.


- Tem certeza de que se sente bem? - perguntou ela, o semblante preocupado.


- Não foi nada. Eu sobreviverei.


- Você me assustou, e eu... - Anahi parou quando o polegar dele trilhou sobre a pele sensível de seu pulso, que ele segurara sem que ela houvesse percebido. Engoliu com dificuldade, pestanejou e esquivou-se.


Poncho ignorou a volúpia ardente em seu interior. Acabe com isso e suma daqui, ordenou a si mesmo. Estar sozinho com essa mulher a beira do masoquismo.


- Seu cachorro deixou um presente em meu jardim, parte do qual agora está na sola de meu sapato.


Anahi umedeceu os adoráveis lábios, fazendo a virilha de Poncho latejar.


- Vou me certificar de que isso não se repita. Oscar costuma ser muito cuidadoso sobre... sobre aonde vai. - Anahi deu um sorrisinho. - Eu vou limpar.


O sorriso dela, de alguma forma, dificultou a respiração de Poncho, que se afastou um passo. Tinha de sair dali.


- Tudo bem. Agora vou indo. - Ele se virou para partir, mas bateu o rosto num pedaço de batente de porta.


Levantando instintivamente as duas mãos de encontro à porta empoeirada, derrubou toda a papelada que trazia embaixo do braço.


Anahi engasgou.


- Isto aqui está uma bagunça! Você está bem?


Com a humilhação completa, Poncho a encarou. O nariz não estava quebrado ou sangrando pelo ocorrido, mas doía bastante, e ele se sentia um tolo.


- Sim. - E se abaixou para pegar os papéis.


- Deixe-me ajudá-lo!


Quando ela foi se abaixar, ele se ergueu, e cabeças bateram uma na outra. Gritos e pragas seguiram a cena.


Poncho segurou os papéis com uma mão e massageou a testa com a outra. Então, tirou das mãos dela os poucos papéis que Anahi conseguira recolher e fitou-a com cautela.


- Desculpe-me, sr. Herrera.


- Não se mexa - ordenou, quando Anahi ameaçou dar outro passo em sua direção. - Fique aí onde está até que eu saia.


- Eu pedi desculpa...


Quando Poncho conseguiu passar ao redor da barreira formada pelas portas antigas, apressou-se em direção à saída. Tinha de se afastar daquela mulher enquanto ainda era capaz. Ela era perigosa, sim, senhor.


E em mais de uma maneira.


 


 



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Autor(a): steph_maria

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 49



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  • franmarmentini Postado em 12/03/2014 - 23:51:45

    *-*

  • franmarmentini Postado em 12/03/2014 - 23:51:24

    que pena que já acabou...mas fiquei super feliz do poncho por fim deixar any entrar em seu coração!!!!!!!!

  • portillas2 Postado em 12/03/2014 - 19:26:19

    E vou acompanhar você na nova sim bjus :)

  • portillas2 Postado em 12/03/2014 - 19:25:05

    Poxa já acabou? :( mas finalmente Los'A ficaram juntos e eu adorei a web <3

  • laritraumaaya Postado em 12/03/2014 - 08:22:09

    nossa continua esta muito boa tomara que agora o poncho fique com a any e adorei o soco que o ucker ganhou(é isso ai dul)kkkk

  • portillas2 Postado em 09/03/2014 - 15:16:50

    Finalmente Poncho amoleceu um pouco seu coração e agora que ele sabe a verdade sobre a Any que ele peça desculpa e eles fiquem juntos <3

  • franmarmentini Postado em 08/03/2014 - 20:36:12

    ok!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! estou aguardando ansiosa pelos capítulos!!!!!!!!!!! FELIZ DIA DA MULHER!!!

  • portillas2 Postado em 08/03/2014 - 17:36:46

    Aguardando mais capítulos :) não vou deixar de comentar

  • laritraumaaya Postado em 07/03/2014 - 13:36:34

    poxa to com saudades da fanf não vai postar mais não posta pliss

  • franmarmentini Postado em 05/03/2014 - 22:28:47

    não entendo pq any fez tudo isso...se o ama...pq não conversou com ele...


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