Fanfic: De volta ao Passado | Tema: Vondy

-Essa é a hora que se chega em casa, Dulce Maria?!- Falou me encarando.

-Ué, vai ficar me controlando- falei tentando parecer sóbria.

-Enquanto estiver na MINHA casa sim!

-Tá..tá- falei subindo e deixando-a com cara de cachorro sem dono, obviamente ela esperava uma briga, mas não daria este gostinho para ela.

Tranque-me em meu quarto e me ‘joguei’ na cama, com á esperança de dormir, mas as lembranças voltaram novamente, será que nem mesmo bêbada eu tinha paz?!

*Flashback*

Corri até o ver pegando seu carro e saindo em disparada. Logo avistei um taxi e entrei nele, balbuciando o endereço já com lagrimas nos olhos. O que Ucker estaria pensando? Será que ele achava que eu estava o traindo? Em baixo de seu nariz?... Não, ele não podia pensar isso, eu o amava infinitamente, e o queria de todas as maneiras possíveis, mas não podia mudar seus pensamentos, ele já fora traído uma vez, e com certeza não me perdoaria jamais!

Como fui burra e estúpida de achar que poderia ter algum tipo de amizade com o Rodrigo sendo que ele só queria estragar meu relacionamento, quem sabe só queria sexo.

Não podia deixar meu namoro ir por água á baixo por causa de um beijo que para mim não teve significado algum, ele precisava entender! Ele TINHA que entender!

Finalmente o taxista parou em frente ao prédio de Ucker e eu apenas joguei o dinheiro em sua mão e corri as escadas sem nem falar com o Porteiro.

Subi e bati em sua porta totalmente sem fôlego e não ouve respostas, nem mesmo havia barulho dentro da casa!

-Ucker, abre á porta, por favor!- disse já chorando descontroladamente.

Mais uma vez não ouve respostas!

-Ucker, eu sei que está ai, deixe-me explicar... - disse e logo a porta se abriu e pude ver sua expressão de raiva, medo, e decepção, tudo misturado.

-Explicar o que Dulce, hein? – explodiu ele- Que você estava me traindo em baixo do meu nariz? Que ria da minha cara quando estava tendo orgasmos com aquele maldito cara? Que me traiu? Que dizia que me amava mais foi procurar amar outra pessoa? É isso que você quer me explicar?- falou e pude ver que também estava chorando, tanto quanto eu.

Ele realmente achava que eu o havia traído? Que eu seria capaz de uma iniquidade dessas?

-Ucker, ele me beijou á força eu juro, eu nunca nem se quer ousei entrar em sua casa! Me escuta- pedi tocando em seu rosto.

-Só me diga uma coisa! Já teve um caso com ele? Pois quando ele apareceu pude ver em seus olhos coisas que nunca havia visto! Já ficou com ele?- perguntou cabisbaixo.

-Não, eu gostava dele antigamente, bem antigamente coisa de infância, e sim eu tive uma recaída quando o vi, mas não ousei nem olhar para ele do modo como te olho Ucker, pois eu te amo, escuta-me, por favor!

-Não, não á nada á ser escutado, você tem duvidas sobre nosso relacionamento, eu já entendi! E agora se puder se retirar, e nunca mais olhar na minha cara eu agradeceria!- disse fechando á porta em minha cara e me deixando completamente sozinha, e desesperada, chorando sentada em frente á sua porta enquanto sussurrava “Ucker” incontrolavelmente.

*Flashback off*

Depois daquele dia, ele não falava comigo, e como nossa conversa ficou “interminada” ele veio me procurar dias atrás na Universidade, mas mesmo assim não me deixou explicar totalmente, e nunca mais me procurou, e assim, não sei como estou viva... Sou dependente de seu amor, e sem ele jamais viveria, parece loucura, mas é assim que me sinto.

Às vezes parece que o mundo conspira contra mim, e eu apenas sofro calada, a ausência dele me mata á cada dia, não ter seus braços me aninhando como se estivesse me protegendo do mundo, dói muito, meu coração já não é o mesmo, sinto que respiro, mas estou morta por dentro. Queria poder dormir e não acordar mais queria jamais ter nascido, mas infelizmente estou aqui, sofrendo como todos os dias, chorando por ser tão estúpida á ponto de achar que alguém me ama, quando nem mesmo meus pais gostam de mim. Fui feita para sofrer amargamente até morrer. Só espero que á morte chegue logo, pois não sei se aguentarei muito tempo e se á morte não vier logo, terei que procura lá!