Fanfics Brasil - Anahi -Um novo dia. Estranhas Conhecidas (Portiñon)

Fanfic: Estranhas Conhecidas (Portiñon) | Tema: Portiñon, AyD


Capítulo: Anahi -Um novo dia.

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Eu olhava de Dul para minha mãe alternadamente sem quer acreditar no que meus ouvidos tinham escutado. Aquilo não podia ser verdade. Não tinha que ser verdade. A mulher da minha vida não podia estar passando por tudo aquilo sem que eu nem ao menos percebesse. Não era justo que ela tivesse se sacrificado de tal maneira por mim. Deixei meus olhos ficarem fixos sobre minha mãe. Se ela entendesse como decifrar uma expressão facial, a minha, com toda a certeza, era de incredulidade misturado com raiva.


- Mãe... Isso... Isso... – As palavras teimavam em ficar presa na minha garganta – O que você fez, mãe! – Não foi uma pergunta.


- Any desde quando... – Tanto o rosto dela como o de Dul estava surpreso. Não contavam com minha presença.


- Não importa quanto tempo eu estou ouvindo – deduzi o resto da frase de minha mãe – o importante é o que eu ouvi! Como teve coragem?! – minha voz se tornava cada vez mais alta, descontrolada.


- Você não pode ficar nervosa, Any... – Dul veio ao meu encontro – não aconteceu nada demais...


- Nada demais? Como nada demais? Dul eu escutei! – exclamei – eu ouvi tudo o que ela te fez!


- Você sabia desde o inicio que eu nunca fui a favor de te ver com uma mulherzinha tão insignificante como ela. Alias com mulher nenhuma! – a sensação era que minha mãe cuspia as palavras na minha cara – nunca te disse que facilitaria essa sua pouca vergonha com essa vagabunda...


- Cala a boca mãe! – gritei, sentindo a veia do meu pescoço pulsar de tanta raiva – Você está falando da mulher que amo! Da mulher que eu faço tudo por ela!


- Any calma, pelo amor de deus! – não percebi como Dul estava alarmada com o meu estado – você não pode ficar nervosa desse jeito!


- Você não a quer aqui não é? – continuei falando o obvio para minha mãe, sem escutar os cuidados de Dul – pois bem. Que seja feita a sua vontade então.


Sai da sala como um tiro de volta para o quarto. Só tive tempo de ouvir minha mãe dizendo “Satisfeita agora?”.


Abri a porta com raiva para depois batê-la com força. O impacto estrondoso fez com que ela voltasse ao lugar original aberta. Abri o guarda roupas procurando por minha mala de viagem. Não me lembrei de que não podia baixar. Isso não tinha a menor importância agora. Rapidamente fui abrindo as gavetas jogando tudo o que eu encontrava pela frente encima da cama. As lagrimas de revolta banhavam meu rosto. Como minha mãe podia ser tão mesquinha? E como eu pude ser tão cega? Tudo acontecendo bem embaixo do meu nariz, e eu, simplesmente não vira... Eu sou uma imbecil mesmo. Não estava com raiva só da minha mãe... Estava com raiva de mim mesma. A Dul suportando tudo para ficar ao meu lado e passando por tanta coisa...


- Any para de se abaixar desse jeito! – ouvi a voz de Dul enquanto, de cabeça baixada, ia jogando as roupas na mala.


- Eu não vou deixar que ela te faça mais nada, Dul – falei indo em sua direção abraçando-a – Não vou deixar que ela te maltrate outra vez.. – finalizei aos prantos.


- Meu deus Any! Você está tremendo de raiva – Dul disse enquanto me aninhava em seus braços – Senta aqui.


Obedeci.


- Nada do que sua mãe me fez seria pior do que a ideia de ficar longe de você – continuou ela se ajoelhando na minha frente. Seus dedos entrelaçaram os meus – isso eu não suportaria...


- Você tinha que ter me contado! Porque você não me disse nada? – meu tom era lamurioso – teríamos evitado tudo isso...


- E sua recuperação estaria em risco. Jamais suportaria se alguma coisa te acontecesse,


- Isso não vai mais se repetir Dul – falei colando meus lábios em seu rosto – não vai mais se repetir – afirmei para mim mesma.


- Não há como evitar Any... Não por enquanto...


- Há sim... – falei ensaiando um sorriso – me tira daqui? – pedi.


- Pra onde você quer ir?


- Pra qualquer lugar onde eu e você estejamos seguras...


- Any eu não posso fazer isso com você. Não posso interferir na sua recuperação...


- Eu não vou mais ficar em paz sabendo que você pode estar sofrendo agressões da minha mãe. Não vou ficar sossegada sabendo que nem comendo você está – disparei em falar em uma tentativa de convencê-la – toda vez que você entrar por aquela porta eu vou ficar do seu lado e você não vai ter como me impedir. De qualquer forma não vou ficar mais em repouso, tensa pelo que pode acontecer...


Dul me olhava fixamente. Dava para ver em sua expressão, o cérebro trabalhando com rapidez. Ela sabia que eu não teria mais uma recuperação tranquila com minha mãe e ela juntas, mesmo no raio de um quilometro. Ela suspirou profundamente e depois se sentou ao meu lado me abraçando.


