Fanfics Brasil - Dulce - Encontro com o passado Estranhas Conhecidas (Portiñon)

Fanfic: Estranhas Conhecidas (Portiñon) | Tema: Portiñon, AyD


Capítulo: Dulce - Encontro com o passado

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            Confesso que eu estava deveras desconcertada diante de Jess, que me olhou com aquele risinho nos lábios, cutucou o meu pé sob a mesa, sorriu novamente e fez um sinal de positivo, aprovando a garota sentada ao meu lado. Não esbocei reação para não alarmar Any e Cris que já estavam desconfiadas dos nossos olhares cúmplices. Pedimos uma rodada de cerveja...


            -  Me conte Any, como você conseguiu domar a fera?


            Quase engasguei quando Jess fez essa pergunta. Fiquei vermelha, enquanto a namorada da minha amiga batia nas minhas costas e sorria.


            -  Ah! Então... A Dul é uma fera? – perguntou Any com ar de riso, dançando conforme a música.


            -  Sim, sabia que ela nunca se apaixonou?


            -  Verdade? – perguntou virando-se na minha direção.


            Sorri ainda mais envergonhada. Eu não sabia aonde por as mãos... O que eu devia fazer? Dizer que estava enfeitiçada, apaixonada, e me derreter inteira na frente de vários amigos meus que estavam no bar, com a possibilidade de me passar por ridícula ou ficar quieta, fria, distante concordando com a cabeça, rindo toda vez que Jess me alfinetasse para ver qualquer demonstração de afeto por uma mulher, e não apenas de desejo, como sempre foi?


            Abracei Any, beijei-a delicadamente nos lábios enquanto fazia carinho em seus cabelos...


            -  Uau! – aplaudiu Jess e Cris – Tá mesmo apaixonada, hein amiga?


            -  Pois, é! Ela me fisgou. – disse e ergui o copo sugerindo um brinde – A saúde do meu amor. – falei, e ao contrário do que imaginei, não doía nadinha.


            Any me beijou deliciosamente nos lábios, senti sua respiração, como num suspiro. Aliviada, como se eu tivesse proporcionado a ela... paz!


            -  Você é um presente na minha vida, sabia?


            Quando ela terminou de falar, eu fitei os olhos tensos de Jess, logo senti dedos pesados apertarem com força os meus ombros, olhei de soslaio e vi Deby parada atrás de mim, uma nova olhada e Fernanda, completamente sem graça, acenou para nós. Fiz menção de que iria me levantar para cumprimentá-las, mas minha amiga foi tão estúpida ao me empurrar de volta à cadeira que desisti.


            Deby estava furiosa, e... pelo hálito, bêbada.


            -  Que ceninha bonita! A corja toda reunida. – disse debochada. Any apertou o meu braço, parecia temerosa e com certeza devia estar se perguntando quem era aquela louca que estava prestes a armar o maior barraco.


            -  Quer... se sentar... com a gente? – perguntei quase num fio de voz, tentando ser educada. Ela sorriu ainda mais debochada, passou as mãos nos cabelos de Any, que se esquivou imediatamente.


            -  Não convida mais os reles mortais para as festinhas? Agora são só vocês quatro? Quem é a gostosinha?


            -  Olha... – tentei argumentar.


            -  Namorada da Dul. – falou a menina ao meu lado. Neste instante, todos ficaram em silêncio, que fora rompido com uma gargalhada sarcástica.


            -  Namorada dessa aqui? – apontou para mim – Você só pode estar sonhando, não é?


            Fernanda aproximou-se de nós, tentou puxar a prima que relutou e começou a falar ainda mais alto, despertando a atenção dos outros frequentadores do bar.


            -  Se afasta de mim, Fernanda! – passou a mão na minha cabeça, despenteando os meus cabelos – Você é uma sem vergonha, Dul! Não atende mais telefone, desapareceu...


            -  Deby! – levantei-me irritada. – Enche a cara e vem querer tirar onda com a gente, é? Que que foi?


            -  Tá valente, hein? – olhou para Any – Que história é essa de namorada, Dul? Tá iludindo a garota, é? Todo mundo sabe que você só pega mulher pra orgia, leva ela lá em casa pra gente se divertir. – mandou beijo na direção dela.


            Engoli em seco, olhei para a paulistana, incrédula com as mãos apoiadas na mesa. Jess levantou-se.


            -  Seu problema é comigo, não com a Dul. – disse.


            -  Cala a boca sua vagabunda! – gritou em resposta.


            Eu, que estava de pé em frente a Deby, não resisti e dei um soco no canto esquerdo do rosto dela. A mulher cambaleou e esbarrou na mesa de trás, derrubando alguns copos.


            -  Dul... – vi a face estarrecida de Jess, e das demais, que me olhavam sem conseguir acreditar no que eu tinha feito. Deby levantou-se devagar, ao lado dela já havia dois seguranças do bar.


            -  Aqui não é lugar de bagunça moça! – disse um dos rapazes.


            -  Ela quem me acertou, estão cegos? – continuou alterada, um vexame, e logo na primeira vez que eu apresentava a noite do Rio a Any. Os dois rapazes não deram ouvidos a ela. Fernanda falou comigo antes de correr atrás da prima. Ela disse num sussurro:


            -  Ela não aguentou ver você com a Jess e a namorada, tá se sentindo traída, desculpe.


