Fanfics Brasil - Anahi - Um dia a sós. Estranhas Conhecidas (Portiñon)

Fanfic: Estranhas Conhecidas (Portiñon) | Tema: Portiñon, AyD


Capítulo: Anahi - Um dia a sós.

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O meu dia perfeito foi uma segunda-feira. Tinha consulta com o medico para ver como estava a recuperação e tirar os pontos, e as dores fortes que eu sentia já não eram tão intensas. Dul estava a todo o tempo do meu lado, cuidado de mim e me mimando com um carinho incrível que nunca tinha recebido de ninguém antes. O jeito como ela estava segurando a barra me fazia ter mais força para seguir a risca as instruções medicas. Confesso que nas duas semanas que se seguiu depois da cirurgia não foi fácil; tinha que ficar deitada na cama o tempo todo. Sair do quarto para uma volta pelo quarteirão, nem pensar. Como tudo tem um lado positivo da coisa, eu havia parado de fumar. Já havia diminuído muito depois de conhecer Dul, mas a necessidade que eu sentia antes ruiu por terra. A bem da verdade? Eu nem me lembrava mais daquela coisa.


Dul terminou de me ajudar a me vestir beijando meu pescoço fazendo carinho nos meus seios. Eu sei que ela estava “a perigo”. Eu também. Não tinha como ficar perto dela sem desejar aquele corpo sobre o meu, se esfregando em mim, me amando... Bom deixar eu voltar para a consulta. Ia somente eu e Dul e eu queria que fosse assim, mas minha mãe ficou torrando tanto, dizendo que queria saber das liberações que o medico me faria para eu não poder mentir pra ela. Sei que foi um modo de ela garantir que eu e a Dul não faríamos nada do que ela não quisesse, se é que me entendem. Não demorou muito para que eu fosse encaminhada para a sala do medico. Não gostava daquele lugar. Não me trazia boas lembranças.


- Ola Anahi. Como vai? – perguntou o medico me estendo a mão assim que entrei no consultório.


- Vivendo né? – respondi rindo – Fala que o senhor vai tirar a maioria das minhas restrições...


- Vou ver como você está. Aparentemente a cicatrização está boa, mas não posso dizer nada especifico só de olhar não é?


- Tá.


- Eu vou pedir para a enfermeira te levar para uma sala para tirarmos esses pontos.


- Vai doer? – perguntei aflita. Já tinha sentido dor demais.


- Não. Prometo que vai ser tranquilo.


Quinze minutos depois estava eu novamente encima de uma maca com uma roupinha patética do hospital. A retirada dos pontos, ao contrario do que disse o medico, doeu, mas Dul estava do meu lado, segurando minha mão e fazendo carinho na minha perna. Quando ele anunciou que era o ultimo respirei aliviada. Espero nunca mais na minha vida passar por isso, mas sei que ainda tenho uma longa recuperação pela frente.


- Anahi tem algumas recomendações que eu...


- Um momento doutor – pedi me virando para minha mãe – sai do quarto mãe...


- Por que Anahi? – perguntou com cara de surpresa.


- Porque só eu quero conversar com o medico.


- Você não vai...


- Mãe! Eu já tenho vinte e quatro anos. Eu sei me cuidar sozinha. Você também Dul.


- Eu também? – outra cara de surpresa.


- Gente, sério. Eu quero conversar sozinha com o doutor. Por favor...


- Any...


- É ruim pra mim me estressar não é doutor? – perguntei olhando para o medico.


- É... – respondeu ele cauteloso diante da cena incomum.


- Me espera lá fora... Vocês duas...


- Tá bom Any... – respondeu Dul saindo.


- Eu não vou fazer isso – respondeu minha mãe continuando sentada.


- Não se preocupe – me ajudou o medico – depois eu converso com a senhora.


Minha mãe apenas assentiu e saiu do quarto com uma cara não muito boa. A verdade é que eu queria começar a me virar sozinha. E eu não estava me desfazendo da companhia da Dul. Estava apenas preparando outro terreno.


- O que você quer falar comigo em particular Anahi? – perguntou o medico tirando os óculos.


- Eu preciso fazer umas perguntas que não me sentiria bem em fazer se elas estivessem aqui – respondi tentando escolher as palavras – me fala da dieta a seguir.


O medico me passou algumas recomendações e restrições. Algumas eu tinha que continuar seguindo, como o cuidado com a cabeça, não dormir do lado operado e não ficar abaixando. Cuidados com a alimentação e outras coisas que fazia regime militar parecer fichinha. Teve uma coisa de bom. Já poderia fazer caminhada. Me animou a ideia de sair da prisão que meu quarto havia se transformado. Mas ele ainda não tinha tocado no assunto que eu queria...


- Doutor... e... hã... Tipo Sexo? – perguntei com um sorriso maroto.


- Você não pode fazer esforço...


- Eu sei que não, mas uma coisa mais de leve não teria problema teria? Meu, serio. Duas semanas... E a Dul tá comigo todo dia... pensa na minha situação.


O medico riu. Também acho que ele não podia fazer outra coisa a não ser rir. Tenho certeza que minha cara tava hilária.


- Pode. Mas você tem que tomar o máximo de cuidado para não se empolgar em uma maratona de sexo. Você sabe que não pode fazer nenhum tipo de exercício que vá colocar sua saúde em risco. Depois que você estiver recuperada totalmente ai você faz o que quiser.


- Valeu doutor. Era isso que eu precisava ouvir, mas a minha mãe não precisa ouvir. Por mais que eu tenha vinte e quatro anos, ainda estou na casa dela. Não quero complicar as coisas.