- Você sabe o que isso significa? – me perguntou tocando minha cabeça raspada que já apresentava o começo de uma cabeleira - sua mão vai enfartar...


- Já cansei de me preocupar com a natureza mesquinha da minha mãe – suspirei – Mas não quero me tornar um fardo para você. Entendo que teria outras questões a serem vistas primeiro antes de fazer algo do tipo – eu não era muito boa para escolher palavras – entende o que eu quero dizer? – desisti.


- Você nunca vai ser um fardo para mim, Any. O que eu mais quero é ter você do meu lado para sempre. Eu te amo. Não consigo mais enxergar minha vida sem você...  – falou Dul me beijando – Eu te amo...


- Então me ajuda a terminar de arrumar minhas coisas?


- Com toda a certeza, meu amor...


Terminamos de arrumar minha bolsa em silencio. Apenas nossos rostos risonhos denunciavam o momento de paz súbita que eu sentia ao fazer aquilo. Eu estava deixando um período sombrio da minha vida para trás e a sensação de felicidade me entorpecia. Era como se pela primeira vez eu conseguisse ver a luz do sol brilhando lá fora com todo o seu esplendor, revelando o caminho de alegria que se entendia a minha frente com Dul do meu lado. Era como se eu pudesse tocar a nuvem de paz e serenidade que me atingiu. Eu tinha a mulher que amava e um futuro esperançoso. O que eu mais poderia querer da vida?


Dul ligou para um táxi ir nos buscar e somente quando ele parou na porta saímos do quarto. Minha mão não tinha ido atrás de nós desde a discursão. Melhor assim. Não queria mais me estressar com ela. Não a encontrei na sala quando passamos em direção a saída. Pedi a Dul levar as coisas para fora enquanto fui ao seu encalço. A encontrei na área de serviço lavando roupa como se nada tivesse acontecido.


- Mãe... – chamei baixo. Ela disse um oi de mal grado sem olhar para mim. Resolvi continuar – eu vou embora.


- Pra onde você vai? – perguntou ainda sem olhar para mim.


- Por enquanto vou ficar em um apartamento na zona leste. Não sei depois disso.


- Você vai mesmo seguir com essa loucura? – pela primeira vez vi seus olhos. Eles estavam vazios. Sem expressão.


- Não é loucura mãe. É amor. Acho que a senhora nunca vai entender.


- Não vou mesmo. Nem quero. E seu tratamento?


- Vou continuar indo no medico regularmente. Não se preocupe.


- Se você sair por aquela porta não precisa mais voltar – talvez essa fosse sua ultima cartada


– Não vou voltar. Se um dia você puder aceitar a Dul, vou ficar feliz em poder te visitar.


- Não se de ao trabalho. Nunca vou aceitá-la.


- Tudo bem mãe. Tchau.


Dei as costas e sai. Deixei minha chave encima da mesa e fui ao encontro de Dul. Não escutei minha mãe me responder.


Sai de casa e fechei o portão. Com aquele gesto fechava também uma fase da minha vida. Trancava a sete chaves tudo o que tinha me acontecido. O que importava de agora em diante era a Dul. Nada iria me impedir de viver o amor que sentia.


Meia hora depois estávamos no apartamento que na noite anterior testemunhara minha noite de amor depois de tanto tempo de abstinência. Não havíamos dito nada durante a viagem e agora as palavras pareciam desnecessárias. Deitei na cama abraçada com Dul. Ficamos, durante muito tempo, trocando caricias mudas. Somente o fato de sentir seu perfume tentador já mexia com os meus mais delirantes desejos, mas depois do estresse vivido tinha que descansar. Minha cabeça já dava sinais de uma dor iminente e sobre o toque delicado de Dul fechei os olhos. Quando acordasse novamente seria, como se fosse, um novo dia. Um novo mundo para ser conhecido. Uma nova pagina no meu pequeno livro do amor e a personagem principal era a bela morena que beijava minha cabeça.



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Autor(a): MahSmith

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 11



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  • tryciarg89 Postado em 07/09/2023 - 19:47:25

    Fofa demais,ameiii esse final

  • angelr Postado em 19/08/2015 - 15:02:05

    Que web linda 😍😍

  • lunaticas Postado em 16/05/2015 - 22:16:20

    Linda web <333

  • justin_rbd Postado em 20/01/2015 - 13:13:01

    MAIS UMA VEZ EU AQ KK,RELI SUA FIC E ME AMOCIONEI MAIS UMA VEZ ,

  • justin_rbd Postado em 27/11/2014 - 13:55:10

    sua fic foi perfeita !! parabéns

  • vverg Postado em 22/02/2014 - 10:56:21

    Linda história do começo ao fim =)

  • vverg Postado em 17/02/2014 - 21:35:38

    Nossa!!!! A historia é muito triste, mas não deixa de ser bonita pela entrega das duas... =)

  • laryssales Postado em 16/02/2014 - 14:05:57

    omg a fic ta cada vez mais envolvente *-*

  • juhdul7 Postado em 16/02/2014 - 10:22:29

    Amei a fic!! Posta mais!!

  • isabela_araujo Postado em 10/02/2014 - 17:24:37

    adorei a fanfic, posta maais (:


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