            -  Tudo... bem. – falei estarrecida com tudo o que havia acontecido. Minha maior preocupação era com Any. “O que ela estaria pensando de mim?” Sentei-me.


            -  Ela... ela... – a paulistana olhou quase lacrimejante na minha direção. – Não minta para mim, Dul. Ela é sua namorada?


            -  Não... Claro que não! – falei quase sem ar.


            -  Ela é minha ex namorada, Any. – ouvimos a voz trêmula de Jess.


            -  Aquele murro era eu quem tinha que ter dado. – disse Cris, dando um tapinha de leve nas minhas costas.


            -  Meu! Eu não tô entendendo nada! – falou confusa – Que história é essa de orgia, Dul?


            -  Any... – puxei a cadeira dela para mais perto de mim – Antes de te conhecer, eu não... não levava ninguém a sério.


            -  Sou testemunha, a Dul é outra pessoa depois que você apareceu na vida dela. – Jess saiu em minha defesa, agradeci com um gesto.


            -  Olha, Dul... eu não sei o que você fez no seu passado, mas... – tocou com os dedos nos meus lábios – ...eu quero muito saber o que você fará daqui pra frente. – disse e beijou os meus lábios com uma ternura que eu pensei nunca presenciar em minha breve existência, não resisti, e deixei as lágrimas descerem pela minha face, pois ao contrário do que eu pensava, ela não me julgou.


            -  Eu te amo, Any! – falei com a voz embargada, pela primeira vez em minha vida.


 


            Não conversamos com a Jess sobre o “quase tumor” dela. Não tinha mais clima para a nossa conversa. Segui com minha paulistana para o hotel e contei a ela tudo o tinha acontecido com Jess e Deby, claro, ocultei as trocas de casais durante o relacionamento. Any ficou extremamente pensativa. Não sei qual reação ela esperava que eu tivesse, mas quando eu soube do seu tumor, meu coração chegou a se espremer por dentro ao me imaginar tendo a mesma reação de Deby. Não! Éramos diferentes, uma vez eu até cogitei a possibilidade de ficar perturbada caso me deparasse com uma situação parecida, na verdade, a gente não sabe como agir sobre determinado acontecimento até estar dentro dele.


            Estacionei de frente para o hotel onde Any estava hospedada...


            -  Vamos fechar sua conta – falei firme.


            -  O quê?


            -  Você vai pra minha casa.


            -  Não, Dul! Eu vou embora amanhã cedo.


            -  Não, você não vai.


            -  Ficou louca? Tenho meu emprego... uma consulta marcada...


            -  Quando será a consulta?


            -  Quarta-feira.


            -  Então... quarta você volta pra Sampa.


            -  Meu emprego...


            -  Fica comigo... Por favor. – encostei a cabeça no ombro dela.


            -  Você é louca, sabia? – sorriu e fez carinho nos meus cabelos. - Minha mãe vai me matar.


            -  A minha também... Vou comprar um novo atestado.


            -  O quê?


            -  Esquece. Vem. – puxei-a pelo braço. Pedi ao rapaz da recepção que fechasse a conta.


            -  Não, Dul! – contestou quando eu me disponibilizei a pagar a sua despesa no hotel.


            -  Deixa eu curtir cada momento contigo, por favor.


            -  Desde quando pagar a conta do hotel é curtir algum momento? – falou divertida.


            -  Eu nunca tive uma... namorada, deixa eu agir como tal.


            -  Nunquinha?


            Balancei a cabeça no sentido negativo e depois de quase dez minutos ela se rendeu e deixou que eu pagasse a conta.


 


            Chegamos em minha casa de madrugada. No meu quarto, o clima esquentou, na ânsia de fazermos amor, derrubamos uns objetos no chão. Não acendemos a luz, nem nos intimidamos com o barulho, ou com a cama de solteiro. Eu fazia amor com a minha primeira... namorada! 



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Autor(a): MahSmith

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Eu poderia descrever os dias que passei junto a Dul de varias maneiras, mas a verdade é que não existe palavras para expressar tudo o que senti estando junto a ela. Não sei colocar em palavras a sensação maravilhosa de acordar ao lado da mulher que meu coração aprendeu a amar em tão pouco tempo. Ela era um furacã ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 11



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  • tryciarg89 Postado em 07/09/2023 - 19:47:25

    Fofa demais,ameiii esse final

  • angelr Postado em 19/08/2015 - 15:02:05

    Que web linda 😍😍

  • lunaticas Postado em 16/05/2015 - 22:16:20

    Linda web <333

  • justin_rbd Postado em 20/01/2015 - 13:13:01

    MAIS UMA VEZ EU AQ KK,RELI SUA FIC E ME AMOCIONEI MAIS UMA VEZ ,

  • justin_rbd Postado em 27/11/2014 - 13:55:10

    sua fic foi perfeita !! parabéns

  • vverg Postado em 22/02/2014 - 10:56:21

    Linda história do começo ao fim =)

  • vverg Postado em 17/02/2014 - 21:35:38

    Nossa!!!! A historia é muito triste, mas não deixa de ser bonita pela entrega das duas... =)

  • laryssales Postado em 16/02/2014 - 14:05:57

    omg a fic ta cada vez mais envolvente *-*

  • juhdul7 Postado em 16/02/2014 - 10:22:29

    Amei a fic!! Posta mais!!

  • isabela_araujo Postado em 10/02/2014 - 17:24:37

    adorei a fanfic, posta maais (:


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