- Nossa conversa será mantida em sigilo.


- Obrigada.


Sai do consultório animada. Dul estava encostada em uma parede e minha mãe do outro lado. Sabia que elas não se bicavam e agora que estava mais livre podia interferir naquela situação.


- Podemos ir. – falei parando no meio do corredor.


- Eu vou conversar com o medico antes – falou minha mãe já se dirigindo para o consultório.


- Dul... Você ficou brava? – perguntei pegando suas mãos. A cara que ela estava era indecifrável.


- Fiquei surpresa, só isso – a resposta dela não convincente.


- Desculpa, mas eu precisava saber algumas coisas...


- Eu só quero cuidar de você Any. Não quero ficar de fora.


- Ei... Você não está de fora – falei abraçando-a – você está mais dentro do que imagina.


- O que o medico disse?


- Que eu já posso fazer caminhadas. Sair daquele quarto com cheiro de doente.


- Que bom amor... fico feliz por isso. Se exercitando você vai se recuperar melhor.


- É o que pretendo. Me exercitar muito... – finalizei beijando seus lábios. Não continuei porque minha mãe se materializou do nosso lado com uma sonora pigarreada que até a recepcionista ouviu.


- Vamos pra casa Any – falou minha mãe pegando meu braço.


- Não. Eu já posso ficar andando um pouco. Vou sair com a Dul.


- Obvio que não. Você vai pra casa descansar.


- Obvio que não – respondi repetindo suas palavras – Eu vou sair com a Dul.


- Melhor você ir descansar linda, já andou demais vindo até o medico...


- Parou vocês duas. Eu tive uma segunda chance e não vou desperdiçá-la dentro de casa.


- Anahi! – começou minha mãe se alterando.


- Para de loucura mãe. Eu não vou e ponto final. Que coisa. Vem Dul. – finalizei puxando suas mãos deixando minha mãe com uma cara desacreditada no meio do corredor.


Não demorou para alcançarmos a rua. Parei respirando o ar “puro” da cidade e comecei a andar pela calçada com Dul do meu lado.


- Não vamos muito longe Any – falou Dul ainda preocupada – você tem que repousar, não posso tirar a razão da sua mãe.


- Tá. Mas me leva para o apartamento. Não quero voltar para casa.


- Onde você quer ir agora?


- Até aqueles táxis ali. – respondi com um sorriso apontando para os carros estacionados – Vamos para o apartamento. Só queria me ver livre da minha mãe.


Entramos no carro e durante todo o trajeto segui com a cabeça repousada em seu corpo. Os prédios passavam rapidamente e a luz do sol refletia neles, me mostrando como a vida era bela. Agora que tinha certeza que não perderia mais nada da beleza que o mundo apresentava em pequenos detalhes. Até mesmo um pássaro solitário encima de uma placa de transito era motivo de alegria. Aquilo era vida pulsando. A vida que, somente depois de passar por uma provação como a que eu passei, soube apreciá-la.


Chegamos no apartamento depois de meia hora. Assim que Dul abriu a porta entrei reconhecendo ali um lar. O meu lugar seria onde Dul estivesse e não importava onde era. Só estaria em casa com ela do meu lado.


Dul me abraçou me beijando apaixonadamente. Sentia falta daqueles beijos mais ousados e quentes. Tinha uma tarde toda para matar minhas saudades.


- Eu vou tomar um banho – falei me livrando dos seus braços.


- Tá. Vou preparar alguma coisa para comermos enquanto isso...


- tá – respondi saindo em direção ao quarto buscar uma toalha.


Entrei no banho e fiquei durante vinte minutos deixando a água limpar todos os resquícios de quinze dias de molho. Com ela ia embora todas as minhas duvidas e medos. Eu estava nova novamente, renascida e com um intenso desejo de viver. Saí do banho em busca de Dul somente com uma toalha envolta do corpo e uma na cabeça raspada.


- Dul... – chamei entrando na cozinha se aproximando dela.


- Oi linda... – me respondeu virando a cabeça para me encarar enquanto mexia alguma coisa no fogo – vai se trocar. To fazendo um macarrão rapidinho...


- Melhor não... – respondi deixando a toalha cair no chão – to com fome de outra coisa que já foi incluída na minha dieta...



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Autor(a): MahSmith

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 11



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  • tryciarg89 Postado em 07/09/2023 - 19:47:25

    Fofa demais,ameiii esse final

  • angelr Postado em 19/08/2015 - 15:02:05

    Que web linda 😍😍

  • lunaticas Postado em 16/05/2015 - 22:16:20

    Linda web <333

  • justin_rbd Postado em 20/01/2015 - 13:13:01

    MAIS UMA VEZ EU AQ KK,RELI SUA FIC E ME AMOCIONEI MAIS UMA VEZ ,

  • justin_rbd Postado em 27/11/2014 - 13:55:10

    sua fic foi perfeita !! parabéns

  • vverg Postado em 22/02/2014 - 10:56:21

    Linda história do começo ao fim =)

  • vverg Postado em 17/02/2014 - 21:35:38

    Nossa!!!! A historia é muito triste, mas não deixa de ser bonita pela entrega das duas... =)

  • laryssales Postado em 16/02/2014 - 14:05:57

    omg a fic ta cada vez mais envolvente *-*

  • juhdul7 Postado em 16/02/2014 - 10:22:29

    Amei a fic!! Posta mais!!

  • isabela_araujo Postado em 10/02/2014 - 17:24:37

    adorei a fanfic, posta maais (:


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