Fanfic: Estranhas Conhecidas (Portiñon) | Tema: Portiñon, AyD
Agulhas penetrando em meu cérebro, essa era a sensação que eu tive assim que abri os olhos e enxerguei a pálida claridade vindo de uma luz no teto. O corpo ainda não me obedecia totalmente. A boca seca implorava por um pouco de água. Tentei virar a cabeça para o som de uma voz ao meu lado, mas o esforço parecia em câmera lenta. Não estava sentindo dor. O corpo ainda estava adormecido, meio bobo, com tudo o que passara. Devagar obriguei meus olhos a enxergar ao meu redor. Não havia ninguém que eu conhecia naquele quarto. Nem sei se era um quarto. Parecia uma caserna de maquinas que operavam por vontade própria. Levantei a mão lentamente tentando controlar o movimento e me descobri incapaz de me mexer. Uma enfermeira se postou ao meu lado ao perceber que eu havia despertado.
- Olá bela adormecida – falou a mulher com um sorriso simpático – como estava seu sono? Não se mexa. Vou chamar o medico.
Apenas tentei assentir com a cabeça. Parecia que haviam amarrado um peso enorme sobre ela que me impedia de movimentá-la. Não sei quanto tempo passou até o primeiro rosto conhecido surgir na minha frente. O medico se adiantou fazendo perguntas, examinando meu corpo. Pela sua feição de satisfação senti que tudo deu certo.
- Anahi, Anahi... Não te disse? Você está ótima. – falou dando um tapinha de leve no meu ombro. – fale comigo.
- Eu quero ver a Dul... – sussurrei baixinho.
- Dul...
- Dulce... Ela ainda está aqui não está?
- Claro. Não saiu do hospital nem por um minuto. Chamei sua mãe para vê-la primeiro por uma questão familiar.
- Ela será minha esposa pelo resto da minha vida... Chama ela...
- Eu vou chamar. – me respondeu com um sorriso.
O medico saiu da sala me permitindo ficar só com o meus pensamentos. Dul... Posso afirmar com toda a segurança que me via como se estivesse nascido de novo. De fato tinha, mas como manda a regra, amores duram por toda a eternidade. Ela tinha atravessado essa barreira comigo. Iríamos iniciar um novo caminho, uma nova jornada, agora com apenas certezas de que tudo valia a pena. Que o nosso amor suportaria tudo. Até mesmo o limite entre morte e vida. Dul havia me trazido a vida. Pelo caminho que não imaginava que podia encontrar uma mulher com tanta determinação como ela. Maldito Platão... Rs, Bendito Platão.
A porta se abriu novamente e a figura mais linda que poderia ver na face da terra entrou. Parecia aflita e abatida, mas transmutou-se com um sorriso. Um sorriso que apagaria mil sois e que me guiaria até o seu coração.
- Dul... – balbuciei levantando a mão lentamente tentando alcançá-la com meus dedos.
- Any... – Sua voz saiu entrecortada, baixa, quase um sussurro. Um alivio – Any meu amor! Senti tanto medo...
- Eu tô aqui pra você... – falei tocando seu rosto lentamente, sentindo a pele molhada pelas lagrimas que corriam sem propósito pela sua pele – porque você está chorando?
- De felicidade... Meu deus! Como estou feliz em te ver acordada...
- Achou que ficaria soltinha em São Paulo né? Não vai não... – Tentei forçar um sorriso.
- Não diga isso nem de brincadeira... – me respondeu se debruçando sobre a cama beijando os meus lábios levemente. Juro que eu ouvi sinos tocando em algum lugar diante do gesto tão simples e ao mesmo tempo tão desejado – Não suportaria te perder.
- Você jamais vai me perder.
- Não mesmo. Como você está se sentindo? Tá com alguma dor? Eu posso pedir para o medico...
- Dul, relaxa... Eu to bem... Um pouco tonta, mas estou bem.
- Eu quero cuidar de você... Quero te dar tudo o que você precisa...
- Eu preciso de você aqui do meu lado me fazendo carinho. Você é o meu melhor remédio...
- Eu vou ficar. Pra sempre.
Dul segurou minha mão forte e roçou seus lábios por todo o meu rosto. O hálito fresco impregnava minhas narinas como perfume de jasmim. Os lábios macios como me dava leves beijinhos por toda a face. Consegui exibir um sorriso amarelo tentando transparecer o quanto aquele momento era especial e único para mim. Não existia palavras para descrever o quanto tudo aquilo significava. Apenas a bela ruiva poderia entender o quanto era puro e intenso o meu amor por ela.
