Fanfic: Estranhas Conhecidas (Portiñon) | Tema: Portiñon, AyD
Depois de ter aquele posicionamento tão desfavorável do médico, em silêncio, pegamos um táxi de volta ao hotel. Aquela altura do campeonato minha cabeça estava fervilhando de dúvidas, medos, desespero. “Nossa! Any podia morrer. Eu podia perder a mulher da minha vida”, essa frase se repetia na minha cabeça, formando uma onda de tristeza que agonizava dentro de mim . Como se lesse os meus pensamentos a garota recostou sua cabeça em meu ombro e entrelaçou suas mãos nas minhas. Eu apertei os meus dedos nos dela.
Tentei manter a serenidade, embora essa tal serenidade passasse longe de mim, mas é que eu sabia que naquele momento, ela precisava da minha força, não do meu medo. Nunca pensei que um dia eu seria responsável por alguém, digo isso porque os olhos dela pediam proteção, era como se Any me dissesse que precisava ser cuidada, e eu, queria ser essa pessoa importante na vida dela.
Paguei o táxi e nós descemos. Ainda caladas caminhamos até o quarto. Any jogou a sua bolsa sobre uma poltrona e deitou-se na cama como um bichinho acuado. Encolheu-se. Retirei o meu sapato e deitei-me ao lado dela, me aconcheguei em suas costas, beijei sua nuca e ouvi o seu choro sufocado. Ficamos assim por algumas horas, até que eu me levantei e ela despertou, só então notei que, ao contrário de mim, Any havia adormecido.
- Volta pra cama, Dul. – sussurrou – Tá tão gostoso dormir agarradinha com você.
- Vou procurar um lugar legal pra gente jantar – disse olhando uma revista que continha dicas de restaurantes da cidade.
- Não quero jantar.
- Quer sim! – sacudi as pernas dela – Não vamos ficar aqui, precisamos dar uma volta, arejar a cabeça.
- Não me fale em cabeça, pelo amor de Deus! – levantou-se devagar, apoiou os pés no chão, as mãos nos joelhos.
- Não podemos deixar a vida passar... – abri a janela, a noite estava bonita, e os carros na Radial Leste ainda estavam em fila dupla, devido ao congestionamento.
- Não tô com vontade de sair. – respondeu aborrecida.
- Any... – me ajoelhei na frente dela, ergui o seu queixo – Não dá pra ficar remoendo essa agonia toda sem fazer nada! Vamos dar uma volta, comer alguma coisa, ver gente, sabe?
- Pra você é fácil falar! – levantou-se um tanto agressiva – Não está com uma bomba relógio dentro da cabeça pronta para explodir a qualquer momento.
Levantei-me também.
- Não seja injusta comigo, por favor – falei tentando manter a calma – É difícil pra mim, sim! Eu larguei tudo para vir aqui cuidar de você, oras!
- Dul, eu não quero uma enfermeira.
- Não tenho aptidão para a enfermagem... – disse suavemente descruzando os braços dela – Mas acho que fui aprovada no vestibular de namorada. – tentei sorrir, ela amoleceu e esboçou uma linha tênue de despreocupação - Passei?
- Com louvor – disse, logo enlaçou o meu pescoço e beijou os meus lábios, puxei-a pela cintura aproximando-a de mim – Desculpa pelo meu nervosismo... eu estou...
- Eu entendo – disse – Vai ser difícil a nossa luta, mas não vamos desistir.
- Tenho medo que você volte para o Rio e nunca mais me procure. – apertou-me um pouco mais em seus braços.
- Isso não vai acontecer, meu amor – afastei meu rosto do dela, eu queria ver a sua expressão - Vou começar a procurar um lugar pra morar amanhã.
- O quê? – disse surpresa.
- Ficar bancando hotel não vai dar, Any... Penso em alugar um apê bem pequeno, perto do metrô talvez, mas um lugar que não seja caro.
- Você... você... – a voz dela estava embargada.
- Sim, eu tô te querendo pra valer, e sim, também quero mudar de vez para cá.
- Dul! – abraçou-me ainda mais forte, senti suas lágrimas molharem o meu ombro – Eu te amo! – sussurrou.
Suspirei ao ouvi-la dizer aquelas palavras, acho que foi o momento mais feliz da minha vida. A nossa energia estava sendo compartilhada de uma maneira inexplicável. any aquecia o meu corpo, o meu coração, a minha vida. Ela havia me salvado de todas as fugas da realidade, as quais eu criei.
- O que a gente sente é verdadeiro, e até o final vamos brigar pela nossa vida. – falei também emocionada. Eu tinha tanto medo que ela realmente morresse, mas o que eu não podia era fraquejar. Se dependesse de mim, iríamos esgotar as nossas tentativas por possíveis soluções para remover aquele maldito tumor.
Enfim, consegui tirar Any daquele hotel e nós fomos ao Farol Madalena encontrar com um amigo dela.
Autor(a): MahSmith
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Chegamos no farol Madalena e Leandro já estava reunido com a molecada que costumávamos sair. Eles estavam totalmente baratinados ao ver tanta mulher junta. Confesso que ver a Dul no meio daqueles bagunceiros me deixou apreensiva. Queria que ela gostasse deles, afinal eram parte importante da minha vida, especialmente Leandro. Este alias ficou todo saidinho pra ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 11
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tryciarg89 Postado em 07/09/2023 - 19:47:25
Fofa demais,ameiii esse final
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angelr Postado em 19/08/2015 - 15:02:05
Que web linda 😍😍
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lunaticas Postado em 16/05/2015 - 22:16:20
Linda web <333
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justin_rbd Postado em 20/01/2015 - 13:13:01
MAIS UMA VEZ EU AQ KK,RELI SUA FIC E ME AMOCIONEI MAIS UMA VEZ ,
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justin_rbd Postado em 27/11/2014 - 13:55:10
sua fic foi perfeita !! parabéns
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vverg Postado em 22/02/2014 - 10:56:21
Linda história do começo ao fim =)
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vverg Postado em 17/02/2014 - 21:35:38
Nossa!!!! A historia é muito triste, mas não deixa de ser bonita pela entrega das duas... =)
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laryssales Postado em 16/02/2014 - 14:05:57
omg a fic ta cada vez mais envolvente *-*
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juhdul7 Postado em 16/02/2014 - 10:22:29
Amei a fic!! Posta mais!!
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isabela_araujo Postado em 10/02/2014 - 17:24:37
adorei a fanfic, posta maais (: