Fanfics Brasil - Dulce - As festas sempre foram atraentes demais para mim Estranhas Conhecidas (Portiñon)

Fanfic: Estranhas Conhecidas (Portiñon) | Tema: Portiñon, AyD


Capítulo: Dulce - As festas sempre foram atraentes demais para mim

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Era madrugada, a negritude da boate e o som alto foram substituídos – sem que eu percebesse – por uma claridade fosca, não consigo definir, mas também, meu estado de consciência não era lá dos melhores. Tentei abrir os olhos, contudo eles estavam ardendo. Ouvi um som abafado ao meu lado, na verdade, eram sussurros que se misturavam com os ruídos dos lençóis sendo desfeitos. Outra tentativa, e abri os olhos novamente, resisti à ardência... foi então que percebi que minha cabeça doía, meu corpo parecia flutuar, e por alguns segundos eu não sabia onde estava. Sabe quando você acorda de repente, e demora alguns segundos para se localizar? É a sensação do desconhecido, seguida do alívio ou do desejo, foi o meu caso, ao olhar em volta e me deparar com Jessica e Débora se beijando ao meu lado na cama. Só então a memória foi voltando para os eixos, e então eu pude me lembrar que na boate, depois de várias doses de vodka com caipirinha, eu havia topado ir a uma festinha particular que estava rolando num motel em Ipanema. Não sei como cheguei, na verdade, eu apaguei dentro do carro. Só naquele instante eu parecia ter entrado finalmente na festa que tava longe de acabar. Ainda vestida... ergui o corpo lentamente, antes que a “labirintite alcoólica” se desse conta de que eu aprontaria.


- Acordou a bela adormecida! – disse Jess me puxando para perto delas. Dei um beijo nos lábios de Deby, enquanto Jessica desabotoava minha calça jeans.


- Deixa... – falei ainda com meus lábios roçando nos de Deby... – ...eu ir ao banheiro primeiro. – Deby deslizou as mãos pelos seus seios, mordeu os lábios sensualmente.


- Só falta você – disse com aquela cara de fácil que eu adorava.


- Já volto – antes de sair da cama beijei Jessica nos lábios, ela ainda me puxava pelo cinto da calça aberta.


– Não demora Dul...ce – pronunciava o meu nome de uma forma totalmente sedutora. Agarrei-a pela cintura antes de ir ao banheiro.


- Tô morrendo de vontade, Jes...sica – disse ao deslizar os lábios pelo seu pescoço e sentir toda a sua pele estremecer. Soltei-a, ela estava com o olhar pegando fogo. “Adoro essas provocações”. Sorri enquanto caminhava até o banheiro, abri a porta e... pensei ter entrado em alguma porta errada, mas não, a bebida ainda fazia efeito, mas era tudo real. Parei para apreciar a cena. Havia duas desconhecidas se ensaboando no chuveiro. “Eu devo ter batido com a cabeça para estar perdendo isso”. A água escorria pelos corpos nus das mulheres, enquanto as mãos, bocas, pés se acariciavam... olhar para elas fez com que subisse um calor tremendo em mim, bati levemente na porta para que as duas notassem que tinham plateia. Elas sorriram para mim, eu não me lembrava de já tê-las visto em algum outro lugar. A morena saiu do chuveiro enquanto a outra deixava a água levar embora o sabonete do seu corpo. Ela chegou bem perto de mim, senti seu hálito que exalava um cheiro delicioso de sexo bater no meu rosto. Puxei-a no mesmo instante para mim, eu a encarei, ela sorriu e entreabriu os lábios para receber os meus. A beijei com toda a fome que despertara junto com a minha sobriedade. Me despi depressa, até esqueci de que eu tinha ido ao banheiro para lavar o meu rosto, pra quê lavar o rosto se eu posso mergulhar na água de corpo inteiro, hein? Ainda mais tão bem acompanhada. Nua, eu me deixei ser levada para perto da loira que nos assistia, e se tocava. Ela mordeu os lábios quando eu me aproximei da água, senti meu corpo ser empurrado pela morena que acariciava as minhas costas. A loira a minha frente bateu as dela na parede.


