Fanfic: Procura-se um Marido - Finalizada | Tema: Vondy [Adaptada]
Para minha frustração – e a de Christopher, aparentemente -, nossa saída à francesa naufragou. Hector estava no palco discursando e, quando me viu atravessando o salão, apontou para mim, dizendo ao microfone quem eu era. Um holofote quase me cegou. Chris enrijeceu ao meu lado. Não tivemos alternativa a não ser voltar para nossa mesa e sorrir.
Christopher entrelaçou os dedos aos meus e tive que me contorcer para aplaudir Hector quando ele terminou o discurso, recheado de historias divertidas partilhadas por vovô e ele.
Peguei minha taça de vinho e tomei um gole, então notei Christopher observando nossas mãos entrelaçadas.
- Que foi? – perguntei.
Ele levantou os olhos e me encarou por um tempo interminável. Eles brilhavam tanto que era difícil me
desligar do caleidoscópio que as luzes produziam em suas íris.
- Eu estava pensando se isso é mesmo real – e pressionou levemente meus dedos emaranhados aos seus.
- Espero que seja – murmurei.
Varias emoções cruzaram seu rosto, uma explosão intensa de cores e sentimentos. Ele me estudou por um longo tempo antes de inclinar e tocar levemente meu nariz com seus lábios. Uma corrente elétrica
percorreu meu corpo. Era como se o restante do mundo tivesse se tornado apenas luzes e cores e sons
distantes. Eu só via Christopher, sentia Christopher, desejava-o.
- Aonde você vai? – perguntei quando ele se levantou.
-Volto em três minutos – ele sorriu, mas parecia haver ansiedade em seus olhos.
Esperei, observando o salão, os rostos conhecidos, a orquestra belamente acomodada na lateral do salão imponente. Vovô estaria rindo se estivesse ali. E eu tinha que admitir que meu avô sabia das coisas. Minha aproximação com Chris acontecia por ter ouvido seu conselho. Vô Narciso era fodástico!
Uma mão quente e macia tocou meu ombro.
- Você voltou! – exclamei extasiada quando vi Christopher.
Ele sorriu, surpreso.
- Pra onde eu iria?
Fugir como sempre?
- Não sei – dei de ombros - só achei que... Esquece.
- Dança comigo? – ele perguntou, esticado a mão para que eu a pegasse.
Aceitei imediatamente, e ele me guiou para a grande pista de dança.
- Pensei que fazer você dançar fosse exigir demais – comentei, me lembrando de sua cara apavorada na
danceteria quando tentei tirá-lo para dançar.
- Depende muito do tipo de dança – ele enlaçou minha cintura, colando-me a ele.
Poucos casais se arriscavam na pista, mas não me importei. Eu não fazia idéia de que musica estava
tocando. Meu coração batia tão alto e meus pensamentos estavam tão agitados que podia estar rolando o maior funk e eu nem notaria, continuaria a balançar suavemente nos braços de Chris. Ele me segurava
com uma delicadeza determinada, uma das mãos firme em minha cintura, a outra aninhando minha mão
sobre meu peito, o rosto tocando o meu, deslizando o nariz em minha bochecha, meus cabelos, inspirando profundamente. Seu braço se apertou em meu corpo e tive que me concentrar para me manter de pé. Nossos olhos se encontravam, e um entendimento estranho e ao mesmo tempo real tão natural ocorreu naquele instante. Ele não disse nada, mas ambos sabíamos que chegara a hora de partir.
Voltamos para a mesa apenas para apanhar minha bolsa. Nós nos despedimos de alguns conhecidos e
deixamos o grande salão para adentrar a luxuosa recepção que levava a saída do hotel. Em momento
algum Chris soltou minha mão ou desviou os olhos. No entanto, em vez de seguirmos em frente, ele me
guiou em direção ao balcão da recepção.
- Mas... – tentei perguntar, porém me calei quando o recepcionista entregou a Chris um cartão grande e
sorriu conspiratoriamente. A chave de um quarto.