- Hora de deixar a Anahi descansar... – falou o medico da porta, interrompendo meu momento de ternura – a sua mãe também quer te ver.
- Deixa a Dul ficar mais um pouquinho... Por favor!
- Você tem que repousar Any. Eu vou ficar aqui. – falou Dul se levantando – Sua mãe também quer vê-la. O Leandro está aqui.
- Quero ver aquele safado! Adoro aquele menino.
- Ele é um cara muito legal.
- Ela pode voltar depois doutor?
- Pode sim. – falou o medico rindo. Tenho certeza que ele tinha notado o quanto eu havia me despertado com a presença de Dul.
- Eu já volto. – Se despediu com beijo leve em meus lábios.
Dul saiu da sala com o medico, mas o seu perfume inebriante ficou por todo o ambiente. Repousei o corpo com um sorriso bobo nos lábios. Ela tinha esse poder sobre mim.
- Filha... Minha filhinha... Fiquei com tanto medo... Tão preocupada.
- Eu to bem mãe...
- Só de pensar que eu quase a perdi... Não gosto nem de pensar nisso.
- Então não pense, de verdade eu estou bem.
- Você está bem?
- To sim.
- Amanhã você vai pra casa e eu vou cuidar de você...
- Mãe... Eu vou sair do hospital com a Dul.
- Aquela menina petulante. Ela só entrou aqui porque o medico permitiu. Eu não teria deixado...
- Mãe, a senhora vai ter que se acostumar com a ideia de que eu tenho namorada. E essa namorada é a Dul.
- Eu não quero uma estranha zanzando dentro da minha casa.
- Eu não vou voltar pra casa. Eu vou pra casa da Dul. Minha futura casa.
- Você vai levar essa loucura adiante?
- Não é loucura mãe. É amor. A senhora goste ou não.
- Eu vou conversar com o seu pai. Não sei o que ele vai decidir, mas se ele permitir eu apoio. Só não quero libertinagem dentro da minha casa.
- Socorro né mãe! Olha pro meu estado. E de qualquer forma vou fazer o que a Dul achar melhor. Não acredito que ela vá concordar com uma coisa dessas.
Minha mãe ficou por mais algum tempo, mas não voltamos a tratar do assunto. Sei que o melhor para minha recuperação em questão pratica, seria a casa da minha mãe, por questão de estrutura e cuidados, mas sei que não me recuperaria se Dul não estivesse por perto. Não era uma questão com a qual eu ia queimar os neurônios que me sobraram naquela hora.
Dul entrou novamente, dessa vez acompanhada com Leandro. Me diverti com os dois. Meu primeiro momento de total descontração com as duas pessoas mais importantes na minha vida naquele momento: Meu melhor amigo e a mulher dona do meu coração.
Eu só precisava saber se Dul aguentaria quinze dias vivendo sobre o mesmo teto que minha mãe.
Autor(a): MahSmith
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Any havia acordado. Felizmente a operação tinha corrido bem, agora ela precisava descansar, e em breve teria alta. Putz! A alta! Depois que eu e Leandro saímos do quarto, me vi pressionada a tomar uma decisão. Caminhei pelo corredor pensando na conversa que tive com ela em seu leito: - Não vejo a hora de te levar pra casa, meu amor! - eu d ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 11
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tryciarg89 Postado em 07/09/2023 - 19:47:25
Fofa demais,ameiii esse final
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angelr Postado em 19/08/2015 - 15:02:05
Que web linda 😍😍
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lunaticas Postado em 16/05/2015 - 22:16:20
Linda web <333
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justin_rbd Postado em 20/01/2015 - 13:13:01
MAIS UMA VEZ EU AQ KK,RELI SUA FIC E ME AMOCIONEI MAIS UMA VEZ ,
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justin_rbd Postado em 27/11/2014 - 13:55:10
sua fic foi perfeita !! parabéns
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vverg Postado em 22/02/2014 - 10:56:21
Linda história do começo ao fim =)
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vverg Postado em 17/02/2014 - 21:35:38
Nossa!!!! A historia é muito triste, mas não deixa de ser bonita pela entrega das duas... =)
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laryssales Postado em 16/02/2014 - 14:05:57
omg a fic ta cada vez mais envolvente *-*
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juhdul7 Postado em 16/02/2014 - 10:22:29
Amei a fic!! Posta mais!!
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isabela_araujo Postado em 10/02/2014 - 17:24:37
adorei a fanfic, posta maais (: