Fanfics Brasil - Dulce – Alívio, ela estava viva Estranhas Conhecidas (Portiñon)

Fanfic: Estranhas Conhecidas (Portiñon) | Tema: Portiñon, AyD


Capítulo: Dulce – Alívio, ela estava viva

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Any havia acordado. Felizmente a operação tinha corrido bem, agora ela precisava descansar, e em breve teria alta. Putz! A alta! Depois que eu e Leandro saímos do quarto, me vi pressionada a tomar uma decisão. Caminhei pelo corredor pensando na conversa que tive com ela em seu leito:


- Não vejo a hora de te levar pra casa, meu amor! - eu disse esfuziante, já pensando na decoração do quarto. Flores por todo o canto, para recebê-la da forma que a mulher da minha vida merecia.


-  Dul... – tentou apertar minha mão – estava fraca, frágil... - , que pousava ao lado da sua - Minha mãe quer que eu fique lá em casa.


-  Mas... Any...


-  Espera, Dul... – balbuciou tentando se esforçar para fugir da lentidão que reprimia sua oralidade – Você vai poder ficar lá comigo...


-  Você não sabe o que diz! Sua mãe me odeia! – alterei-me.


-  Ei, Dul, calma! – disse Leandro fazendo gestos que apontavam para o aparelho que marcava as batidas do coração de Any. Percebi imediatamente que havia me excedido.


-  Amor... – suavizei a voz ao máximo que pude – Me desculpe, mas... se você for para sua casa, é provável que a sua mãe não me deixe sequer ver você.


-  Ela não é louca... Sem você eu não fico, amor. – disse e uma lágrima escorreu no canto dos seus olhos.


Suspirei. Não ia ser fácil. “Até Any se recuperar, nada iria ser fácil”, pensei enquanto beijava a sua testa para reconfortá-la.


-  Descansa minha vida. Vai dar tudo certo, viu? – disse – Não é hora de se preocupar com isso, tá? – ela tentou balançar a cabeça no sentido afirmativo – Vou estar contigo onde quer que você vá, está bem? – não a deixei responder, silenciei seus lábios com o meu dedo indicador, logo substitui-o levemente com o roçar dos meus lábios. Acariciei sua testa, seu queixo... -  Eu te amo! – sussurrei – Descansa e fica boa logo. – Any, exausta, fechou os olhos e me pareceu adormecer instantaneamente.


 


 


Parei na cantina com Leandro. Pedimos um café. Nem sei qual era o número daquele. Durante a operação de Any perdemos a conta de quantas bebidas “devoramos” insaciavelmente.


-  Obrigada por ter segurado a minha onda lá dentro. – disse me referindo ao momento em que fique exaltada ao saber das intenções da mãe da menina.


-  Imagina – apanhou o café e caminhou ao meu lado até uma das mesas. Nos sentamos.


-  Eu tô meio... – esfreguei as mãos nos olhos - ... assustada, sabe? Parece que a ficha caiu agora. Não sei o que fazer. Foi uma enxurrada de sensações que eu nunca pensei em experimentar na vida.


-  Tem que ter calma, Dul. O pior já passou, o médico disse que agora a Any só precisa de um lugar tranquilo para se recuperar.


-  A minha sogra é uma megera, cara!


Ele riu.


-  E por acaso existe alguma que não seja?


Sorri também.


-  Não sei, é a primeira vez que tenho uma.


Ele deu um tapinha nas minhas costas, acho que esse gesto quis dizer: “Eu lamento por você!”


-  Acho que será bom pra Any se recuperar num ambiente que ela esteja adaptada – tomou mais um gole do seu café – Afinal de contas, nada melhor do que a casa da gente, né?


-  Tem razão, mas... O que eu faço se aquela mulher infernizar a minha vida?


-  Aguenta, oras!


-  Não sei se consigo engolir sapo por muito tempo.


-  A Any precisa da sua força.


As palavras dele latejaram em meu cérebro por horas. Depois do café com Leandro, fui em casa para tomar um banho e trocar de roupa. Tudo bem rápido, pois queria estar ao lado do leito de Any quando ela acordasse. Depois do banho, aproveitei e liguei para Lygia que ficou radiante ao saber da notícia de que tinha corrido tudo bem e revezou o telefone com a minha mãe.