- Quer subir? – Ele perguntou. Havia muitas emoções em meu rosto, a mais evidente delas era a
incerteza.
“Quer subir”? Duas palavras. Apenas duas palavras fizeram meu mundo entrar em colapso. Comecei a
suar. Eu tinha plena certeza do que queria, tanta que me doía fisicamente, mas não pude deixar de ficar
nervosa.
- Tudo bem – engoli em seco.
Ele assentiu, os olhos ejetando fogo.
Entramos no elevador de mãos dadas. Instantaneamente me senti tímida, como se fosse a primeira vez que iria para a cama com um homem. Chris também parecia nervoso, o que não ajudou muito. Graças ao ascensorista, que decidiu puxar conversa sobre o tempo bom daquela noite, o temível silêncio se dissipou. Assim que descemos no andar certo, Chris procurou o numero do quarto, aparentando impaciência.
- Fica aqui – pediu quando encontrou o quarto no longo corredor acarpetado.
Obedeci enquanto ele introduzia o cartão na fechadura e abria a porta. Com os olhos presos aos meus, ele se aproximou, passou um braço por meus joelhos, o outro pela cintura e me içou com facilidade.
Carregando-me com desenvoltura, Chris entrou no quarto, fechou a porta com um pontapé – o que achei
tremendamente excitante – se seguiu em frente na antessala iluminada apenas por arandelas. Arfei
quando vi o quarto, e especial a cama gigante e o lençol imaculadamente branco forrado de rubras pétalas de rosa. Um balde de gelo abrigava uma garrafa de champanhe. Frutas o rodeavam. Velas acesas em diversas superfícies davam ao quarto um clima de intimidade e romantismo.
- Uau!
- Eu sei que não é bem isso que você deve ter imaginado para sua noite de núpcias, principalmente
considerando o atraso...
Sacudi a cabeça.
- É ainda melhor! – exclamei. – Como... como você... quando...?
- Eu tenho meus contatos – ele disse e me colocou gentilmente sobre a cama.
Com elegância, Chris alcançou a garrafa de champanhe e a abriu, serviu duas taças e me entregou uma.
Havia enormes buquês de rosas vermelhas nas mesas de cabeceira. Engoli em seco quando ele se sentou ao meu lado e a cama cedeu um pouco sob seu peso. Minhas mãos suaram, eu estremecia a cada respiração sua. Era ridículo estar tão nervosa, depois de tudo que eu tentara para chegar até aquele momento. Virei minha bebida de uma vez.
- Esta com medo? – Indagou Christopher.
- Hã... um pouco – confessei.
- Porque não tem certeza do que quer? – Sua testa vincou.
- Na verdade, estou esperando que você saia correndo a qualquer momento.
- Não vou a lugar nenhum. Não desta vez – ele murmurou, solene.
- Que droga! Então isso é um sonho, não é? Nada disso está realmente acontecendo. Vou acordar daqui a pouco, ofegante, excitada e sozinha, não vou?
Ele pegou minha taça vazia e a colocou no chão acarpetado. Com os olhos cristalinos capturando os meus, Chris tocou meu rosto. Sua mão deslizou por meu pescoço, meu braço, até alcançar minha mão suada. Ele a levou aos lábios antes de pousá-la sobre o peito, sobre seu coração.
- Pode sentir isso? – e pressionou ainda mais minha mão de encontro ao seu coração.
As batidas eram fortes, rápidas, quase furiosas.
- Sinto.
- E isso? – ele levou minha mão de volta aos lábios, e desta vez depositou um beijo demorado em minha
palma.
Estremeci, assentindo.
Ainda me encarando, com tanta intensidade que eu era capaz de jurar que o calor que sapecava minha pele vinha dele, Chris murmurou:
- Também estou com dificuldades para acreditar, apesar de tudo parecer real pra mim. – E se inclinou para me beijar. – Mas, se você também acha que isso é real, então ou está mesmo acontecendo ou estamos partilhando o mesmo sonho.
Meu coração retumbou dentro do peito quando seus braços me prenderam com urgência. Enrosquei os
dedos em seus cabelos, me grudando ainda mais a ele. Então o beijo se tornou mais delicado, mais lento e contido. Devagar, Chris me deitou na cama, deslizando a mão pela lateral do meu corpo até alcançar minha coxa, sem pressa.
- Você acredita que é real, Dulce, ou estamos sonhando? – inquiriu numa voz gutural.
- Não sei. Não me importo mais – murmurei, ofegante, enquanto ele delineava minha cintura com os
dedos febris.
- Você ainda tem medo? – seus lábios tocaram a lateral de meu pescoço, me fazendo tremer.
- Não.
Ele ergueu a cabeça, me fitou nos olhos por um instante e sorriu. Um sorriso tão pleno, tão completo, que parecia vir de sua alma. Chris continuou a me acariciar, a me beijar sem presa, e entendi o que ele
pretendia. Estava saboreando cada toque, cada caricia, prolongando o prazer de cada gesto. Eu também não tinha mais presa, queria apreciá-lo, acariciá-lo, amá-lo lenta e profundamente.
Eu me livrei de seu paletó, desfiz um a um os botões de sua camisa, até que finalmente senti sob a ponta dos dedos sua pele lisa, candente, macia. Seu coração bateu rápido sob minha palma. Com lentidão exagerada, deslizei a camisa por seus braços fortes e atléticos, até que consegui jogá-la em alguma parte daquele quarto mágico.
Chris deslizou os lábios por meu pescoço, por meu braço, até encontrar o zíper na lateral do meu vestido, abrindo-o com extremo cuidado. Correu os dedos até alcançar a barra do vestido em minha coxa, o levantou e o passou por minha cabeça, então admirou meu corpo. Suas mãos grandes eram suaves sobre a minha pele, e os olhos, escurecidos de desejo, me fizeram suspirar. Chegava a ser cruel a maneira como Chris parecia me reverenciar. Quando voltou a me beijar, sua pele febril tocou a minha, me fazendo gemer diante do prazer de tê-lo ali, me espremendo de encontro ao colchão. Ele explorou cada centímetro de meu corpo com a ponta dos dedos antes de deslizar com delicadeza pelos mesmos caminhos as sedosas pétalas de rosa espalhadas no lençol. Logo seus lábios refizeram o trajeto, detendo-se em minha barriga. Gentilmente, Chris me virou de bruços e continuou a explorar, alternando dedos, lábios, pétalas, dentes, fazendo com que eu me contorcesse de prazer.
Ouvi Chris rir baixinho quando seus dedos se enroscaram nas laterais na minha calcinha, mas,
aparentemente, Mickey Mouse não o desencorajou. Ele traçou uma trilha de beijos da minha nuca até a
dobra dos joelhos, retirou meus sapatos com delicadeza e me virou, os olhos me absorvendo como se
pudéssemos nos tornar um só. Ajoelhei-me na cama e alcancei sua cintura estreita, abrindo seu cinto e
ajudando-o a se livrar do restante das roupas. Tudo que pude pensar enquanto o tecido caia, revelando o
corpo perfeito, foi que Davi, de Michelangelo, tentaria cobrir sua nudez medíocre comparada à de Chris.
Ele era lindo, forte, másculo.
Ele também me estudava, os olhos vorazes percorrendo minhas curvas, saboreando-me a distância.
- Tão linda... – sussurrou, me fazendo deitar outra vez.
Suas mãos se tornaram mais firmes, afoitas, ansiosas. Tão ansiosas quanto eu estava para que me
tocassem. Chris se demorou em minhas curvas, como que me conhecendo, me descobrindo pelo tato.
Movendo-se agilmente, ele se colocou sobre mim e acabei gemendo ao sentir o contato puro, cru, de seu corpo junto ao meu. Ele tocou meus cabelos, afastando-os para o lado, e abaixou a cabeça até alcançar minha orelha.
- Tem certeza? – murmurou. – Podemos parar, se você quiser.
Automaticamente cravei as unhas em seus quadris para que ele não se afastasse. Ele ergueu a cabeça e sorriu.
Sempre com os olhos presos aos meus, Chris deslizou para dentro de mim e, de imediato, luzes coloridas e quentes me açoitaram, trazendo lagrimas aos meus olhos. Então houve a mudança. A delicadeza, a sutileza ainda estavam presentes, mas ficaram em segundo plano. Era o desejo, ferino e impetuoso, que nos conduzia agora. Eu sentia a mesma urgência em Chris, que a cada movimento alcançava mais e mais de mim, inundando-me de prazer, tocando minha alma.
A espera havia sido longa e dolorosa, mas, ah, valeu a pena. Nunca ninguém me fizera sentir o que eu
experimentava com Chris. Enquanto ele imprimia o ritmo, que a cada segundo se tornava mais e mais
frenético, suas mãos passeavam em minha pele, seus lábios me sugavam, seus dentes me devoravam, num misto de ferocidade e delicadeza quase insuportável. Rapidamente fui açoitada pela força das ondas e das luzes que se quebraram sobre mim. Uma vez, duas, três vezes. Estremeci violentamente enquanto estrelas douradas explodiam ao meu redor e sua poeira mágica e brilhante me envolvia. Max explodiu no mesmo instante, com um gemido gutural.
Sem folego, os corpos lustrosos de suor, lânguidos, arquejantes, permanecemos imóveis, sem dizer uma única palavra, apenas desfrutando da sensação de paz. Era tão, tão certo estar com Christopher...
Autor(a): Gabi
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 283
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wisley_da_silva_pereira Postado em 22/01/2021 - 13:10:53
depois de muito tempo olha eu aqui de novo relendo a fic eu gostei muito e amei demais mais só que falto mesmo foi só o epilogo para termina a historia de amor dos dois
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lukinhasmathers Postado em 15/07/2020 - 09:58:05
E eu aqui novamente... Acabei debler de novo e como eu amo esse casal mano
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lukinhasmathers Postado em 16/06/2019 - 12:20:47
Que bom que a Dulce amadureceu nesta história... Só queria que tivessem um filho com o Christopher, porque eles ficaram sem camisinha né rsrsrs
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lukinhasmathers Postado em 15/06/2019 - 15:14:26
Gostei demais da história... espero volta a lê ela algum dia..
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marimari17 Postado em 04/01/2016 - 12:00:03
Se chorei? Ah como chorei, essa fanfic é tão linda. Gostei dela muito, mas especialmente por um motivo, tudo o que eu temia, tudo o que eu achava que ia acontecer, na hora do aperto, não aconteceu. Quer dizer, aconteceu sim mas não fazendo umbestrago tão grande como o esperado. E eu tava jun momento tão difícil que essa fanfic me mostrou um lado bom da vida. Desde sempre eu sabia que borboletas são pessoas que já se foram e sente nossa saudade. Mas eu sei que a fanfic é adaptada, porem mesmo assim eu quero agradecer tanto a quem criou, como a você. Essa fanfic me ensinou muito. Obrigada, por me fazer chorar as quatro da manhã! Beijo grande!
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stellabarcelos Postado em 28/12/2015 - 20:36:18
Muito linda! Amei
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Livia Postado em 07/05/2015 - 19:51:25
dê uma passadinha la http://fanfics.com.br/fanfic/44140/the-bad-boy-vondy-hot
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gabysavinon Postado em 27/01/2015 - 00:29:33
amei essa adaptação!!!
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sher_vondy Postado em 31/03/2014 - 15:49:49
AMORES, AQUI É A AUTORA DESSA WEB, SÓ TÔ PASSANDO PRA AVISAR QUE A NOVA WEB ''Soul Love'' foi cancelada!!! Mas entrem no meu perfil que encontrarão outras. Bsos. <33
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anapvondy Postado em 22/03/2014 - 14:22:23
Oi Gabi, passando aqui so para avisar que sua web foi divulgada na página do facebook Estórias de Gente Vondy!! Se a divulgação for indesejada nos avise e retiraremos o post.