Fanfics Brasil - Capítulo 35 [Parte 1] Procura-se um Marido - Finalizada

Fanfic: Procura-se um Marido - Finalizada | Tema: Vondy [Adaptada]


Capítulo: Capítulo 35 [Parte 1]

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Na manhã seguinte, Christopher disse que meu inseto imaginário não havia dado às caras e, claro, fiz cara de paisagem e desconversei. O dia seguiu normalmente, as pessoas agora conversavam comigo e o pequeno desentendimento entre mim e Belinda não chegou aos ouvidos da diretoria nem do RH. Eu estava começando a apreciar aquela rotina. Eu quase gostava de... Bom, trabalhar. Quase.


Tudo ia bem até que, no meio daquela tarde, recebi um telefonema de Juan.


- Você teria tempo para conversar comigo hoje à tarde?


- Não – Respondi secamente


- Dulce, sei eu você ficou magoada por eu ter escolhido o Jeferson em vez do Christopher, mas você precisa entender meus motivos. Vamos conversar, ainda podemos nos entender.


- Estou ocupada. Quem sabe outro dia... – Ou em outra vida.


- Deixa de ser teimosa. Você e eu sabemos que você vai vir de qualquer forma. Mandarei um motorista
para te pegar. O que acha? – ele disse melosamente.


- Bom... – O que eu tinha a perder? E, se eu fosse dar ouvidos a vovô e a toda aquela balela de Sun Tzu, o negócio era manter o inimigo (tá certo, Juan não era meu inimigo, mas definitivamente não era meu
amigo, não depois do que fez!) perto, não era?


O carro de Juan chegou meia hora depois. Avisei Christopher que teria que sair mais cedo, mas não dei detalhes, mesmo porque eu mesma não os conhecia ainda. Fiquei sem chão quando o motorista embicou o carro no portão da mansão e não no escritório de Clóvis. Um misto de nostalgia e pesar me perpassou. Tudo estava perfeitamente igual naquela propriedade e, no entanto, tão diferente. Faltava alma naquela casa.


Juan me aguardava no jardim. Parecia amistoso, sorrindo recostado no espaldar da cadeira de madeira.


- Que bom que você veio.


- Pode parar com a bajulação e ir direto ao que interessa. Eu ainda não engoli aquela história da promoção do Christopher.


Ele esperou que o motorista se afastasse e indicou a cadeira ao seu lado para que eu me sentasse. Não sentei.


- Eu nunca quis prejudicar o Christopher. Fiz o que achei melhor para a empresa – começou Juan, com a voz monótona de sempre.


- Você foi um calhorda. Todo mundo sempre diz para não confiar nos advogados... – grunhi.


Ele sorriu, se desculpando.


- Não me tome por um calhorda. Só estou pensando no seu futuro, afinal a L&L será sua muito em breve. Tem certeza que não quer sentar? Vou pedir um chá e...


- Não, obrigada. Onde está a Telma?


- Nos Andes. Infelizmente não pude ir com ela. Muita coisa para fazer por aqui. Eu sei que você me culpa, Dulce, mas tente entender o meu lado. – Ele se recostou na cadeira, parecendo exausto. – Eu também tenho que abrir mão de muitas coisas para cumprir as ordens do seu avô. Pense nisso antes de me odiar.


Suspirei longamente antes de ceder e me sentar ao seu lado.


- Eu não te odeio. – Não muito. - Por que você me chamou aqui, Juan?


Uma borboleta – azul, quem poderia imaginar? – flutuou ao meu redor. Fiquei rígida como uma estaca,
meu coração pulsando na garganta. Mas o inseto asqueroso logo terminou seu círculo predatório e se
afastou, entrando na mansão pela janela da biblioteca de vô Narciso. Eu me perguntei o que estaria
acontecendo com o mundo. De onde tinham saído tantas borboletas azuis?


Fui arrancada de meu devaneio ao ouvir um ronco familiar. Um ronronar agressivo, feroz, potente, que
arrepiava os cabelos da minha nuca. Meus olhos foram arrastados para a fúria vermelha que deslizava
para fora da garagem. As rodas brilhantes como prata pura, a carroceria baixa e elegante, o rugido suave, apenas um prelúdio de sua ira.


- Meu Porsche! – exclamei, atordoada.


Ah, sim. Você reconheceu – Juan sorriu – Acabei de comprar. O antigo dono não se deu muito bem
com ele.


- Como assim, não se deu muito bem? Meu cupê é perfeito! – me empertiguei.


- Sim, mas ele achou pouco prático para as estradas que temos aqui – ele deu de ombros. 


Revirei os olhos. Pra que tipo de mané vendi meu carro?


- Eu não muito desse tipo de carro, mas me pareceu um bom investimento – ele disse.


Olhei para o carro, incapaz de conter o sorriso.


- Um ótimo investimento. Um ótimo carro. Não tem outro melhor que esse. – Assim como uma mariposa
atraída para a luz, fui atraída para o meu cupê. Deslizei a mão em suas curvas, do capô ao teto,
acariciando a tinta brilhante. – Linhas perfeitas, aerodinâmica imbatível, motor agressivo. Ele é todo
perfeito.


- Era sobre isso que eu queria lhe falar – ele sorriu, se colocando ao meu lado. – Eu gosto de carros menos agressivos e a Telma não dirige. Esse cupê vai acabar ficando encostado na garagem por... – deu de ombros
– muito tempo. O que você acha de ficar com ele por um tempo?


- O quê?


- Você me disse que detesta o transporte público, e não tiro sua razão. Realmente não funciona na maior parte do país. Você estaria me fazendo um grande favor ficando com o carro até eu decidir o que fazer com ele


Uau! Não, quero dizer, UAU!


- Acho que posso te ajudar – sorrir, já antecipando a sensação do pequeno pedal sob meu pé, o câmbio
curto e preciso, as curvas deliciosas que nenhum outro carro era capaz de fazer.


- Mas – ele continuou – eu gostaria de pedir um favor em troca.


Enrijeci. Por alguma razão, eu soube que acabara de cair numa armadilha.


- E o que seria? – inquiri, estreitando os olhos.


- Gostaria que você reavaliasse a sua vida. Dulce, apelar para o bom-senso não parece surtir efeito com
você, mas e eu não sei mais o que fazer. O Hector esteve aqui ontem. Parece que alguém andou falando com ele – Lutei para não gritar. Belinda merecia uma boa surra por ter aberto a boca para Hector, isso era certo. – Ele tem certeza que não ouviu apenas boatos. Ele está seriamente preocupado e, Dulce, o Hector é implacável. Se ele conseguir provar que você tentou ludibriar todos nós para reaver sua herança, você terá sérios problemas. E, conhecendo o Hector como conheço, ele não vai ser benevolente. Eu já lhe disse que você vai ser excluída do testamento se a farsa for comprovada, não disse?


- Disse. E eu já disse que não é uma farsa. 


Ele me ignorou.


- Volta pra casa, Dulce – e abriu os braços, indicando a mansão às minhas costas. – Eu faço o que puder para que tudo volte a ser como era. Você vai ter seu cartão sem limites, vai poder viajar pelo mundo sem preocupações... Você pode ter ainda hoje a vida que tinha antes do seu avô morrer! Seu carro já está aqui – apontou para o Porsche sorrindo, então seu rosto se tornou pesaroso. – Mas, para que eu possa te ajudar, você tem que se ajudar também. Anule o casamento. Se afaste de Christopher e o liberte dos problemas que certamente ele vai enfrentar se ficar ao seu lado. Ele não merece isso.


Não, Christopher não merecia. Era tentador, eu não podia negar. Deixá-lo livre das complicações que eu
trouxera, ter minha vida de volta, minha casa, minha grana, meu carro, minha liberdade de vagar pelo
mundo. Só que... não parecia certo. Se Juan tivesse feito essa mesma proposta semanas antes, talvez eu nem hesitasse, mas agora... Agora havia Christopher e tudo havia mudado. Eu havia mudado.


Passado o momento “estupidez”, me dei conta do que Juan realmente estava tentando fazer. Ele estava
tentando me comprar. Fiquei envergonhada por cogitar a hipótese de aceitar sua oferta. Vovô ficaria
decepcionado comigo. Ele sempre fora o homem mais íntegro que eu conhecia. E eu era sua neta, Dulce María Espinosa Saviñon, e, se meu dinheiro e minha casa haviam sido confiscados, ainda me restava o mais importante, a herança que ninguém jamais poderia arrancar de mim: Meu orgulho.


- Você realmente achou que eu ia aceitar uma proposta dessas, Juan? Abandonar meu marido por um
carro? Nem um Porsche vale tanto.


- Você não ama o Christopher – ele apontou. – Me mata ver você se vendendo, como uma... mulher da vida.


Endireitei os ombros.


- Não se preocupe comigo. Eu não me vendo! – frisei.


Ele sacudiu a cabeça.


- Dulce, querida, eu sei como você pensa. Por que acha que o seu avô deixou aquele testamento? Você é previsível. Ninguém acredita que você e o Christopher se casaram por amor. Eu sei que motivos te levaram a fazer o que fez. O que me preocupa é o que ele exigiu para aceitar fazer parte dessa farsa.


Eu queria gritar. Vovô realmente me complicara a vida deixando aquele advogado enxerido a cargo de
tudo.


- Não é uma farsa! Eu amo o Christopher.


- Não precisa me responder nada agora – ele disse calmamente. – Mas pense bem. Reflita sobre tudo que você pode voltar a ter antes de me dar uma negativa. Pode me responder na festa anual da empresa. É bem razoável, não acha? Sua casa, seu carro estarão aqui, te esperando. Me sinto responsável por você. Eu te tenho como uma filha, Dulce. – Ele tentou tocar minha mão, mas recuei. Ninguém substituiria meu pai. Ou, no caso, meu avô – Por isso vou agir como um pai se for preciso. Vou fazer tudo que estiver ao meu alcance para te afastar do Christopher. De uma forma ou de outra, vou te proteger.


 - Nem tente! – trinquei os dentes.


- Você limitou minhas opções – disse ele, com um brilho no olhar que não condizia com seus atos. Era
quase... perverso. – Se eu precisar afastar o Christopher da empresa para que você pense com clareza, reflita sobre o assunto sem interferências, pode estar certa que não vou hesitar.


Havia mais uma coisa que ninguém poderia arrancar de mim, além de meu orgulho.


Meu cruzado de direita.


Juan não viu quando meu punho acertou em cheio seu nariz, mas ouviu o osso se partindo. Nem viu
quando me lancei para cima dele e continuei atacando. Aquela fúria estava contida desde o jantar com a
diretoria. Eu lhe devia alguns socos e mais alguns chutes só por ter feito Christopher de idiota. Entretanto, o motorista dele foi rápido e conseguiu me tirar de cima do patrão antes que eu, digamos, realmente o matasse a base da porrada.


- Nunca mais ouse interferir na vida do Christopher para me atingir. Tá me ouvindo, Juan? Nunca mais
chegue perto dele!


- Você está fora de si – ele resmungou surpreso, pressionando o nariz, que jorrava como um esguicho de jardim. – Quebrou o meu nariz!


- Chegue perto do Christopher outra vez e eu garanto que vou quebrar muito mais coisas nessa sua cara! – vociferei, me contorcendo sob o aperto férreo do motorista. – Tantas que você vai parecer um legítimo
Picasso quando eu terminar!


- Leve a Dulce pra casa, Jorge. Antes que ela acabe machucando mais alguém – Juan gesticulou em
minha direção com uma das mãos enquanto a outra tentava, sem sucesso, conter o violente fluxo de
sangue em suas narinas.


O motorista segurou meus braços com mais força, mas me contorci, girando e me debatendo ate conseguir me desvencilhar.


- Eu conheço bem a saída – dei as costas a eles e saí dali o mais rápido que pude.


Ao alcançar a rua, examinei minha carteira só par me certificar de que dinheiro não brotava mesmo.
Andei algumas quadras antes de ligar para Christopher humildemente pedindo carona. Ele se prontificou
imediatamente. Expliquei onde estava e pude imaginar como suas sobrancelhas se arquearam quando ele indagou:


- O que você está fazendo aí?


- O Juan queria... me mostrar uma coisa – Senti as juntas dos dedos da mão direita doerem um pouco.
Isso era bom. O nariz de Juan devia estar doendo muito mais.


Como ele ousara? Como ousara tentar me comprar tão abertamente? E porque aquela fixação repentina
com meu bem-estar? Juan nunca me dera muita importância, nem mesmo quando vovô ainda era vivo.
Eu não conseguia entender. Talvez ele estivesse seguindo mais uma das recomendações de vovô, como um teste, para ver se eu me venderia ou algo assim. Ou será que eu estava entendendo tudo errado e Juan realmente só queria me ajudar? Mas ajudar uma pessoa prejudicando outra? Não tinha lógica nenhuma.


Enquanto esperava Christopher, sentada no meio-fio, tentei não pensar na oferta de Juan. Voltar para minha vida de antes e ter um pouco de normalidade de novo. Contudo, além de não ter meu avô por perto – e perder minha dignidade -, eu não teria Max, muito menos seu respeito e sua admiração. E abandoná-lo não estava em meus planos futuros, ainda que nosso acordo previsse isso.


O carro de Christopher dobrou a esquina, vindo devagar, à minha procura. Levantei-me limpando a parte de trás da calça com as mãos. Ele encostou o carro, abaixando a janela do carona, e me estudou atentamente, com a testa franzida.


- Tudo bem com você? – quis saber.


Entrei no carro e bati a porta com um pouco mais de força que o necessário.


- Fora ter perdido a cabeça e saído no braço com o Juan? Tô bem.