Quase me atrasei para chegar ao hospital, o trânsito estava pra variar, um inferno. Quando pedi o crachá na portaria, soube que a mãe de Any já estava com ela e por isso eu não poderia subir. Depois de muito perturbar a vida de uma enfermeira, ela foi até a mãe da menina para tentar conseguir a troca de acompanhante, mas quando desceu, sua face denunciava que não teve muito sucesso. Indignada, cruzei os braços para ouvi-la.


-  Olha, a mãe da menina disse que você pode ir embora, porque é ela quem vai passar a noite com a filha.


-  Aquela... aquela... – xinguei milhões de palavrões em meu pensamento – Ela tá louca! A Any ouviu você dizer que eu estava aqui?


-  Pelo pouco que soube, a paciente estava agitada e o doutor achou por bem ceda-la.


-  Ceda-la? Como assim? – eu pensei não ter ouvido aquela palavra – Aconteceu alguma coisa?


-  Não, só precaução mesmo, ela tem que descansar.


-  Tá certo... – balancei a cabeça agradecida – Obrigada – disse.


 


Sentei em um banco perto de uma máquina de café, não demorou e eu gastei todas as minhas moedas na dita cuja e mesmo assim não consegui me manter acordada.


 


Amanheceu e as minhas costas estavam doloridas. Eu tinha torcicolo até nos dedinhos do pé, se é que isso é possível. Tomei mais um café e voltei à portaria. Desta vez consegui a autorização para ver Any, pois quando a menina soube que eu estava no hospital, pediu imediatamente que eu subisse. Fiz questão de cruzar com a cobra, digo, sogra no corredor. Ela encarou-me com provocação e eu, encarei-a com vontade de cometer um assassinato. Ah! Se as minhas costas não estivesse doendo tanto...


-  Um a zero pra você – eu disse debochada – Mas, o jogo só termina quando o juiz apita, viu?


-  Farei qualquer coisa pra te afastar da minha filha – falou em tom ameaçador.


-  Não pode separar duas pessoas que se amam.


-  Isso não é amor, é libertinagem.


-  Se a senhora não sabe o que é amor, ou melhor, se a senhora só conheceu na sua vida a libertinagem, eu só lamento... Mas eu já vou adiantar... – apontei o dedo em sua direção – A sua filha é muito importante pra mim, e eu não vou desistir dela, nem que você tente fazer da minha vida um inferno.


-  Veremos! – disse, deu um esbarrão em meu ombro e passou por mim, pisando forte.


Respirei fundo para tentar olhar para Any e não transparecer todo o nervosismo que estava a flor da pele. Eu estava no meu limite... 



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Autor(a): MahSmith

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Eu sabia que alguma coisa muito de errado estava acontecendo entre a Dul e a minha mãe. Conhecia a pecinha que havia me criado e com toda a certeza nada seria fácil para a mulher por quem eu havia tido vontade de viver. Minha cabeça pesada não me permitia raciocinar direito. Poxa! Seria tão bom se elas ficassem bem... Talvez até ajud ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 11



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  • tryciarg89 Postado em 07/09/2023 - 19:47:25

    Fofa demais,ameiii esse final

  • angelr Postado em 19/08/2015 - 15:02:05

    Que web linda 😍😍

  • lunaticas Postado em 16/05/2015 - 22:16:20

    Linda web <333

  • justin_rbd Postado em 20/01/2015 - 13:13:01

    MAIS UMA VEZ EU AQ KK,RELI SUA FIC E ME AMOCIONEI MAIS UMA VEZ ,

  • justin_rbd Postado em 27/11/2014 - 13:55:10

    sua fic foi perfeita !! parabéns

  • vverg Postado em 22/02/2014 - 10:56:21

    Linda história do começo ao fim =)

  • vverg Postado em 17/02/2014 - 21:35:38

    Nossa!!!! A historia é muito triste, mas não deixa de ser bonita pela entrega das duas... =)

  • laryssales Postado em 16/02/2014 - 14:05:57

    omg a fic ta cada vez mais envolvente *-*

  • juhdul7 Postado em 16/02/2014 - 10:22:29

    Amei a fic!! Posta mais!!

  • isabela_araujo Postado em 10/02/2014 - 17:24:37

    adorei a fanfic, posta maais (:


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