- Que gelado! – sedutora, sussurrou se referindo ao azulejo molhado.


- Eu te esquento. – disse antes de agarrá-la pela cintura, e segurar firme na sua pele macia... e molhada. Ela me beijou. Sua língua doce e arisca invadiu a minha boca violentamente, fazendo tremer cada músculo meu. Seus braços enlaçaram meu pescoço, nossos seios começaram um atrito sensual fomentado pela morena que esmagava os seus nas minhas costas; com os dentes afiados mordia a minha nuca, as mãos percorriam as minhas nádegas, e tentavam acariciar ao mesmo tempo os meus seios e os da loira, que gemia enquanto minha coxa entre suas pernas pressionava o seu sexo. A morena alucinada de desejo se esfregava inteira nas minhas costas me jogando contra a outra, e isso fazia aumentar ainda mais o nosso desespero por saciar o nosso desejo. Eu havia embarcado numa viagem alucinante, e minha lucidez tinha ido para o espaço junto com a sanidade. “Não consigo pensar quando estou excitada”. Os gemidos das duas se misturavam com o barulho da água caindo na nossa pele. Quando a morena se afastou, eu desci pelo corpo da loira. Meus lábios e minhas mãos ferozmente apalparam sua nuca, depois seios, barriga... ajoelhei-me no chão, afastei suas coxas, ela passou a perna sobre os meus ombros. Suas mãos puxavam desesperadamente os meus cabelos, a loira mordia os lábios, se debatia, resmungava, implorava com veemência pela minha língua. A morena que estava de pé ao lado da outra, puxou a loira pela nuca e calou seus lábios com um beijo, com as mãos acariciava os seios dela, apertando os bicos salientes... Deslizei a língua pela sua coxa, mordi delicadamente, e quanto mais me aproximava da sua fonte de prazer, mais as suas pernas ficavam tensas e trêmulas. Meus cabelos estavam quase sendo arrancados da minha cabeça, e seu quadril se remexia com uma sensualidade avassaladora na tentativa de alcançar o meu rosto. Não resisti mais à tortura e mergulhei nela, ouvi o seu grito de prazer sendo sufocado pela boca faminta da morena que a beijava. Suas mãos empurravam a minha cabeça para baixo, ela não iria me deixar parar de sugá-la sem que seu gozo fosse derramado, e ele não tardou. Meus dedos dentro dela podiam sentir o pulsar do seu sexo; o barulho da sua respiração ofegante se confundia com os gemidos de prazer e alívio. Eu ainda estava sentindo o gosto da loira, quando a morena encostou-se na parede do banheiro e se abriu para mim, ela se tocava e me olhava de uma forma tão sedutora que eu não tive como negar. A loira entendeu a nossa necessidade e, retirou imediatamente a perna que estava apoiada no meu ombro, eu, sem pensar em mais nada, mergulhei na morena que se oferecia inteira. Ela também não demorou a gozar. Eu já estava com a boca dormente quando senti as mãos de Deby pousarem nos meus ombros. Fiz menção de que iria levantar do chão, mas ela fez que não com a cabeça e entrou no chuveiro também. Se você quer saber, eu ainda tinha fôlego e excitação para mais essa. A Deby era um mulherão que nunca havia sido recusada por nenhuma outra, e não seria eu a primeira a cometer essa barbárie. Apertei forte as suas nádegas e a trouxe para mim, a suguei demoradamente enquanto a loira e a morena se divertiam nos seios intumescidos da minha amiga.


O banho terminou e os meus joelhos estavam me matando de dor, mas havia valido a pena. Eram três mulheres deliciosas.


- Adorei – a morena disse ao passar por mim. A loira apenas piscou os olhos. Deby estava apoiada na pia enxugando os cabelos, eu a abracei, ela retribuiu o abraço e beijou os meus lábios demoradamente, a toalha caiu das suas mãos e repousou no chão.