- Você o quê? – seus olhos se arregalaram.


- Quebrei o nariz dele – coloquei o cinto de segurança.


- Você quebrou o nariz do Juan? - Christopher perguntou, perplexo, mas um pequeno sorriso, que ele tentou esconder, se apoderou de seus lábios.


- Você não devia sorrir assim – mas não pude conter meu próprio sorriso. – O que eu fiz foi errado... Em
parte. O Juan passou dos limites e eu... Bom, obviamente também passei, mas não sei se agi certo. Eu
não devia ter perdido a cabeça desse jeito. Só que ele me atacou onde mais me machuca, Chris. Acabei revidando. Agi sem pensar. De toda forma, deixei claro meu ponto de vista. Pelo menos isso está resolvido.


- Ah, agora posso ficar tranquilo! – Ele resmungou, irônico. – O que foi que aconteceu?


Sacudi a cabeça, inquieta.


- Deixa pra lá. Desculpa ter te ligado. A Any ainda está no consultório e eu não tenho grana nem para o
ônibus.


Ele sorriu de leve, ainda que parecesse preocupado. Ao menos um pouco da tensão deixou o seu rosto.


- Engraçado você tocar nesse assunto – começou. – Eu quero te mostrar uma coisa.


- Que coisa? – Eu quis saber, com a curiosidade subitamente inflamada. Havia muitas coisas que eu
queria que Christopher me mostrasse. Muitas mesmo.


- Você já vai saber. Já levei pra nossa casa – ele sorriu, sedutor. 




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Aêêê a web já está no top 10 mensal, tudo isso graças a vocês!!! Valeu, gente! 


elofb: Postado.


heloisanasct: Prontinho.



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Autor(a): Gabi

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Passei o caminho todo vibrando como uma tola por Christopher ter dito "nossa casa" com tanta naturalidade. Era uma coisa boba, mas para mim era como se ele realmente me visse como parte de sua vida, como sua parceira... o que quer que fosse. Ele estacionou na garagem e abriu minha porta, todo gentil. Desci do carro, ansiosa para chegar logo em casa e ver o que ele tramava. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 283



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  • wisley_da_silva_pereira Postado em 22/01/2021 - 13:10:53

    depois de muito tempo olha eu aqui de novo relendo a fic eu gostei muito e amei demais mais só que falto mesmo foi só o epilogo para termina a historia de amor dos dois

  • lukinhasmathers Postado em 15/07/2020 - 09:58:05

    E eu aqui novamente... Acabei debler de novo e como eu amo esse casal mano

  • lukinhasmathers Postado em 16/06/2019 - 12:20:47

    Que bom que a Dulce amadureceu nesta história... Só queria que tivessem um filho com o Christopher, porque eles ficaram sem camisinha né rsrsrs

  • lukinhasmathers Postado em 15/06/2019 - 15:14:26

    Gostei demais da história... espero volta a lê ela algum dia..

  • marimari17 Postado em 04/01/2016 - 12:00:03

    Se chorei? Ah como chorei, essa fanfic é tão linda. Gostei dela muito, mas especialmente por um motivo, tudo o que eu temia, tudo o que eu achava que ia acontecer, na hora do aperto, não aconteceu. Quer dizer, aconteceu sim mas não fazendo umbestrago tão grande como o esperado. E eu tava jun momento tão difícil que essa fanfic me mostrou um lado bom da vida. Desde sempre eu sabia que borboletas são pessoas que já se foram e sente nossa saudade. Mas eu sei que a fanfic é adaptada, porem mesmo assim eu quero agradecer tanto a quem criou, como a você. Essa fanfic me ensinou muito. Obrigada, por me fazer chorar as quatro da manhã! Beijo grande!

  • stellabarcelos Postado em 28/12/2015 - 20:36:18

    Muito linda! Amei

  • Livia Postado em 07/05/2015 - 19:51:25

    dê uma passadinha la http://fanfics.com.br/fanfic/44140/the-bad-boy-vondy-hot

  • gabysavinon Postado em 27/01/2015 - 00:29:33

    amei essa adaptação!!!

  • sher_vondy Postado em 31/03/2014 - 15:49:49

    AMORES, AQUI É A AUTORA DESSA WEB, SÓ TÔ PASSANDO PRA AVISAR QUE A NOVA WEB ''Soul Love'' foi cancelada!!! Mas entrem no meu perfil que encontrarão outras. Bsos. <33

  • anapvondy Postado em 22/03/2014 - 14:22:23

    Oi Gabi, passando aqui so para avisar que sua web foi divulgada na página do facebook Estórias de Gente Vondy!! Se a divulgação for indesejada nos avise e retiraremos o post.


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