- Cadê a Jess? – passei a língua pelo pescoço dela, num reflexo ela bateu no meu ombro sorrindo.


- Pára de me fazer cócegas, Dul! – disse, eu sabia o quão ela detestava que passassem a língua no seu pescoço. – A Jess tá dormindo. – respondeu.


- Quem são as duas gostosas? – perguntei enquanto beijava os seus seios.


- Ai, pára! Você vai me deixar molhada... – afastou a minha cabeça. - Elas dançam na boate, a gente perguntou quanto cobravam para vir pro motel “brincar” e pronto.


- São tão gostosas. – disse e apertei as nádegas dela puxando o seu corpo para mais perto do meu.


- Você nunca cansa? – perguntou enquanto me preenchia com os seus dedos. Afastei as pernas e gemi no ouvido dela, senti seus dedos ainda mais fundos dentro de mim.


- Não... tem mulher que me faça... cansar... – disse antes de gozar em suas mãos.


Cheguei em casa às dez e trinta da manhã de domingo. Exausta, eu só pensava em me jogar na cama e dormir até a segunda-feira. Eu me arrastava pelo corredor quando notei que a porta do quarto de Lygia estava aberta. Entrei tentando não fazer barulho, pé ante pé... como sempre, ela estava sentada de frente para a tela do computador, tão concentrada que mesmo se eu tivesse feito barulho, não teria se dado conta da minha presença. Tapei seus olhos com as mãos, ela se assustou, deu um salto da cadeira e eu sorri. Sentei na sua cama.


- O que tá fazendo? – notei que minha irmã ainda estava de pijamas – Passou a noite em claro novamente lendo essas bobagens?


- Não são bobagens, e não, ao contrário de você, as minhas noites são muito bem aproveitadas... – cruzou os braços antes de terminar a frase – dormindo! – disse – E você, onde esteve?


- Fui numa festa – virei a tela do computador para mim – Que porcaria é essa?


- Não é porcaria, já disse! – tornou a girar a tela do computador – São contos de amor.


- Quando vai parar de ficar lendo essas histórias pela internet, hein? Isso é tudo mentira... – ela se sentou na cadeira, eu me levantei e me posicionei a frente dela – Acha mesmo que essas coisas acontecem, sua boba?


- Eu acho sim, e você devia parar com essa ideia cafajeste de que mulher só serve para trepar. Um dia eu ainda terei o prazer de te ver arrasada de amor por uma garota, Dulce!


- Vai sonhando! – cruzei os braços – Você não namora, só fica dentro de casa teclando com gente que nunca viu, está sempre suspirando pelos cantos; perde noites e noites lendo essas... esses... contos bobos de amores que nunca vão existir! – falei um pouco brava. Minha irmã era muito romântica, e esse romantismo lhe custava caro. Ela não tinha amigos, não fazia sexo, estava literalmente enterrando a sua juventude na frente daquela máquina que não gozava.


- Eu estou muito bem, obrigada. Tenho uma namorada que me ama, amigas que não me põem em enrascadas como as tuas...


- Namorada? Amigas? – falei irônica – Tá zoando, né? Você namora uma tela de computador, caia na real garota! Essa menina que você diz que ama mora em Maceió, e você tá aqui no Rio de Janeiro, vocês nunca se viram pessoalmente. E, não fale mal da Deby e da Jess, tá? Elas é que estão certas, vivem o mundo real... estão casadas há três anos porque sabem viver.


- Elas têm um casamento aberto, isso não é amor! – disse indignada.


Girei a cadeira dela para que Lygia olhasse para mim.


- O que você sabe sobre o amor? – falei séria – Esse negócio de exclusividade, as idiotices do tipo: morrer de amor, fazer de tudo pela felicidade do outro, largar tudo pelo ser perfeito... Isso tudo é bobagem, não existe! Na vida real as coisas não são assim.


- Sabe por que nunca nenhuma mulher amou você? – fixou o olhar.


- Não quero que me amem, quero que transem comigo. – sorri irônica, eu estava sendo sincera.


- Você jamais faria uma mulher te amar. – replicou com olhar de superioridade.- E outra, não acredita nos bons sentimentos porque nunca amou ninguém.


- Quanta bobagem... – movimentei o mouse para que a tela do computador ficasse clara novamente – Vamos ver o que tem aqui... – cliquei na página principal do site em que ela estava navegando – Maldito Platão... Roda da Fortuna... – eu ri desdenhando – Vamos ver os comentários – abri outra página – Humm... quanta mulher comentando... Tá vendo Lygia, são todas bobas como você, acreditam nessas historinhas que nunca vão acontecer com ninguém de carne e osso. Olha esse recado:


De: Amor impossível


Para: Carol e Jana


Mensagem: Carol e Jana, adorei o capítulo de hoje, estou ansiosa para o próximo. O amor é algo que nos faz sufocar em alguns momentos, mas sem ele nada teria sentido ou valeria a pena. – Olhei de rabo de olho para Lygia que parecia brava com o meu deboche – Acha mesmo que não sei ser romântica para conquistar uma mulher? – perguntei.


- Você é uma insensível, não tem sentimentos... nem sei porque perco o meu tempo contigo.


- Então... vejamos... comentários! – cliquei.


- O que tá fazendo?


- Sendo romântica, oras!


- As coisas não funcionam assim... Não pode mentir para as pessoas, Dulce! Tem que sentir...


- Obrigada pela dica... – continuei escrevendo... – Deixa eu ver... Amor possível, que tal? – ela não respondeu e eu continuei – Não, não... Melhor:


De: Seu amor possível


Para: Amor impossível


Mensagem: Amor impossível, sei que o tópico é para as autoras, mas eu adorei a sua frase: “o amor é algo que nos faz sufocar em alguns momentos, mas sem ele nada teria sentido ou valeria a pena”, e quero acrescentar uma coisa: o amor não tem explicação para existir, e hoje, o meu dia só começou a valer a pena depois de ler o seu recado, não me pergunte o porquê, mas entre em contato comigo seuamorpossível@com.br – escrevi e enviei, para o desespero de Lygia.


- Isso não se faz, Dul! – fechou a página que eu tinha aberto, eu não consegui parar de rir – Isso não se faz! – repetiu – Como teve coragem? E se a menina te responder?


Ignorei a sua indignação. Antes de sair do quarto de Lygia eu perguntei:


- Que site é esse mesmo? Ah! livrearbitrio.net , vou anotar na minha agenda – disse e sorri, dei tchau e fui para o meu quarto, o cansaço não permitiu que eu sequer tirasse a roupa. Apaguei...



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Autor(a): MahSmith

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 11



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  • tryciarg89 Postado em 07/09/2023 - 19:47:25

    Fofa demais,ameiii esse final

  • angelr Postado em 19/08/2015 - 15:02:05

    Que web linda 😍😍

  • lunaticas Postado em 16/05/2015 - 22:16:20

    Linda web <333

  • justin_rbd Postado em 20/01/2015 - 13:13:01

    MAIS UMA VEZ EU AQ KK,RELI SUA FIC E ME AMOCIONEI MAIS UMA VEZ ,

  • justin_rbd Postado em 27/11/2014 - 13:55:10

    sua fic foi perfeita !! parabéns

  • vverg Postado em 22/02/2014 - 10:56:21

    Linda história do começo ao fim =)

  • vverg Postado em 17/02/2014 - 21:35:38

    Nossa!!!! A historia é muito triste, mas não deixa de ser bonita pela entrega das duas... =)

  • laryssales Postado em 16/02/2014 - 14:05:57

    omg a fic ta cada vez mais envolvente *-*

  • juhdul7 Postado em 16/02/2014 - 10:22:29

    Amei a fic!! Posta mais!!

  • isabela_araujo Postado em 10/02/2014 - 17:24:37

    adorei a fanfic, posta maais (:


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